What if... escrita por Duquesa Sukita


Capítulo 1
What if... — Precisamos conversar — 01


Notas iniciais do capítulo

Ok, ok. Aqui vou eu... novamente.
Eu estou escrevendo essa nota antes de começar a escrever a história. Minha mente está totalmente péssima e com certeza vou implantar drama nessa história, ô se vou. risada maligna ao fundo -q
Eu sou verdadeiramente apaixonada pelo Rudy, e ontem quando estava relendo algumas orelhas de livros peguei sem querer "A menina que roubava livros", não pude deixar de surtar quando o autor diz na orelha; "como Rudy Steiner, o seu melhor amigo e o namorado que nunca teve" Fiquei pensando comigo: Com quem Liesel terminou no final? porque terminar no inicio é difícil né? :v Por que Rudy teve que ter um final trágico? Eu estava decidida a reler o livro, porém eu fiquei com certa preguiça e eu me lembro de alguns fatos, então por que não tentar escrever uma fic legal? Uma fic que poderia definir que Liesel terminaria com seu primeiro amor? Bem, não sei se foi o primeiro amor, pois só mostra a menina com 11 anos, mas...
Aproveitem e se puderem comentem, façam uma escritora feliz.
PS: MARKUS SUZAK, SEU DESTRUIDOR DE CORAÇÕES ç_ç'



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What if... — Precisamos conversar.

"Nas palavras das irmãs menores de Rudy, havia dois monstros sentados na cozinha. Suas vozes amassavam metodicamente a porta, enquanto três das crianças Steiner jogavam dominó do outro lado. As outras três ouviam rádio no quarto, distraídas. Rudy esperava que isso não tivesse nada a ver com o que acontecera na escola na semana anterior. Tinha sido algo que ele recusara a contar a Liesel e sobre o qual não havia falado em casa.

Quando terminou a quarta partida de dominó, Rudy começou a enfileirar as pedras na vertical, criando desenhos que serpenteavam pelo chão da sala. Como era seu hábito, também deixou alguns espaços para o caso de haver interferências do dedo travesso de uma das irmãs, o que geralmente acontecia.

— Posso derrubá-los, Rudy?

— Não.

— E eu?

— Não. Todos vamos derruba-lós.

Rudy montou três formações separadas, que levavam á mesma torre de dominó no centro. Juntos, eles observariam o desmoronamento de tudo que fora tão cuidadosamente planejado, e todos sorririam ante a beleza da destruição.

As vozes na cozinha estavam ficando mais altas, umas trepando nas outras para se fazerem ouvir. Frases diferentes disputavam a atenção, até que uma pessoa, anteriormente calada, entrou no meio delas.

— Não — disse. — Não — repetiu. Mesmo quando as demais retomaram a discussão, voltaram a ser silenciadas pela mesma voz, só que, nessa hora, ela ganhou ímpeto.

— Por favor — suplicou Barbara Steiner —, meu menino não.

— A gente pode acender uma vela, Rudy?

Era uma coisa que o pai fizera muitas vezes com eles. Apagava a luz e todos viam os dominós caírem á luz da vela. De algum modo, isso tornava o acontecimento mais grandioso, um espetáculo maior.

As pernas de Rudy estavam doloridas, de qualquer jeito.

— Deixem que eu procure um fósforo.

O interruptor ficava junto á porta.

Em silêncio, Rudy aproximou-se dela, com a caixa de fósforos numa das mãos e a vela na outra.

Do lado de lá, os três homens e uma mulher treparam nas dobradiças.

— As melhores notas da turma — disse um dos monstros. Muita profundida e indiferença. — Para não falar em sua capacidade atlética — completou. Droga, por que é que ele tinha que ter ganhado todas aquelas corridas na competição?

Deutscher.

Maldito aquele tal de Franz Deutscher.

Mas, então, Rudy compreendeu.

Aquilo não era culpa de Franz Deutscher, mas sua. Ele quisera mostrar a seu antigo torturador do que era capaz, mas também quisera provar-se diante de todos.

E agora, o todos estava na cozinha.

Rudy, acendeu a vela e apagou a luz.

— Prontas?

— Mas nós ouvimos falar no que acontece por lá — fez a inconfundível voz de carvalho de seu pai.

— Anda, Rudy, anda logo!

— Sim, mas compreenda, Herr Steiner, tudo isso é por um objetivo maior. Pense nas oportunidades que seu filho pode ter. É realmente um privilégio.

— Rudy, a vela está pingando.

O menino fez um gesto para que elas se calassem, novamente á espera de Alex Steiner. Ele veio.

— Privilégios? Como correr descalço na neve? Como saltar de plataformas de dez metros em noventa centímetros de água?

Agora a orelha de Rudy estava grudada na porta. A cera da vela derretia em sua mão." — Tirado de: A menina que roubava livros.

O olhar do garoto baixou-se para a cera que machucava sua mão, porém não se importava. Havia se exibido, e agora ele poderia fazer com que seus pais pagassem o prejuízo. Olhou para as irmãs, ainda indicando para que ficassem quieta, e depositou a vela em um pequeno prato que havia sido posto a pouco tempo ali, pelo menino. Abriu a porta da cozinha, assustando os pais e até mesmo os monstros.

— Por favor... — disse relutante — Eu estou pronto... Me levem...

Barbara e Alex Steiner pareciam estáticos com o que o filho havia dito. Mesmo sendo um garoto atrevido que fazia tudo o que lhe dessa na cabeça não seria tão doido para adentrar no exército. Muito menos enquanto os rapazes conversavam com seus pais. Um dos homens-monstros sorriu, se aproximando do rapaz e colocando uma de suas mãos em seu ombro.

— Me desculpe rapazinho, mas estou conversando com seus pais... Se nos dá... — tentou começar um diálogo, mas o loiro já estava decidido.

— Por favor, me levem. — disse sério, enquanto encarava o chão.

— Rudy... — Barbara disse em um quase sussurro. — Não faça isso meu menino... — Disse autoritária, mas eram visíveis lágrimas e orgulho no rosto da mais velha. As irmãs mais novas apareceram na porta, ainda escondidas com medo dos monstros que permaneciam ali. Ele levantou o rosto, com um sorriso forçado.

— Estou... Estou bem, mamãe... É dever dos alemães protegerem o país... e o Füher também. Não é? — Barbara começou a chorar, porém os guardas sorriram, entregando-lhe uma carta amarela.

— Sim, sim rapaz. Füher e a Alemanha ficarão felizes por te terem. — bagunçou os fios amarelos puxados para a cor de limão do menino enquanto sorria. Falso. Ele mentia para Rudy, e ele sabia. Tudo o que queriam era aprisionar mais judeus, queriam aprofundar a guerra. Não que Rudy não achasse interessante aquela palavra... Guerra, não? O menino não pode fazer nada mais do que assentir, e olhar para seu pai, ainda estático. Parecia que a cor de sua pele havia se esvaído, deixando um alemão que acabava de perceber que seu filho iria se perder. Ou pior, já estava totalmente perdido.

Algumas horas depois...

— Liesel? Liesel?

A menina com seus fios amarelados e com pequenas mechas escuras apareceu na janela do segundo andar da pequena casa. Vendo seu vizinho segurar uma bola de futebol maltrapilha.

— Rudy? O que faz aí?

O loiro apenas fez sinal para que ela se calasse, logo insinuando novamente para que ela descesse rapidamente as escadas e o encontrasse, resumindo apenas fez um sinal com os dedos. Já era fim de tarde, e ao tentar descer silenciosamente os degraus encontrou uma Rosa Huberman emburrada enquanto preparava a sopa rala que serviria novamente como janta, não havia tanta, não havia o exato para os 3 repetirem, mas poderiam dormir sem a barriga estar vazia, ao menos isso... A loira esgueirou-se pela parede tentando correr silenciosamente até a porta da sala, porém fora pega.

— Aonde vai, Samuchen? — perguntou Rosa.

— Ahn... Jogar bola..?

— Por que soou como uma pergunta?

— Juro, juro, juro que é rapidinho. Só vou ali fora e já volto. Se quiser posso te ajudar a tirar a mesa hoje! — implorou Liesel, ela realmente gostava de conversar com Rudy e isso a fazia se sentir bem. Rosa suspirou enquanto resmungava sobre um Saukerl maldito que morava a casa ao lado, Liesel riu enquanto se dirigia para fora da casa.

Rudy estava sentado na escadinha, a espera de Liesel. Brincava com a bola maltrapilha enquanto aproveitava para ver suas mãos machucadas pela cera antes queimada. Ao Liesel chegar, com certa curiosidade ela abaixou o olhar, apenas o levantando com um pequeno sorriso ao a menina cumprimenta-ló.

— Liesel... precisamos conversar.


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Notas finais do capítulo

Acabou não sendo uma one-shot como eu queria que fosse.
Primeiro capítulo pronto, nos vemos em breve. Ou talvez... não? muahuahua engasga.