Namoro por Aluguel escrita por Zia Jackson


Capítulo 17
Congelada no lugar


Notas iniciais do capítulo

E o prêmio de nome mas estranho de cap vai para: Zia, novamente.
Quebrando recordes desde 1234 (caçadores de sombras entenderão).

Queria agradecer à Izzy Herondale, por me dar uma grande ideia para esse cap. E também à A menina radiante, por me dar ideias para caps futuros...
Sério meninas, vocês são tops demais.


Agradecimentos:
Giovannabrigidofic
Anônima
HarukaMeiko
insano insone
Anah ViXD
Sofia Anjos
Ana Fernandes
Wani Stars.
AMO VOCÊS, AMORECOS DA ZIA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595989/chapter/17

– Chega! – Tobias disse, bravo. – Uma hora esperando um lanche é um absurdo. Vou lá falar com o gerente.

– Devem ter esquecido. – Falei. – Fale que a mesa treze está com dois jovens mortos de fome.

Ele se levantou, sinalizando com as mãos que voltaria em um minuto. Coloquei o canudo do refrigerante que tomava em meus lábios, sugando o açucarado líquido. A lanchonete estava lotada, todas as cadeiras de assento vermelho estavam ocupadas, o laranja da parede parecia ser hipnótico: Quanto mais tempo eu passava encarando-o, com mais fome ficava.

O encontro até agora corria bem, Tobias mostrou um lado mais bem-humorado, e eu também pude me soltar, ser eu mesma. O rapaz não dera nenhuma “bola fora”, todas as palavras que saíram de sua boca foram interessantes.

Ele voltou, atravessando o espaço que dividia as mesas do lado de dentro das do de fora. Trazia uma bandeja com dois lanches em seus braços. Tobias estava interessantemente atraente, mais despojado e jovem. Não era o rapaz que atraía todos os olhares da lanchonete, mas hora ou outra uma menina lançava um olhar malicioso em sua direção.

– Se eu te disser que o atendente havia se esquecido de encaminhar nosso lanche para um garçom, acreditaria?

– Nem um pouco. – Falei, rindo.

– Eu disse o mesmo para o gerente, mas ele continuou mentindo. Odeio mentirosos.

Dei um típico “sorriso amarelo” e observei enquanto ele se sentava no assento à minha frente. Eu estava arrepiada, o vento da noite de sábado estava frio o bastante para fazer isso.

Estiquei a mão para pegar o lanche na bandeja, e acabei tocando na de Tobias.

– Você está gelada. – Comentou ele. – Quer uma blusa?

– Não, estou legal assim.

– Não está não, vai pegar um resfriado se não se aquecer.

– Você fala como minha mãe. – Comentei.

– Ela foi bem direta ao me dizer que eu deveria cuidar de você hoje.

– O que?! – Indaguei, surpresa. – Ela falou com você?

– Nos encontramos no mercado hoje de manhã. – Ele disse, mordendo um pedaço de seu lanche.

– Que vergonha. – Falei. – Me desculpe.

Após engolir, ele me disse que fora até legal, que minha mãe o ajudara a escolher uma fruta decente para levar para casa.

– Agora, vou obedecer à sua mãe e te manter aquecida e longe de doenças. – Disse, se levantando. Tirou sua blusa de frio e colocou-a sobre meu colo.

– Mas daí é você quem ficará doente. – Reclamei.

– É só tomar os remédios caseiros da minha avó que fico curado. – Disse. – Afinal, todos sabem que chá de amora coado em meia cura até doenças mais graves.

– Avós e suas “avózices”...

Vista a blusa, Aninha. – Disse, com carinho na voz. – Ou farei tantas cócegas em sua barriga que saíra daqui em uma ambulância.

– Odeio cócegas. – Falei. – E, definitivamente, odeio ambulâncias.

Ele esticou as mão, como que me ameaçando. Mas estava sorrindo.

Sem mais delongas, coloquei a jaqueta de couro sob a fina blusa regata amarela que usava.

Após comer, continuamos a conversar e a rir.

* * *

– E então, como foi o encontro? – Melissa indagou. Hoje, nós duas havíamos conseguido nos sentar no ônibus lotado.

– Foi legal. Tobias foi tão gentil, delicado e...

– Chato? Sinceramente, acho que ele é muito sem sal.

– Ei, não fale assim dele. É gente boa.

– Você quer um amigo?

– Não.

– Então arrume alguém que não seja somente “Gente boa”. Sinceramente Ana, existem muitos meninos interessantes no campus.

– Mas eu gosto de Tobias, sabe disso.

– Eu sei, só queria te ensinar a ter bom gosto. Para ser sincera, compare ele e Miguel.

– Miguel é meu namorado de aluguel. Nunca o acharia interessante.

– Pelo menos ele não é um morgado. E, com certeza, beija bem.

– Quem disse que Tobias não beija bem?

– Ele não tem cara de quem beija bem.

– Pois saiba que beija magnificamente bem. Sabe ser romântico e quente ao mesmo tempo. Provou isso ontem.

Ela me olhou.

– Duvido. Continua sendo um morgado.

– E Tobias não é morgado!

– Ah, ele tem esse jeito de bonzinho, filhinho querido da mamãe. Isso enche o saco, o cara precisa ter pimenta nos olhos.

– Está dizendo que ele precisa ser briguento?

– Não. Precisa ser determinado.

– Olha, pelo bem de nossa amizade não falarei mais nada. – Falei, fingindo-me de magoada.

– Ora, fique quieta. – Zombou Melissa. – Só quero te ensinar a ter bom gosto.

– A namoradinha do João falando sobre bom gosto...

Ela me deu um tapa brincalhão no ombro, e caí na gargalhada. As pessoas do ônibus nos encaravam.

– Fiquei quieta. – Ela disse, rindo. – Eu não gosto dele, é um babaca.

– Mas ele gosta de você.

– Claro que sim, quem não gosta de mim? Encare os fatos, eu sou diva.

Recomecei a rir, apesar de estar morrendo de sono, Melissa conseguiu afastá-lo por um tempo.

* * *

Tinha tudo para ser só mais um dia normal no Mocca Café.

Clientes entravam e saíam em ciclos desiguais, alguns jovens falavam alto enquanto tomavam cappuccino e até algumas gorjetas eu havia recebido. Tudo absolutamente normal.

Sra. Austen havia ido viajar, por isso os funcionários estavam mais relaxados. Rita, a cozinheira e funcionária mais velha, estava até cantarolando baixinho, agradeci por ter uma voz bonita (apesar de a letra das canções serem um tanto quanto deprimentes).

A porta do estabelecimento se abriu, fazendo o sininho se abrir. Uma menina com um gorro entrou, segurando a porta para uma criança entrar. Ela desenrolou o cachecol que envolvia seu pescoço, colocando-o de qualquer jeito dentro da bolsa pendurada no ombro esquerdo. Gelei, eu conhecia aquela menina.Era Valentina, a prima de Miguel.

Eu deveria ter me escondido, corrido para qualquer lugar que ficasse fora de alcance de sua visão. Mas, ao invés disso, fiquei paralisada, em choque.

Ela se aproximou do balcão, e enquanto minha mente berrava para eu me afastar, o corpo se mantinha parado. Valentina levantou o olhar, reconhecendo-me.

– Ana? – Indagou. – O que faz aqui, vestida como uma atendente?

Continuei paralisada, estática. Tinha certeza de que estava pálida como um fantasma, até mesmo parecera que a temperatura caíra.

Uma hora ou outra, isso poderia acontecer. Só que nunca havia pensado na possibilidade de ficar sem reação.

Melissa me encarou, dizendo com o olhar que estava tudo ferrado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nada pare dizer XD.
Bjus



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Namoro por Aluguel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.