Things we lost in the ice escrita por FAR


Capítulo 48
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
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BASE DOS VINGADORES 

—Há cinco anos, eu tive um infarto e caí bem no meio de uma partida de golfe. Acabou sendo a melhor partida da minha vida, por que depois de treze horas de cirurgia eu descobri o que quarenta anos de exército não me ensinaram: perspectiva. - General Ross deu uma pausa, o silêncio continuava a pairar sobre a sala de reuniões, então ele continuou —O mundo deve aos Vingadores uma divida imensa, vocês lutaram por nós, nos protegeram e se arriscaram. Mas enquanto muitas pessoas que os chamam de heróis, existem aqueles que preferem o termo vigilantes. 

—E qual termo o senhor usaria, senhor Secretário? -questionou Natasha com um tom amigável. 

—Que tal, perigosos? Como chamaria um grupo de aprimorados, residentes americanos que rotineiramente ignoram as fronteiras internacionais e forçam sua vontade? Que vão à onde quiserem despreocupadamente e ignoram o que deixam pra trás? 

O Secretário ficou quieto e saiu da frente da grande tela atrás dele. Então, uma por vez, ele mostrou cidades destruídas, no meio de guerra, tudo da visão de um civil. Nova Iorque, Washington D.C., Socóvia e Lagos.O silêncio foi quebrado, quando Steve viu que Wanda havia ficado extremamente desconfortável diante das imagens passadas em vídeo à frente dela. 

—Já chega. É o suficiente.  

—Nos últimos quatro anos vocês operaram com poder ilimitado e sem supervisão. É uma situação na qual os governos do mundo não podem mais tolerar. Mas acho que temos uma solução. 

O Secretário se virou para o homem ao seu lado, que lhe entregou algo parecido como um grande livro. 

—O Tratado de Socóvia. Aprovado por 117 países, estabelece que os Vingadores não devem mais ser uma organização privada, em vez disso, eles operarão sobre um painel das Nações Unidas, apenas quando e se, esse painel julgar necessário. 

—Os Vingadores foram formados para fazer do mundo um lugar seguro. E nós conseguimos isso. -Steve questionou. 

—Diga-me, Capitão. Você sabe onde Doutor Banner está agora? Se eu perdesse duas bombas atômicas, você pode apostar que haveriam consequências. Compromissos, garantia, é assim que o mundo funciona, acreditem... esse é o meio termo. 

—Então existem contingencias. -disse Rhodes. 

—Em três dias a ONU se reuni em Viena para ratificar o tratado. -ele respondeu. Steve olhou para Stark que se encontrava atrás do mesmo, estava de cabeça baixa e Steve só olhou para frente depois que Stark o olhou de volta. —Passar a limpo. 

—E se tomarmos uma decisão que vocês não gostem? -Natasha perguntou. 

—Então saiam de cena. -Natasha sorriu, parecendo gostar da resposta que recebeu. 

 

—O Secretário Ross tem uma medalha de honra do congresso. Uma à mais do que você. -disse Rhodes apontando para o Sam. 

—Digamos que a gente concorde com esse negócio, quanto tempo vai levar até que começam a nos rastrear como criminosos comuns? -questionou Sam. 

—Centro e dezessete países querem assinar isso! Cento e dezessete e você fica aí "...- Sam o interrompeu. 

—Por quanto tempo vai jogar nos dois lados? 

—Eu tenho uma equação. -disse Visão. 

—Ah, agora vai esclarecer tudo. -disse Sam em um tom sarcástico. 

—Nos oito anos desde que o Senhor Stark se apresentou como o homem de ferro, o número de pessoas conhecidas aprimoradas cresceu. E... durante o mesmo período, o numero de evento potencial ao fim do mundo foi... notável. -Visão falou. 

—Está dizendo que a culpa é nossa? -perguntou Steve. 

—Estou dizendo que pode ser uma consequência. A nossa força convida ao desafio, o desafio trás conflito, e o conflito... gera catástrofe. Supervisão. Supervisão não pode ser uma ideia totalmente descartável.  

—Boa. -disse Rhodes, olhando novamente para Sam. Como se tivesse ganhado a discussão. 

—Tony...? -chamou Natasha. —Acho que é a primeira vez que eu ti vejo calado desta forma. 

—É por que ele já tomou uma decisão. -respondeu Steve. 

—Você me conhece tão bem. -retrucou Stark, fazendo com que eu revirasse os olhos. Ele levantou do sofá na qual estava deitado. —Uma dor de cabeça eletromagnética. É o que está acontecendo Capitão, é só dor e desconforto. Quem é que tá jogando pó de café na pia, hein? Eu tô dando abrigo pra uma gangue de motoqueiros?  

—Eu preferia estar com uma delas. -falei baixo, mas o suficiente para ele ouvir, que apenas pegou o celular e projetou a foto de um garoto. 

—Ah, esse é Charles Spencer, à propósito. Garoto bom... formado em engenharia da computação, GPA de 3.6, um emprego promissor, vai trabalhar na Intel. Mas primeiro, ele queria uma experiência de vida antes de passar o resto dos dias atrás de uma mesa, ver o mundo. Talvez ajudar pessoas, Charles não queria ir pra Vegas que é o que eu faria e nem o Amsterdã que é o que eu faria. Ele decidiu passar o verão construindo casas sustentáveis para os pobres, chutem onde? Socóvia! 

Todos continuaram em silêncio. 

—Não podemos saber o que teria acontecido depois, porque derrubamos um prédio em cima dele quanto estávamos arrasando. Não estamos aqui para tomar qualquer decisão. Temos que ser controlados, do jeito que for, eu estou pronto. Se não aceitamos limitações, não somos melhores que os vilões.  

—Isso é uma mentira. -eu disse. 

—Como? -perguntou Stark, porém Steve não me deixou responder. 

—Tony, se não conseguir salvar alguém, não pode desistir. 

—Quem tá desistindo?  

—Estaremos se não nos responsabilizarmos pelas nossas ações, esse documento só transfere a culpa. 

—Desculpe, Steve, isso... isso é perigosamente arrogante. Estamos falando das nações unidas, não é do conselho de segurança mundial, não é da SHIELD, nem da Hydra! -disse Rhodes. 

—Mas é comandado por pessoas com ideais e ideais se alteram. 

—Isso é ótimo! É por isso que eu estou aqui, por que eu percebi do que minhas armas são capazes nas mãos erradas então eu parei de fabrica-las. -disse Stark. 

—Tony. Você escolheu fazer isso. Se assinarmos, estaremos cedendo nosso direito de escolher. -Stark se calou com as palavras de Steve. -E se nos mandarem para um lugar que não podermos ir, e se há um lugar que precise de nós e não nos deixem ir?  

—Isso já aconteceu. -falei. —Durante a Guerra, a 107º Enfartaria estava atrás das linhas inimigas e não havia plano de resgate. Steve pediu para ir resgata-los, mas ele era apenas o centro de um espetáculo, foi proibido por seu General. Mas ele foi mesmo assim. Agora eu pergunto: você acha que ele foi preso, por ter salvado tantos homens, quando não deveria ter ido? 

—Podemos não ser perfeitos mas as mãos mais seguras são as nossas. -Steve disse, concluindo o que eu havia dito. 

—E se não fizermos isso agora, vai ser emposto para nós mais tarde. Esse é o fato, e não vai ser bonito.  

—E virão atrás de mim. -disse Wanda. 

—Vamos protegê-la. -respondeu Visão. 

—Não, não vai. -eu disse. —Se o governo mandar você entregar Wanda para eles, é isso o que você terá de fazer. 

—Talvez o Tony tenha razão. Se tivermos uma mão no volante, ainda podemos conduzir, se tirarmos... -começou Natasha. 

—Pera aí, você é a mesma mulher que mandou o governo se ferrar à alguns anos? -questionou Sam. 

—Só estou... avaliando o terreno, cometemos alguns erros bem públicos, eles tem que voltar a confiar em nós.  

—Espera ai... que loucura! -disse Stark —Eu tô pirando ou você acabou de concordar comigo? 

—Aí eu retiro o que eu disse. -ela brincou. 

—Não, não, não, não retira não. -disse ele de volta. 

Steve recebeu uma mensagem, que fez com que sua expressão séria fosse embora e uma triste tomasse vontade de seu rosto, ele se levantou e disse: 

—Eu preciso ir. 

Todos notaram que a conversa não havia sido o motivo pela qual ele saiu da sala, então o segui para onde quer que ele estivesse indo. Ele parou no fim de uma escada e se encostou no corrimão dela, cruzando os braços enquanto uma das mãos cobria seu rosto. 

—Steve... o que aconteceu? -perguntei enquanto passava as mãos pelos seus braços. Ele não respondeu, apenas retirou o celular do bolso e me entregou, deixando que eu visse seu rosto avermelhado, assim como seus olhos.  

Liguei o celular e nele havia uma mensagem que dizia: 

"Ela se foi. Enquanto dormia." 

Sabendo do que se tratava, apenas o abracei, sentindo meus olhos também encherem de lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Desculpa pela demora, e se tiver algum erro, me avisem, escrevi tão rápido que acho que a revisão não foi o suficiente, mas espero que gostem ♥



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