Who We Are escrita por Moonlight, Redbird


Capítulo 1
Prólogo.


Notas iniciais do capítulo

Olá, eu sou a Thay, e sejam bem vindos a Who We Are!!!Espero muito que vocês gostem do que está por vir. Este primeiro capítulo (assim como toda a Fanfic) é narrado em 3° pessoa, porém é mais formal do que os próximos. Estes, terão visão pessoal dos filhos de Katniss e Peeta.PS: Pra quem pulou os avisos (eita zé!) esta fanfic é continuação de "O Diário de Pequeno Tordo". ( http://socialspirit.com.br/fanfics/historia/fanfiction-as-vantagens-de-ser-invisivel-diario-do-pequeno-tordo-1658996 ) Como já dito, talvez haja algumas referencias internas a fanfic, mas eu e a Redbird escreveremos WWA com enredo ÚNICO sem influencia direta sobre O Diário.Portanto, apreciem e boa leitura. :D~~Thay



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Os estudantes seguram seus pequenos blocos de anotação enquanto circulam em passos apressados atrás do homem de preto, um pouco baixinho e rechonchudo demais para ter tamanha responsabilidade num prédio de quase 400 metros de altura – sim, definitivamente, o maior prédio de toda a Panem. Ele seguia dentre corredores naquele prédio cinza, com estrutura a vidro e cristais, e com cores claras em seu interior. Shoshanna Twin, a designer responsável pela paisagem e decoração interior do prédio, tinha como objetivo um ambiente de trabalho que refletisse calma e seriedade. Já Sir Baelfire Flenner, o maior arquiteto de Panem, nascido e criado no distrito 9, fez a estrutura do prédio com a intenção de mostrar aquilo que o prédio significa: Poder.

Ninguém poderia negar.

Situado no centro da Capitol – a duas quadras onde pertencia o antigo centro de treinamento de tributos – o Departamento de Ciência e Química de Panem era um dos locais mais importantes do país. No seu núcleo, um dia de excursão para os estudantes ansiosos querendo conhecer os locais aonde irão, possivelmente, passar parte de seu futuro dedicando-se inteiramente a serviço da nação. Diversas áreas importantes disponíveis: desde produtos cosméticos, abrasivos, defensivos agrícolas, explosivos, produtos químicos industriais, preservação de alimentos, produtos de limpeza, até química medicinal (com soros e vacinas). Já na ciência, o estudo da terra, elementos naturais, e áreas que se expandem em biologia, geologia, climatologia e etc. O senhor diretor rechonchudo andava dentre cada uma dos departamentos e os apresentavam para os alunos. No fim de cada palestra sobre a importância daquele trabalho para a nação atual de panem, mãos eram erguidas e perguntas eram feitas.

— Mais alguma dúvida? — Perguntava o diretor ao fim de cada passeio dentre os departamentos. Seu olhar, no entanto, não se dirigia igualmente a todos os alunos: naquele dia, aquela garota morena de olhos azuis hipnotizantes e sua total satisfação eram a preocupação do diretor. Ela é uma Mellark, dizia ele em pensamento. Pior: uma Everdeen. E desde que a presença dela foi notada dentre o grupo de 50 estudantes, todos prestam atenção em seus passos, olhares e palavras. Não que a moça em si fosse famosa, mas o país inteiro gosta de saber se uma das duas crianças Everdeen-Mellark, – ou Evellarks, ou Pequenos Tordos, alguns dos apelidos que a imprensa lhes deu desde seu nascimento – esta plenamente feliz e satisfeita. Afinal, ela é uma herança de Guerra para o país: Aquela garota, é a primeira do casal de tributos vencedores da 74h edição dos Jogos Vorazes – os únicos dois vencedores da mesma edição na história dos jogos – que, no ano seguinte, foram para o Massacre Quaternário e logo em seguida, foram peças essenciais do cabo e guerra entre Rebeldes e Capital.

Quando Margareth Mellark nasceu, no dia 25 de Agosto, um dos jornalistas mais importantes de Panem, Leif Ephraim, colocou sua foto na primeira página do jornal com a seguinte descrição: “Eles seguiram em frente. Assim como você pode”.

E é por isso que essa garota tem que estar satisfeita, pensava o diretor rechonchudo. Como é que alguém vai abalar a esperança em pessoa?

Mas quando Margareth Mellark percebia os olhares do diretor e os reconhecia – era apenas mais um dos vários iguais que as pessoas lhe lançavam desde sua estadia na Capitol – ela simplesmente agia como achava certo: Lançava um olhar agradecido, negava, e seguia em frente.

Às vezes, toda essa preocupação consigo a preocupada: Margareth não gostava de ser o centro das atenções aonde andava. O problema é que não há nada que pudesse fazer para não ser: As pessoas reconheciam seus olhos, seus traços e seu sobrenome de outras pessoas: Seus pais.

Margareth, assim como seu irmão mais novo Matthew, sempre soube reconhecer a importância dos seus pais para a nação. Especialmente a sua mãe, o Tordo da revolução. Mags também sempre soube o valor que tinha dentre as pessoas, mesmo não tendo feito nada de especial. Ela sempre soube que tudo o que recebe é um reflexo sobre a imagem de seus pais. Não como se todos a tratassem bem: Alguns ainda acreditavam na loucura de Peeta Mellark, os boatos sobre o veneno de teleguiada e seu telessequestro que se espalharam desde o fim da guerra. Além disso, Katniss Everdeen assassinou a quase presidente de Panem Alma Coin ao vivo, e foi julgada inocente pelo argumento de que estava louca. Filha de Heróis, ou Herdeira da Loucura. As pessoas aqui já deveriam ter aprendido a dar mais valor somente as suas próprias vidas.

Claro que, por estar na Capitol, toda a atenção recebida é 10 vezes pior.

Diferente da maneira que era há mais de 30 nos atrás, as pessoas da Capitol não usam roupas tão diferentes dos distritos. Ainda mantêm-se as cores vivas e chocantes, mas é somente uma maneira de – ainda – homenagear os que se partiram na guerra. Roupas e sotaques é a única coisa que diferenciam os Capitollinos (apelido dado aos cidadãos da Capitol) dos cidadãos do Distrito. A renda financeira, o estilo de vida, moradia, emprego, e segurança – tudo é igual. Mesmo para os capitolinos, que tiveram dificuldades em se adaptar ao admirável mundo novo, uma vez que seus ancestrais não tinham trabalhos tão cansativos quanto os povos dos distritos. No entanto, depois ter suas vidas poupadas pelos Vitoriosos, os capitolinos aceitaram seu lugar na sociedade como um todo e desde então vem dado tanta produção quanto os distritos.

Uma vez que os Capitollinos não eram os mesmos, digamos aqueles seres extravagantes, seu jeito de notar Margareth Mellark fazia-se diferente do que poderia vir a ser se fosse há 30 anos. Alguns ainda a tratava como uma celebridade que ela não era, entretanto, a maioria somente lançava olhares. Olhares de reconhecimento, admiração, medo demais pra chegar perto, hesitação demais em chegar perto. Diferente dos Distritos, que lhe abriam sorrisos acolhedores de vez em quando. Graças aos seus passeios escolares, Mags já esteve em todos os distritos. No entanto, depois de certo tempo, passou algumas semanas no Distrito Dois, no Quatro, no Sete e no Onze. As pessoas de lá são adoráveis, diferente das pessoas da Capitol. Elas me assustam aqui.

Desde a revolução, fez-se novo uso do espaço Capitol. É um local não muito residencial, de fato: Os melhores teatros, prédios comerciais e faculdades se localizam lá, por a infraestrutura facilita o processo. No entanto, desde a revolução, os distritos ganharam valor e suma importância, já que a origem do dinheiro e dos melhores empregos parte de lá. Não somente por cada mão de obra idealizada há quase 100 anos desde os dias escuros – como cada função que cada distrito deveria fazer – mas sim, porque desde o fim da guerra, cada distrito foi capacitado para distribuição de mão de obra, fonte de renda e segurança a seus moradores.

— Desde o fim da revolução. — o diretor rechonchudo lança um novo olhar à Mellark ao dizer a palavra revolução. Tão obvio, pensou entediada. — Nossos jovens, sejam ele dos nossos honrados Distritos ou da Capitol, tem a chance de estudar, e escolher seu futuro através de sua profissão. Para isso, vocês passaram pela cerimônia do Teste de Aptidão aos 17 anos, onde passaram três dias em atividades para auxiliá-los a escolher seu futuro, para garantir a você e sua família uma chance de boa vida. Entretanto, tanto os testes de aptidão quanto os resultados dele são facultativos, ou seja, somente você é o responsável por escolher a profissão que lhe convém. E nós esperamos que, depois da visitação de hoje, vocês tornem-se peça importante do futuro de nossa nação. — Completou assim, seu discurso de despedida, onde os estudantes se dirigiam a seus respectivos meios de voltarem para casa.

— Que grande besteira! — Exclamou Mags. Um tanto furiosa, porém no fundo, decepcionada. O resultado do seu teste estava num envelope em suas mãos, e antes mesmo de rasga-lo, seu irmão o tomou e leu cuidadosamente.

— Então... — Ele a olhou novamente. Matt via claramente nos olhos da irmã a decepção que sentia com aquele resultado. Matt sempre via nos olhos da irmã todos os sentimentos dela. Eram próximos demais, e eram melhores amigos. — Realmente, uma besteira. Militar? Eles querem que você seja uma Militar? Você mal acerta coelhos primeiro do que eu. — Ele tentou uma piada, o que a fez rir e esquecer um pouco o que os dois sabiam: O resultado dos testes só mostrou Militar porque Margareth mostrou o sobrenome.

— Eu não gosto de matar coelhos. — Se defendeu. — São inocentes. Já cães selvagens te atacam se você não atacar primeiro. Esses valem a pena.

— Mas não tem um gosto muito bom. — Sorria Peeta Mellark, adentrando a cozinha, com a testa suada do trabalho próximo ao forno diariamente e com um de seus pães na mão, como fazia diariamente. — Vim trazer isso para você. E vim ver seus resultados. — Ele disse à sua filha.

Serviço Militar. Na descrição do folheto oficial, distribuído pelo governo, Serviço Militar se descreve como: Jovens mulheres e homens, corajosos, com habilidades físicas e psicológicas uteis e capazes a serviço de proteger a nação e garantir a bonança duradoura. Seja um herói: Aliste-se no Distrito mais próximo de você (D13 ou D2) e junte-se a nós para garantir a Panem a paz, prosperidade e segurança.

Entretanto, para toda a família Mellark, o Serviço Militar servia apenas para uma razão: Por os filhos do Tordo para lutar. Para ser um Mártir. Para sustentar uma herança que eles não têm a culpa de carregar. Mais um golpe de propaganda, que seus filhos não eram obrigados a coagir.

— Os resultados deram Serviço Militar. — Mags falou, enquanto Peeta parava de sorrir e Katniss chegava – aparentemente da floresta – com um esquilo morto na bolsa. Mags repetiu novamente os resultados, com o objetivo de fazer com que seus pais ouvissem claramente. — Dentre os três dias de provas, eles colocaram grupos de 20 pessoas em uma praia, ou selva, ou em uma campina simultaneamente e nosso objetivo era chegar num forte primeiro do que o outro grupo. Todos deveriam chegar juntos, e não poderia deixar ninguém para trás. Os criadores nos observariam individualmente. Deveríamos salvar uns aos outros de armadilhas, esperar caso eles não tenham condições físicas, e nos alimentarmos caso tenhamos fome ou sede.

“Eles me colocaram num grupo na floresta, e eu tenho certeza que eles sabem que eu praticamente nasci em uma. Eu encontrei água, cacei animais, mas fiquei presa em tantas armadilhas que fui um atraso para o meu grupo. O problema é que as minhas “habilidades” deram uma vantagem de tempo tão grande ao meu grupo que eu poderia cair em dez dessas armadilhas e ainda chegar em primeiro. E foi isso que eles viram. Eles acharam que eu era uma líder. Talvez pensassem: “olhe, ela mata esquilos e se chama Mellark, vamos botar na linha de frente dentre soldados”. Mas eu não sou uma líder, e não quero ser. Isso é besteira, e eu não vou entrar no serviço militar. Eu tenho uma escolha que vocês não tiveram e... sinto muito por falar assim.”

Katniss Everdeen Adentrou a cozinha e abraçou sua filha – agora, do seu tamanho, não mais o bebe que temeu em carregar e que o consolou em seus braços. “eu estou tão orgulhosa de você” dizia ela. “Tão orgulhosa, eu te amo tanto, tão orgulhosa”.

— Eu vou fazer química medicinal, sabe — disse Mags, sussurrando em seu ouvido durante um abraço. — vou pesquisar sobre as plantas do seu livro. — Mags se soltou de Katniss, porém ainda segurava suas mãos e agora, dizia em voz alta. — Vou descobrir remédios e fazer medicina avançada com as nossas plantas. Eu não tenho habilidades de curandeiro que vovó e Prim tinham... mas ainda somos de uma família boticária.

Katniss Everdeen se sentiu feliz. Algo que somente seus filhos e seu marido faziam. Diariamente, por sinal.


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