O Sequestro - Cobrade escrita por Keth
Notas iniciais do capítulo
Dois capítulos em um dia. Então eu espero muito comentários! Haha.. Espero que gostem. Beijos!
Jade
Acordei com uma forte dor de cabeça, abri os olhos devagar tentando me acostumar com a luz. Eu estava numa cama velha com um colchão horrível coberta apenas por um lençol. Do lado da minha cama havia uma pequena mesinha de madeira que aparentava ser tão velha quanto a cama. O quarto que eu me encontrava não tinha janelas, apenas um porta no alto de uma escadaria. Embaixo daquela escadaria havia um pequeno banheiro com uma pia, um vaso e um chuveiro velho; o quarto não era muito grande e tinha cheiro de mofo. Como eu tinha ido parar ali? Eu não conseguia me lembrar com aquela dor de cabeça infernal. Andei por todo o quarto procurando a minha bolsa, precisava ligar para alguém, mas não a encontrei em lugar nenhum. De repente a porta do alto da escadaria se abriu e comecei a me desesperar, afina o que estava acontecendo? A dor de cabeça ainda me impedia de lembrar do que havia acontecido e agora alguém estava entrando ali naquele quarto mal iluminado e sujo.
Ele era alto, usava um jeans escuro, um tênis da Nike e uma regata branca que mostrava seus braços definidos e ombros largos. Usava um pano preto amarrado no rosto que permitia que eu visse somente seus olhos. Ele descia com uma bandeja e me olhava fixamente sem ao menos piscar, engoli em seco ao ver uma arma em seu quadril e me encolhi na velha cama na qual acordei. O que ele iria fazer comigo? Milhares de coisas passaram pela minha cabeça e nenhuma delas era boa.
– Então a patricinha acordou? –Sua vós era rouca, grossa e, de certo modo, sexy.Ouvi-la me causou arrepios. Ele se aproximou, colocou a bandeja em cima da velha mesinha e parou para me observar. Foi quando percebi a roupa que estava usando: Uma saia curta preta e um top cropped branco. Sim, ele estava olhando para minhas pernas. Que atrevido!
– Quem é você? O que eu estou fazendo aqui? –Me mexi desconfortável na cama e olhei para ele- O que pretende fazer comigo? –Ele se aproximou um pouco mais e riu.
– Com você? Não pretendo fazer nada.–Ele apoiou uma das pernas na beirada da cama e olhou bem fundo nos meus olhos- Digamos que eu serei sua babá por tempo indeterminado, pelo menos até seu pai liberar a grana do seu resgate. Eu espero não ter nenhuma dor de cabeça com você nesse tempo.
Eu estava ofegante, me lembrei exatamente do que tinha acontecido. Eu havia sido sequestrada! O maior medo do meu pai finamente se concretizou, graças ao meu egoísmo.
– Me deixe ir, prometo que vou dizer ao meu pai para te dor todo dinheiro que deseja, mas, por favor, me deixe ir. –Supliquei, o cara me observou e riu outra vez.
– Acha que funciona assim? Eu tive todo um trabalho para sequestrá-la e acha que eu vou solta-la facilmente? Não princesa, as coisas não funcionam assim. –Ele começou a andar de um lado para o outro em frente a cama. Como ousa me chamar de princesa? Que tipo de liberdade eu dei a ele? Atrevido!- A coisa funciona assim, eu te sequestrei, agora vou negociar a grana com seu pai para que eu solte você, e isso leva tempo. Então eu espero que não me de nenhuma dor de cabeça, porque eu pretendo devolver você inteira para ele. E não adianta gritar por socorro, essas paredes são a prova de som, não importa o quanto grite, ninguém poderá te ouvir. –Ele parou perto de mim e segurou meu queixo com força- Então não me faça perder a paciência com você e todos teremos um final feliz, entendeu? –Eu era obrigada a olhar para ele, mas não conseguia dizer nada, estava assustada de mais para dizer qualquer coisa- Perguntei se você entendeu! –ele gritou.
– Sim, entendi! –Falei baixo e finalmente ele soltou meu rosto.
– Ótimo, agora coma, você deve estar com fome. Vou lhe trazer comida nos horários certos e caso a negociação demore muito e você se comporte bem eu posso lhe trazer algum mordomia.
– Mordomia? –Perguntei.
– Um chocolate, um cobertor, o que quiser. Mas apenas se você se comportar. –Ele foi em direção a escadaria e parou- Mais tarde vou trazer seu celular e você fará uma ligação para o seu pai dizendo que está tudo bem e que está sendo bem tratada.
Então ele saiu, foi em direção a porta e pude ouvir ele trancá-la, e eu cai no choro. Fui egoísta, meu pai dizia o tempo todo que queria me proteger e eu não lhe dei atenção. Agora eu estava num cativeiro, dependendo única e exclusivamente do bandido que havia me sequestrado. Aquilo era loucura, eu já vi várias notícias de garotas que mesmo que só por algumas horas e ficaram traumatizadas o resto da vida, porque foram estrupadas ou simplesmente apanharam muito. Eu não queria que aquilo acontecesse comigo, mas eu não tinha escolha. Aquele bandido havia dito que não tinha a intenção de fazer nada comigo, mas eles mentem, certo? E se ele tivesse dito aquilo somente para que eu acreditasse e no meio da noite viesse... Não! Eu não podia confiar nele, eu só tinha de me comportar, eu só tinha que fazer o que ele me pedisse e talvez eu pudesse sair viva dessa história. Pelo menos era o que eu esperava.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!