Sob a Máfia escrita por Deih


Capítulo 43
42


Notas iniciais do capítulo

Capítulo não corrigi!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/595831/chapter/43

BELLA

–Se me deixar ir, eles não irão te pegar?
Phill gargalhou.
–Acho que não, querida. Ainda acha que acredito no que diz depois de tudo o que me fez?
–Se te pegarem, você irá morrer.
–Digamos que iremos. –Sua manobra me fez escorregar para o fundo da van. Mais tiros em nossa direção. –Se mantenha abaixada se quer viver.
Tentei pensar, mas nada inteligente passava por minha cabeça, tudo o que pensava era que Edward estava possivelmente morto e todos os outros iriam também. Ouvi som de motos vindo em nossa direção, mas pelo seu olhar não era nada do que pudesse se preocupar.
–Phill... me escute. –Pedi.
–Não, Bella. Se mantenha abaixada e me agradeça por estar tentando te salvar. Você sabe que perdemos tudo, não é? Ele nos fez perder tudo.
–Eu os entreguei.
–Eu sei. Eu sei de tudo, você me fez perder alianças poderosas. A polícia está atrás de mim, tem jornais por todos os lados. Deveria me agradecer que estávamos indo embora dessa.
–O que fez com ele?
Seu olhar estava em mim.
–O que ele fez com você.
–Phill!
–Eu o matei. Entendeu? Eu o matei. Ele está morto e toda sua turma estará também. Satisfeita?
–Você está mentindo para mim! –Chutei seu banco.
–Se tentar isso de novo, eu estouro sua cabeça.
–É um favor que estará me fazendo.
O carro parou, Phill deixou seu posto e abriu a porta me puxando para fora. Não havia ninguém ali além de nós dois e um carro menor. Tentei lutar, mas estava algemada e havia sido inútil, apenas um soco que provavelmente afundou meu nariz em meu crânio.
–Não tente isso novamente, eu não quero machuca-la.
Me arrastei para longe, mas sua mão se fechou em meu calcanhar me arrastando para o carro. Me virei acenando para o helicóptero não muito longe.
–Aqui! –Gritei. –Socorro!
–Oh não, meu amor. Eles não irão te escutar. –Phill me puxou no chão. Minhas vistas escureceram quando me jogou dentro do carro e bateu a porta.
Então o carro estava em movimento, motos vinham em nossa direção e tiros raspavam os vidros. Me encolhi por um tempo sentindo o balanço do carro e meus pés bateram em alguma coisa. Abri meus olhos e abafei o grito com as mãos. Edward estava me fazendo sinal de silencio. Seu rosto estava ensanguentado, pisquei algumas vezes para ter certeza de que era ele ali.
–Estão fechando as saídas, você precisa voltar pelo rio. Faça a volta! –¬Alguém gritou no rádio.
Edward fechou os olhos quando o carro deslizou dando uma volta. Meu corpo se chocou contra o fundo oco – não havia bancos. Só bolsas com armamento.
–Espero que esteja bem, meu amor. Pelo jeito nossos amigos estão querendo dificultar as coisas.
–A ponte não está segura, não temos saída. Eles estão perto demais.
–Tem que ter uma porcaria de saída! Vamos por ela.
–Ela pode cair, senhor.
–Iremos descobrir isso!
Atiraram contra meu lado já nela e me abaixei. Phill atirou e ouvi sons de peças se chocando. Carros em algum lugar e mais tiros vindos de todos os lados. Queria me aproximar de Edward e toca-lo, mas ele parecia ter um plano melhor do que colocar tudo a perder.
A ajuda está a caminho. – Seus lábios se mexeram. – Continue quieta.
O choro estava me sufocando, Phill se mexeu para me olhar quando Edward se levantou. O carro perdeu o controle dando algumas voltas. Gritei até minha garganta arder enquanto girávamos sem bater.
–Para trás, Bella. –Edward mandou. Tentei me levantar, mas ainda estava tonta. –Acho que seus homens não são tão eficientes assim. –Edward colocou a arma em sua cabeça.
Phill gargalhou.
–Pelo jeito você conhece a área. Como chegou tão rápido?
–Digamos que você saberá quando chegar ao inferno.
Phill encarou a janela, seus olhos no céu. Helicóptero da polícia.
–Já tem algo interessante para dizer a polícia? Eles vão querer uma boa história.
–Você vai dirigir, vai dar a volta.
–Por que acha que eu faria isso?
–Porque vou te matar se não fizer.
–Tsc, tsc, tsc. Não tem volta, Cullen. Estamos perdidos.
–Dê a volta agora! A deixe descer.
–Edward...-Sussurrei.
–Calada! A deixe descer e resolvemos isso você e eu. Ela não tem nada a ver.
–Ela sempre teve! Agora ela me pertence. Se não for minha, não será de mais ninguém. Você nunca a quis, Cullen. Por que isso agora?
Edward apertou a arma em sua nuca. Suas mãos estavam mexendo apressadamente no porta-luvas.
–Edward! –Gritei. Edward os algemou. –O que você fez? –Segurei sua camisa. –Edward, você não...
–Para o fundo, Bella. –Mandou. –Eu sei que você colocou rastreadores nesse carro, sei que tem uma bomba aqui. Era essa a intenção se nada desse certo?!-Gritou.
–Bingo.
–A polícia vai nos pegar, zero a zero, mas ela tem que ficar solta.
–Talvez eu não queira isso.
–Você não a ama? –Edward perguntou. Phill me fitou pelo retrovisor.
–Ela não merece.
–Talvez mereça.
Phill gargalhou, o carro deslizou mais uma vez e estávamos entrando no meio do fogo cruzado novamente, Edward gritou para que eu me abaixasse. Ouvi Felix, ouvi mais alguém nos gritar e me levantei para olhar pela janela. Estava indo em direção ao rio. Tentei quebrar minha algema, mas era inútil tudo o quer conseguia era me tirar mais sangue.
Edward me fitou por dois segundos e eu sabia que estava assustado, sabíamos que não tinha saída.
PAREM O CARRO, FBI! PAREM O CARRO OU IREMOS ATIRAR.
Phill não fez nenhuma piada, seus olhos foram duas vezes para o céu, mas ele não parou. O carro estava mais rápido agora. Podia sentir as rodas oscilando conforme corria.
–A ponte vai cair, se tentarmos passar.
–Alguém aqui se importa? - Phill gritou. –Vamos todos morrer de qualquer forma.
–Não vamos, eu posso ajudá-lo. –Tentei.
–Como? Você não percebeu ainda que se transformou em uma criminosa como todos nós, Swan? Você matou pessoas! Roubou! Você é como nós.
Neguei a mim mesma, mas eu sabia que eram palavras verdadeiras. Ele tinha toda razão sobre tudo o tempo todo. Me arrastei até onde Edward estava, fim tentou não perder o controle dirigindo com apenas uma mão. Mas seus olhos deslizaram para os carros que agora corriam em nossa direção.
Policia.
Edward segurou meu cabelo com firmeza e me puxou para mais perto. Queria gritar, queria solta-lo. Mas estava presa assim como ele.
–Eu prometi que cuidaria de você, e vou cuidar.
–Edward...
–Você vai me obedecer, apenas isso só dessa vez.
–Parem, vocês dois! Olhem para fora. Veja como estamos perdidos.
–Cale a boca! - Edward mandou. –Você vai saltar.
Neguei.
–Sim, você vai.
–Eu não posso!
–Você pode. Se lembra do que combinamos?
–Como acha que posso ir a qualquer lugar sem você?
–Você foi a muito lugares sem mim. –Me beijou. –E agora você irá a vários lugares sem mim novamente.
–Edward, eu posso ser presa com você.
–Não, você não pode. Você é livre é Bella. Nós conseguimos, você me libertou e eu te libertei.
–Estamos chegando. –Phill gargalhou. – E temos amigos nos esperando na ponte.
–Edward, se a ponte ceder...
–Se a ponte ceder saiba que te amo.
–Edward, eu... –Aporta lateral se abriu e Edward me empurrou para fora.
Minhas costas bateram no chão, e rolei três metros para trás conforme a velocidade do carro. Tudo dentro de mim parecia ter se quebrado em mil pedaços quando me choquei contra uma arvore. Sons vinham de algum lugar, mas meus olhos estavam no carro em alta velocidade, a polícia atirou.
Eles atiraram, então muitas vozes ao mesmo tempo. Minha voz estava perdida dentro de mim quando o carro subiu na ponte de ferro.
–Edward, não!
Uma sombra se jogou em minha frente e som alto explodiu. Meu coração estava batendo fora de mim quando vi a fumaça tomar conta de tudo. E tudo pareceu andar em câmera lenta, me sentia entrando em um buraco. Edward estava morto, ele me jogou do carro, ele estava morto.
–Achamos ela! –Alguém gritou. –Isabella Swan está aqui.
A última coisa que vi foram as arvores, meu último pensamento foi de não ter dito que o amava de volta. Seria justo ter um fim também, não?

Uma semana depois.

–Senhorita Swan? Como se sente? –Pisquei duas vezes. Cada parte do meu corpo parecia estar em gesso.
Mas nada se comparava ao que estava sentindo.
–Você acordou. Sua cabeça dói?
Queria que tudo não tivesse passado de um sonho, mas era realidade. As paredes brancas, o cheiro de hospital, a fala calma. Tudo aconteceu, eu não sonhei. As lagrimas vieram e minha cabeça estava doendo, parecia querer explodir enquanto tentava esquecer todas as cenas se repetindo e repetindo sem parar.
–Está tudo bem, você está bem agora. Precisa respirar e manter a calma.
–Onde... onde ele está?
–Você está bem. Vou chamar uma pessoa para vê-la.
–Quem mais... está aqui? –Perguntei. –Quem mais vocês salvaram?
–Você deve estar confusa...
–Não! –Gritei. –Ele... ele estava no carro comigo.... Ele...
–Chamarei alguém para vê-la. Vou lhe dar um calmante e um remédio para dor.
–Você me escutou?! –Tentei me levantar, mas meu corpo não ajudava.
–Eu não demoro. –Falou me deixando sozinha.
Contei até vinte encarando o teto quando a porta se abriu novamente. Aro parecia surpreso a seu lado, Leah. Ao mesmo tempo que tinha a certeza de que fiz a coisa certa, eu tinha certeza que não fiz. Não da forma que planejei. E era algo que não poderia contar a ninguém, que teria de conviver.
–Bella. Você está viva.
Não, eu não estou.
–Você foi corajosa, Bella. –Leah afagou minha mão. –Estamos aqui para ajudar você.
–O... que aconteceu?
–Uma ação. Achamos seus sequestradores. –Leah respondeu. – Conseguimos encontrá-la. Ainda é cedo para falarmos sobre isso.
–O que aconteceu... com todo mundo? –Minha voz era apenas um sussurro.
–Estão todos mortos. –Aro me fitou.
–Todos?
–Sim, como uma queima de arquivo. Eles estavam por todos os lados, perderam seu líder.
–Líder?
–Sim, você deve estar assustada e não se lembra. –Leah deu a volta em minha cama. –Você provavelmente tentou fugir ou foi jogada daquele carro. Conseguimos pegar apenas um deles, e ele disse que você estava com Phill Collins. O carro caiu da ponte e explodiu ao se chocar com as pedras. Ele era a chave para tudo.
–Não... morreu.
–Se acalme. –Suas mãos se fecharam sobre as minhas. –Está tudo bem agora.
–O carro... no carro.
–Você está segura agora. Acabou.
–Não explodiu.
–Vou chamar alguém...
–Leah!
–Vai ficar tudo bem. –Dessa vez era Aro que falava.
Eles me colocaram para dormir mais uma vez. Quando acordei já era noite e descobri que odeio a noite. A TV estava ligada e eles falavam o tempo todos. Estavam todos mortos, Peter. Eles falaram dele, falaram sobre Heidi. Eles apenas falavam e eu conhecia cada nome citado e a realidade me matava lentamente.
Era manhã quando uma enfermeira entrou e desligou a TV. Não me colocaram para dormir dessa vez. Tentei me lembrar quanto tempo estive ali, era tempo demais e eles não me deixariam assim por tanto tempo. Felix? Jasper? Jacob? Isso em assustava e doía.
–Bella?
–Mae!
Havia sido o primeiro dia desde que havia chegado onde a dor não era maior do que estava. Estava de volta, mas nunca estaria em casa realmente. Ele estava morto e ninguém jamais entenderia.
A polícia deu meu estado como seguro para dialogo – em parte -, queria passar por isso e depois esquecer. Estava acreditando que os outros morrido também. Ninguém me deu uma lista, nenhuma informação maior. E tinha medo de tentar saber sobre isso. Ninguém entendia sobre meu choro constante e minha dor sobre a liberdade.
–Senhorita Swan, você tem visitas. –A enfermeira avisou, continuei deitada encarando o teto. Esperando que desabasse.
A porta se fechou e contei sete passos até minha cama. A mão se fechou na minha.
–Bem-vinda a liberdade. –Me assustei ao ouvir sua voz.
–Você não...
–Eu estou aqui. E vou cuidar de você. –Sorriu.
É apenas um sonho, então eu vou acordar. Não seja um sonho.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sob a Máfia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.