Trouble escrita por Little Swiftie


Capítulo 1
Prologue


Notas iniciais do capítulo

Então, esse prólogo é só pra tentar mostrar como é a vida da Annie pra vcs poderem comparar como ela vai ser depois de tudo.
Não pretendo pedir banners para colocar nos capítulo, apenas usarei gifs.
Espero que gostem, boa leitura!



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— Você deveria calar a boca.

— Não se fala assim com uma mulher!

Acordo com gritos vindos lá debaixo. Ótimo, meu dia já começa cheio de brigas. Solto um longo suspiro e sento-me em minha cama, olhando em volta em busca de meu Iphone. Encaro-o na pequena estante que tenho em meu quarto. Levanto rapidamente da cama e vou ao seu encontro, olhando as horas e logo depois minhas mensagens.

Oito da manhã.

"O que pretende vestir hoje?" Uma mensagem de Delilah.

"Bom dia, gata." Outra mensagem de Luke.

"Vamos fazer compras mais tarde?" Mais uma mensagem de Delilah.

— Por que você não age como um homem competente? — ouço novamente gritos vindos do andar debaixo. Acho que eu deveria resolver isso.

Percebo ter mais cinco mensagens, porém apenas largo o Iphone ali mesmo e saio de meu quarto, andando pelo corredor e logo depois descendo as escadas. Entro na cozinha me deparando com minha mãe furiosa, com os olhos vermelhos e os cabelos bagunçados, e com meu pai nervoso, com os punhos fechados e o terno amassado. Hey, eles estavam brigando ou se pegando? Safados.

— Que merda está acontecendo aqui?

— Seu pai não sabe respeitar uma mulher, apenas isso — diz Atena com uma voz tensa. — Bom dia, querida. Não fale palavrões logo de manhã.

— Não considero "merda" um palavrão. E o que é falar isso perto de uma briga dessas? — digo revirando os olhos. — Se controlem, não sou obrigada a aturar as brigas de vocês todos os dias de manhã.

— Desculpe, Annie — sussurra Frederick. — Passamos dos limites, você realmente não precisa ouvir nossas brigas.

— Vou me arrumar para o colégio. Será que vocês conseguem não se matar enquanto isso? — pergunto irônica, caminhando em direção as escadas e voltando a subi-las, não esperando a resposta de ambos.

Tomo um banho calmo, e assim que termino, volto ao meu quarto para escolher o que vestir. Pego meu par de botas pretas, uma saia rosa e uma blusa social branca, depois pego minha jaqueta. Não é o que eu costumo a vestir, mas eu estou atrasada, então até que a escolha está boa. Volto ao banheiro e coloco minhas lentes, eu odeio usar óculos. Passo uma leve maquiagem, enquanto penso o que fazer em meus cabelos. Já que lavei os mesmos e estou sem tempo, decido apenas secá-los com o secador e depois prendê-los num coque.

Desço as escadas e apanho minha bolsa na sala, junto com minhas chaves. Meus pais provavelmente já foram para o trabalho. Saio de casa e ando até a garagem. Entro em meu carro, abrindo o portão e acelero.

O trânsito não está tão ruim. Hoje terei de me apressar, talvez eu não consiga tomar meu café. O sinal fecha no quarteirão anterior ao de minha escola. Ligo o rádio e olho em volta, vendo uma lanchonete no final da esquina. Em frente dela há um grupo de garotos conversando, todos tatuados. Dois deles estão fumando, e quase todos estão de preto. Esse é o tipo de gente que nunca vai ter uma vida decente. É bem provável que todos estejam presos daqui a alguns anos, e suas famílias terão vergonha que ter alguém assim convivendo com eles. São uns fracassados na vida, isso é fato. Ainda bem que estou longe dessa gente, não pretendo acabar com minha vida perfeita do jeito que esses seres acabaram com as deles.

Uma buzina me desperta, o sinal já abriu. Acelero o carro, chegando rapidamente no colégio. Entro no estacionamento e vejo que minha vaga diária está ocupada. Que sorte. Manobro o carro e acho outra vaga no final da linha de automóveis.

Não há ninguém ali. Saio do carro e, junto com minha bolsa, caminho o mais rápido possível até a rua e encaro a cafeteria na qual sempre tomo café, fechada. Decido voltar e ir ao pátio, temendo que as aulas já tenham começado. Vejo Luke ao longe conversando com um grupo de amigos. Delilah está do outro lado do pátio. Encaro o relógio que tem na parede a esquerda, dois minutos para o sinal tocar. Meu olhar cai sobre as mãos de Luke, vendo um copo fechado de café. Por favor, Deus, que ali ainda tenha café.

Caminho apressadamente, mas ainda tentando jogar um charme com o barulho dos saltos das botas batendo na cerâmica. Os olhares estão em mim. Adoro.

— Bom dia, Luke — digo me aproximando e sorrindo. Seus amigos param de falar por um instante e me olham. Também os cumprimento.

— Bom dia, Annie — Luke me responde. Sinto um de seus braços passar por minha cintura e me levar mais contra si, como um "abraço". Ignoro isso como em todos os dias. Luke e eu ficamos na festa desse último final de semana, e a partir de então ele acha que temos alguma coisa. Ergo meu braço e alcanço o copo de café em sua outra mão. Está um pouco pesado. Ótimo, ainda tem café.

O sinal toca e eu trato de levar o copo à minha boca antes que as aulas comecem. Sinto o gosto do café escorrendo por minha garganta, ainda está quente.

Os amigos de Luke terminam de conversar e se despedem. O mesmo deposita um beijo em minha bochecha e também vai embora junto com o resto dos adolescentes.

Vejo Delilah se aproximar para depois acompanhar os outros estudantes.

— Bom dia, flor do dia — comenta animada, já começando a caminhar comigo.

— Bom dia — respondo. — Não sei por que ainda me manda mensagens perguntando o que irei vestir. Você sabe que eu sempre acerto.

— Curiosidade — diz.

— Mas eu nunca te respondo — lhe encaro com certa dúvida no olhar, como se fosse óbvio.

— Tudo bem, eu paro — ela fala e logo depois solta uma curta risada. Sorrio.

Chegamos no segundo corredor, onde é encontrada a sala de Física, a primeira aula de Delilah hoje. Ela me dá um leve abraço e se despede, entrando na sala. Continuo a andar pelos corredores, abrindo um longo caminho por entre os estudantes perdidos pelo colégio. Eu amo chamar atenção. Tenho uma ideia repentina e, assim que percebo, já levei minha mão esquerda aos meus cabelos e desfiz o coque num piscar de olhos.

Balanço meus cabelos para ajeittá-los discretamente e sorrio para o nada ao sentir novamente que sou o centro das atenções. Mas como nada dura para sempre, eu chego no quarto corredor, aula de Filosofia.

Minhas três primeiras aulas passam devagar, e isso me estressa. Passei todos esses horários conversando com Delilah pelo Iphone. Nós acabamos que combinamos mesmo de fazer compras hoje, afinal, nunca fazemos nada a tarde. No intervalo, conversei com mais pessoas. Luke se sentou a minha mesa junto com seus amigos, como de costume. Delilah levou Sarah e Megan, outras duas amigas nossas. Meus dias no colégio eram sempre assim. Eu chegava, chamava atenção, aprendia (ou tentava aprender) alguma coisa, conversava com as pessoas e depois ia embora. No final eu não podia reclamar, afinal, tem gente que tem a vida bem pior que a minha.

Agora eu estou no último horário, hoje não tenho sete horários, apenas seis. Graças a Deus. O prefessor de Matemátia explica a materia nova, que eu não faço a mínima questão de saber, depois pego algumas anotações com Sarah, que também está nessa aula.

Não demora muito e o sinal toca. Sou uma das primeiras a sair da sala. Passo pelos corredores movimentados novamente e me encontro com Luke e Delilah por um instante. Despeço-me de Luke e, já que Delilah me pede uma carona, não vejo problemas em levá-la.

Entramos em meu carro e eu logo saio do estacionamento. Traçamos nosso caminho ao som de "Drive By". Deixo-a na porta de sua casa e me despeço com uma leve buzina.

Após alguns minutos no trânsito, que agora já está um pouco mais complicado, eu finalmente chego na rua de casa. Por coincidência, minha mãe também está se aproximando com seu carro. Ela entra primeiro na garagem e depois eu faço o mesmo.

— Saiu mais cedo por quê? — pergunto ao sair de meu carro e ir ao seu encontro.

— Minha última reunião foi cancelada. Não havia mais nada para resolver no escritório, então decidi voltar — respondeu dando-me um abraço. — Como foi seu dia?

— Bom, e o seu? — começamos a caminhar para dentro de casa.

— Tirando alguns problemas da empresa, foi bom também.

Minha mãe destranca a porta e, assim que a mesma é empurrada, me deparo com algo que eu nunca esperei ver. Uma mulher sentada no colo de meu pai, no sofá, o beijando.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Comentem e eu vejo quando posso postar o próximo ♥ Bjs



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