Sirenes e mais sirenes na avenida principal de NY. Polícia, bombeiros e as ambulâncias estavam no local. O carro de Jane se encontrava a dois metros de distância, a carreta estava atravessada entre o cruzamento e outro, o impacto havia sido enorme. A carreta bateu em algumas lojas de esquina, quebrando os vidros, e ainda atropelando algumas pessoas que estavam ao redor. Jane estava havia batido a cabeça no vidro da porta, com a força da batida, acabou trincando o vidro. Ela estava desacordada, e seu carro estava de cabeça para baixo, porque capotou cinco vezes.

Maura estava na cozinha da casa, a televisão estava ligada, em algum programa; sua atenção estava voltada para a massa de canelone, quando entrou a notícia de tomada ao vivo, a loira continuou com a atenção na massa, quando ouviu o nome de Jane.

''Um acidente na principal avenida de NY. Uma carreta roubada, estava fugindo em alta velocidade, chocou-se contra o carro da modelo e presidente da revista Império da Moda, Jane Rizzoli. Segundo os policiais disseram em nota, o acidente ocorreu porque havia um caminhão de carga fugindo da polícia, e por isso acabou colidindo com o carro da modelo. Estamos aguardando novas noticías.'' Maura não sabia o que fazer, na verdade sabia, mas aquela notícia a deixou sem rumo. Desligando o fogo, pegou sua bolsa e seu celular e rumou para o local do acidente, o trânsito estava caótico, mas com a ajuda do aplicativo de rotas, ela conseguira chegar antes de uma hora no local. Ia ser impedida de ultrapassar a faixa amarela, por um jovem policial, mas ao se identificar o rapaz logo deixou que ela prosseguisse.

“Aonde está, Jane?” Perguntou para um dos paramédicos, que logo apontou para a ambulância da frente, Maura correu até eles, e seus olhos já estavam repletos de lágrimas, Jane havia batido a cabeça no vidro do carro, e havia um corte que parecia ser superficial, sua roupa estava banhada de sangue “Estamos com medo que haja sangue coagulando em seus pulmões, doutora Isles” disse um dos paramédicos, o caminhão havia batido justamente ao lado do motorista, por Maura ter um grau muito íntimo com Jane, ela não podia diagnosticá-la, mas ela precisava fazer algo, Jane abriu os olhos, não sabia o que estava acontecendo, segurou a mão da namorada com toda a força que ela podia, estava imobilizada e só pode ver que havia sirenes dos carros de polícia, e os carros de televisão, e muitas pessoas. Maura segurou a mão da namorada, e entraram no carro da ambulância partindo para o hospital.

***

Ao chegarem no local, Jane rapidamente fora removida do carro e indo direto para a sala de cirurgia, pois havia sangue preso dentro de si, e isso era um grande problema, pois podia inundar seus pulmões de sangue. Maura estava na recepção, e logo chegou a família de Jane. Seus irmãos e sua mãe. ‘Eu estava no restaurante, querida, vim assim que soube. Como minha garota está?” Maura abraçou a sogra, e secou as lágrimas “Entraram na cirurgia, vão estancar a hemorragia interna… O Ângela, ela estava tão assustada, eu não sei como estou de pé” Maura relatou o que havia acontecido rapidamente à sua sogra. Maura adorava estar no hospital, mas em condições de trabalho, não naquelas condições. Funcionários do hospital e companheiros de trabalho iam vez ou outra cumprimentá-la e mostrar o solidarismo com a colega.

Logo após algumas horas, o médico responsável por Jane apareceu na sala de recepção, conversou com Maura e com sua mãe e irmãos, a cirurgia ocorreu tudo bem, e eles estancaram o sangramento interno, Jane estava no pós-operatório e podia receber uma visita, a que a loira concedeu que a mãe da morena fosse…. O médico deixou que Maura também a visse por breves minutos, no outro dia ela estaria lá para ver sua morena “Dr. Robert, não hesite em me ligar, por qualquer coisa, por favor” O médico sorriu para a companheira de trabalho e assentiu “Fiquem despreocupadas, cuidarei muito bem de Jane. Por ela ser jovem e bastante saudável, acredito que a recuperação dela será rápida.” Ângela que ainda estava calada, respondeu “Foi um grande susto, mas se a Jane acordar resmungando, e reclamando de fome, com certeza ela já estará melhor” e o momento de tensão havia sido quebrado desde a notícia que tudo ficaria bem.

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No outro dia bem cedo, Maura já estava adentrando ao hospital para poder visitar sua namorada. Por sorte, encontrou com o doutor Robert na recepção “Eu ia ligar para você agora, Maura. Durante a noite não aparecera nada que fosse o contrário às reações normais e vitais de Jane, sua pressão sanguínea manteve no padrão, assim como a pressão arterial. A hemorragia estancada, agora o que temos que fazer é dar os medicamentos para as dores fortes que ela sentirá, e ainda manter o soro, por causa da hidratação, ela á foi para o quarto, a senhorita pode ir vê-la” Maura sorriu com a notícia e maneou a cabeça, subiu para o quarto aonde a namorada estava, e a encontrou dormindo, havia um corte superficial na testa, e havia cortado o supercílio, assim como o queixo, sentou-se bem perto da cama e segurou a mão da morena o que aconteceria comigo, caso eu estivesse te perdido pra sempre, Jane? Pensou. Aproximou o rosto beijando a testa, depois a ponta do nariz, e por fim, os lábios da morena.

Jane podia dormir, mas ainda ouvia, e seu nariz podia sentir aquele perfume e seu cérebro assemelhar o cheiro daquele aroma cítrico a única pessoa que conseguira abalar suas estruturas; ela pôde sentir o toque quente em suas mãos, aquecendo a por alguns segundos, seu coração bateu, e seu corpo reagiu aos leves beijos que Maura lhe dera, aos poucos fora abrindo os olhos, e mexeu os dedos, para que Maura soubesse que ela estava despertando. O cruzar dos olhos, o sorriso, aquele momento era perfeito, embora o local não fosse altamente adequada, Jane sorriu mais largamente, e com dificuldade, pois estava com a boca seca, chamou por Maura. “Oi, amor...” falou baixinho, Maura sorriu ainda mais “Não force muito, você me deu um susto, Jane” a morena deu de ombros, não era como se ela tivesse o poder de livrar-se a si mesma do que havia acontecido com ela “mas eu estou tão feliz por tê-la aqui, viva, pra mim...” Passou as mãos no cabelo da morena “eu fiquei com tanto medo de te perder, eu te amo tanto, Jane.. Tanto...” com as testas próximas, Maura novamente selou os lábios em Jane, a morena retribuiu, mas seu estômago deu sinal de vida “Amor, estou com fome….” Maura riu, claro que Jane estaria com fome

O café da manhã de Jane no hospital era um pão de forma com alguma coisa light, um suco de laranja e gelatina de morango, a morena olhava para a bandeja desacreditada no que estava vendo “Sério? Isso é sério?” Jane não estava acreditando, tudo bem que ela sofrera um acidente, passara por uma cirurgia, mas ela já estava bem, ela já estava ótima “Amor, você sofreu um acidente, não pode comer nada que tenha teor calórico alto” Jane fez uma careta, aquilo não devia dar para ninguém, era quase desrespeitoso “Mas eu estou com fome, Maura. E eu queria tomar um café… Faz um dia que eu não tomo café, e já estou com saudades” Maura bufou, sabia que Jane era complicada pegou o pão e colocou na boca da morena, obrigando-a a mastigá-lo “coma, você tá falando demais já, Jane. Nada de café, nada de lanches gordurosos, porque eu sei que você come isso quase todos os dias. Enquanto não se recuperar, você passará por uma dieta simples” Jane cruzou os braços e fez bico, mesmo assim, Maura ainda beijou-lhe, e sussurrou “é para o seu bem amor, garanto que você vai querer estar muito bem fisicamente para mim, depois que sair daqui”

Com certeza, pensou a morena, Logo não via a hora de poder sair daquele local que lhe dava calafrios. “Quando eu vou sair daqui” Maura tomou sua aguá, antes de responder “Em cinco dias”

“O QUE?!”