Break This Heart of Mine escrita por cherry


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem. xo



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1

– Criança – Isaac cuspiu a palavra, debochando de minha falta de profissionalismo em sexo oral. Não irei o culpar por estar me menosprezando com palavras frias de baixo calão, o que farei é aceitar quaisquer críticas que saem de sua boca ligeiramente imunda. – Uma criança importuna com uma falta de experiência total. Em pleno dois mil e quinze, existem pessoas que se descuidam com os dentes. Ah, só você mesmo! – ele censurou, fechando a braguilha da calça e abotoando os botões de sua camisa de linho branca. Suas bochechas fervem de raiva, e meu corpo coberto pelo lençol estremece, sendo meu único refúgio neste momento.

Antes de sair pela porta do motel, inclinou-se na cama apoiando as mãos no colchão, de modo que ficasse cara a cara comigo, me encarou com um olhar de desdém, os cabelos cacheados escorrendo suor.

– A conta é contigo – com um soco na cama, ergueu e foi para a porta, abrindo-a e me encarando com um ódio oculto. – Uma total criança – debochou ele antes de fechar a porta com um estrondo. Não o culpo por estar tão puto comigo, estava no ápice do prazer quando resolvei me descuidar e mordisquei sua glande com um pouco mais de força que fora necessário. Mas um homem de vinte e um anos não deveria ser chamado de criança, e por isso o desprezo.

Enxugando o canto do olho com a costa da mão, eu levanto da cama e recolho minhas roupas do chão, procurando as peças ao redor do quarto, vestindo-as com pressa.

É o que faço para poder pagar minhas contas; desde que meu pai morreu é eu contra o mundo, e não há ninguém mais para me ajudar.

Poderia muito bem pedir um empréstimo para meu grande amigo, Scott, já que trabalha feito louco em sua própria loja de doces com sua namorada Allison, mas já sinto uma energia ruim vindo dele, e entendo completamente.

Depois de me vestir eu deixo o quarto do motel, pago o quê supostamente deveria ter saído do bolso de Isaac, e me dirijo à calçada, afim de encontrar um táxi a esta hora da madrugada.

Retiro do bolso esquerdo de minha calça jeans escura um cigarro que estava avulso em meu bolso, e do outro bolso recolho meu isqueiro vermelho e acendo o cigarro, tragando, dou uns segundos para a fumaça explorar minha boca e depois exalo lentamente me sentindo renovado. Com o cigarro fixo entre o dedo indicador e o do meio, eu sento-me em um banco de madeira marrom, esperando o fantasma de um táxi. E de longe, vejo a proximidade de um carro preto, um New Beetle, eu concluo quando se aproxima de mim, estacionando no lado da calçada.

O vidro escuro desliza, o rosto escultural de um homem com barba por fazer aparece em meu campo de visão, me tirando do sério. Ele sorri para mim, mas avisto uma sombra de preocupação ao perceber meus olhos vermelhos e o cigarro queimando em meus dedos.

– Você faz programa? – Indaga, me encarando dos pés à cabeça, eu tinha encerrado o dia, mas mais um nunca me fez mal.

– Faço sim, senhor. – eu concordo com a cabeça e jogo o cigarro no chão, apagando com a sola do meu tênis. – Vai querer? – pergunto, recebendo em retorno um desleixado maneio de cabeça confirmando seu interesse em mim.

Abro timidamente a porta do carro e sento-me ao seu lado, o cheiro de dentro do carro era reconfortante, e eu me senti em casa. Boto o cinto e ele sorri com meu ato de precaução, sorrio de volta sem vontade.

– Você é muito bonito, garoto. Bonito demais para estar sozinho a esta hora da madrugada, ainda mais jogado em um banco deixando claro que não tem pra onde ir – me ofendo com sua observação medíocre, e fecho a cara.

– Eu tenho pra onde ir, sim. E para sua informação, não estava jogado, mas sim esperando um táxi para me levar para casa – o tom defensivo de minha voz foi automático, mas parece que o homem não se ofendeu com minha audácia, pois bufou pelo nariz como se achasse graça de meu comentário inapropriado, que não fiz questão de retirar.

– Me expressei mal, querido, me desculpe. Me diga seu nome, o meu é Derek. Derek Hale. – disse concentrado na estrada, que estava totalmente vazia, mas acho que gosta de ser rigidamente cuidadoso.

– Stiles Stilinski. - confirmo com um maneio de cabeça – Que nome bonito para alguém tão... Bem, você já deve saber - tento fazer um elogio, mas me embaraço com minhas palavras. Ele me olha de canto e contrai os lábios, contendo um sorriso.

– Um nome um tanto quanto estranho para alguém totalmente deslumbrante. Mas excêntrico, o que me intriga – fixo meu olhar para frente, e a lembrança de meu pai atinge minha mente como uma bala atinge um peito. – Disse algo de errado, Stiles? Peço perdão. Em outros países, tenho certeza que seu nome é magnifico – ele tentou me reconfortar, ao perceber minha expressão cabisbaixa. E não estou gostando do laço em que estamos criando, sinto em meu peito algo estranho.

– Escute, Derek, você abriu a porta de seu carro para me foder ou para conversar? Pois percebi que estamos dando voltas pelo mesmo lugar. O que você quer de mim? Um boquete? Pois se não for isto, pare o carro imediatamente - minha voz soa desesperada e desequilibrada, como se tudo que eu quisesse era ser fodido. Ele me encara sem expressão, o que é assustador, e vou para frente quando ele freia o carro rigidamente na calçada.

É isso! Estou fodido, total e completamente fodido, e não no sentido bom. Ele me encara por alguns minutos, a cena é desconcertante, e sinto como se quisesse fugir para longe, longe dele. Ele está me esfolando com os olhos, agarrando-me a alma.

– Não quero lhe foder, Stiles. Não acho que você seja um objeto para ser usado por sujeitos imundos que não conseguem conquistar um homem usando o coração - eu engulo em seco com suas palavras, ele apoia a mão na coxa e desliza, nervoso. – Parei meu carro para você, sim, mas não em busca de uma foda rápida. Você pareceu perdido, e eu queria ajudar. Me desculpe ter tomado seu tempo, tenho certeza que teria feito algumas notas de cem pelo tempo em que lhe raptei – ironizou a ultima palavra, e mordeu os lábios, não por prazer, mas por total ansiedade.

Eu o encaro por alguns segundos e depois viro o olhar para minhas mãos trêmulas, estou com frio e nervoso, uma combinação não tão agradável.

– Jesus, Stiles! Está congelando - ele me analisa, meu queixo trêmulo pelo ar gélido que entra pela janela do meu lado entreaberta. Antes de fechar a janela, ele arranca de suas costas o casaco preto que usava, e me cobre com ele.

– Você é o assassino em série mais carinhoso e atencioso que já conheci - digo, envolvendo seu casaco em mim. – Não que eu tenha conhecido algum, claro - corrijo-me

Ele força uma risada e fica me encarando, mas logo desvia o olhar ao ver o quão nervoso estou.

– Posso te levar para sua casa? - eu ergo a cabeça e faço que sim, os olhos deles brilhando com minha resposta, e torna a acelerar o carro. – Deixa eu lhe tirar desta vida - achei um tanto desnecessário seu comentário, mas não disse nada, pois foi mais para si do que para mim.

Meu coração está palpitando, e eu estou totalmente satisfeito por ter entrado no carro de Derek, e por ele ter tomado meu tempo precioso. Agora estou sendo levado para casa, pela primeira vez desde minha adolescência.


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Notas finais do capítulo

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Claro, não comente se não gostar, mas caso continue lendo, mandar um oi é sempre bom.
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO XXX



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