O Sequestro - Cobrade escrita por Keth


Capítulo 34
Decepção


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu fiz uma One e queria muito ver vocês lá!
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Cobra e eu acompanhamos a ambulância até o hospital, meu pai foi
internado, eu esperava impaciente por alguma notícia, e mesmo com Cobra
ao meu lado eu não conseguia me acalmar, minha mãe já havia chegado e já
tivemos uma discussão feia ali mesmo, eu estava sem paciência e ela
também. Depois de uma desgastante discussão sentamos uma bem longe da
outra, minha mãe tentava assistir a novela da Tv colocada para quem
estava a espera e eu estava agarrada ao meu namorado me sentindo
extremamente culpada. Cobra me consolou da melhor maneira que pôde, ele
era o único que estava num perfeito estado de calma e paciência o que
pelo menos algum de nós tinha de ter, porém, quando vi o médico ao longe
percebi que na verdade a tendência das coisas era só piorar. Charlie se
aproximou com um olhar compreensivo, se bem me conhecia já devia saber
que eu estava apreensiva e precisava de uma resposta rápida e clara.

– Charlie, me diz que ele está bem – ele riu.

– Pare de ser apressada mocinha – ele sorriu – Seu pai está ótimo, foi
apenas um susto, já realizamos os exames necessários e ele já pode
receber visitas, só não o deixem nervoso demais – fiquei tão feliz e tão
aliviada que praticamente pulei em Charlie e me agarrei ao seu pescoço,
dando um forte abraço.

– Obrigada! Obrigada de verdade! Você é melhor! – Ele beijou o
alto da minha cabeça e depois desfez o abraço.

– Por nada princesa, vá ver o seu pai, ele disse que precisa muito falar
com você – ele parecia sério e logo em seguida olhei para Cobra, os
dois se encaravam, me senti tensa, como se estivesse no meio do fogo
cruzado e foi quando percebi que o que tinha feito só aumentou a raiva
entre os dois.

– Vamos amor – peguei na mão de Cobra que nem sequer se esforçou para segurá-la, e saiu ainda encarando Charlie no corredor, sendo praticamente
arrastado por mim – Cobra dá pra vir logo? – Ele me olhou de cara feia
e me seguiu mais rapidamente.

Antes de entrar no quarto Cobra me puxou de canto, seu olhar era severo
e ele parecia realmente nervoso, fiquei com medo, pela primeira vez
Cobra parecia querer matar alguém ou alguma coisa, e eu tinha provocado
aquilo.

– Jade, primeiro: o que foi aquilo com o médico tarado? – olhei para
ele sem saber como reagir – Me responde!

– Cobra eu só... Fiquei feliz por ele ter cuidado tão bem do meu pai,
eu só fiquei feliz pela boa notícia! – ele fez uma careta.

– Não precisava se jogar em cima dele por isso! – ele tentava sussurrar,
mas estava tão nervoso que ele quase parecia grunhir – Ele te beijou a
força, ele te chamou de princesa e você ainda saí abraçando ele toda
sorridente?! – aquilo estava me assustando.

– Para com isso, eu não to a fim dele, você sabe muito bem disso!
– olhei bem para ele – por favor, me solta, você ta me deixando assustada
– Cobra então suavizou o rosto e me soltou.

– Me desculpe, mas, eu só não quero te perder, não quero te perder pra
Ele – Cobra resmungou.

– Amor, entenda, ele mesmo depois de tudo aquilo é um amigo, eu não
quero nada com ele e você sabe disso – dei um selinho demorado nele –
Além disso, foi só um abraço ok? Não se preocupe, agora por favor, vamos
ver o meu pai? – ele assentiu.

– Me desculpe – pisquei para ele e entramos no quarto.

Meu pai estava deitado e pelo visto tomava soro, estava perfeitamente
bem, porém ao me ver com Cobra nos lançou um olhar severo. Eu não sabia
o que ele pretendia fazer, eu apenas revelei a minha gravidez para que
ele desistisse de me levar para longe de Cobra e cancelasse o processo,
mas, pelo visto, isso não tinha funcionado muito bem, já que meu pai
parecia estar planejando várias maneiras de nos matar mentalmente, eu o
conhecia muito bem pra saber disso.

– Papai – minha voz parecia um gatinho pedindo leite.

– O que ele está fazendo aqui? – meu pai foi rude.

– Papai, ele te socorreu, ele chamou ambulância, será que só por um
momento você consegue agradecer a ele? – meu pai olhei com dureza para
Cobra e negou com a cabeça.

– Não vou agradecer a um bandido que fez uma única coisa boa na vida –
suspirei irritada, um enjoo se aproximava eu sentia isso.

– Jade? Você está bem? – Cobra se acostumou com isso, vira e mexe eu
acordava de madrugada para vomitar, ele já sabia que quando ficava desse
jeito era um enjoo.

– Eu to bem – respirei fundo, foi quando meu pai me observou e seu rosto
se iluminou.

– O bebê – ele sussurrou baixinho, mas, eu pude ouvi-lo e lhe dei um
sorriso fraco.

– Pai, por favor, eu lhe imploro, não prenda Cobra, ele é o pai dessa
criança, essa criança vai precisar de um pai e ele vai ser perfeito.

– Eu não vou retirar esse processo, eu vou até o fim para que esse
canalha pague por tudo o que fez – meu pai me olhou severo – E vamos ver
o que faremos com essa criança – naquele momento eu entendi muito bem o
que ele quis dizer.

– Eu não vou abortar! – gritei

– E eu não vou ter um neto que é filho de um bandido! Você vai fazer o
que eu mandar! – a raiva corria pelo meu corpo, eu jamais permitiria aquilo.

– Você não decide mais nada na minha vida, eu tenho 19 anos, posso me
virar! Eu NÃO VOU ABORTAR! – Cobra se aproximou e começou a me puxar
para longe de meu pai – Você não decide o destino desse bebê, sou eu! E
eu decido que ele vai ter um pai e que ele vai nascer quer você queira
ou não! – minha mãe entrou no quarto aterrorizada.

– O que está acontecendo aqui? – gritou

– Vocês acabam de perder a sua filha – saí empurrando tudo e todos,
minha conversa com meu pai foi breve, porém eu jamais me senti tão
irritada e tão magoada em toda a minha vida. Cobra tentava me seguir,
mas, mesmo assim ainda ficava para trás, quando fui entrar no carro ele
me segurou.

– Você não vai dirigir, não nesse estado – olhei para ele, precisava de
um apoio e aos poucos as lágrimas vieram até que eu já me encontrava em
prantos. Cobra tentava me acalmar com palavras doces e confiantes, mas
eu não conseguia parar de chorar, ele segurava meu rosto mas eu não
conseguia sequer olhar para ele.

– Jade, por favor não chore! – ele me beijou, como fez quando eu não
queria que ele me deixasse sozinha, o efeito foi o mesmo, aos poucos me
acalmei e consegui retribuir o beijo – Pronto – ele sorriu – Não se
preocupe, ele ainda vai entender, ele vai amar esse bebê, e vai se
arrepender de ter dito aquilo.

– Você acha? – perguntei ainda chorosa.

– Tenho certeza, dê tempo a ele para aceitar a ideia, ele com certeza
vai te procurar e pedir desculpas.

– Jura? – senti uma incerteza nele, mas, eu sabia que quando ele
prometia ele cumpria, mesmo quando não tinha certeza de algo.

– Eu juro.


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