Seus lábios entre abertos, soltando roncos baixinhos. Seus cabelos negros estavam jogados para todas as direções e seu rosto tomou uma forma tão angelical, enquanto dormia que eu nunca pensei que fosse possível.

Me lembro perfeitamente da noite anterior, e ainda não acredito que foi eu quem tomou a iniciativa. Talvez seja o efeito do álcool, ou talvez eu tenha perdido minha sanidade, da qual implorava para ser tirada toda vez que eu o via. Maldito Magnus Bane!

Sua cabeça descansava em meu peito nu, me abraçando como se não quisesse que eu saísse de perto dele. Sorri como um bobo e me levantei, tendo todo o cuidado para não acordar meu professor. Lavei meu rosto, no banheiro e coloquei uma calça de moletom.

Fui até a cozinha, procurando algo para comer na geladeira. Panquecas!

Peguei tudo o que precisava e comecei a fazer o café da manhã, enquanto cantarolava baixinho uma música qualquer da Sara Bareilles.

Sinto braços quentes me envolverem por trás, e um beijo ser depositado no meu ombro. Me viro e sorrio ao encontrar um Magnus com a cara amassada por ter acabado de acordar, com um biquinho nos lábios.

" Bom dia".

" Bom dia " suspira " além de ter uma voz linda, sabe cozinha" levou seus braços para os meus ombros " Céus, o que eu fiz para merecer alguém tão perfeito assim?"

'' Para Magnus" ri com seu comentário, corando em seguida " você que é o perfeito aqui, não eu".

" Ah, Alexander" me deu um selinho " Se você visse as coisas com os meus olhos, não diria isso".

" Como assim?"

" 'Tipo essa sua bunda" mordeu seu lábio inferior.

" Minha bunda?" o olhei confuso.

" Ela é parece ser tão gostosa" gemeu ao pé do meu ouvido, fazendo os pelos do meu corpo se arrepiarem.

" Magnus..." suspirei.

" Eu adorei a noite de ontem amor, mas eu prefiro te dar prazer do que o contrário".

Magnus passou de leve seus dedos pelo o meu peito nu, traçando um caminho até a barra da minha calça e mordeu seu lábio inferior. Arfei quando senti ser empurrado até a bancada, batendo de costas contra ela.

Magnus me olhou com aqueles olhos negros misteriosos e penetrantes, que pareciam mais escuros do que nunca. Começou beijando meus ombros, indo até o pescoço e por último, um selinho em meus lábios, enquanto a sua mão adentrava em minha calça, e sorriu ao perceber que eu não usava nada além dela.

" Sexo de bom-dia?" sua voz soou mais rouca do que nunca.

" Sexo de bom-dia".

–+-

Os alunos estavam praticamente dormindo. Magnus falava sobre mais um clássico da literatura inglesa, aproveitando e me dando olhares nada discretos na aula. Maureen olhava para mim e o Sr.Bane, como se dissesse " me conte tudo".

Sorri envergonhado para ela, que arregalou os olhos e levou as mãos até a boca impedindo a si mesma de gritar feito uma louca. Maureen pegou uma folha de caderno e escreveu algo, virando para mim .

' Malec?'

Era o que estava escrito. Ri baixinho e e concordei com cabeça. Maureen começou a chorar de emoção e murmurava algo como " finalmente". Maureen Brown é uma garota louca.

Magnus nos olhou com uma cara na amigável, e eu mordi meu lábio segurando um riso. Depois que o sinal bateu e os aulos saíam da sala, Maureen veio até mim com um sorriso bobo no rosto, enquanto praticamente dava pulinhos.

" Malec?"

" Malec".

" Pelo anjo! eu não acredito" começou a dar pulinhos" Meu shipper se tornou realidade!"

Maureen se jogou em mim, me dando um abraço apertado e eu a correspondi, rindo da euforia da garota baixinha , que parecia uma criança perto de mim. Ouvi um limpar de garganta, e encontrei Magnus nos olhos com os braços cruzados e uma expressão séria.

" Sr. Lightwood, poderíamos conversar?"

Estremeci ao ouvir sua voz. Maureen me deu um sorriso maroto e olhou apara Magnus que a encarava de um jeito que parecia que iria mata-la.

" Vou deixar vocês sozinhos, até mais Alec!"

Maureen saiu saltitando pela sala, com seus cabelos loiros balançando, e deu um piscadela para mim antes de sumir do meu campo de visão. Me virei para Magnus, que estava sentado em cima da sua mesa de madeira, me olhando sério.

"Até mais Alec" tentou imitar a voz da garota, e acabei rindo com isso.

" Isso tudo é ciúmes?" perguntei.

" O que você acha?" andei , ficando mais próximo dele " você é meu Lightwood, apenas meu".

Magnus me puxou, fazendo ficar a poucos centímetros de distância um do outro. Suas mãos foram ao meu rosto, enquanto as minhas apertavam sua cintura fina.

Bane tocou meus lábios com os seus, em um beijo calmo que durou poucos segundos, até se tornar algo com mais urgência. Nossas línguas em um batalha por posse, enquanto suas mãos puxavam meus cabelos com um pouco de força, querendo mais contato.

Minhas mãos foram para a sua gravata, a tirando e jogando em cima da mesa. Minhas mãos foram de encontro com a sua camisa social, abrindo os primeiros botões, até que ouço uma batida na porta.

" Que lindo, Bane".

A mesma mulher que via à dias atrás estava encostada no batente da porta. Alta, loira, olhos claros e um sorriso lindo. Magnus olhou para ela assustado e suspirou.

" O que faz aqui?"

" Você não responde minhas mensagens, então tive que dar um jeito de te ver" sorriu" Você tem um trabalho a fazer , lembra?"

" Camille..."

" O que tá acontecendo?" perguntei, o olhando confuso.

" Nada amor " sorriu de lado , me dando um leve selar de lábios " Amor, me espere no seu apartamento, tudo bem?"

" Tudo bem".

Magnus saiu da sala , em companhia de Camille que parecia furiosa com o moreno. Me sentei em cima da mesa e suspirei. Não sabia o que estava acontecendo, mas tinha um mal pressentimento em relação a tudo isso.