Who We Are escrita por Moonlight, Redbird


Capítulo 15
Carta XIV: Querida Mags - O que é grande demais pra você?


Notas iniciais do capítulo

Gente, QUANTO TEMPO!
Me perdoe mesmo.
Queria dizer que não foi só a escola, ,mas foi a danada mesmo. Eu sou do grêmio e tals, e ficamos semanas organizando uma feira que funcionou like a comic con, e eu fiquei na stand de jogos vorazes!!!



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Matt batia os dedos rapidamente pela mesa, enquanto olhava para a caneta ao lado de sua mão, depois para o teto, depois para o professor, e por último encarava a folha em branco a sua frente. Repetia esse ciclo por algumas vezes. De vez em quando olhava para Amy e Dylan, sentados em dupla há carteiras distante dele, enquanto via os lábios de Amy sussurrar um “Sinto muito” e os lábios de Dylan formava um “a resposta da terceira é 346 Kelvin”. Ele estava ferrado.

As pessoas precisam compreender que há diversas formas de avaliar uma pessoa antes de chamá-la de inteligente, ou burra. Peeta e Katniss Mellark só sabem ler, fazer contas de matemática básicas e coisas sobre carvão, porque fora somente isso que eles aprenderam nos poucos anos escolares que frequentaram antes de... Bem, de tudo. Foram precários em muitos sentidos, mas se mostraram inteligentes ao compreender coisas aos 17 anos que adultos não compreenderiam, ou aceitariam. Ver Matt debruçado sobre uma prova de física ali, exalando pequenos suspiros de desespero na tentativa de não entregar a prova em branco não lhe daria a inteligência que ele tem em estar estagiando num dos melhores jornais do país. Uma vez ele dissera a sua irmã que as pessoas são relativas, e naquele momento, só parecia uma desculpa pra justificar seu iminente fracasso em Física. Imagine só Físico-Química! Oh Mags, me perdoe...

Matthew olhou para as questões mais uma vez, e se sentiu o pior dos perdedores. Estava sentado sozinho enquanto a sala inteira estava em duplas, tudo porque chegara 5 minutos atrasado e todos já estavam em suas formações, inclusive seus melhores amigos ali, que faziam a prova com tanta maestria que em seus rostos predominavam o tédio.

“A prova é a avaliação de todos os conteúdos desde o ultimo trimestre do ano anterior e do primeiro bimestre desse ano, que foi o bimestre passado, como vocês sabem. Não tem muita coisa, é só uma revisão de tudo o que vocês já aprenderam. Boa prova, e me deixem orgulhoso” Disse o professor. Matthew bufou ao lembrar-se dessas palavras.Conteúdos passados?

O garoto repetiu o ciclo de olhar para a folha, caneta, lousa, professor, Amy e Dylan e dessa vez, olhou para a janela, onde tordos pousavam nos galhos das árvores mais altos. Ele sabia que eles estavam lá desde que seus pais eram pequenos. Alguns desses até presenciaram o momento que seu pai se apaixonou por sua mãe. Ficou ali, observando-os, e decidiu que foi a melhor coisa que fez nessa prova até então. Os tordos lhe lembraram sua infância, sua irmã...

— Frio é psicológico. — Mags dissera, uma vez. Ela tinha seus 16 anos e beirava a 17 e seu irmão havia completado 14 enquanto caçavam juntos pela floresta. — Eu sei, eu sei que tem esse vento gelado e tudo, mas é só psicológico. Você vai esquecer logo logo.

— Impossível, Mags. — Matt reclamou, enquanto olhava para o alto das árvores a procura de esquilos, mas, infelizmente, só encontrara tordos. — Esse casaco não esquenta nada e a gente não consegue nem correr sem fazer barulho. — Disse sussurrando.

— Casacos não aquecem, eles só servem de isolante térmico. — Mags bancou a espertinha antes de dar um ponto final na conversa e apontar para a esquerda, onde vira alguns perus selvagens.Parceiros de caça não conversam durante a caça, pensou Matt, porque fora exatamente isso que Mags queria dizer.

Matthew abandonou a lembrança quando reparou que acabara de encontrar a resposta pra questão n°5, e escreveu-a feliz em sua prova. A lã é um isolante térmico. Matt soltou o ar que prendia ao ver que não iria entregar a prova em branco, e que agora só faltavam... 11 questões. Prendeu o ar novamente.

— Professor? — Chamou alguém na porta da sala.

— Entre Fiama. Sente-se com Matt, ele está fazendo a prova surpresa sozinho. — Respondeu o pedagogo.

Os olhos de Matt brilharam quando seus ouvidos escutaram essa frase. Fiama! Olhou para a garota que andava apressada e sentava-se e na mesa ao lado do garoto.

Fiama era sua amiga de infância: Quando pequena, aprendeu a falar mais tarde que a maioria das crianças e tinha uma extrema dificuldade de se comunicar com as pessoas, o que fez alguns médicos identificar uma doença chamada autismo, embora seu grau da doença fosse leve. Matt, Amy e Dylan a conheceram com seis anos, e ainda são as únicas pessoas com quem Fiama se permite ser carinhosa ao extremo.

— O que você sabe sobre física? — Perguntou Matthew, desesperado, quando a garota terminou de se ajeitar.

— Eu sei que Amy sabe muita coisa de física. Ela faz as atividades pra mim. — Respondeu Fiama, sorrindo de felicidade.

— Ah, que ótimo. — Matt resmungou tristemente. Ele tinha esperança que a amiga realmente fosse boa na matéria. Como a conhecia há muito tempo, ele sabia que Fiama se obcecava pelas coisas que gostava de verdade. É assim que ela é a melhor da turma em matemática.

— Não se preocupe, essa prova não vai nos deixar mal. — Fiama sussurrou. Depois se deitou no ombro de Matt. Como se não desse a mínima importância para a prova. — Como vai, Matty-Matty? — Ela perguntou.

Por viver no seu próprio mundo, Fiama chamava os amigos como queria. Às vezes Amy era Many-Amy e Dylan eraPrettyDyl (Porque Dylan era realmente muito bonito). Em troca, Dylan e Matt a chamavam de Franjinha por causa dos cabelos bagunçados, mas ela se incomodava rápido e sempre arrumava, num toque repetitivo.

— Eu vou bem, Fini. — Matt respondeu, chamando-a do apelido que ela mesmo escolheu para que seus amigos também a chamassem de algo estranho. Elas tinham 10 anos quando isso começou. — Tirando essa coisa de prova. E você?

— Eu também vou bem, mesmo com essa prova. — Ela concluiu. Depois levantou-se do ombro de seu amigo e assumiu um tom sério, como se tivesse 90 anos de idade. — Aliás, você conseguiu aquele estágio?

Ah, claro. Meu nome no jornal é Abraham Lincoln. Se eu falar alguma besteira e começar a ser perseguido, as pessoas nem vão cogitar que eu sou uma herança de guerra. Não posso usar meu sobrenome em público. É isso aí. Óbvio que Matt não poderia responder essas coisas. Tirando sua família (Haymitch e Effie também eram família), Amy , Dylan e sua chefe, ninguém mais poderia saber sobre Abraham. Nem mesmo Fiama, que sempre guardava segredos, por mais absurdo que fosse – tanto que ela sabe que Matt gosta de Amy. Também sabe de todas as vezes Dylan já chorou escondido de Matt e Amy, mas nunca os contou, por mais que devesse. Ele pedira segredo, afinal. Portanto, sempre que algum amigo perguntava, Matt dizia:

— Não. Eu sou muito novo, quem sabe um dia, com mais experiência... é um jornal importante. — Ele disse, com falsa tristeza. — E você, o que vai tentar quando terminar o ano escolar?

— Eu vou fazer roupas. — Ela acenou, numa determinação contente. — Viu esse casaco? Eu mesma bordei. E se eu comprar tecidos, linhas e uma máquina, posso costurar todas as roupas que já desenhei. O que acha?

Matt lembrou-se dos desenhos de Fiama. Não eram do tipo que o lembrava dos quadros de seu pai, e sim, desenhos mais coloridos e brilhantes, como aqueles no caderno de sua mãe. Cinna desenhara aquilo antes da revolução.

— Acho genial. — Ele respondeu. — Você vai ser ótima, e nem precisa de física pra isso.

— Você também não precisa, Abraham. Reconhecia seus textos em qualquer lugar. — Ela sussurrou, bem baixinho. — Assim como eu reconheço essa questão 2... Amy me ensinou! — Fiama tomou a caneta das mãos de Matt e resolveu a questão como um caça palavras.

— E você os acha bons? — Matt perguntou, referindo-se aos textos.

— Suas crônicas? — Confirmou Matt. Fiama sorriu logo em seguida. — Cada palavra de cada um! Você tem um dom especial para isso, não tem?

—Bem, ‘dom é o significado do meu nome... — Ele brincou, galanteador.

Fiama voltou a deitar a cabeça no ombro do amigo, como fizera antes.

— E você não acha que tudo isso é muito grande pra mim? — Matt voltou a perguntar.

Amy Shields achava. Dylan, embora tenha apoiado, não conseguia esconder por muito tempo o receio a cada palavra que seu amigo proferia contra algo que a grande maioria acreditava. Quem é que garantia que pilotar aerodeslizadores era mais seguro do que ser um escritor?

— O que você acha que é grande demais para você? — Fiama sussurrou. — Quando eu era pequena, falar com qualquer um era grande demais para mim. Eu acho... que a vida era algo grande demais pra mãe do Dylan, porque ela se matou. E a sua mãe liderou uma revolução, mesmo que aquilo seja grande demais pra ela. Então, se eu fosse você, eu continuaria escrevendo. Eu acho que você anda muito preocupado pra esquecer que é só um adolescente de 17 anos. Qual é! Relaxa.

Fiama, com sua pequena falta do senso sobre aquilo que deve – ou não – ser citado, fez com que o amigo refletisse sobre as coisas. Ele tinha 17 anos. A vida estava ali, fazendo com aquele ele se preocupe com uma atividade de física e com seu futuro numa diferença de 10 minutos. Não era assim que as coisas funcionavam. Primeiro: Ele estava vivo, saudável, e tinha uma família. O resto, eram passos a se dar, lentamente. Tentaria se lembrar disso toda vez que se sentisse inseguro – ou o contrário: Quando se sentisse maior do que realmente era.

Não demorou muito para que Fiama reconhecesse outra questão e fizesse o mesmo com todas as outras 10 questões da prova que – Com a ajuda de Matt que, ao menos, se lembrava das fórmulas – foram facilmente resolvidas.

Mais tarde, Dylan, Amy e – agora – Fiama o acompanharam até metade do caminho da sede do News of Panemenquanto se dirigiam até suas casas. Matt não costumava ir lá pessoalmente: Desde ganhara estágio, Envy Summers criou um email para que ele enviasse seus textos, fazendo com que ele criasse uma pequena e útil relação com computadores. Dessa vez, no entanto, Envy Summers o convocou para uma pequena reunião.

Matt passou 15 minutos esperando na recepção, e exatamente como na primeira vez, ele ainda estava nervoso.

— Matt! — Envy saudou, saindo do elevador. Sua pele estava menos dourada, talvez pelo tempo que passou longe de seu distrito natal. Sua tatuagem de ondas ainda estava ali, menos chamativa dessa vez. N.V tinha papéis e pastas em sua mão, e Matthew correu para evitar que ela os derrubasse no chão, levando-as até a mesa da sala de sua chefe.

— Espero que não tenha me chamado aqui para me demitir. — Ele sorriu nervoso com a piada. Depois, passou a pensar se aquele era realmente o propósito de NV, e aquilo o deixou mais nervoso ainda. Eu vou ser demitido?

— Não! — Envy respondeu rindo, como se lesse a mente de Matt. — Eu vim te pedir uma publicação especial.

Envy então contou a Matt sobre seu sobrinho recém-nascido, diagnosticado com a doença Varíola Neuroforme.

— É uma doença pouco conhecida e discutida, embora tenha sua origem ao fim da guerra da revolução. — Ela acrescentou. — Eu gostaria de ler sobre isso num jornal, em que todos tivessem acesso. E embora eu mesma possa fazer isso, não vejo como alguém faria isso mais perfeitamente bem do que você para escrever sobre.

— Eu não vejo como eu faria melhor do que você. — Em qual Mundo você faria algo melhor do que seu chefe? Um passo de cada vez. Lentamente. Se lembre.

— Você fala sobre a revolução sem ao menos citar seus pais, e eu não faria o mesmo com a varíola e meu sobrinho. É antiprofissional, eu sei, mas passa a ser uma questão emocional para mim, e para minha família, e até para o jornal. Não se pode dissecar e finalmente dar atenção às coisas ruins só porque elas aconteceram com você.

Matthew concordou, internamente. Ele fizera uma crônica sobre o Distrito Dois sem ter ligação alguma com ele – salvo por, talvez, Gale Hawthorne, com quem mantinha uma distante relação agradável. Também escrevera uma crônica sobre os perigos da falta de empatia nas pessoas, lembrando-se dos acontecimentos recentes com sua irmã. Se ele sempre contava coisas que aconteciam com o Mundo afora, e com ele? A quem ele contaria as coisas que acontece com ele? Sua irmã, Mags.

Querida Mags

Eu estou estranho essa semana. Espero que você me entenda.

Fiama, apesar de ter um leve grau de autismo foi a única que conseguiu enfiar na minha cabeça teimosa aquilo que Dylan. Amy, Tio Haymitch e até mesmo você já tentaram:

Eu sou adolescente.

Vivemos nossos dias porque eles são sempre os primeiros, e os últimos. Nunca são somente dias. Quando são, nós não nos sentimos o suficiente, e Mags, eu desejo nunca me sentir ‘’não suficiente’’ nos meus 17 anos. Eu não vejo a hora de ter 20 anos, logo depois 25 e essa coisa toda, mas meus 17 anos, Mags... Meus 17 anos são eternos. Eu sinto tudo, e eu vejo tudo, e eu vejo meus amigos partindo, vejo alguns formando famílias, e os vejo através dos meus olhos. Eu os ganho, mas nunca os perco. Eles também têm seus eternos 17, e terão seus 17 quando tiverem seus 77. Em seguida, seus 87. E quando seus netos tiverem seus 17 também. Tá muito redundante, mas quando se tem essa idade, as palavras se tornam “não suficientes”. Será que aquele estágio no jornal é pesado demais para mim, agora, nesse momento?

A resposta é não. Sou eu quem decide o que consigo carregar. O que é grande demais para mim? Venho pensando nisso.

Sei que não tem muita coisa acontecendo na minha vida, e definitivamente você esta muito mais ocupada do que eu. Acontece que o descobrir da vida não é tão interessante quanto parece ser. Eu vou para escola. Eu escrevo. Eu tenho uma quase namorada. E eu sou normal. Não foi isso que nossos pais sempre quiseram para nós? Eu tenho 17 anos e o governo não está me perseguindo. Isso é uma vitória! Embora eu sinta que os tempos de paz estão para acabar e meus 17 me farão falta. Os seus fazem, não fazem?

Eu sou muito orgulhoso de você, na medida que sinto sua falta. Do Dools deve ser um lugar muito legal, porque só a ideia de existir uma sala com musicas penduradas na parede me deixa maluco. Phoebe e Nash são garotas que eu gostaria de conhecer. Elas parecem ser bem divertidas. E esse cara, Audrick... Eu não sei. Eu não gosto da ideia de ouvir gente fazendo coisas ruins com você, mesmo que esse cara tenha sido justo de alguma forma em algum momento.

Por falar nisso, toda a sua história me fez refletir, e isso está na crônica que envio para você. Espero que não fique magoada com isso, e que as pessoas leiam e reflitam como eu fiz. Que elas não ataquem mais a você, ou nossos pais, ou o Distrito Dois, ou uma as outras. O estágio mais importante da paz, além de estarmos em paz com nós mesmos, é estar em paz com o próximo. Como você pode formar uma sociedade com pessoas que se odeiam vivendo em casas lado a lado? Ódio gratuito não faz bem a ninguém. Não faz bem a Phoebe, ou a você, ou aos seus agressores. E eles são babacas porque não veem isso.

Eu quero mudar de assunto com alguma coisa feliz, e eu não vejo nada mais feliz do que Effie. Diga a ela que ela me deixa feliz guardando as coisas de Abraham.

Sobre a Variola neuroforme: Confesso que a primeira vez que ouvi falar sobre foi na sua última carta. Ia te perguntar o mesmo, já que Envy quer que eu escreva sobre. É uma doença desconhecida, e as pessoas devem ter informações acessíveis. Talvez seu trabalho na Healths Angels me ajude com algo, não? Tio Haymitch foi o único que nos deu alguma informação sobre isso.

Para encerrar, eu me dei muito bem na última prova de física. Se tivesse algum lugar como a Healths Angels aqui no doze, esse lugar seria a casa e Fiama, porque ela realmente é um anjo. (Ela fez todas as questões. Yes!)

Até mais, Mags.

Com amor,

Matt Mellark.





FOLHA DOIS

OS PERIGOS DA FALTA DE EMPATIA

Abraham Lincoln

Não há muito tempo atrás – talvez 40 anos, ou dois minutos – as pessoas perderam a capacidade de ver seu inimigo, ou alvo de ódio, como seres humanos. O que acontece conosco quando perdemos a capacidade de reconhecer seres humanos?

A lúcida realidade que estimula a violência. Assemelha-se a caminhar por uma estranha, com seus pés pisando em terra, pedras e plantas. Embora as plantas sejam vida, seu cérebro não age condescendente com ele. O mesmo com insetos, ou animais que não servem de alimentos. Mas e pessoas?

Embora não tenha atingido as plantações dos Distritos Nove e Onze, o ódio gratuito foi certamente uma das pragas que mais atingiram, moldaram e colocaram Panem a baixo. É formado no cérebro, e este entrega informações para o restante do corpo, principalmente os punhos. É difícil saber, no entanto, até que ponto o ódio gratuito é culpa do portador: É claramente estranho, explicar para seu cérebro, que você odeia uma pessoa por suas mudanças corporais. Ou por seu Distrito. Ou por quem ela se relaciona. Em casos mais graves, seu cérebro aceita e processa a informação de que seus punhos vão atingir uma pessoa cujo ódio fora despertado pelo simples fato dela existir.

A falta de empatia com o outro e emoções de uma forma geral não forma cidadãos, nem médicos, nem agricultores. Geralmente – acostume-se com a vida real – ela forma psicopatas. Pessoas frias, perversas, manipuladoras, transgressoras de regras sociais, desprovidas de sentimento de compaixão, isentos de sentimentos, culpa ou remorso, raciocínio frio e calculista combinado com uma total incapacidade de tratar as outras pessoas como seres humanos pensantes e com sentimentos e que visam apenas o próprio benefício.

Seguir a ideia de pessoas com tais características, e apoiá-las em suas ações, é por nossos pescoços nas mãos de pessoas com venenos nos lábios, pronto para envenenarmos quando lhe for conveniente. Parece um flashback, ou um dos romances de literatura, mas se você olhar para o lado e ver que é real – que é a vida real – logo sua vida estará em perigo também. Quando um dominó cai, os outros a sua frente também vão ao chão.

Psicopata não é somente um adjetivo, assim como “depressão” também não é. Se você não é um, aceite que estamos há mais de 100 anos tentando moldar um mundo onde a justiça funciona para todos. Onde somos iguais. Ainda não chegamos nesse ideal, mas sua falta de empatia em desconsiderar alguém como “ser humano” faz com que você também não seja considerado um ser humano.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo é dedicado a Amanda.

Pelos seus lindos e eternos 16 anos.
Pela sua guerra particular.
Por me ensinar a viver.
Por ter sido o suficiente.
Por ter sido uma estrela durante todo esse tempo.
Por ser uma estrela agora.
E eu, que ainda estou aqui, e que te amei por 11 anos, vou te amar para sempre, aonde quer que esteja. Com meus 16 anos. Logo após, meus 17. 77. 87. Quando meus netos tiverem seus 17.
Não há guerras, nem câncer nesse mundo poderá matar o amor.



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