Senti os dedos de Emma contornando toda minha face, inclusive meus lábios, eu me arrepiava a cada toque, não ousei em abrir meus olhos, estava amando esse momento e queria curti-lo mais um pouco.

–Eu sei que você esta acordada. – a ouvi falar e um sorriso se formou em meus lábios, abri meus olhos lentamente por conta da claridade e encontrei aquele belo par de olhos verdes me encarando.

–Eu estava curtindo seu carinho. – falei e ela me roubou um selinho.

–Você é linda dormindo. – falou e meu coração se encheu ainda mais de amores por ela. Sorri novamente e foi minha vez de roubar um selinho da minha loira.

–E você é uma fofa Swan. – dito isso a abracei e a virei na cama, ficando por cima e encarando seus olhos. – Eu te amo. – falei e me deliciei com seus lábios, suas mãos estavam na minha coxa me pressionando contra seu corpo, soltei um leve gemido contra seus lábios, ela mordeu meu lábio inferior e puxou para ela.

–MENINAS O CAFÉ ESTÁ PRONTO. – ouvimos Dona Elena gritar, e soltamos um suspiro de desaprovação.

–Melhor irmos antes que ela venha falar algo que vá nos constranger. Você a conhece. – Emma falou se sentando comigo em seu colo ainda. Beijou meu pescoço e depois meus lábios, assim seria difícil parar o que começamos.

–Você não presta. – falei e sai de cima dela, nos olhamos e rimos. Vestimos uma roupa e fomos até a cozinha de mãos dadas.

–Espero que eu não tenha interrompido nada. – Emma e eu trocamos um olhar e pelo jeito Elena entendeu, levou a mão à boca. – OH MEU DEUS, desculpa meninas, eu não queria atrapalhar, mas como eu conheço vocês assim que terminarem de comer vão pra casa e bom, nós sabemos o que acontecerá. – ri de seu comentário, não deixava de ser verdade, Emma revirou os olhos e ignorou sua avó. Elena e eu nos entreolhamos e rimos mais ainda, Emma já estava comendo como se nada estivesse acontecendo.

–Vovó espero que no discurso do nosso casamento você não faça nenhuma piadinha. – minha loira falou e tomou um gole de seu café.

–Vai ser difícil querida, mas vou me comportar, eu prometo. – o café da manhã continuou normalmente em um clima muito agradável. Lana também estava na cozinha, em seu cantinho tomando o sue próprio “café da manhã”.

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–Regina, vamos nos atrasar. – Emma estava me apurando, iríamos a consulta com a médica hoje.

–Pronto, vamos. – falei e seguimos para o carro, Emma dirigiu até o centro médico e chegamos no horário, não demorou para a secretaria nos chamar para entrar.

–Boa Tarde. – a doutora levantou para nos cumprimentar, me impressionei com ela, pensei que seria uma mulher com mais idade, mas ela aparentava ser um pouco mais velha que nós.

–Boa tarde. – respondemos em uníssono.

–Bom prevejo que são um casal. – falou com um sorriso no rosto nos convidando para se sentar em sua frente. Emma e eu sorrimos e concordamos. – Então, vocês devem ter duvidas sobre o processo não é? – pediu atenciosa.

–Sim doutora, sabemos muito pouco sobre Inseminação e queríamos estar a par de tudo antes de darmos esse passo. – Emma respondeu por mim.

–Então, vou resumir de modo que vocês entendam. No caso de vocês será necessário um doador de esperma, mas não se preocupem vocês podem escolher de acordo com as características do doador, mas o mesmo continua anônimo, saberão as características dele, mas não o nome. – assentimos e ela continuou. – O processo não é do dia para noite, antes da inseminação acontecer existe toda uma bateria de exames para ver se esta tudo certo para o procedimento, e depois disso ocorrerá uma estimulação dos óvulos, que durará em volta de 10 a 12 dias, depois disso a inseminação poderá ser feita. Existem as possibilidades de não funcionar logo de cara, por isso às vezes é necessário mais de uma vez para que de certo, claro uma vez por mês. – concordamos com tudo, atentas a cada palavra dela. – Vocês poderão escolher também se querem gêmeos, trigêmeos, ou apenas um único bebe. – riu de sua explicação.

–E o valor disso tudo doutora? – foi minha vez de perguntar.

–Não vou mentir, não é barato, mas também não é algo inalcançável, como Zelena indicou vocês eu vou fazer um preço especial pra vocês assim que decidirem se é isso que vocês querem ou não. – sorriu gentilmente. – E quem das duas terá o barrigão?

–Regina. – Emma falou sorridente pegando na minha mão. – Eu não serviria pra essas coisas, e ela ficará linda grávida. – sorriu para mim e eu sorri de volta.

–Ficará mesmo. – agradeci pelo elogio e vi Emma enrijecer do meu lado. – Mas não se preocupe Emma, sou muito bem casada e minha mulher ficou linda grávida também. – deve ter percebido o olhar “ciumento” da minha noiva.

–Acho que por hoje é só isso doutora. – falei e me levantei antes que Emma pudesse respondê-la.

–Se precisarem de mim estarei a disposição. – estendeu a mão para nós. – Vocês formam um belo casal, e tenho certeza que serão uma família linda. – sorri em resposta assim como minha loira, nos despedimos e logo estávamos voltando para casa.

–E então morena? – Emma me olhou e deixou uma de suas mãos em minha perna, enquanto dirigia.

–Você sabe minha resposta, acho que podemos começar a tentar daqui a alguns meses, você ouviu que as chances de dar certo na primeira vez não são muito altas. – falei e deixei minha mão em cima da sua.

–Por mim tudo bem então. – pegou minha mão e a beijou, sorri com esse gesto. – Podemos ir resolver mais algumas coisas do casamento agora que tal? – me olhou sorrindo animada e eu não tive como recusar, o trabalho poderia esperar.

–Vamos então. – sorri mais animada ainda e beijei sua bochecha enquanto ela mudava o caminho de casa para o centro da cidade.

Fomos acertar alguns detalhes da decoração, e depois sobre o Buffet, depois decidimos passar na cafeteria da Dona Elena, onde comemos algo e contamos todas as novidades para a avó de Emma e Ingrid. Finalmente voltamos para casa para nossa sorte a frente fria já havia ido embora, os dias estavam mais quentes e ensolarados, ainda era meio fresco para enfrentar o mar, decidimos ir sentar na areia e levar Lana para tomar um sol, ela ficava deitada na toalha como se fosse gente, era impressionante como ela agia como uma. Chegava a ser engraçado vê-la ali toda esticada, geralmente os cachorros sairiam correndo para o mar, mas ela não, ficava quieta no seu canto, até mesmo que ela não poderia correr, prendíamos ela na coleira por segurança e respeito ao pessoal.