Living With Love - Interativa escrita por Akeno Suzuno


Capítulo 3
Apresentações


Notas iniciais do capítulo

Yoo minna! Espero que gostem do capítulo! Eu achei legalzinho e espero que vocês gostem ^^
Até a próxima!



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Pov Rirako

Estamos esperando Tio Edgar começar a atividade. Nos sentamos em uma roda, estava escuro e a única iluminação que tínhamos eram as luzes dos postes que haviam fora de casa.

– Pessoal, prestem atenção um minutinho. – Kami! Tio Edgar tem o poder do controle mental, não é possível! É incrível como todos o obedecem! Bem... mas deve ser por causa da ordem de seus pais... – Aqui eu tenho alguns papéis. – Disse ele levantando várias folhas. – Eu entregarei uma folha para cada um. Vocês irão escrever seus nomes nelas, dobrá-las e me entregar. Em seguida, eu irei coloca-las nessa urna, - Diz ele batendo de leve na grande urna de madeira. – e os sortearei. Vocês abriram o papel que pegaram, e irão falar de vocês para a pessoa que tiraram. Entenderam? – Todos fizemos que sim com a cabeça. – Ótimo, vamos começar.

Tio Edgar começou a entregar os papéis. Assim que peguei o meu, tratei de escrever meu nome com minha melhor letra.

Coloquei meu papelzinho na urna e me sentei, esperando o resto do pessoal. Estava sentada a direita de uma garota albina de olhos verdes, muito fofa, Angel, se não me engano. E a esquerda de um garoto de cabelos vermelhos, com uma... tulipa? Bem, com alguma coisa no topo da cabeça. Não faço idéia de como se chama.

– Minna, todos colocaram os papéis aqui? – Todos assentimos. – Começarei a sortear, então.

Estava com os dedos cruzados, não quero que uma pessoa chata pegue meu nome. Assim que ele chegou com a urna até mim, remexi bem os papéis na hora de escolher um.

Suzuno Fuusuke.

É a primeira vez na minha vida que eu sinto inveja da caligrafia de alguém. Não me lembro direito dos rostos... mas tenho quase certeza de que sei quem é.

– Todos pegaram os papéis? – Tio Edgar fez uma pergunta retórica. – Ótimo, iremos começar com o Endou. – Todos olhamos para o garoto, que sorriu largamente, como ele pode ser tão feliz?

– Eu tirei a Thainan-san.

– Thainan... – Tio Edgar fez um sinal para que ela falasse. E depois de bufar algumas vezes, ela finalmente pronunciou-se.

– Como já deve saber, sou Yoshida Thainan, eu gosto de silêncio, e não gosto de pessoas barulhentas, como você. – Ela falou áspera e apontou o pobre garoto na maior cara de pau, que abaixou a cabeça e se encolheu um pouco. Nosso instrutor deu sinal para que ela continuasse. – A pessoa que eu tirei se chama Madoka. – Ela anunciou, com certo tom de sarcasmo na voz. Mas a garota, em vez de se abalar, sorriu abertamente.

– Bem... não sei exatamente o que dizer... eu espero que gostem de mim... eu gosto de música, de nadar, de estudar e... – Foi interrompida bruscamente por uma gargalhada alta que por sinal, vinha do cabeça de flor ao meu lado.

– HAHAHAHAHAHA! Quem é que gosta de estudar? – Perguntou a si mesmo, limpando as lágrimas, como se o que acabara de dizer fosse a piada mais engraçado do mundo.

– Pessoas inteligentes e que tem um cérebro em vez de minhocas na cabeça. – Pff... me segurei para não rir, mas sem sucesso. Comecei a gargalhar da cara do garoto, que me olhava com cara de bunda. E quem disse isso? Aquele garoto com os cabelos brancos e para o alto, segurei minha vontade de ir até lá, apertar a mão dele e pedir um autógrafo pois Tio Edgar começou a bater palmas, chamando a nossa atenção, já que todos nós conversávamos alto.

– Crianças, crianças! – Diz ele ainda batendo palmas. – EI! ME ESCUTEM SEUS VAGABUNDOS! – Ele perdeu a paciência e gritou, todos fizeram silêncio. E questão de segundos depois, uma foice voa na direção de Tio Edgar. PUTA QUE PARIU, UMA FOICE!!! Por sorte do destino ou uma visão super ninja da parte do Tio Edgar, a enorme arma faz apenas um arranhão em sua bochecha esquerda. – Muito bem... quem fez isso? – Ele pergunta na maior tranquilidade do mundo... estranho. O silêncio tomou conta do local.

– Fui eu, porquê? – Revirei meus olhos na direção da pessoa que tinha se pronunciado. Era uma garota de cabelos azulados, que estava com as mãos no bolso da bermuda e uma expressão despreocupada.

– Hunf, garota insolente... – Tio Edgar resmungou limpando sua roupa com leves batidas. – Ah, e caso não tenham notado, a Madoka-san não terminou de falar. Continue, por gentilez...

E mais uma vez Tio Edgar foi interrompido, por um vulto negro. QUE ISSO AGORA, HEIN!? VIROU FESTA NA CASA DA COMADRE LURDE!? Mas questão de alguns segundos depois, só consegui vir o dono da cabeleira azul em estado de espanto enquanto... Kiyara? Isso mesmo! A garota prendia o coitado do homem com os joelhos e as mãos e mirava incessantemente seu corte na bochecha, onde um filete de sangue escorria. Meu Kami... esse povo é louco!

– Kiyara, o que está fazendo? – Arqueio a sobrancelha e vejo uma garota loira e de olhos vermelhos como escarlates perguntar, ela vira a cara, agora com os dois olhos avermelhados completamente a mostra, sua pele mais pálida que o normal e seus caninos enormes. Essa era sua forma original, certo? Pois sinto uma aura nada boa saindo daí. Mas em vez de responder, ela apenas fez um barulho estranho, mostrando ainda mais os dentes. Ela vai morder o Tio? Não! Não posso deixar! Sinto que preciso fazer algo.

– Não, nem pense! –A garota foi tentar impedi-la, mas foi jogada longe pela mesma. O que eu posso fazer? Pensa rápido Rirako, vamos, vamos!

Meio que sem pensar, levantei minha mão para o alto e de lá, saiu uma bola de fogo, que joguei para o céu, fazendo um enorme barulho, e chamando a atenção de Kiyara, que cobriu os olhos, e deu passagem para o Tio Edgar vazar dali. Dei um enorme sorriso.

O clima ficou meio pesado, Kiyara e Ran se desculparam pelas tentativas de matar a única pessoa que consegue nos aquietar, enquanto o dito cujo tinha ido colocar um curativo no seu corte.

– Okay, okay pessoal! Todos ainda estão aqui? – Tio Edgar novamente voltou, já botando ordem na parada.

– E por que acha que nós iriamos sair para outro lugar? – Perguntou a Thainan, fria, sem demonstrar nenhuma emoção.

– Porque o responsável pelo bem-estar de vocês nessa mansão, sou eu. Se algo de grave acontecer a vocês, seus queridos papais vão botar a culpa em mim. – Ele disse fazendo aspas com os dedos. – E para que isso não aconteça, preciso ter certeza de que vocês não tentaram fugir, ou algo parecido. – Thainan se calou, muito contragosto e quase para acertar uma no pobre homem também, mas se conteve. – Como eu ia dizendo, Madoka-san não terminou de falar, por favor, continue.

O clima estava meio pesado com o que havia ocorrido a pouco, mas mesmo assim, tivemos que continuar a “atividade dinâmica”.

– Ahn... okay... bem, como eu ia dizendo... eu gosto de música, de nadar, de estudar... e não gosto de pessoas como você! – Ela apontou o cabeça de flor, mudando seu tom de voz gentil, para um assustador. Arregalei os olhos em espanto. – Creio que seja isso! – Sorriu amavelmente. – Eu tirei a Hikari-san!

Hikari, a garota de cabelos negros e olhos azuis se levanta, com um sorriso no rosto, qual é, todo mundo é happy agora!?

– Yoo! Já que é para me apresentar... sou Kenzou Hikari. Digamos que eu gosto de sair... mas creio que isso não será possível aqui. – Olha descaradamente para Tio Edgar, com certo desprezo e sarcasmo estampado nos olhos azulados. - E bem... não gosto... não tem algo que eu não goste, especificadamente. - Diz fazendo gesto. – E... acho que é isso! Eu tirei a... Natsumi. – Eita porra! Nunca vi tanto desprezo e nojo sendo colocado em apenas uma palavra. A garota citada devolve a “ofensa” com o olhar.

– Sou Natsumi Raimon. – Ela joga uma mecha do cabelo acastanhado e encaracolado para trás. Meio exibida, não? – Como devem saber, meu pai é o dono de uma das maiores associações criadas na história, ou seja, somos muito ricos. Não que esse finzinho de mundo seja agradável, até porque eu nunca concordei em vir aqui dividir o mesmo espaço físico que vocês, um bando de animais, mas creio que possamos ser amigos e nos dar bem, não é mesmo?

– Fale só por você. – Hikari provocou, com um sorriso de canto. – Também não estou feliz de dividir meu espaço com gentinha da sua laia, mas não fico me lamentando e me fazendo de coitadinha por aí.

– Saiba que não estou me fazendo de coitadinha, garota. Apenas comentei que não é de meu agrado dividir espaço, não mais com eles, agora sim com você! – Ela apontou Hikari. É treta! É treta!

– Ei garotas, não quero mais brigas entre ninguém aqui! – Ah, tem que ser o estraga prazer do Tio Edgar... Hikari virou a cara com um enorme bico, e Natsumi bufou se voltando para nós.

– Tudo bem... eu acabei de descobrir meu ódio imenso por uma certa laia, não vim aqui para arrumar confusão com ninguém, mas como sempre, existe uma selvagem para acabar com o clima de paz entre nós... – Um longo suspiro de sua parte foi ouvido. O que ela falara é verdade... por mais que nos odiemos, estamos conseguindo viver em paz, e isso me deixa extremamente feliz!

Natsumi se sentou em seu lugar, anunciando que tirara Nagumo Haruya, que era o cabeça de flor ao meu lado.

– Ér... não acho que interesse muito saber sobre mim, mas saibam que adoro fogo! – Pôs a mão na nuca em sinal de constrangimento. E logo depois, juntou as duas mãos atrás da cabeça, fazendo uma cara pensativa. - E odeio, mas odeio mesmo, aquelas pessoas que não sabem valorizar o que tem, seja materialmente ou sentimentalmente. Cafona, eu sei, mas isso me irrita muito pois existem pessoas que dão o seu melhor para conseguirem alguma coisa que o outro indivíduo tem quando quer. Isso é muito triste... bem é isso! Eu tirei Matsukaze Rirako. – Uau! O que ele disse tocou bastante, conheço tanta gente assim... e senti que aconteceu o mesmo com a maioria. Ah! Só agora lembrei que meu nome foi citado. Ajeitei minha postura e me anunciei.

– Sou Matsukaze Rirako e gosto bastante de... – pensei um pouco. – De fogo! E de doces também... e do Pimpão! – Comecei a contar nos dedos. – E não gosto de... ser... desprezada. É isso! Tirei Suzuno Fuusuke.

O garoto dos cabelos estranhos se levantou, observou o pessoal a volta e suspirou.

– Não tem muita coisa que eu goste, sabe... mas aprecio bastante dias frios, e o silêncio. – Nossa! Senti uma indireta na última frase! – E consequentemente, não gosto nem um pouco de barulhos e dias frios. Creio que seja isso. – Nossa, que garoto mais chato! Nunca vi alguém tão sem emoção quanto ele. – Angel Aimer Tsubasa.

Ele fez um gesto e a garota se levantou, meio corada. Ela é fofa, não é?

– A-Angel Aimer Tsubasa. Gosto de música, doces, animais, ursos de pelúcia... mas creio que se fosse falar tudo ficaria até amanhã. – Ela deu um sorriso, mas tão bonito, capaz de acalmar o coração de qualquer um. – Mas direi rapidamente que não gosto de lutas e várias outras coisas. Kiyama Ran.

A garota se levanta com um sorriso diabólico em seus lábios.

– Sou irmã do Hiroto, - Apontou o garoto ruivo e de olhos verdes. Bem, pelo menos o cabelo dele não é estranho como o de certa pessoa ao meu lado. – Gosto de chá e doces. – Ela, estranhamente, enfiou o dedo no nariz, e depois olhou sorrindo estranhamente para sabe-se lá o que havia tirado de lá. Que. Nojo. De relance, olhei para seu irmão, que estava com um facepalm, ri baixinho. – E não gosto de gente chata, e silêncio. Hehe. – E mais uma vez, um sorriso demoníaco delineou-se em seus lábios. – Hideochi Ayume.

– Olá. – Ela disse sem emoção. Se parecia muito com Kiyara tirando o fato de seus dois olhos vermelhos estarem visíveis e seus cabelos soltos. Logo abriu um sorriso. – Gosto de doces, e gravatas de caveira. – Sorriu infantilmente mostrando a gravata que usava. – E não gosto de gente que me critica, acho que cada um tem que cuidar de sua vida! É isso. Fideo Aldena.

– Eu poderia passar essa, Edgar-san? – Ele nem se dá ao trabalho de levantar-se da cadeira. Bufou ao receber a resposta negativa. – Fideo Aldena. Gosto de pizza e odeio gente lerda, me irrita... não há mais nada que precisam saber. Suzuno Hoshina Utau.

A garota, loira de olhos roxos, também levanta-se sem emoções em seu rosto. Qual é! Agora temos um bando de robôs!

– Serei breve. Sou prima do Fuusuke. Gosto de doces e de frio, consequentemente, odeio o calor. Creio que seja isso. Tirei a Mioko.

– Sou Mioko! – Disse dando um breve aceno. – Gosto de desenhar, de comida, - vi seus olhos brilharem. – E não gosto de abelhas, sangue... carne... – Sua expressão era de nojo.

– Como alguém pode não gosta de carne? – Ouço Yasmin falar indignada, ri com isso.

Essa será uma longa noite...

Mais tarde, todos haviam terminado suas apresentações, e eu caminhava ao lado de Yasmin e Angel, elas são boas pessoas. Mas ouço um enorme barulho quando estávamos passando pela porta da sala. Me virei para trás e vi Angel com a mão na sua testa, gemendo baixinho e quase chorando de dor.

– Meu Deus, Angel! Você está bem? – Yasmin perguntou preocupada.

– Sim... – Fala com a voz meio falha.

– Deve olhar por onde anda da próxima vez! – Comentei, ao mesmo tempo que a alertava.

– Creio que não serei capaz de fazer isso... – Ela abaixou a cabeça, sorrindo fraco. Ahn?

– Ué, por que não? – Eu disse, já me virando novamente.

– Bem... eu sou cega.

... pisquei os olhos algumas vezes para tentar processar a situação... PUTA MERDA!!! Nossa, estou tão constrangida, cara! Eu dei meu melhor sorriso amarelo enquanto Yasmin me ohava com uma gota escorrendo pela cabeça.

– Ah, me desculpe, me desculpe, me desculpe... – Tentei me concertar, mas ela apenas sorriu com as bochechas rosadas.

– Sem problemas... mas bem, vamos?

– Sim, vamos. – Yasmin respondeu por mim, ajudando Angel.

[...]

Pov Narrador

Natsumi encontrava-se sentada em sua cadeira, de cabeça baixa. Madoka, ao notar a tristeza da garota, se senta na cadeira ao seu lado.

– Olá, está tudo bem? – A garota sorriu. Natsumi levantou o olhar.

– Bom, mais ou menos...

– Qual é o problema? – Madoka ajeitou-se em sua cadeira.

– Sabe, sinto que ninguém aqui gosta de mim...

– E por que acha isso?

– Não viu aquela garota, a Hikari!? – Diz com puro ódio. – Ela faz questão de me menosprezar e me humilhar o tempo todo... só respondo para me defender mas... parece que não faz a mínima diferença. – O olhar de Natsumi estava frio e marejado, ela mantinha os punhos cerrados.

– Se aclame... você não deveria ligar, dizem que cada um devolve o que tem dentro de seu coração, não é mesmo?

– Sim... obrigada. – Natsumi sorriu. – Acho que podemos ser amigas, Madoka-chan! – Apertou a mão da outra.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? Socos na cara? Chocolates?
Espero que tenham gostado! Até a próxima!
Kiussus :*