Namoro por Aluguel escrita por Zia Jackson


Capítulo 7
Ah, é só a operadora...


Notas iniciais do capítulo

E O PRÊMIO DE NOME MAS ESQUISITO DE CAP VAI PARA...

Sério, me superei.

Agradecimentos:

Di Ângelo

Anah Vi XD'

Scarlett Jackson
Leitora

insano insone
Sofia Anjos

eueuzinha



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– A conta,por favor – Chamou um cliente, depois assobiou para chamar a atenção.

Sério, odeio quando os clientes assobiam, não somos cachorros, somos humanos.

Olhei para o número da mesa, pegando papel com a conta. Encaminhei-me para a mesa e aguardei até que o cliente fizesse o pagamento. Assim que o fez, voltei para o balcão.

Estava com cólicas terríveis, Melissa já tinha me dado um remédio que sempre leva na bolsa, mas mesmo assim continuava a doer, eu só queria que o dia acabasse depressa.

– Ei, você ficou sabendo do barraco que a Cora armou hoje? – Melissa indagou, enquanto separava as notas da caixa-registradora.

– Não, fiquei estudando na sala. Por quê?

– Estávamos todos nós no pátio, vendo uns alunos de teatro ensaiando algum trabalho e tal, daí ela chegou berrando um monte de coisas, agarrou Miguel pela camisa e tentou beijar ele, mas ele se esquivou e mandou ela ir embora. Ela começou a gritar que era melhor que a namorada dele...

– Como ela sabe do namoro? – Indaguei

– Bom, ela disse que tinha encontrado o pai de Miguel e perguntado por onde andava o garoto, parece que o homem disse “Meu filho tem uma namorada, creio que deva ter um pouco de respeito por ela e arranjar outro rico pra te sustentar”.

– Caramba! Depois dessa eu cuspia e saía nadando. – Comentei.

– Pois é. Miguel tentou tapar a boca dela, não queria que ninguém soubesse que ele estava namorando. – Disse, fazendo aspas com as mão no “Namorando”.

– Será que ela sabe alguma coisa sobre o aluguel?

– Creio que não.

– Graças a Deus. – Elevei as mãos ao céu.

– Mas...

– Mas o que?

– Ela pegou o celular de Miguel e saiu correndo. Algo me diz que ela sabe a senha.

– Que droga! Se ela souber , vai olhar nos contatos, ver “Amor” e ligar para mim.

– Pois é, acho melhor você já ir avisando seus pais, porque fofoca naquela faculdade é igual a um rastro de gasolina: Depois que coloca fogo, vai chegar até o fim da linha, ou seja, a sua casa.

– Não precisa fazer essas comparações. – Falei, estalando os dedos.

– Preciso sim. Agora vai secar uns copos.

– Ok, chefa.

Rimos e fui secar os copos.

* * *

O dia não passou nada depressa, mas pelo menos não recebi nenhuma ligação (somente mensagens da operadora).

– Hora de fechar – Anunciou a dona do café, Sra. Austen.

É uma mulher que família francesa, que veio para o Brasil aos dez anos de idade. É alta, com olhos cor de mel e cabelos castanhos com luzes que vão até os ombros. Sempre anda bem vestida, parece ser uma perua, mas só quem a conhece sabe que ela “bota a mão na massa” e trabalha de verdade, quase todos os dias vai até o café e ajuda a fazer os salgados, lanches e cafés.

Caminhei até a porta e virei a plaquinha de “Aberto” para “Fechado”.

Sra. Austen, que checava o celular, dá um sorriso e vai para a cozinha.

– Melhorou? – Indagou Melissa, se referindo às cólicas.

– É , está suportável. – Falei. – Vamos?

– Vamos.

* * *

– Ana! - Disse Lucas, pulando em meu colo.

– Ai – Gemi. – Menino, quantos quilos você está pesando? Cem?

– Desculpa. – Ele falou – Só fiquei feliz.

Odeio quando ele fica fofo.

– É que hoje foi um dia difícil para mim, mas pode ficar feliz.

Ele sorriu, indo para dentro de casa.

* * *

– Quer jogar xadrez? – Indagou meu irmão, os cabelos loiros bagunçados.

Eu acabara de sair do quarto, já tomada banho e usando pijama.

– Você não cansa?

– Não.

Caminhei até o tapete, onde o tabuleiro já estava montado. Como sempre,peguei as peças vermelhas.

Após um longo jogo, acabei perdendo (mais uma vez).

– Uhu! Eu sou melhor que você – Gritou enquanto fazia sua dancinha da vitória.

– Tá bom, tá bom. Agora me deixa estudar.

Ele saiu, gritando para minha mãe que tinha ganhado. Ela, pedindo silêncio, disse que se ele continuasse gritando, os vizinhos pensariam que ela estava espancando-o. Já meu pai disse que Lucas somente perderia para ele, mas foi desafiado por meu pequeno irmão a uma partida do jogo.

Corri para meu quarto, aproveitando os segundos de paz. Peguei alguns livros de arquitetura e comecei a estudar.

Após alguns minutos, meu telefone tocou. A tela mostrava um nome:

Miguel.

Não atendi. Então tocou novamente:

Número desconhecido.

Continuou nesse ciclo, tocando sem parar. Pelo visto, Cora conseguira desbloquear o celular.

Peguei meu aparelho e coloquei no modo avião, assim ninguém me incomodaria.

Continuei a estudar, mas só conseguia ler algumas linhas antes de perder a concentração.

E se descobrissem que era eu?

E se avisassem minha família?

E se meus pais sentissem vergonha de mim?

E se eu tivesse que mentir, dizer que estava namorando Miguel de verdade?

Fechei o livro, enterrei a cabeça no travesseiro e contive a vontade de gritar.

Onde diabos eu tinha me enfiado?

* * *

Alguém me puxou para o lado, tapando minha boca com as mãos. Comecei a me debater, tentando escapar.

– Pare quieta, sou eu – Miguel fala, me soltando.

Abaixei o vestido, que subira indecentemente enquanto eu me debatia.

– Que foi? Não tinha um jeito melhor de me chamar não?

– Foi mal. – Ele disse, ajeitando os cabelos. – Mas é urgente.

– Deixe-me adivinhar: Roubaram seu celular e sabem a senha?

– Como você...

– Tenho minhas fontes – Falei. Sinceramente, sempre quis usar essa frase.

– Tá , nesse caso você já sabe, Só peço para que não atenda as ligações, vou cancelar o plano do celular hoje mesmo, depois comprarei um celular novo e irei transferir o número.

– Ok.

– E não se esqueça de que sábado você tem que ir jantar com minha família,dessa vez com todos os avós, tios, primos e vizinhos.

– O que? – Indaguei, quase me engasgando com o ar.

– Ah, eu devo ter esquecido de falar...

– Já passou pela sua cabeça que eu tenho uma vida? Não pode marcar essas drogas sem perguntar se eu poderei ir.

– Já quer ter uma DR?

– Cala a boca.

Ele encostou-se em uma das muitas latas de lixo do beco.

– Bom, já que está avisada acho melhor correr até a sala, você tem dois minutos.

Sem me despedir, corri até o prédio cinza.

* * *

A música “Blank Space tocava no café”.

"Oh my God, look at that face" You look like my next mistake.

Pois é, Taylor Swift, eu te entendo.

Tobias, que acabara de adentrar no estabelecimento estava acenando para mim.

Eu estava à beira de um infarto.

– Oi – Falei - Como posso ajudá-lo?

– Quero um café preto bem forte, por favor.

– Ressaca?

– É. Nunca me permita jogar verdade ou desafio de novo,por favor.

Dei uma risada contida, depois fui fazer o café dele.

– Aqui está. - Falei, dando a xícara para ele.

– Sabe - Ele disse, bebericando o café - Você é bem legal.

– Ok,a bebida ainda está fazendo efeito.

Ele sorriu.

– Não, de verdade. Seria legal se saíssemos qualquer dia desses.

– É. - Falei

– Que tal sábado? A gente poderia sair de noite, ver um filme e tal.

– Ah, sábado não dá. - Maldito jantar , acrescentei mentalmente - E se for sexta?
– Pode ser. - Ele disse. - Te pego na sua casa, às oito?

– Se não for incômodo...

– Será um prazer, só precisa me passar o endereço.

Passei o endereço e ficamos de acertar tudo pelo facebook.

O que importava era: EU TINHA UM ENCONTRO COM TOBIAS!


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Notas finais do capítulo

Ana,ainda bem q vc tem sorte com boys magia, porque eu...

Essa semana é meu niver *-* (não que isso tenha a ver com a fic, mas sla, quis falar kkkk)
O que acharam?

ATUALIZEI O DREAMCAST *-*



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