Hora do Mergulho - Feche os olhos tome ar. escrita por adiosalasca


Capítulo 2
Nunca olha para trás


Notas iniciais do capítulo

Um tempão sem postar, finalmente postando novamente.



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Existem algumas coisas que você saber sobre mim e qualquer outro mochileiro que chegue a conhecer. {1} nunca confunda um mochileiro com um turista comum, os turistas geralmente não sabem onde estão, mochileiros não se importam. {2} Mochileiros vão para lugares que os atraem. {3} Estilo de um mochileiro, sinto lhes dizer mas não nada programado, quando você não tem muitas roupas, e algumas já estão sujas, você não têm muito de ficar fazendo combinações, roupas surradas, rasgadas com o tempo, não são um problema. {4} Para mochileira como eu, meu cabelo sempre está oleoso, preso, e bastante bagunçado, nem sempre sei quando terei um banho quente. Junto com o cabelo, há milhões de camadas de rímel. {5} Quase sempre estamos bêbados, então não se surpreenda se me encontrar no dia seguinte após uma bebedeira e eu não lembrar de você.

~

Estou sentada na beira mar apreciando o pôr do sol, imaginando quantas pessoas conseguem viver sem tirar cinco minuto do seu tempo para apreciar as pequenas coisas que acontecem todos os dias e seus olhos estão ocupados demais para ver. Deito-me na areia ainda quente, olho para o céu e me pergunto qual será meu próximo destino. Ao anoitecer junto minhas coisas e estou pronta para pegar o próximo ônibus que passar, para qualquer lugar. Deixo minha carta num parque próximo a rodoviária e sento-me num banco, há espera do ônibus. Após algumas horas, o ônibus chega e penso: Finalmente! Hora de sair daqui, adeus New Orleans. Olho para o ônibus e vejo que minha próxima parada em Little Rock será bastante interessante. Subo no ônibus, o motorista confere o canhoto, me acomodo numa das ultimas poltronas do ônibus, e aguardo o ônibus anunciar a partida. E foi, estamos na estrada.

Ao meu lado estão sentados uma garotinha, que deve ter no máximo, uns 9 anos. E sua mãe está na poltrona ao lado.

–Qual seu nome?

–Alice. E o seu? - ela responde sorrindo.

–Luizy. - digo.

Ao longo da viagem, a garotinha mexia nos meus cabelos, sorria envergonhada para mim. Até que um sujeito, alto, não o consideraria magro, de cabelos castanhos cortados num estilo "Justin Bieber", mas não Justin Bieber aos 16 anos, está mais para um Justin Bieber aos 18, fica em pé ao lado da minha poltrona, e diz: - Então você é Luizy?

–Sim, mas vem cá, eu te conheço? - Não me lembro daquele garoto, e não sei como ele sabe meu nome.. - Sem querer ser ignorante, mas eu não me recordo de você !

–Eu também não te conheço, mas ouvi quando você disse seu nome a essa garotinha - disse, olhando para a Alice. - e soube que você era a Luizy que eu esperava encontrar um dia.

Oi? Como assim "esperava encontrar um dia" isso é algum tipo de pegadinha? Olho para ele com ar de confusa e ele continua falando...

–Não é nada disso do que você está imaginando garota é que eu peguei está carta a algumas horas no parque, pensei que fosse grana.. Então a li, enquanto esperava o ônibus para viajar - falou, olhando em meus olhos.

–Então, tá... - disse como quem quer cortar o assunto.

Nesse momento, a mãe de Alice, a chamou para que ela sentasse ao lado de sua mãe, porque seria e é, super esquisito um cara chegar e começar a falar essas coisas com uma garotinha ao lado. Olhei para mãe de Alice e abri um sorrisinho amarelo, após a saída de Alice ele sentou-se no lugar onde ela estava, e sorriu para mim.

–Me conta mais sobre você? - ele disse sendo curioso.

–Ahn... Oi, qual seu nome rapaz? - disse com um tom de ironia, já que ele só tem falado sobre mim, e nem sequer disse seu nome - Se é que posso saber!


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