Murphy Witches - The Misterious House escrita por Celaena


Capítulo 2
2. "Querido, eu posso te chamar de qualquer coisa"


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente, desculpa pela demora. Eu estou postando esse capítulo de novo, porque eu achei que eu dei um pulo na história, o tempo passou rápido demais. Ai eu reli e coloquei outra coisa no lugar. O que estava aqui eu vou colocar mais pra frente, não se preocupem. Espero que gostem!
Boa leitura!



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Eu odeio segunda. Essa frase é tão clássica...

Mas eu pelo menos tenho um motivo plausível, além de estar morrendo de sono. Hoje era meu primeiro dia de aula. Tudo bem que era o primeiro dia de aula de todo mundo, mas aquela cidade era tão pequena e insignificante – me desculpe para as pessoas que moram nesse fim de mundo – que eu duvido que tenha sequer alguém novo, além de mim. E para melhorar, eu estava dolorida. A moça que tínhamos contratado não apareceu, sobrou para nós a tarefa de limpar a casa.

A manhã estava fria, então tomei um banho quente. Eu tinha apenas algumas roupas minhas comigo, a maior parte estava nas caixas. Lembra que meu pai disse que a mudança chegaria ontem, então... Não chegou. Ele tá aí agora, com quase roupa nenhuma, quis tanto esfregar na casa dele, mas não o fiz, caso contrário estaria de castigo.

Vesti uma calça jeans preta, blusa de manga cor creme e meu casaco de couro preto e calcei meu par de botas da mesma cor do casaco. Peguei uma mochila preta que tinha trazido e coloquei as coisas da escola. A alguns passos da nossa casa tinha uma cafeteria, como eu e meu pai não tínhamos feito às compras, a casa só tinha as sobras da nossa longa viagem de carro, nada muito apetitoso, então entrei e pedi um cappuccino e panquecas.

Comi rapidamente e depois andei até a escola e me surpreendi, era enorme. Acho que eu era a única pessoa a ir andando até lá, o estacionamento estava lotado de carros, e carros caros. Encaminhei-me para a secretaria com o objetivo de pegar os meus horários.

– Bom dia, o que deseja senhorita...? – Uma mulher de meia idade, com os cabelos pintados de azul e os olhos verdes. Estilosa.

– Dupont, Natalie Dupont – Bond, James Bond. Na minha cabeça soou mais engraçado – Eu sou a estudante nova… - Sorri.

– Seu nome completo, por favor.

– Natalie Murphy Dupont.

A mulher me olhou com uma cara estranha.

Credo.

– Só um momento, Srta. Mur... Dupont – Ela sorriu e entrou numa salinha lá.

Pois é vida, mal pisamos no colégio e as pessoas já me tratam estranho. Genial, sério.

– Aqui estão os seus horários, senhorita. Aqui tem uma pasta também com um mapa da escola para ajudar a se localizar e também tem o número do seu armário. Têm outras informações sobre o colégio nessa pasta, as aulas extracurriculares... Vai ter tudo bem explicadinho ai.

– Obrigada – Sorri amigavelmente.

Já ia saindo quando a mulher me chamou e eu me virei.

– Srta. Dupont desculpe-me a ousadia, mas vai ficar na cidade até quando? – Ela parecia muito assustada.

– Eu não sei senhora... Desculpe, não lembro seu nome.

– Michelle Walker.

– Então, Sra. Walker, depende do trabalho do meu pai… - Ela me encarava, me analisava – Perdão, mas, por que pergunta?

– Curiosidade – Respondeu misteriosamente.

O sinal bateu e eu me retirei em direção à sala de História. Isso foi completamente estranho.

◦◦◦

No momento eu estava na fila do refeitório para pegar a minha comida. Foi a mesma coisa de sempre, os professores perguntando sobre os alunos novos e como já era de se esperar, só tinha eu. Logo antes da professora de história se apresentar, as pessoas tinham sido bem simpáticas, elogiaram meus olhos e achando incrível o meu cabelo.

Mas nesse momento eu estava parada no meio do refeitório, tentando achar uma mesa para sentar. Eu não iria dar uma de Cady Heron de Meninas Malvadas e comer no banheiro, eu acho isso extremamente nojento. Achei uma mesa vazia longe de todas as outras e foi para lá que eu me dirigi.

– Olá, posso me sentar aqui? – Eu tinha acabo de morder um cupcake quando ouço essa voz rouca e excitante.

Olhei para o dono da voz e puta merda! Era um dos caras mais bonitos que eu já vi na minha vida. Ele era a cópia de Douglas Booth – aquele ator fodidamente maravilhoso que fez Lola (com a Miley Cyrus) e Romeu e Julieta (de 2013) – e quando eu digo cópia eu não to colocando pressão. EU TÔ FALANDO SÉRIO, GENTE. Pesquisem no Google, porque eu não tenho palavras suficientes para descrever esse Deus. E no momento eu estava tentando achar a minha voz, porque parece que ela decidiu tirar férias.

Cara.

Na moral.

Cara.

PORRA.

Respire Natalie, respire.

E responda o garoto.

– Claro – E sorri, mas tenho certeza que não foi uma coisa muito bonita, porque, assim... Eu desaprendi a fazer qualquer coisa.

– Sua bochecha esquerda está meio suja de glacê – Ele falou e eu passei a mão.

– Limpou?

– Não, espera aí – Ele se esticou e a sua mão macia (PUTA MERDA, ME SALVEM) tocou o meu rosto.

Respire Natalie, respire.

– Obrigada – Respondi quando ele se afastou.

– Você é a garota nova não é? Natalie, é isso?

– Você sabe quem eu sou, mas eu não sei quem você é – Brinquei e ele sorriu. Caralho! (Sim, eu estou percebendo que eu estou xingando pra caralho... Desculpem-me, mas é porque não dá para controlar meu vocabulário perto desse ser) O sorriso dele era perfeito.

– Nathaniel, mas, por favor, me chame de Nate.

Por favor, chame de Nate. Querido, eu posso te chamar de qualquer coisa, portanto que isso acabe com nós dois, na cama, sem roupas – de preferência. Eu não era mais virgem, acho que seria bom esclarecer isso logo. Eu tive um namorado durante um tempo e como eu já me sentia pronta eu mergulhei de cabeça e sim queridos, sexo é maravilhoso. Por que eu to pensando nisso mesmo? Ah, é, Nate. Risos.

– Um prazer te conhecer, Nate.

– Um prazer conhecer você também, Natalie. Seus olhos são maravilhosos.

(Só porque não comentei, não quer dizer que não pensei, beijo, tchau)

– Obrigada – Ele olhava para mim e eu olhava pra ele. Era como se estivesse buscando alguma coisa em mim, não sei o que.

– Porra, Nathaniel, não pode nem deixar a menina chegar à escola direito e já vai jogando charme! – Uma menina interrompeu nossa troca de olhares.

Ela colocou a sua bandeja de comida ao meu lado. Desviei meu olhar e a analisei discretamente. Ela era ruiva e tinha os mesmo olhos do Nate. Seu rosto era coberto de sardas, mas era uma coisa muito linda, combinava com ela. Seus cabelos eram longos e cacheados e ela tinha uma franja curta bagunçada, daquele estilo que termina nas sobrancelhas. Sua pele era branca e seu corpo era magro, mas não era um magro feio. Sei lá, tudo nela parecia combinar. Estava usando um vestido floral que era apertado nos seis e na cintura, depois ele caia bem soltinho e terminava dois palmos acima do joelho. Usava botas marrons.

– Chloe, eu só vim sentar com a Natalie, porque eu não queria que ela sentasse sozinha no primeiro dia dela.

– E eu vou acreditar nisso, Nathaniel. O gene de estupidez da família está em seu DNA não no meu – Ela jogou um cookie nele – Me desculpe por ele – Ela disse para mim.

– Ela adorou a minha companhia – Ele piscou pra mim – Vou indo, tenho treino. Tchau Natalie, como eu disse, foi um prazer conhecer você. Tchau, sardenta! – Ele deu uma ênfase no prazer, ai deuses.

E ele foi embora. E agora eu posso prestar atenção às coisas ao meu redor.

– Então, Natalie... Meu nome é Chloe, sou irmã desse ser que acabou de sair daqui – Ela sorriu.

– Prazer. Vocês são tão diferentes, nem parecem ser irmãos.

– Não parecemos mesmo. Ele é a cópia do meu pai e eu sou parecida com a minha mãe, mas os nossos olhos são dos nossos avós.

– Só uma pergunta meio estranha e desculpe-me se soar meio intrometida, mas seu pai é o Douglas Booth? – Ela simplesmente caiu na risada.

– Não, meu pai é o Richard Campbell. Quem me dera o meu pai ser aquele deuso, herdar nem que sejam alguns daqueles genes... – Ela apoiou o rosto na mão de forma sonhadora e eu ri – Você veio de onde?

– Eu vim do Brasil.

– Você é brasileira? Que fantástico!

– Na verdade eu sou francesa, mas nos mudamos muito por causa do emprego do meu pai... Antes daqui passamos um ano no Brasil.

– Que incrível! – Não tão incrível assim, minha cara – E vão ficar aqui por quanto tempo?

– Ainda não sei, meu pai disse que vamos ficar aqui por um bom tempo, mas ele sempre diz isso. Então eu não sei o que esperar – Respondi sinceramente – E você? Moram aqui há quanto tempo?

– Desde sempre – Ela fez uma careta – Mas eu e minha família sempre fazemos alguma viagem durante o verão, então não é tão ruim.

Ficamos em silêncio por algum tempo e aproveitamos para comer.

– Qual a sua próxima aula? – Chloe perguntou.

– Química e a sua?

– Também, é bom que eu pelo menos pego uma parceira boa. Ano passado eu sentei com o Brandon Williams e foi horrível. Quando tivermos mais tempo eu conto a você sobre ele, mas só um conselho... Não chegue perto, ao menos que queira terminar na lista que ele tem grudada no armário dele – Nós rimos.

◦◦◦

No momento eu estava olhando para a minha cama. Ela estava com todas as roupas que eu tinha trazido na mala e eu estava tentando escolher algo legal. Pelo o que a Chloe me contou, na sexta da primeira semana de aula tinha um festão. É todo o ano a mesma coisa, segundo ela, pois era apenas uma desculpa para adolescentes irem beber, fumar e transar. Se o irmão dela estiver lá, eu realmente não tenho nada contra. Risos.

Eu tinha me aproximado deles e tinha conhecido uma amiga da Chole, chamada Alexia Turner uma morena dos olhos negros muito gente boa. E Kyle Braga um amigo do Nate muito gato, ele era loiro dos olhos castanhos claros e de um corpo muito deuso. Mas a Chloe meio que tinha um rolo com ele. Conheci também o Noah Jones e ele era moreno dos olhos azuis bem escuros e a Alexia tinha um abismo por ele. Voltando ao Nathaniel... Bem. Nós desenvolvemos uma amizade diferente... Tínhamos muito em comum, mas tínhamos muitas diferenças ao pouco que pude perceber, mas estávamos sempre flertando um com o outro. Ficávamos no “chove e não molha”, mas também não tínhamos tido oportunidades. Ainda. Mas a atração entre nós era quase palpável.

Enfim, eu estava a ponto de chorar, eu tinha idealizado a roupa perfeita, só tinha esquecido de um detalhe: ela estava nas caixas que ainda não haviam chegado. Respirei fundo porque eu não era uma bruxa e não poderia trazer as caixas magicamente para cá, infelizmente. Então, peguei um cropped branco com uma estampas tribais em tons de dourado, preto e prata e uma saia meio rodadinha de pregas em um tom preto. Separei um casaco verde musgo para completar a roupa. Catei a minha bota de cano baixo cinza e coloquei junto a minha roupa, depois soquei tudo de volta para as malas. Eu quem não iria arrumar isso hoje.

Olhei para o relógio e eu tinha exatamente uma hora para me arrumar, Chloe disse que passaria aqui às dez da noite. Corri para o banheiro e tomei uma ducha rápida. Fiz uma maquiagem bem básica, base, corretivo, pó, delineador, rímel e um batom cor de boca. Em meu cabelo fiz uma trança que vi em uma revista e achei legal. Ajeitei meu colar, eu o uso desde que me entendo por gente, sei lá... Eu me sinto mais forte e mais protegida com ele. Eram dois cordões: em um tinha uma Lua e em outro uma pedra branca. Pontualmente as dez eu já entrava no carro da Chloe.

– Você está fantástica! Meu irmão vai adorar – Ela sorriu.

Ela estava com os cabelos ruivos presos em um coque, apenas um rímel no olho, porém com um batom vermelho sangue na boca. Usava um vestido preto bem colado ao corpo com um casaco também preto. Seu salto era no mesmo tom de vermelho do batom.

– E se ele não gosta, com certeza outro vai – Disse e nós rimos.

Em poucos minutos chegamos à casa que estava acontecendo a tal festa, era possível ver vários copos no chão e pessoas dançando. O som estava alto pra caralho, mas a casa era meio afastada da vizinhança, então não haveria vizinhos irritantes pedindo para abaixar o som. Entramos na casa e por dentro estava muito cheia, tipo muito. Muito mesmo. Fomos em direção ao bar e pegamos cada uma, uma garrafa de vodka. Não tínhamos visto nenhum de nossos amigos, então começamos a beber e a dançar.

Não sei quanto tempo depois eu já tinha esvaziado a minha garrafa e a Chloe a dela. Estávamos em cima da uma mesa dançando ao som de Undercover da Selena Gomez. De repente sinto braços ao redor da minha cintura e me viro para pessoa.

Era Nate.

– Eu te procurei por toda a festa – Ele disse com a voz rouca em meu ouvido e eu pude sentir o seu hálito de álcool e canela.

– Agora você achou – Foi o que eu consegui dizer antes dele colar nossos corpos.

I look at you and all I wanna do (Eu olho para você, e tudo que eu quero fazer)
Is just disappear
(É simplesmente desaparecer)
Oh oo oo oo oo ooo
I got a craving for you, baby
(Eu tenho um desejo por você, querido)
Can we get out of here?
(Nós podemos sair daqui?)
Oh oo oo oo oo ooo

You're a sexy machine
(Você é uma máquina sexy)
You're a Hollywood dream (Você é um sonho Hollywoodiano)
And you got me feelin' like a Homecomin' Queen
(E você me faz sentir como a rainha do baile)
Let's drop out of this crowd
(Vamos sair desta multidão)
Somewhere no one's allowed
(Ir a algum lugar onde ninguém pode entrar)
I want you oo oo oo oo ooo
(Eu quero você…)

All to myself
(Todo para mim)
I want you all to myself
(Eu quero você todo para mim)
And nobody else, yeah
(E ninguém mais, sim)
You don't need no other lover
(Você não precisa de nenhum outro amante)
We can keep it undercover
(Nós podemos manter isso em segredo)

Selena Gomez (Undercover)

[…]


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram da mudança? Deixe seu review, é muito importante para mim!



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