Quem Sabe Amanhã escrita por Forest


Capítulo 1
Quem Sabe Amanhã


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira fic de Juvia e Gray, desde que eu criei esta conta no Nyah, pensava em escrever algo do casal, mas nunca cheguei a escrever. Referente a está fic, eu tinha escrito ela, ai apaguei, refiz, não gostei novamente, apaguei e consegui escrever está que vocês estão prestes a ler. Espero que gostem. Boa leitura



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Quem sabe amanhã

Juvia caminhava até a guilda, estava alegre naquela manhã, pois era um novo dia no qual ela poderia passar ao lado de seu amado gélido. Pelos seus cálculos já se passaram 450 dias desde que conheceu Gray e desencadeou sentimentos tão fortes e belos. O mais puro e sincero amor. Um amor que toda mulher gostaria de experimentar uma vez na vida, e Juvia era afortunada por ter estes sentimentos amarrados ao seu nobre coração.

Chegando a guilda percebeu que o ambiente não estava dos mais confortáveis, já que aquele dia foi premiado com um calor digno do deserto mais quente presente naquele planeta. Todos suavam litros, se sentiam indispostos. Em contraposto, Juvia, que não era afetada pelo ambiente por possuir magia de água entrelaçada em seu corpo. Mesmo com todos estando desconfortáveis, ela se dirigiu a procura de Gray, usando seus olhos de águia para localizar o mago de gelo e com a experiência que adquiriu em procurar Gray por tanto tempo, o localizava com tamanha facilidade, e este foi o caso. Juvia correu imediatamente para o lado de Gray; deu-lhe seu saudoso e amoroso “bom dia”, no qual Gray sempre se mostrava desconfortável, mas este desconforto não conseguia se definir como algo ruim ou bom.

O plano de Juvia para o dia era de ficar o máximo de tempo possível perto de Gray. O mago de gelo estava aparentando certa sonolência, pois não conseguiu dormir muito bem devido estar voltando de uma missão. Juvia rapidamente oferece o colo para que seu amado possa descansar a cabeça e até mesmo se entregar ao sono atrasado, mas o mago simplesmente recusa o inocente convite de Juvia, mas a própria insiste, mas a ação seguinte de Gray foi fria igual sua magia, ele simplesmente recusou novamente, com um tom mais sério e fechado, e também se afastou da mesa, deixando a pobre maga solitária.

Gray tinha estes momentos gélidos e cortantes, que causavam fortes alfinetadas no coração de Juvia, alfinetadas que penetravam com certa discrição e lentidão, mas que causam tamanha dor. E mesmo seu coração em plena dor, sua alma se dividia, não era a primeira e nem ultima vez que ele teria tal ação, e não seria a primeira vez que sua alma choraria e nem a última.

Juvia decide passar o resto do dia fora da guilda, tinha a intenção de andar pela cidade, tentar esquecer o fatídico momento, mas acabou se sentando em frente ao pequeno rio que atravessa a cidade. O engraçado era como as horas passavam rapidamente, pois já era final de tarde e logo o céu se tornaria negro e infestado de estrelas. Juvia olhava as pessoas indo e vindo, seus destinos? Desconhecidos. Olhava os casais passando, e um cisco de inveja se abriria em seu espírito; Juvia sabia que em certos momentos, ou na grande maioria deles, ela demonstrava seu amor de forma equivocada e exagerada, tinha plena consciência deste fato, mas é realmente possível conter o amor? É possível se manter neutra enquanto seu coração bate tão forte, que pode rasgar seu peito? Talvez algumas pessoa conseguiriam, mas Juvia não, se deixava levar, e tentava não se sentir culpada, pois tudo se tratava de amor.

Às vezes tudo que Juvia queria era apenas um sorriso no verão, um abraço no inverno, um beijo na primavera ou uma caminhada de mãos dados no outono.

Juvia se contorcia mentalmente, até que uma velha amiga veio a seu socorro, Erza. A própria a convidou para ir à sorveteria da cidade, pois todos estariam lá. Juvia pensava em recusar gentilmente, mas a escarlate não aceita respostas negativas.

Alguns minutos depois, lá estava Juvia na sorveteria. Gray também estava lá, mas Juvia preferiu se manter afastada, não gostaria de sentir alfinetadas novamente em seu coração. Juvia pediu um sorvete de morango, algo para adoçar um pouco aquele dia amargo. Olhava para Gray, e mesmo que as pontadas anunciassem que estavam prontas a qualquer momento para o ataque, Juvia não conseguia parar de olhar para seu amado, era instantâneo, e em uma destas olhadas, seus olhos se encontraram com os dele, algo rápido, que causou certa vergonha a ambos. Juvia decidiu lutar contra sua natureza, e se concentrar em seu sorvete, e assim que ia degustar o sabor do morango, alguém acabou esbarrando em seu ombro, e consequentemente causando a queda do sorvete no chão; não era dos melhores dias, Juvia se perguntava se acordou com o pé errado, causando este azar. Lógico que a tristeza veio, pois independente da idade, quando temos um sorvete desperdiçado desta maneira, nos tornamos crianças choronas, e o interior de Juvia chorou, chorou como uma criança que teve seu brinquedo quebrado. Mas por fora se mantinha neutra, não ia chorar, seria forte, como a tempestade. E quando menos esperava, sentiu uma leve cutucada em suas costas, e quando se virou visualizou Gray próximo a ela, seu coração bateu forte como um pugilista na disputa pelo cinturão. Gray olhou em seus olhos, e lhe ofereceu o seu sorvete para Juvia; o sorvete era de chocolate, mas naquele momento o sabor era o que menos importava, pois aquela ação tinha um sabor doce, que nenhum sorvete na terra conseguiria alcançar.

Juvia pegou o sorvete, sua mão tinha agido automaticamente, e em nenhum momento ela desprendeu o olhar do olhar de Gray. Os olhos negros do rapaz refletiam ela, e ela podia afirmar que a expressão em seu rosto era encantadora. Gray assim que se tocou que o sorvete já estava em posse de Juvia, quebrou o contato visual, e saiu caminhando, mas enquanto passava por Juvia, sussurrou em seu ouvido, e Juvia escutou um pedido de desculpa. Juvia teve vontade de chorar, mas não um choro de tristeza, um choro de alegria, suas bochechas foram pintadas de vermelho, e seu corpo esquentou como o calor que fez aquele dia.

Juvia decidiu ir para seu dormitório, estava com uma vitamina de emoções percorrendo seu corpo, usufruía do sabor do sorvete e pensava consigo, que este dia foi exatamente igual a todos os outros 449 dias, dias em que o enredo possui uma grande bipolaridade. Pois Juvia mesmo amando Gray, não sabia se ele possuía os mesmos sentimentos, o gesto de alguns minutos atrás poderia ter sido apenas pena, mas Juvia e seu coração preferiam a opção em que Gray a amava, era reconfortante esta opção, que infelizmente ainda não era assinalada como a correta na prova final. Quem sabe amanhã, ele não declara seu amor? Quem sabe amanhã, ele infelizmente recuse o amor? Quem sabe amanhã, Juvia não viva mais neste romance bipolar.

Realidade ou desejo incerto, o amor é o elemento primitivo da atividade interior; é a causa, o fim e o resumo de todos os defeitos humanos. (Alexandre Herculano)


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Espero que sim.Caso tenha encontrado algum erro me avise.Obrigado por ler :)



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