Namoro por Aluguel escrita por Zia Jackson


Capítulo 26
Um toque de "The Notebook"


Notas iniciais do capítulo

Hey, galera, tudo bem?
Pare ser bem sincera, eu não ia postar hoje, mas três coisas me fizeram fazer tal coisa.
1. Um pedido da Menina Radiante (eu uma possível ameaça também kk)
2. Uma recomendação MARAVILINDA DA KK.
3. Outra recomendação DIVÁSTICA DA Letícia Niehues.
Meninas que recomendaram, vocês são fantásticas! Bom, dá pra imaginar a alegria da pessoa que abre as atualizações sem esperança e dá de cara com um presente divino ali. Vou falar de um modo geral pq senão eu ficaria agradecendo o dia todo.
MENINAS, VOCÊS SÃO DEUSAS, DIVAS E RAINHAS DESSE UNIVERSO INFINITO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!1
Sou grata por todos vocês que comentam, favoritam,acompanham, recomendam e leem a fic.
Sério, amo-adoro vocês!
Bjus e boa leitura. *-*



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— Chegamos. — Miguel disse, desligando o carro.

Olhei pela janela, reparando que aquela não era a minha casa.

— Essa não é a minha casa, Miguel. É a sua.

— É, eu sei, no meio do caminho descobri que eu não me lembrava da localização de sua casa. Mas fique tranquila, assim que você houver voltado ao seu estado normal eu te levo para sua casa.

— Eu estou perfeitamente normal, garoto. — Falei, irritando-me. — Me leve para casa agora.

Miguel deu um longo suspiro, depois desafivelou o cinto de segurança e disse:

— Não, Ana, você não está normal. Reparou que sua mão está sangrando?

Espantada,olhei para a mão, onde havia marcas de unha e filetes de sangue.

— Como eu disse, você não está normal. Ficará aqui até que todas as etapas passem.

— Que etapas? — Indaguei.

— As etapas de um desapontamento amoroso, que mais poderia ser? A primeira delas é a confusão, etapa iniciada e terminada ainda no parque. A segunda é o choque, pela qual você ainda está passando e, a julgar por esse olhar de metralhadora que acabou de dirigir a mim, está quase acabando. A terceira é a explosão de raiva e, acredite, será pior para mim do que para você. Depois vem o choro exagerado, outra explosão de raiva que nos renderá ótimas críticas ao Tobias, mais uma etapa de confusão e choque e uma breve melhora, que logo será substituida pela recaída. Essas são as etapas de uma forma básica, mas podem variar um pouco de pessoa para pessoa. A mais dvertida é, sem dúvida alguma, quando começamos a xingar o Tobias como loucos. É bem relaxante e libertador, se quer saber.

— Acho melhor me levar para a minha casa antes da terceira etapa. — Disparei.

— Epa, acabamos de entrar na segunda etapa. Mas eu discordo de você, Ana, você quer mesmo passar por essas etapas perto de seus pais? Quero dizer, não é preciso ser um gênio para saber que sua mãe não merece um ataque de raiva. Eu, por outro lado, te segui e mereço uma pequena parte disso.

Desci do carro rapidamente, seguida por Miguel. O rapaz deu a volta e parou de frente para mim.

— Por que desceu? — Perguntou calmamente.

Senti uma enorme vontade de estapear aquele rosto primaveril até que se enchesse de sangue. Quem ele achava que era?

— Porque me recuso a ficar no mesmo automóvel que um idiota que segue as pessoas! Quem você acha que é? Desfila por aí dando dicas e se gabando de saber das “etapas do desapontamento não-sei-o-quê”. Você nunca sentiu isso e nunca vai entender! — Falei, tão alto que mais se assemelhava a um grito. — E o que te deu o direito de me seguir? Eu tenho a minha vida, e ela é somente minha! Quer que eu te diga o que significa a palavra minha ou é inteligiente o suficiente para pegar um dicionário e pesquisar?

Miguel nada disse, continou a me encarar com uma terrível calma e de braços cruzados.

— Vai ficar me encarando com essa cara de pateta? Mexa-se, aja, seja alguém nessa vida, seu riquinho filho da mãe. É isso que diverte em um sábado, não é? Se intrometer no encontro desgraçado de uma trouxa. — Sem ar, finalizei a fala. — Vai continuar me olhando com essa cara de pastel? Você e Tobias são iguais, sabia? São dois desgraçados, filhos da mãe e retardados.

Pela primeira vez, ele me respondeu.

— E essa, minha querida, foi a etapa três. Sugiro que entremos pela porta dos fundos antes que a etapa quatro ,mais conhecida como o chororô,comece.

— Meu Deus. — Sussurrei. — Eu gritei com você? Desculpa, eu só estava canalizando a raiva na pessoa errada e...

— Ok, talvez a fase confusão seja a quatro e o choro seja a cinco. De qualquer modo, precisamos entrar agora.

Pegando-me pelo braço, Miguel me levou até uma pequena porta no fundo de sua casa. Destrancou a porta e, com as luzes apagadas, subiu delicadamente as escadas que levavam até a parte superior de sua casa. Abriu a porta de seu quarto sileciosamente e somente quando eu já estava lá dentro ele fechou-a e acendeu a luz.

— Fique à vontade. — Ele disse, apontando para a cama dele. — O que acha de um filme bem água com açucar?

— Eu não quero. — Falei, decidida. — Quero ir para a minha casa.

— Você não está entendendo, não é? Se você for para casa, seu pai certamente pegará uma faca e correrá atrás de Tobias pela cidade toda.

— Não fale o nome desse filho da mãe. E, para ser sincera, eu não me importo se meu pai o matar.

— Pense com clareza, Ana Clara. Caso seu pai cometer um assassinato, será preso, e a morte não será algo muito bom se considerarmos essa questão. Agora, por favor, preciso que me diga um gênero de filme que você queira ver.

— Ação. — Sugeri.

— Não, é muito perigoso no estado em que você está, fora que cenas de luta e tiros poderiama acordar meus pais. Pode ser “diário de uma paixão”?

— Não. — Respondi.

— Bom, esse é o filme universal para assuntos amorosos, então vou escolher esse mesmo. Vou telefonar para a farmácia para comprar sorvete, tudo bem?

— Tá. Pode jogar esse urso maldito no lixo?

Miguel pegou o ursinho de minha mãe e colocou-o em uma prateleira.

— Ele será um ótimo saco de pancadas quando a raiva voltar.

E, dando um sorriso, saiu do quarto. Uma parte de mim queria aproveitar a chance e sair dalí correndo para voltar para casa, porém a outra me impedia de realizar tal feito. Havia também uma minúscula e infantil parte que queria deslizar paa dentro das cobertas e chorar até que toda a água se esvaísse de meu corpo. Eu me sentia usada, traída e, acima de tudo, uma tola. Por que fui acreditar em Tobias? Por que caí no conto do ”bom moço”?

Aproveitando-me da distância de Migul, deixei algumas lágrimas rolarem por meu rosto. Quando ele retornou , cerca de dez minutos depois, tratei de fingir que tudo estava bem.

— Não começou a assistir o filme? — Ele perguntou, segurando dois pequenos potes de sorvete e lenços nas mãos.

— Não, eu realmente não quero assistir.

Revirando os olhos, ele colocou sobre a cama a caixa de lenços de papéis e um dos potes de sorvete com colher.

— Vamos, Ana, eu sempre quis ser a amiga que tirava a mocinha do filme do fundo do poço. — Ele falou, sorrindo. — E sei que um pote de sorvete e um filme triste são o perfeito clichê de filme americano.

Deixei escapar uma risadinha, que foi reprimida por um soluço e algumas lágrimas. Miguel pegou uma coberta, sentou-se ao meu lado e deu o play no filme. Algum tempo depois, sussurrou:

Uma das coisas boas de um filme triste é que você pode chorar e ninguém repara nisso.

— Você fala como se tivesse vivido uma situação dessas. — Falei, enchendo uma colher de sorvete e levando-a a boca.

Ele não me deu resposta, apenas um olhar triste antes repetir a frase do protagonista do filme.

Eu posso ser engraçado se você quiser, inteligente e esperto, supersticioso, bravo, um bom dançarino, eu posso ser o que você quiser... só me diga o que você quer e eu serei aquilo pra você.!

Babaca. — Falei, também tendo decorado a frase do filme.

Também posso ser. — Miguel disse, terminando alguns segundos antes da filmagem. — Meu Deus, acabamos de chegar ao fundo do poço, decorar frases de filmes tristes é o passo que antecede a tristeza sem fim.

Como que despertada de um sono profundo, lembrei-me de que não tinha avisado a minha mãe.

— Meu Deus, minha mãe vai me matar. Eu não a avisei e...

— Não se preocupe, eu enviei uma mensagem dizendo que você estava na casa de uma amiga da faculdade e que depois explicava melhor o que aconteceu. Ainda acrescentei que talvez você tivesse que dormir fora de casa, mas que amanhã explicava melhor tudo o que aconteceu.

— Parece que você pensou em tudo. — Falei. — Mas não sei dizer se isso é algo bom ou ruim.

— Saberá me dizer isso amanhã.

E, sem dizer mais nada, voltou sua atenção para o filme.


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Notas finais do capítulo

Coloquei um gif de "Diário de uma paixão"pq sim kk. Mas caso não tenha funcionado, aqui está o link
https://www.bing.com/images/search?q=gif+diario+de+uma+paixao&view=detailv2&id=E5BFE147D3B557AA3F7B2D2565F116B3ECD3AC09&selectedindex=30&ccid=GHUL824H&simid=608006308629711322&thid=OIP.M18750bf36e07002919792d94babd2173o0&mode=overlay&first=1
Adoro esse filme



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