New Age - A Invasão escrita por Emma Patterson


Capítulo 1
Prólogo




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Prólogo

Era magnifica aquela tecnologia. As naves complexas e cinzas, voando em uma velocidade absurda. Sorri admirada.

“São incríveis.” suspirei voltando a me esconder ainda mais em uma grande moita esquelética do deserto quente e árido. Meus lábios racharam ainda mais de tão secos e eu gemi de dor e senti o sangue voltar a escorrei. Engraçado, eles deviam ter virado pó de tão seca que eu estava, literalmente.

“Sophie!” exclamou preocupada Rosie. “O que foi? O que está doendo?” seu rosto estava em uma máscara de preocupação.

“Além do meu estomago e lábios secos? Hmm.... Corpo e minha garganta estão tão secos que arde.” Ri sem humor e rolando os olhos. Correr para o deserto foi nossa única chance de escapar dos Buscadores (humanos controlados por aliens invasores da Terra). Porém, para não se arriscarem, provavelmente, mandaram uma equipe em naves para varrer a área em nossa busca e se esconder em uma moita no sol desde o início do dia até o fim da tarde era mais uma das opções suicidas que me metia nessa semana. Não acreditava que ainda estávamos vivas depois de tudo que passamos.

“Estou falando sério Sophie... Me preocupo com você e não quero que morra por minha causa.” Choramingou apertando a minha mão que estava segurando a sua o dia todo como forma de me manter firme e me lembrar o porquê de eu aguentar tudo isso com uma resistência impressionante.

“Eu sei, Rosie... Só estou cansada... Sinto como se toda a água do meu corpo tivesse evaporado durante o dia e agora que os Buscadores se foram... Não podemos voltar e se seguirmos também não sabemos se vamos encontrar abrigo ou morrer durante a noite.”

Rosie era minha companheira de fuga a um ano. A encontrei enquanto fugia de um pequeno grupo de Buscadores quando fui vista tentando roubar comida em uma casa no meio da madrugada. Eu corria pelo beco da cidade e então dei um encontrão com ela que também fugia enquanto virava uma esquina. Não tivemos tempo de reagir sobre cada uma pois meus perseguidores estavam chegando e pelo visto ela também fugia do aliens, seu rosto coberto por um capuz enorme que saia da sua jaqueta e eu também estava com o rosto coberto pelo meu cabelo enorme e platinado, então corremos juntas em busca de segurança, chegando ao parque próximo e nos escondendo na pequena lagoa. Achei que ia morrer afogada, mas no fim deu certo e juntas submergimos. E então eu vi que ela era como os humanos controlados, que ela era um dos aliens pois sem o capuz que saiu da sua cabeça por causa da água eu vi os seus olhos azuis marcados pelo violeta fluorescente circulando a íris, um sinal que marcava os Controlados, mas diferente deles ela não aceitava a invasão e fugiu – ela contou apressadamente com medo de mim que tentei matá-la no momento que vi o que ela era. Foi assustador. Achei que era uma emboscada para me pegar e dei um soco na cara dela. Hoje é engraçado e eu até riria se tivesse forças. Creditei nela porque ela m mostrou seu braço rasgado, ela o cortara para tirar o rastreador que todos os Controlados recebiam assim que os aliens entravam em seus corpos e também porque eu sabia que os humanos invadidos não se alto destruíam, os aliens não se auto machucavam. Nunca. Rosie era diferente, ela tinha consciência do que sua espécie fez ao meu mundo.

Agora eu estava deprimida e com mais sede ainda só de lembrar daquela lagoa. Podia ser água suja, mas nas minhas condições estava valendo todo tipo de água só para abafar a ardência na minha garganta. Eu beberia aquela porcaria toda que ela estivesse bem à minha frente nesse momento.

“Vamos, eu te ajudo.” Rosie se levantou cambaleante soltando a minha mão que doeu por se manter rígida por tanto tempo. Segurou meu braço e cintura e me levantou. Eu fazia o possível para me manter, mas meu corpo estava pesado e eu estava fraca. Eu tinha que puxar o ar em lufadas grandes e barulhentas.

Rosie tentou me carregar, deus uns sete passos – caso eu tenha contado certo, eu estava atordoada de mais –, porém eu não tinha forças para cooperar, éramos do mesmo tamanho e ela não era tão forte quanto eu fora um dia, parecia uma boneca de tão delicada, tirando toda a sujeira dos últimos dias, é claro. Meu corpo começou a escorregar, minha visão a turvar e então eu escapei de seus braços e numa tentativa nula de me manter em pé, agarrei sua camisa na parte das costas e a puxei comigo para o chão. Ela estava fraca também e caiu com facilidade em cima de mim.

Senti um dor na cabeça por bate-la no chão árido e cheio de pedrinhas do tamanho das minhas unhas da mão. O cotovelo de Rosie acertou uma das minhas costela e senti um dor aguda. Gemi, mas o som não saiu e senti meu corpo flutuar em um torpor crescente. Tentava respirar, mas estava difícil estando tão desidratada. Eu estava tão decadente que a ideia de ter sido pega pelos Buscadores me parecia agradável agora. Pelo menos os humanos controlados por aliens dentro de si não passavam fome e muito menos sede como os humanos resistentes a invasão.

Eu devia ter tomado minha parte de água quando ainda tínhamos em vez de ter dado para Rosie, mentindo que ficaria bem. Porém, como ia imaginar que ia acabar na droga de no meio de um deserto?

Escutei à distância a voz de Rosie, mas não entendia o que ela dizia. Acho que ela estava gritando e estava cada vez mais distante. Por que ela estava indo embora? Ela não podia me deixar, mesmo que eu à estivesse deixando, porque sim, eu estava morrendo. Droga, que miserável! Queria soca-la novamente como fiz naquele dia.

Me imaginava morrendo lutando contra os aliens e sendo corajosa e não por falha corporal com a falta de H2O!

Por fim eu não enxergava mais nada e nem ouvia, tudo escuro e silencioso. Bem, a morte era fácil e indolor. Viver que era complicado.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Comentem e podem dar dicas também.