O Sequestro - Cobrade escrita por Keth


Capítulo 3
Meu cativeiro e o sequestrador


Notas iniciais do capítulo

Dois capítulos em um dia. Então eu espero muito comentários! Haha.. Espero que gostem. Beijos!



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Jade

Acordei com uma forte dor de cabeça, abri os olhos devagar tentando me acostumar com a luz. Eu estava numa cama velha com um colchão horrível coberta apenas por um lençol. Do lado da minha cama havia uma pequena mesinha de madeira que aparentava ser tão velha quanto a cama. O quarto que eu me encontrava não tinha janelas, apenas um porta no alto de uma escadaria. Embaixo daquela escadaria havia um pequeno banheiro com uma pia, um vaso e um chuveiro velho; o quarto não era muito grande e tinha cheiro de mofo. Como eu tinha ido parar ali? Eu não conseguia me lembrar com aquela dor de cabeça infernal. Andei por todo o quarto procurando a minha bolsa, precisava ligar para alguém, mas não a encontrei em lugar nenhum. De repente a porta do alto da escadaria se abriu e comecei a me desesperar, afina o que estava acontecendo? A dor de cabeça ainda me impedia de lembrar do que havia acontecido e agora alguém estava entrando ali naquele quarto mal iluminado e sujo.

Ele era alto, usava um jeans escuro, um tênis da Nike e uma regata branca que mostrava seus braços definidos e ombros largos. Usava um pano preto amarrado no rosto que permitia que eu visse somente seus olhos. Ele descia com uma bandeja e me olhava fixamente sem ao menos piscar, engoli em seco ao ver uma arma em seu quadril e me encolhi na velha cama na qual acordei. O que ele iria fazer comigo? Milhares de coisas passaram pela minha cabeça e nenhuma delas era boa.

– Então a patricinha acordou? –Sua vós era rouca, grossa e, de certo modo, sexy.Ouvi-la me causou arrepios. Ele se aproximou, colocou a bandeja em cima da velha mesinha e parou para me observar. Foi quando percebi a roupa que estava usando: Uma saia curta preta e um top cropped branco. Sim, ele estava olhando para minhas pernas. Que atrevido!

– Quem é você? O que eu estou fazendo aqui? –Me mexi desconfortável na cama e olhei para ele- O que pretende fazer comigo? –Ele se aproximou um pouco mais e riu.

– Com você? Não pretendo fazer nada.–Ele apoiou uma das pernas na beirada da cama e olhou bem fundo nos meus olhos- Digamos que eu serei sua babá por tempo indeterminado, pelo menos até seu pai liberar a grana do seu resgate. Eu espero não ter nenhuma dor de cabeça com você nesse tempo.

Eu estava ofegante, me lembrei exatamente do que tinha acontecido. Eu havia sido sequestrada! O maior medo do meu pai finamente se concretizou, graças ao meu egoísmo.

– Me deixe ir, prometo que vou dizer ao meu pai para te dor todo dinheiro que deseja, mas, por favor, me deixe ir. –Supliquei, o cara me observou e riu outra vez.

– Acha que funciona assim? Eu tive todo um trabalho para sequestrá-la e acha que eu vou solta-la facilmente? Não princesa, as coisas não funcionam assim. –Ele começou a andar de um lado para o outro em frente a cama. Como ousa me chamar de princesa? Que tipo de liberdade eu dei a ele? Atrevido!- A coisa funciona assim, eu te sequestrei, agora vou negociar a grana com seu pai para que eu solte você, e isso leva tempo. Então eu espero que não me de nenhuma dor de cabeça, porque eu pretendo devolver você inteira para ele. E não adianta gritar por socorro, essas paredes são a prova de som, não importa o quanto grite, ninguém poderá te ouvir. –Ele parou perto de mim e segurou meu queixo com força- Então não me faça perder a paciência com você e todos teremos um final feliz, entendeu? –Eu era obrigada a olhar para ele, mas não conseguia dizer nada, estava assustada de mais para dizer qualquer coisa- Perguntei se você entendeu! –ele gritou.

– Sim, entendi! –Falei baixo e finalmente ele soltou meu rosto.

– Ótimo, agora coma, você deve estar com fome. Vou lhe trazer comida nos horários certos e caso a negociação demore muito e você se comporte bem eu posso lhe trazer algum mordomia.

– Mordomia? –Perguntei.

– Um chocolate, um cobertor, o que quiser. Mas apenas se você se comportar. –Ele foi em direção a escadaria e parou- Mais tarde vou trazer seu celular e você fará uma ligação para o seu pai dizendo que está tudo bem e que está sendo bem tratada.

Então ele saiu, foi em direção a porta e pude ouvir ele trancá-la, e eu cai no choro. Fui egoísta, meu pai dizia o tempo todo que queria me proteger e eu não lhe dei atenção. Agora eu estava num cativeiro, dependendo única e exclusivamente do bandido que havia me sequestrado. Aquilo era loucura, eu já vi várias notícias de garotas que mesmo que só por algumas horas e ficaram traumatizadas o resto da vida, porque foram estrupadas ou simplesmente apanharam muito. Eu não queria que aquilo acontecesse comigo, mas eu não tinha escolha. Aquele bandido havia dito que não tinha a intenção de fazer nada comigo, mas eles mentem, certo? E se ele tivesse dito aquilo somente para que eu acreditasse e no meio da noite viesse... Não! Eu não podia confiar nele, eu só tinha de me comportar, eu só tinha que fazer o que ele me pedisse e talvez eu pudesse sair viva dessa história. Pelo menos era o que eu esperava.


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