Annabeth: Eu estava terminando de arrumar minhas malas para a viajem, iria morar em Miami, na Florida, quase não acreditei quando descobri.

Flashback on:"Minha mãe, Thalia, Percy e eu aviamos acabado de atravessar o gramado para casa do Vovô Zeus, assim que chagamos, Tio Poseidon veio ao encontro de minha mãe, com um sorriso bobo no rosto, com o doce. Percy e eu nos olhamos, nós sempre desconfiamos que eles tinham uma queda um pelo outro ou que ate mesmo no passado, eles tenham tido algo, e nós eramos totalmente a favor de eles assumirem um relacionamento, já que minha mãe era adotada e eles não tinham nenhum laço de sangue.

Depois de cumprimentarmos a todos, nos reunimos na mesa para o almoço, era sábado da família, o que significa que temos que passar o dia todo juntos. Almoçamos o mais tranquilamente possível, o que que dizer que Thalia, Nico e Percy não brigaram tanto.

Assim que almoçamos, fomos para o quiosque á beira da piscina, ficamos jogando conversa fora ate que Tio Hades veio nos chamar:

-Crianças, venham, a sobremesa vai ser servida e nós precisamos falar com vocês.

Nós nos olhamos e caminhamos rumo a varanda, nos sentamos e comemos o doce que minha mãe fez em silêncio ate que:

-Já chega, estou me corroendo por dentro, vou falar- disse Tia Afrodite fazendo nossos pais riem.

-Pode falar, Dite.- disse Vovô.

-Ótimo- comemorou ela.- Vocês sabem que as aulas na universidade da Florida começam em uma semana e meia e que quase todos vocês optaram pela mesma instituição de ensino, certo?
-Sim- respondemos todos juntos.

-E também sabem que Apolo e Átemis, meus gêmeos fizeram a mesma escolha, porém, para a California.- disse Tio Poseidon.

-Então, chegamos a conclusão de que a melhor alternativa seria manda-los para morarem juntos em uma casa próxima a universidade, em Miami, já que não poderiamos ir junto pra lá por causa das empresas.- completou minha Mãe.

-COMO É QUE É?- perguntamos nos lavantando.

-É isso mesmo, vocês vão para Miami amanhã, as 10:30 da manhã.- disse Tia Dite sorrindo.

-AAH MULEKOTTTT, NÓS VAMOS MORAR JUNTOS EM MIAMI, BONEQUINHA- gritou Leo, se virando para Bianca e beijando-a. Eles namoravam a mais ou menos 7 meses, assim como Piper e Jason, mas esses já estavam juntos desde seus 15 anos.

-Não to gostando nada disso.- comentou Tio Hades, cruzando os braços.

Nós rimos e Leo soltou Bia.

-Ah Hades, deixa de ser careta. -disse Tio Hefesto

-É tio Hades, deixa de ser careta- disse Leo dando um selinho em Bianca, provocando o sogro.

Tio Hades olhou para ele com visível pensamento de como iria mata-lo, Leo engoliu em seco e se afastou de Bianca.

E então, do nada, Nico gritou:

- A GENTE VAI PRA FLORIDA, PORRAAAAAAA-tirou a camisa, o único dos meninos que ainda vestia uma, e pulou na piscina.

Nós nos olhamos e sorrimos.

-VEM GENTE, A ÁGUA TA UMA DELICIA.- gritou ele pra gente.

Eu sabia que Percy seria o próximo a pular, todos sabiam e iram esperar ele pular, pois sempre ele fazia alguma coisa antes de entrar, e ninguém queria perder.

Assim como eu sabia que ele seria o próximo, ele também sabia que eu não iria pular, devido ao fato de eu não saber nadar direto, eu nunca pulava, eu entrava, mas nunca pulava.

Ele me olho travesso, e eu vi em seus olhos o que ele iria fazer. Tentei correr, mas ele era mais rápido, me agarrou pela cintura e me jogou nas costa, como um saco de batata, sem ao menos fazer um esforço.

Ele andava normalmente comigo pendurada, eu gritava e comecei a me debater, mas ele ria, como se eu estivesse fazendo cacegas nele.

-PECYYY, POR FAVOR?!-implorei

-Relaxa, sabidinha.- disse ele rindo

-Percy, você sabe que eu não sei nadar direito, eu vou me afogar!- disse

Ele parou. A principio pensei que me colocaria no chão, mas então ele me virou, me segurando como uma criança e fazendo-me entrelaçar minhas pernas em sua cintura. O jeito como olhou em meus olhos me fez lembrar de quando eramos pequenos e ficavamos olhando as estrelas, com admiração, sorrindo.

-Annabeth, você confia em mim?- perguntou ele, mas seus olhos diziam que não era bem essa pergunta que ele queria fazer.

Eu desviei o olhar e comprimi os lábios, concordando com a cabeça.

-Você acredita mesmo que, um dia, eu irei te machucar de alguma forma?- perguntou ele. Não sei se foi impressão minha ou aquela frase transmitia um duplo sentido, mas neguei com a cabeça, novamente.

Então ele aproximou sua boca de minha orelha. Senti o olhar de todos sobre nós e corei.

-Então por que tem medo?-perguntou, com uma voz rouca, me fazendo arrepiar. Novamente fiquei em duvida sobre o dublo sentido.

Encostei a cabeça em seu ombro sentido seu cheiro e disse um "não sei" tão baixo que imaginei que ele não teria ouvido, mas ele ouviu.

-Eu não vou te machucar e nem deixa outra pessoa fazer isso.- respondeu ele.

Respirei fundo e levantei a cabeça sorrindo.

-Pronta?- perguntou.

-Pronta!- respondi confiante.

Ele me deu um beijo na testa e me colocou de cavalinho em suas costa dessa vez e correu, eu prendi a respiração e as únicas coisas que vi foi milhares de bolhas de ar e um moreno me puxando para a superfície.

E assim o dia passou, em meio a brincadeiras e risadas e ate algumas briguinhas..."

Flashback off.

Estava quase terminando de arrumar minhas malas, quando resolvi tomar um banho. Assim que terminei o banho, vesti um pijama e fiz um coque em meu cabelo.

Quando fechei a primeira de minhas duas malas, ouço um barulho na sacada, mas não vejo ninguém, e com ninguém quero dizer Percy, já que ele é o único que entra na minha casa pela minha sacada, até porque a sacada dele é de frente com a minha, então...

Ouço novamente e vou ate lá, nada.

-Pishhiu- ouço alguém chamando do quintal.

Olho para baixo e vejo um Percy jogando pedrinhas na porta da minha sacada com apenas uma calça de moletom, uma caixa de pizza em uma mão e na outra uma sacola com o que parecia ser quatro latas de refrigerante e uma barra de chocolate.

-A escada- diz ele.

Olho para o lado e pego a escada de emergência que fica na na parede ao lado da sacada e apoio-a nas grades para que ele possa subir.

Quando chegou lá em cima deu um sorriso e um beijo e minha bochecha.

-Entra logo, ta frio aqui.- disse eu rindo.

Ele entrou e me esperou fechar a porta.

-O que faz aqui a essa hora?- pergunto sorrindo.

-Aaan, eu tava atoa lá no meu quarto, ai vi que a luz do seu quarto ainda estava acessa e eu tinha pedido uma pizza e como eu não queria comer sozinho, pensei, por que não..? E aqui estou eu.- disse ele abrindo os braços e sorrindo feito uma criança.

-Bom, sendo assim, sinto-me honrada em pode ser sua companhia e comer essa pizza com esse cheiro maravilhoso nessa noite agradável de -90 graus- disse eu rindo.

-Olha só, não adianta você fingir que esta feliz com minha presença, eu sei que você ta morrendo de fome e só quer minha pizza.- disse ele se sentando e colocando a comida no tapete do meu quarto e rindo.

-Idiota!- respondi rindo e jogando um travesseiro que acertou o peito dele, que deitou no chão fazendo drama.

-Óó, HOMEM FERIDO, HOMEM FERIDO!- gritou- ENFERMEIRA!

Ele rolava de um lado para o outro como se estivesse machucado, me fazendo rir. Resolvi entrar na brincadeira.

-Estou indo, soldado- disse me levantando e pulando da cama.- IUU IUUU IUUU.

Ele ria tanto que nem precisava mais rolar para fingir dor.

-Onde doi, soldado?- perguntei rindo.

-Óó, meu coração, linda moça- disse ele rindo ainda.

-Vou opera-lo, bom senhor.- disse rindo e montando em sua barriga.

Passei minhas unhas por onde seria seu coração, fingindo opera-lo.

-Pronto!- disse pondo a mão na cintura e sorrindo.

Quando olhei para ele, notei que ele estava sorrindo com as mãos embaixo da cabeça, servido de travesseiro, e um olhar meio bobo, que me fez olhar para baixo e corar.

Apoie minhas mãos em seu abdômen para me levantar, mas nesse momento ele as segurou. Eu gelei. Ele segurou meus puços com uma mão só e com a outra acariciou meu rosto.

Eu fechei meus olhos suspirando. Foi então que pensei: PUTA QUE PARIU, AGORA FUDEU, JÁ ERA.

Abri meus olhos e o encarei, ele me encarou de volta.

E então, em um movimento brusco e rápido, porém muito delicado, ele inverteu as posições, colocando suas mãos sobre minha cabeça e costa para que eu não as batesse.

Retirou a mão que estava embaixo de mim e usou seus cotovelos de apoio, a outra ele enroscou em meus fios loiros e deu um leve puxão, aproximou seu rosto do meu e roçou seus lábios em minha orelha, onde deu uma leve mordida na ponta, passou por minha clavícula depositando pequenos beijos, até chegar em minha boca.

Ele comprimiu os lábios e encostou sua testa na minha. Eu estava sem reação. E então ele me beijou; e a única coisa que queria e pude faze foi retribuir. Foi ai que o mundo parou de girar.

Só nos separamos quando o bendito ar faltou.

Ele me olhou por um segundo sorrindo, e eu também, mas então ele ficou serio e com um olhar triste.

-Droga!- resmungou baixinho saindo de cima de mim e me ajudando a levanta.- Perdão, Annie. Não sei o que deu em mim, por favor, me descul...

-Percy, calma ai, não fizemos nada de errado, e nem foi a primeira vez também.- disse eu me aproximando. Levantei as mão para tocar seu rosto, mas ele segurou meus puços novamente.

-Annabeth-disse ele me encarando-nós perdermos o bv com 13 anos em um jogo de verdade ou desafio é uma coisa, eu te agarrar no seu quarto dessa maneira com 18 anos é outra completamente diferente!

-AAH É PERSEU?- perguntei irônica-ENTÃO ME EXPLIQUE O MOTIVO DE SER DIFERENTE, POR QUE EU REALMENTE NÃO SEI!- gritei brava soltando meus puços de suas mãos.

-A DIFERENÇA, ANNBETH, É QUE NAQUELA ÉPOCA EU NÃO PENSAVA EM VOCÊ DA MESMA FORMA QUE PENSO AGORA!- ele gritou de volta me encarando.

Lagrimas brotaram em meus olhos, vi ele passa as mãos em seus cabelos e abaixei a cabeça.

-De que forma, Percy?-perguntei baixinho.

Ele suspirou.

-Não sei se estou pronto pra fala, ou até mesmo se devo.- respondeu.

Concordei com a cabeça.

Ele se aproximou e levantou meu rosto, enxugou delicadamente uma pequena lagrima que escorreu e me deu um beijo na testa.

-Acho melhor eu ir embora.- sussurrou me abraçando com a boca ainda em minha testa.

-Não vai não, por favor.

Ele suspirou e me abraçou mais forte.

-Posso ate fingir que não aconteceu nada, se você quiser, te juro, mas fica aqui. -pedi.

-Tudo bem- cedeu ele por fim. Eu sorri contra seu peito e me afastei.

-Olha, eu realmente to com fome, minha mãe me deixou sem comida.- falei me sentando no chão e abrindo a pizza. Ele riu.

-Espera ai um pouquinho-falou ele de repente assustado- cade sua mãe?

-Hummm, saiu pra um encontro com um "amigo", por que?

-SUA MÃE SAIU PRA UM ENCONTRO HOJE?- gritou ele me assustando .

-Foi, por que? Aconteceu alguma coisa?- perguntei, agora preocupada.

-Ahnn, não, quer dizer, não sei é...

-Peeercy, me fala- ameacei jogar uma lata de refrigerante nele.

-Olha só, se você joga essa lata e me acerta, sera obrigada a brinca de enfermeira de novo...-disse ele com uma cara safada.

-Babaca- respondi pondo a lata no chão e fazendo-o rir.- Agora fala.

-É que... ahnn... meu pai também saiu pra se encontrar com uma "amiga"- disse ele sentando ao meu lado.

-COMO ASSIM?- gritei-SERÁ QUE...?

-Certeza, você não viu o jeito como eles se olhavam hoje?-perguntou.

-Vi- respondi rindo- Seu pai tava todo bobão e minha mãe toda envergonhada, foi bem fofinho.

-Credo, ta parecendo a Silena- comentou ele rindo.

-Vai toma no seu cu.- respondi rindo e lhe mostrando o dedo do meio- Agora vamos comer que essa pizza ta me secando.

-Não é só ela- comentou ele baixinho, esperando que eu não ouvisse, mas ouvi.- Ahn, vamos.

Nós comemos a pizza e depois deitamos na minha cama pra comer a barra de chocolate e beber os refrigerantes assistindo Bob Esponja.

Já eram 2:00 da manhã quando Percy adormeceu e não vi motivo para acorda-lo, até porque ele já havia dormido aqui centenas de vezes, nunca na minha cama comigo, mas mesmo assim...

Eu estava quase adormecendo, na verdade, já estava em transe, quando senti uma mão em minha cintura me puxando em direção ao seu corpo. Me aconcheguei em seu peito sentindo seu cheiro de maresia, e assim dormi.