Miss Simpatia escrita por Little Queen Bee


Capítulo 18
Prazer ou amor?


Notas iniciais do capítulo

Olá, desculpem-me pela demora. Fiquei sem tempo para escrever. Não é falta de inspiração. Bom eu gostaria muito de agradecer a JubsSantana por TODOS os comentários hahah



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POV. Daphne

O frio chegava em Nova York. Estávamos chegando no meio de novembro. Era outono e as folhas começavam a cair pelas ruas. Eu andava pelo Brooklyn de braços cruzados com Eliza. Queria me encolher no meio deste frio.

O aniversário de Phil estava chegando. Ele chamou todos para comemorar no Cesario’s neste sábado. E para Eliza as roupas que ela tem nunca são o suficiente. Estávamos de volta com a série “Tenho que encontrar alguma roupa” com Eliza Collins.

Fiquei sentada em uma poltrona, tentando me controlar para não sentir frio, enquanto Eliza vasculhava uma loja atrás de roupa.

– Como que vão as coisas entre você e o Josh? – perguntou Eliza, enquanto analisava um vestido. Todos já sabiam sobre nossa relação que já durava algumas semanas.

– Bem. – digo, esfregando minhas mãos, uma na outra para espantar o frio. Se no outono eu já estava assim, imagina no inverno. Eliza se aproximou de meu ouvido.

– Já transaram? – ela sussurra. Para todos, este devia ser nosso recorde.

– Não. – digo.

– Que isso, hein. Então a parada é séria. – diz ela se sentando ao meu lado e rio.

– Só por que não transei?

– Mas é claro, Daphne. Você quando transa com um cara logo de primeira parece que quer deixar bem explícito que não quer nada além de sexo. – rio mais ainda daquela situação. Mas nada do que ela disse deixa de ser verdade. – Mas você tem vontade?

– Do que? – pergunto, distraída.

– Daphne, você me irrita às vezes. – diz Eliza. – De transar com ele, mulher.

– Acho que sim. Tenho. Mas isso parece tão diferente. – Uma coisa é você transar apenas por prazer outra é você transar com alguém por amor. Sentir um frio na barriga como todas as vezes quando nossos beijos começam a ficar mais apimentados.

– Sábado seria uma grande chance. E você precisa comprar uma roupa mais apimentada para este evento, Daphne. – diz ela, levantando-se e vasculhando os cabides. – E este é o vestido perfeito.

Viro a cabeça, visualizando o vestido e tentando pensar melhor.

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Chego em casa, após mais um dia de trabalho. Retiro meus sapatos e relaxo. Procuro algo para a janta na dispensa. Estava cheia de fome. Pego algumas coisas da dispensa, mas volto para a sala já que meu celular toca.

– Alô? – digo atendendo-o.

– Minha filha querida! – diz minha mãe e reviro os olhos.

– Oi, mãe. – digo, voltando para cozinha e deixando o celular no modo viva-voz.

– Minha querida, como estão os preparativos? Faltam três semanas. – diz ela.

– Uma beleza, mamãe. Está tudo pronto. – digo com certo sarcasmo, mas que ela não nota.

– Uh! Que maravilha! – diz ela animada. – Mas querida, não era sobre isso que eu gostaria de falar. Bom, era mais ou menos. Quero que você traga seu vestido para eu ver no feriado de Ação de Graças.

– Mamãe, eu nem sei se vou para aí no feriado.

– Mas é claro que vai. Temos muito a fazer. Decidir um penteado que combine com o vestido, verificar como está seu talento, treinar bem sua andada para o desfile com trajes de banho e...

– Mãe, feriado é sinônimo de descanso e não de trabalho. Eu estou exausta, o trabalho na boutique tem me cansado muito. Dá um tempo também mãe.

– Como é que é, Daphne? – diz minha mãe, com total indignação.

– Eu não vou voltar para casa no dia de Ação de Graças. Eu quero descansar, Mamãe. É isso e ponto final. Vou desligar. Mande um beijo para o papai. Passar bem! – digo e antes de desligar ouço um berro do outro lado da linha.

Suspiro e continuo a fazer o jantar.

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– Eu não sei, não. – digo, olhando-me no espelho.

– Agora não dá pra voltar atrás. Faltando menos de meia hora pra festa você quer mudar de vestido? Me poupe, Daphne. Você está linda! – diz Eliza, levantando-se e indo para meu banheiro.

– Está muito curto. – digo. Sinto falta de pano em minhas pernas. O vestido era preto e bem justo ao meu corpo. Suas mangas eram longas e de rendas florais.

– Você tem que fugir um pouco dessa regra que um vestido só é sofisticado se estiver no máximo a quatro dedos dos joelhos. – diz Eliza, colocando a cabeça para fora do banheiro.

Meu celular toca, vejo no visor que é Josh quem está me ligando. Desligo a chamada e sento-me na poltrona, que havia dentro do meu closet. Escondo minhas mãos para esquecer que elas tremem. Respiro fundo. Eu quero e sei que Josh quer, mas não deveria ser a ssim. É loucura, mas me sinto como uma virgem novamente.

– Daphne... – Eliza se ajoelha ao meu lado.

– Eu não quero sair assim. Não é só pela droga da roupa. É porque pelo menos uma vez na minha vida eu quero fazer isso sem ser por prazer. Sem ter que acordar pela manhã e sair de fininho. E nunca mais olhar na cara desta pessoa. – digo e começo a engasgar. Estou nervosa. Isso é fato. Mas sentir os olhos lacrimejando? Fraca! Isto que eu sou. Respiro fundo e me recomponho. – Por muitos motivos eu sei que ele é a pessoa certa. Eu posso ter penado para descobrir. E também sei que ele já foi igual a todos os outros, como eu também poderia ser mais uma. Mas o fato é que não somos.

Eliza fica um tempo refletindo. Ficamos em silêncio e recomponho-me tentando não estragar minha maquiagem.

– Seja você mesma. – diz Eliza. – Não a Miss, ou alguma piriguete. Seja Daphne Campbell, que todos amam, mas não por esses fatos. E que ele também gosta.

– Espera. Piriguete? – pergunto e olho para ela que ri.

– Ah, você supera. – diz ela rindo.

– Olha que eu bagunço seu cabelo, garota! – digo, também rindo. Eliza sai correndo para o banheiro.

– Mas falando sério agora. Você não precisa ter medo. Se é por amor é a melhor coisa que pode lhe acontecer.

– Obrigada, Eliza. – digo.

– Agora, vá se arrumar logo. Estamos atrasadas. – diz Eliza, do banheiro.

Procuro em um minuto a roupa perfeita. Encontro em segundos o sapato que combina. Refaço a maquiagem e solto meus cabelos. Em quinze minutos estou pronta. Dou uma última olhada no espelho.

Um cropped sem mangas, com estampas indígenas das cores rosa, verde água e branco, com uma saia da mesma estampa, era tudo o que eu precisava. Meu par de sandálias tinha o mesmo tom de rosa, por conta disto combinava perfeitamente.

– Está pronta? – pergunta Eliza.

– Sim. – digo e ela me olha de cabeça a baixo.

– Como Daphne Campbell. – diz ela, orgulhosa ao analisar minha roupa e assentir. – Vamos.


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Notas finais do capítulo

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