Confissão - Cobrade escrita por HJ


Capítulo 1
Capítulo 1 - Único


Notas iniciais do capítulo

Oi povo!! Eu tô com essa história na cabeça tem um tempinho e agora decidi postar. Espero que gostem!!! Caso não saibam, tenho uma outra fanfic Cobrade, "Were you really surprise? - Cobrade", e se quiserem dar uma passadinha lá com certeza serão bem-recebidos! hahahahSem mais delongas, boa leitura!Ah! E comentem! Quero saber o que acharam!



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Já era noite quando Jade tamborilava os dedos sobre o peito desnudo do Cobra, inquieta. Tinham pouco tempo, afinal, logo a Lucrécia perceberia o atraso da bailarina, por isso a garota devia expor logo o que vinha lhe tirando a paz.

Jade levantou a cabeça do ombro do lutador e sentou-se no colchão, situado nos fundos do QG. Não era o local mais romântico do mundo, mas era o lugar deles.

– O que aconteceu? - Perguntou Cobra, despertando do cochilo que tinha tirado.

– O que, exatamente, você sente por mim? - Lançou Jade, de uma vez só.

– O que? - Cobra franziu o cenho, confuso.

– É isso! Eu quero saber o que você sente por mim... exatamente.

– Ih... Qual foi, Jade? - O garoto acordou de vez. Em um pulo saiu da cama, afastando-se da bailarina, e escorou-se na parede. - Pra que esse papo agora?

– Porque eu quero. - Jade também se levantou e foi para perto do Cobra, ficando frente-a-frente com ele.

– Mimada. - Constatou o lutador.

– Isso não muda o fato que eu te fiz uma pergunta e quero uma resposta. - Ela cruzou os braços. - Eu tô começando a achar que você só quer me usar, como era no começo.

– Jade, não viaja! Eu já falei que tô na tua... Só não espera mais de mim, porque não vai rolar!

– Ah, não vai rolar? - Perguntou ela, com desdém. - Então eu vou embora.

– Não! - Ele a segurou pelo braço, impedindo que ela seguisse seu rumo. - O que você quer de mim, garota?

– Uma confissão. - Jade sorriu, ao ver que se aproximava do seu objetivo.

– Confissão? - Cobra não entendeu. - Mas confissão quem faz é marginal!

– E o que você é? - Jade ficou séria, temerosa da resposta. Como ela não veio, a bailarina continuou: - Se eu pedisse uma declaração, ia ficar muito estilo "príncipe"... E eu sei que você faz a linha "vagabundo".

– Você é sagaz, garota! - Cobra sorriu. - Acho que isso é uma das coisas que mais me chama a atenção em você.

– Ah é? - Ela também sorriu. - Pra ter coragem de se envolver com você, a pessoa tem que ser muito sagaz mesmo.

– E bonita. - Jade pareceu não entender. - Eu só me envolvo com pessoas bonitas.

– Muito obrigada pelo elogio, senhor convencido! - Eles riram.

– De nada... Mas agora é sério. - O coração da dançarina acelerou. - Eu ainda me lembro do nosso primeiro encontro. Você tava com cara de poucos amigos, amaldiçoando cada táxi que não parava pra você... E o seu vestido tava manchado também. - Jade corou, estranhamente envergonhada - Mesmo assim, você tava incrivelmente irresistível.

– Eu sou irresistível, vagabundo! - A bailarina sorriu, convencida.

– Se você me interromper, eu vou me perder. - Repreendeu Cobra. Continuando, ele disse: - Mas você também ficou com um pouco de medo, eu acho... Quer dizer, qualquer outra cairia aos meus pés! - Ele sorriu. - Você não. Então eu disse que só encostaria em você, quando você pedisse. E eu não consigo dizer o quão feliz eu fiquei quando você pediu.

Jade ficou feliz. Finalmente, o lutador tinha se rendido e expressava seus sentimentos abertamente.

– E eu comecei a me envolver. Mais do que eu queria, é verdade. - Ele continuou. - Eu tentei, mas é impossível ficar muito tempo longe de você. Quando você ia embora, eu ficava implorando, em silêncio, pra que você voltasse logo. Eu queria ir até a tua casa, mas com certeza a Lucrécia ia armar a maior confusão. Aliás, tá na hora de você ter um pouco mais de liberdade, não é? Você tem sempre que ir por causa da sua mãe!

– É... - Jade pensou em contar sobre o câncer, mas achou melhor não. Se ele soubesse, ficaria com pena, e a Jade não queria isso. - Não vamos falar da minha mãe, tá? Segue aí! Tava bem fofo! - Ela riu, brincalhona.

– Fofo? Se tem uma coisa que eu não sou, minha dama, é fofo! Mas é isso. Eu me envolvi e agora eu quero ficar com você o máximo de tempo possível. Quando eu passo por alguma coisa legal na rua, eu me lembro de você. Às vezes, eu escuto, ali da praça, o som da aula de dança na Ribalta e me lembro de quando você dança pra mim. - Ele ficou pensativo por alguns instantes. - É... Você dançando é bem interessante...

– Cobra! - A garota deu um tapa de leve no braço do rapaz. - Você tá se desviando do foco!

– É, tem razão. Sabe, Jade, eu já tive outros casos. Na verdade, muitos outros casos...

– Eu sei. Com a Ruiva, até.

– Eu errei com a Ruiva, assim como eu errei, de diferentes jeitos, com as outras. Mas com você eu... Tento não errar, entende?

– Não. - E era verdade. Tentar não errar? O que significa isso?

– É que... Tipo... Se eu errar com você, pode ser que você se afaste, igual as outras. E eu não quero isso. Eu quero você comigo. - Ele suspirou. - Você queria uma confissão? Talvez esse tenha sido o meu crime... Ter me apaixonado por você.

Jade sorriu. Parecia mentira, mas a garota via verdade nos olhos do Cobra. Pela primeira vez, o rapaz dizia aquilo com todas as letras: A-P-A-I-X-O-N-A-D-O.

– Tá bom assim?

– É, até não foi tão ruim. - Ela, obviamente, não ia demonstrar toda a sua felicidade.

– Sua vez. - Ele ficou sério, de repente.

– O que? - Se fez de desentendida.

– Ah! Confessa, vai!

– E eu posso saber o que eu tenho que confessar?

– Confessa que você me ama.

Um silêncio tomou conta do quartinho nos fundos do QG. Amor. Aquela palavra era muito forte. Dois adolescentes imaturos e egoístas estariam prontos para amar, mesmo que de um jeito torto? Antes de assumir qualquer coisa, Jade queria saber até onde ia a vontade do garoto de ouvir aquilo.

– Cobra, garotas como eu não amam garotos como você. - O lutador pareceu irritado.

– Então por que você tá aqui? Pra me fazer de otário? Pra fazer eu dizer que tô apaixonado e depois rir da minha cara?

– Porque você me entende. Porque eu me sinto bem aqui. Porque, querendo ou não, você se tornou um refúgio. O meu refúgio. - Aos poucos, Cobra se acalmou. - E, claro, o maior motivo de todos é porque você é gostoso.

Os dois riram, suavizando o clima. Porém algo estranho pairava no ar. Amor.

– Você não acha que isso tudo pode ser resumido? - Perguntou o lutador, com a voz baixa, se aproximando da garota.

– Amor? - Cobra assentiu. - Por que eu tenho que dizer que te amo, enquanto você diz que tá apaixonado por mim?

– Porque eu sou o insensível da relação, lembra? - Ele sorriu, tentando convencer a menina da sua resposta.

– Eu só digo... Se você também disser.

Após alguns instantes pensando, Cobra falou:

– Você primeiro.

Outro silêncio. Jade se aproximou do lutador e envolveu os braços em torno do pescoço dele, enquanto ele segurava a segurava pela cintura e a trazia mais para si. Os dois estavam com a respiração ofegante e, por causa da proximidade, conseguiam notar isso. Olhavam-se fixamente nos olhos e perceberam que nunca tinham tido uma conversa tão sincera quanto aquela. Não havia oportunidade melhor para fazer aquilo, mesmo que aos sussurros.

– Eu te amo. - Confessou ela.

– Eu te amo. - Confessou ele.

No instante seguinte, sem saber quem tomou a iniciativa, não havia mais espaço entre os lábios dos dois. Com tudo confessado, não precisavam dizer mais nada.

"Porque tentar não te amar

Apenas me faz te amar mais"

Trying not to love you - Nickelback


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Notas finais do capítulo

E aí, pessoal? O que acharam? Tentei fazer alguma coisa mais romântica e preciso saber se deu certo, por isso comentem, certo? Certo. Aliás, comentem, favoritem, recomendem... Façam tudo o que quiser! hahahahBeijinhos! Espero vocês nos reviews!



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