Herói. escrita por LittleBulma


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá. Venho eu com mais uma fanfic one-shot de Hora de Aventura.
Foi escrita na minha aula de Inglês.
Espero que gostem!



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Ela queria uma pedra. Um tipo de cristal encontrado no fundo de uma caverna, onde viviam criaturas que adoravam se alimentar de açúcar. Para seus soldados e para ela mesma, era uma missão super perigosa. Se houvesse outra alternativa, ela não o teria procurado. Mas Finn era perfeito para a missão: corajoso, fiel e, além de tudo, não cobrava pelo serviço. Ela não podia deixar que sentimentos adolescentes atrapalhassem sua pesquisa e, por isso, mesmo depois de ter perseguido ele para impedir que ficasse com a Princesa de Fogo, Jujuba resolveu que falaria com Finn.

Ela pediu a uma amiga, Lady Iris, que falasse com Jake para contatar Finn. Não se sentia confortável e nem tinha criado coragem para procurá-lo ela mesma depois dos últimos encontros conturbados. Ele nem mandara resposta, mas ela sabia que tinha aceitado a missão e já estava a caminho.

Uma semana depois, o herói voltava para casa. Fora muito difícil alcançar o cristal que PJ havia pedido. Jake não o acompanhara, então, durante a jornada, ele foi sozinho. Agora vinha com a pedra preciosa na mochila e inúmeros arranhões no corpo. Mas ele tinha que admitir, o cristal era belo. Tinha uma cor arroxeada translúcida e, na forma, assemelhava-se a um cone. Tudo o que ele queria era tomar um banho e dormir. Estava sujo e muito cansado pelas noites passadas na caverna, onde ele nunca podia descansar completamente. Mas um bilhete deixado por Jake interrompeu seus planos:

“Bro,

Passarei o fim de semana na casa dos pais da Lady. Espero que entenda. A PJ pediu para entregar a encomenda o mais rápido possível.

Com amor,

Jake.”

Finn abriu a porta com um chute. Tomou banho irritado, cheio de pensamentos negativos. Como Jake deixara ele na mão dessa forma? Sabendo da sua insegurança com a princesa? Fazia muito tempo que não via Jujuba. Corava só de imaginar o escândalo que dera quando ela viera alertar-lhe sobre a Princesa de Fogo. Confessara que era apaixonado por ela aos gritos, cheio de ódio nos olhos e no coração.

Colocou suas roupas. Devidamente vestido, ele pegou a mochila e foi rumo ao Reino Doce. Suas pernas já estavam até acostumadas com aquele trajeto, tantas vezes já feito. Era uma caminhada que ele, particularmente, gostava. Ao se aproximar, percebeu que suas mãos suavam frio. Era claro que a princesa cor-de-rosa mexia com ele, de várias formas diferentes.

O povo doce o cumprimentava, ele era conhecido e admirado por ali. Estava sempre a serviço do reino, ajudando no que fosse preciso. Ao se aproximar do castelo, viu Jujuba por uma das janelas da torre. Ela penteava o cabelo enquanto assobiava uma canção. Estava linda como sempre. E perceptiva também. Ela logo reparou que estava sendo observada e, ao avistar Finn, desceu correndo as escadas do castelo para encontrá-lo no térreo.

O coração de Jujuba palpitou. Ela não esperava que Finn fosse dar as caras por ali. Esperava que Jake ou Lady Iris entregassem o cristal, ou até que a encomenda chegasse pelo correio. A única coisa que não tinha pensado era em ver o garoto tão cedo. Ela teve de umedecer os lábios, que secaram ante a surpresa, enquanto descia as escadas em espiral de sua torre.

E o reencontro dos dois foi, no mínimo, estranho. Até Jujuba, considerada uma mulher madura e séria, estava corada e sem graça diante da situação, diante do herói de quem ela sentia tanta falta. Finn, por sua vez, sustentava um sorriso constrangido e buscava na sua mente o que viera planejando falar quando encontrasse a moça. Ele abriu a boca para falar, mas faltou-lhe coragem e voltou a fechá-la. Encararam-se.

– Que bom te ver aqui. – Jujuba sorriu, quebrando o silêncio. – Suponho que tenha algo pra mim.

– Sim, Vossa Alteza. – A voz dele soou automática e formal. – Sua encomenda está na minha mochila...

– Finn... – Ela disse com voz doce, encostando em um dos ombros do menino. Ele estremeceu ao toque. – Não precisa me tratar com essa formalidade. Somos amigos, não somos?

– Amigos... – Finn refletiu sobre a palavra alguns instantes, logo completando: – Sim, somos amigos.

Jujuba sorriu, virando-se e pegando o jaleco que estava pendurado em um cabide próximo. Vestiu-o e tirou os óculos do bolso, colocando-os. Finn não pode deixar de achar que ela ficava linda daquele jeito, estilo cientista.

– Venha, traga o cristal até o meu laboratório, por favor...

Finn seguiu sua princesa obediente. Ia atrás dela, sentindo o cheiro de tutti-frutti dos cabelos de chiclete. Para ele, o melhor perfume.

– Quanto menos pessoas encostarem, melhor. Mais fácil fica de purificar. – Ela explicou, analisando uma prancheta. – Só você encostou?

O garoto encontrava-se perdido em pensamentos. Ela ficava linda naquele óculos. Eles eram amigos. Ele não deveria sentir-se tão sem graça na presença dela. A briga que tiveram foi momentânea, e ela parecia não se importar mais com aquilo...

– Finn!

– Ahn... Princesa? – Ele balançou a cabeça, dissipando pensamentos.

– Você foi o único a encostar? – Ela repetiu pausadamente.

– Sim, fui... Princesa... Sobre aquela tarde na colina... – Finn começou explicando.

– Olha, Finn... – Ela era muito sensata, sempre falava com a voz séria e suave. – Não precisamos falar sobre aquilo se você não quiser. Foi tudo um mal entendido, eu juro que não queria de forma alguma atrapalhar seu relacionamento com a Princesa de Fogo... Mas ele representava riscos à Ooo.

– Não é sobre isso que estou falando. – Ela sabia. – É sobre o que falei...

– Finn... Mil são os motivos que nos mantém separados. – Jujuba abaixou a cabeça. Queria ter menos responsabilidades para poder ficar com o humano.

– E por que nenhum deles me parece importante o suficiente pra ficar longe de você? – Ele rebateu, irritado.

– Nunca daríamos certo... – Ela tirou os óculos, colocando a prancheta de lado e dedicando total atenção ao garoto. Precisavam ter essa conversa.

– Eu não tô te pedindo em casamento. Nem em namoro. Não tô pedindo nem que fique comigo oficialmente, princesa. – A voz de Finn oscilava. – Mas quando eu to perto de você, me sinto esquisito... Quando tem outro cara perto de você, eu sinto raiva. Eu tenho vontade de cuidar de você, de estar ao seu lado.

– Você é meu herói, Finn. – Um fiapo de voz doce saiu dos lábios de Jujuba.

Finn se aproximou, segurando o queixo dela. Era muito mais alta, então ele teve que se colocar na ponta dos pés. Acariciou a pele rosada e macia, vendo as bochechas dela ruborizarem. O garoto não sabia quanto tempo ela se deixaria levar pela emoção, antes de começar a pensar, então tomou a atitude e uniu os lábios aos dela. Dessa vez, num beijo de verdade. Até o momento, eles só tinham dado selinhos. Ele segurou os cabelos dela com uma mão, a outra no rosto, cheio de ternura, carinho e cuidado.

E então se afastou.

– Eu não tô pedindo mais do que isso. – Disse, por fim. Sentia o gosto literalmente doce dos lábios dela.

– Finn... Eu... – Jujuba quase nunca perdia a razão, o raciocínio, o pensamento. Mas, naquele momento, não conseguia se expressar em palavras.

– Aqui o cristal. – Ele entregou a pedra enrolada num pano, para que ela não encostasse e fosse mais fácil a purificação. – Apenas eu encostei. Qualquer coisa, pode me procurar. Ainda ando com o telecomunicador, não precisa falar com o Jake. E... Princesa... Pense a respeito.

O herói colocou a mochila sobre os ombros e deu as costas à uma Jujuba completamente sem ação. Ela olhou para o cristal em suas mãos, e para o garoto indo embora. Tinha um corte na perna e vários arranhões pelo corpo. Ele sempre se sacrificava para vê-la feliz.

– Obrigada, Finn... – Foi um sussurro, mais para ela do que pra qualquer pessoa.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, pessoas! (:
Beijinhos e até a próxima!



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