O Sequestro - Cobrade escrita por Keth


Capítulo 24
Papai Ricardo?


Notas iniciais do capítulo

Fiquei bem triste com a quantidade de comentários do ultimo capitulo, espero que esse seja melhor.
Não estava nos meus planos postar esse capitulo hoje, mas recebi uma recomendação e fiquei tão feliz que decidi adiantar o capitulo.

Mariana, meu amor, muito obrigada pela recomendação. Você não tem noção do quanto me deixou feliz! Muito obrigada mesmo



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Cobra

Hoje Jade e eu acordamos cedo, eu mostraria a ela os arredores da casa
e a floresta que cerca a casa e a separa da cidade. Aquele velho
casarão ficava bem no meio da floresta, como se o antigo dono quisesse
simplesmente se isolar do resto das pessoas e ficar num lugar calmo e
que não chamasse muita atenção, da cidade era impossível ver aquele
casarão, era preciso entrar no meio das árvores pra poder encontra-lo.
Lobão conhecia a um tempo aquele casarão, nunca soube como mas ele
conhecia aquele lugar, e, ele tinha certeza de que aquele lugar era o
melhor lugar para ser o cativeiro de Jade. Tive que treinar e ficar
alguns dias antes do sequestro andando por aquele lugar para me
familiarizar com tudo para que não acabasse me perdendo no final, apesar
de não parecer ali era um verdadeiro labirinto.

Jade hoje parecia melhor, mas, ainda reclamava vez ou outra de enjoos
que iam e vinham, aquilo estava me deixando ainda mais preocupado, eu
precisava saber se ela estava mesmo grávida e tomar as devidas
providências o mais rápido possível, precisava de uma confirmação, e eu
conhecia alguém que podia me ajudar, mas, eu falaria com ele depois,
minha prioridade no momento era fazer com que o plano desse certo.
Jade teve um plano brilhante, mas, eu ainda me sentia inseguro com o
sucesso dele e sobre o fim que isso levaria, prometi a mim mesmo que
pelo menos salvaria Jade e o bebê de qualquer forma, eles eram a minha
prioridade. Eu não tinha dito a ela, e na verdade nem pretendia dizer
que eu provavelmente não escaparia disso vivo ou ileso, Jade não
conhecia Lobão, não sabia o quanto ele era cruel e frio. Lobão odiava
perder e se esse sequestro não lhe trouxesse lucro algum Jade estaria
morta.

– Cobra? Podemos ir? – fiquei tão atordoado em meus pensamentos que
simplesmente não percebi que minha Jade me chamava para que eu lhe
mostrasse lá fora.

– Sim, claro que sim vamos – Jade segurou em minha mão e parecia um
pouco tensa, foi quando me lembrei, já fazia 1 mês eu ela não via nada
além daquele casarão, ela nem mesmo tomava sol e talvez isso a deixasse
um pouco assustada – Não se preocupe meu amor, logo estará livre – sorri
para ela.

Fui para fora meio que tendo que puxá-la comigo, nem havia percebido
como a falta de Sol já havia afetado, ela estava mais pálida. Ainda um
pouco hesitante Jade veio, o Sol que a muito ela não via iluminou seu
rosto e seus cabelos que brilharam num tom perfeito, depois disso
ela pareceu relaxar mais e continuou a me seguir. Mostrei a ela o
caminho que levava a cidade, mostrei a ela tudo que ficava em volta da
casa e expliquei como tudo deveria acontecer.

– Tem certeza que sua mãe não vai se desesperar? Sabe que se qualquer
coisa der errado isso pode ser fatal para todos nós.

– Confie em mim, vai dar tudo certo, vou passar as orientações para ela
quando voltarmos e vamos marcar as árvores com alguma coisa para que ela
saiba que é aqui o lugar – assenti e expliquei a ela que eu mesmo faria
a marcação e cuidaria dessa parte da trilha.

– Cobra, podemos ficar aqui um pouco? Quero aproveitar o sol – fui
incapaz de negar a ela esse pedido, Jade nunca mais pode sentir o sol
quente em seu rosto.

– Claro amor – respondi. Jade sorriu e ficou um tempo ali parada,
apenas sentindo a leve brisa eu fazia seus cabelos balançarem. Senti o
medo me dominando, e se Lobão tocasse nela? E se ele quisesse mata-la?
Eu jamais me perdoaria se algo acontecesse a ela, se Lobão fizesse algo
com ela eu jamais me perdoaria. Eu não tinha família, a minha presença
nesse mundo era insignificante, mas, Jade tinha uma família, tinha
pais e amigos que a amavam e que se preocupavam com ela, eu não podia
deixa-los sofrer por um descuido meu, eu a protegeria com todas as
minhas forças.

– Está tudo bem Cobra? Está um pouco quieto hoje.

– Desculpe, estou pensando sobre o plano. – ela sorriu e fez uma careta.

– Nem consigo pensar nisso com esse enjoo – ela riu, fiquei quieto e
então o rosto dela endureceu e sua voz saiu mais triste do que eu podia
imaginar – Você não quer não é mesmo? – ela ficou séria de repente.

– O que? Do que está falando? – perguntei confuso.

– Toda vez que falo do nosso bebê você simplesmente se cala ou muda de
assunto – havia mágoa em sua voz – Você não se manifestou até o momento
sobre isso, suas reações são sempre de medo, você não quer que eu tenha
esse filho não é? – Aquilo me atingiu de uma maneira tão intensa que a
principio não consegui responder.

– Jade, eu só estou preocupado com a nossa segurança, e além disso não
temos certeza se está realmente grávida... Mas, eu quero que você tenha
esse bebê, eu quero de verdade, só não demonstrei por causa de toda essa
preocupação... – Jade se aproximou mais de mim e segurou uma de minhas
mãos, em seguida a guiou até a sua barriga. Estava diferente, um pouco
mais durinha e talvez maior do que eu me lembrava, Jade sorriu e me
deu um beijo leve.

– Por favor, esqueça só por um momento tudo isso, sei que não temos uma
confirmação, mas Cobra eu sinto que tem alguma coisa ai crescendo
dentro de mim, algo que vai nascer do nosso amor, por favor, pense só
por um momento que você vai ser papai – ela suplicou. Por um segundo, me
esqueci completamente de tudo e me foquei em apenas uma coisa, eu serei
pai, um bebê estava a caminho e seria meu filho, a felicidade logo me
preencheu de uma forma que eu jamais imaginaria e finalmente eu me senti
relaxado e completamente feliz.

– Eu vou ser pai... – falei quase num sussurro – Isso é demais! – peguei
Jade e a carreguei no ombro, girei e depois a coloquei no chão e enchi
sua barriga de beijos, Jade dava risadas gostosas.

– Vai querer qual nome? – perguntei

– Hum... Para a menina pensei em Julie – concordei com a cabeça – Para
o menino eu pensei em Lucca.

– Eu gostei! Amanhã você conhecerá uma pessoa que vai nos ajudar a
descobrir se é mesmo verdade sobre a gravidez, e então poderemos
comemorar com certeza e fazer planos – me sentia mais animado do que nunca.

– Ok, agora, Cobra... Estou com muita vontade de comer espaguete

Os olhos dela cintilaram, e lá vinha mais um desejo, peguei ela no colo e
fui em direção a casa ainda extremamente feliz e fazendo planos para
nosso filho.


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