O entregador de balões escrita por dentedeleão


Capítulo 12
12


Notas iniciais do capítulo

Desculpem o atraso, quando tinha tempo não tinha inspiração e quando ela vinha não tinha mais tempo...

Prometo que amanha teremos mais alguns capitulos...

Aproveito para fazer um convite, postei uma nova fic, ela é curtinha e bem dinâmica, espero encontrar alguns de vocês por lá.

http://fanfiction.com.br/historia/604742/Relacao_delicada/

bjs



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Cap. 12

Estava mais calma, durante toda a semana evitei dar uma resposta direta a minha filha sobre meus planos, precisava ter certeza que tudo se resolveria dentro do prazo e também que os dois se dariam bem. Não gostava de misturar o pessoal com o meu profissional, mas visto que esta seria a única saída, combinamos o início das atividades para sexta feira. E aqui estávamos nós, sentados no pequeno sofá de minha sala com o ventilador ligado esperando pela chegada de Kath. Suas tardes de sexta eram livres e ela as passava de forma nada convencional.

“Velha intrometida”

Minha filha entrou em casa reclamando e xingando algo, suas coisas foram largadas ao lado da porta enquanto ela saia para a cozinha sem reparar em nossa presença. Ouvi quando um copo se quebrou e resolvi informa-la de minha presença.

“Filha, algo errado?”

Estava em pé no batente da porta da cozinha um pouco assustada. O copo estava em pedaços no chão e minha filha chorava encostada no armário sob a pia. Rapidamente me aproximei examinando seu corpo e rosto me certificando que nenhuma ferida tinha sido aberta com os cacos de vidro e quando a inspeção acabou eu a levantei pelos ombros e a sentei sobre a cadeira esperando que se acalma-se.

Entreguei-lhe um copo de água com açúcar e mantive a mãe neurótica e surtada dentro de mim passando a calma que minha filha precisava agora. Ela tomou toda a água e foi se acalmando até finalmente me olhar, ela respirou fundo algumas vezes antes de começar a falar.

“Estávamos no portão sentados, conversando sabe! Aquela velha dos infernos veio com a vassoura em nossa direção falando um monte de merda. Meus amigos saíram correndo e duvido que consiga revê-los depois disso. Meu skate estava na calçada e ela o afastou com a vassoura...não sobrou nada mãe...o carro...ele passou por cima...”

Minha pequena voltou a chorar, andar de skate virou uma obsessão a cerca de seis meses e deixa-lo como ela queria foi complicado. Ela tinha uma rodinha de cada cor e alguns adesivos exclusivos, fora as duas pranchas e os acessórios em seu quarto.

“Foi a Sra. Vilma?”

Apenas perguntei para me certificar.

“Sim.”

O sangue me subiu à cabeça, além de tratar minha filha como lixo e espantar seus amigos ela ainda destruiu algo particular por pura ignorância. Algumas ligações sexuais não foram o suficiente. Não deixaria isso passar desapercebido, agora ela teria que lidar com pessoas um pouco mais intimidantes.

“Se acalme sim, vou pensar em algo para deixar aquela velha comento na palma de nossas mãos.”

Ela sorriu fracamente e voltei a tentar anima-la.

“Agora venha para a sala que tenho uma surpresa para você.”

A ergui pelos ombros a abraçando, fomos grudadinhas até a sala. Edward nos aguardava ansioso, provavelmente ouviu a conversa. Minha filha sorriu e ele retribuiu lindamente e então ela me olhou de forma questionadora.

“O que o entregador de balões faz aqui?”

Acabamos rindo com as lembranças e me sentei na poltrona com minha filha em meu colo. Ela ainda estava sentida e frágil com o que tinha acontecido e eu a manteria perto o máximo de tempo possível. Pense bem, quando em sã consciência, seu filho de sete anos lhe permitiria tal afago deliberadamente? Eu tenho que aproveitar.

“Bom, Edward é inglês e você precisa de um professor. Ele está disposto a melhorar sua fluência e com isso terei dinheiro extra para sua inscrição em alemão, assim finalmente você poderá ler para mim as teorias de Freud em sua língua nativa.”

“Bom para os dois lados não acha?”

Pisquei para ela que me olhava atônita. O que, eu presto atenção, ela sempre reclamou comigo que os livros de desenvolvimento infantil tinham falhas e que um dia ela se tornaria uma psicanalista para provar. Não que eu vá entender o que ela lê, mas gosto de ouvir a voz dela, me relaxa. Sabe quando a mãe lê para um filho para ele dormir, minha filha faz isso comigo. Escolhemos um título e ela lê, eu sempre durmo antes que ela se canse e vá para a própria cama.

“Podemos tentar!”

Ela se colocou em pé animada e começou a falar com Edward em sua língua nativa. No começo ele pareceu um pouco tímido, não sei se pelas perguntas que ela fez ou por saber que eu não entendia nada, mas isso logo passou e em menos de cinco minutos ambos estavam rindo e conversando livremente.

Deixei os dois na sala seguindo para a cozinha pensando nas possibilidades para o jantar. Eu tinha peito de frango e iscas de peixe no freezer e nenhuma ideia a seguir.

“Que seja o frango!”

Exclamei para mim mesma retirando o saco do freezer e começando o preparo.

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Notas finais do capítulo

Não esqueçam da fic nova....
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