PDV da Autora

Esme e Carlisle pararam num hotel para pernoitar na noite do dia 9 de setembro de 2006. Logo após fazerem o registro e subirem ao quarto Esme está muito ansiosa. Carlisle percebe:

— O que foi minha deusa?

— Carlisle, você também deve estar ansioso como eu. Precisamos voltar para casa agora. Preciso saber o que aconteceu com nossas filhas, com Bella e com Rosalie.

— Bella deve estar se transformando, como Edward disse que faria apenas como último recurso se não tivesse mais alternativa.

— Preciso saber como está a bebê.

— Deve estar bem, nossos filhos podem cuidar dela. Fique tranquila, querida - Carlisle abraça a esposa.

— E os Quileutes, eles iriam atacar... Não podemos deixar nossos filhos sozinhos.

— Está bem querida, vamos para casa – Carlisle levanta as mãos se rendendo. - Você não vai conseguir relaxar de tão preocupada. E confesso que eu também quero conhecê-la.

— Renesmee. Bonito nome.

— Claro, seu nome querida é maravilhoso. Esmee.

Ela lhe beija apaixonadamente, depois saem do quarto e descem até a recepção. Carlisle fala com o atendente:

— Desculpe o transtorno. Mas surgiu um imprevisto, precisamos ir para casa imediatamente e não poderemos passar a noite aqui.

— Tudo bem - diz o atendente.

Enquanto ele abaixa os olhos para o livro de registro, Esme e Carlisle desaparecem. Eles não costumam usar a velocidade de vampiro em público para os humanos não perceberem. Em um átimo estão já no carro e entram enquanto Esme senta e coloca o sinto de segurança, Carlisle já pôs o sinto e dá a partida no veículo. O automóvel é silencioso e discreto, Carlisle o guia com habilidade e destreza, logo está na auto-estrada e o veículo flui pelo asfalto como um raio de sombra.

Assim que chegam em casa, segundos depois, eles descem do carro e percebem os transmorfos atacando sua família e contra atacam para protegê-la. Emmett surge com eles.

A luta estava difícil, os lobos estavam em vantagem pois Alice, Jasper e Edward estavam enfraquecidos pela sede. Não era uma batalha justa.

O conflito parecia pender para o lado dos Quileutes, até que Jacob surge de dentro da casa. Ele se coloca entre os lobos e nossa família.

— Parem! Acabou, se a matarem me matam tambem.

O lobo preto - Sam - lança Jacob para cima com um golpe de cabeça. Jacob se transforma no ar produzindo o barulho de roupas se rasgando. Quando ele chega ao chão já está em forma de lobo.

Jacob avança em direção a Sam.

— O que ele está fazendo, Edward? - pergunta Esme.

— Está explicando o que aconteceu.

— E o que aconteceu, Edward? - dessa vez é Carlisle quem questiona.

— Jacob teve um imprinting— diz Edward. - Eles não podem matá-la.

Breve silêncio e ele continua:

— É a mais absoluta lei - Sam recua. E os outros o acompanham.

Seja lá o que for que aconteceu é maravilhoso. Jamais imaginei que eles fossem desistir de lutar. Eles não pareciam dispostos a fazer isso. Essa rendição só poderia ter ocorrido por uma força maior.

Jacob olha para trás em direção de Edward. Então corre em direção à floresta. Ele precisa trocar de roupa e não pretende voltar a forma humana na nossa frente sem roupa.

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PDV de Esme

Após a batalha, com os ânimos mais calmos, eu e Carlisle entramos em casa. Rosalie está sentada no sofá da sala, segurando algo nos braços. Ao lado dela, surpreendentemente, está Jacob. Que rápido ele se trocou!

— Rosalie querida! - exclamo - Você está bem?

— Esme – a loira se levanta e o garoto a acompanha. - Sim eu estou bem. - ela sorri. É óbvio que além de bem está alegre.

Assim que vemos a linda menininha no colo da nossa filha ficamos encantados.

— Ela é...? - pergunta Carlisle.

— Renesmee! – exclamo  eufórica, avançando para pegar a neta no colo.

Jacob põe o braço em frente, me impedindo.

— Jacob, o que foi? – pergunta Carlisle.

— Explica pra eles cachorro – diz Rosalie amarga.

— Rose – repreendo-a delicadamente.

— Eu...

— Pode falar Jacob – incentiva Carlisle.

— Pode falar querido - digo para Jacob quase lhe tocando o rosto, mas não faço isso, pois sei que ele não gosta.

— Vocês já devem ter ouvido o que Edward disse. Eu tive um imprinting com Nessie.

— Nessie?! - Carlisle e eu questionamos juntos como se houvéssemos ensaiado.

— O apelido que ele deu para Renesmee – interfere de novo Rosalie. - Deixa Esme pegar a neta no colo, ela não vai fazer nada.

— O nome que escolheram é muito grande e estranho.

— Renée e Esmée não tem nada de estranho nisso, você é que não entence - diz Rosalie em defesa da escolha de Bella. ela qui homenagear a mãe dela e a mãe adotiva de Edward, eu.

Rose passa a bebê para mim. Quando Renesmee abre os olhos e percebe que não está mais no colo da tia estica o braço e toca minha face me mostrando  o que aconteceu (o que Bella viu também).

Quando termina eu pergunto para Rose:

— O que aconteceu? - parece que vi um filme estranho como se eu fosse minha netinha.

Edward aparece na sala e diz:

— Ela mostrou para você a história dela, mãe.

Ah! Isso explica o quê, mas como ela fez isso?

— Como, filho?

— Ela tem um dom – responde Edward com um fervor contido na voz.

— Também quero ver, pode me passar ela meu amor? - me pede Carlisle.

Assim que Carlisle pega Renesmee no colo ela faz o mesmo que fez comigo.

— Que menina incrível! - Meu marido fica maravilhado. E diz virando-se para Edward – Como está Bella, filho? - Carlisle pergunta. Devolvendo nossa neta para nossa filha.

— Não sei. Acho que ela está bem.

Carlisle devolve Renesmee para Rose e subimos para nosso quarto para 'dormir'. Na verdade eu estou tão preocupada que não consigo fazer outra coisa a não ser pensar em nossa filha mais nova:

— Quer ir ver Bella? - Carlisle me pergunta percebendo o que eu estou pensando. ele me conhece tão bem como se meus pensamentos fossem transmitidos para sua mente.

— Podemos? - pergunto.

— É claro que sim. acho que Edward não vai nos impedir.

Ao chegarmos no quarto ao lado, que era o escritório, encontramos nosso filho velando pela esposa.

— Oh querido!

Ele levanta a cabeça assim que ouve minha voz como se estivesse distraído. Talvez ele estivesse concentrado para ouvir o coração de Bella, mas nós podemos fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Edward fica em pé e vem me abraçar:

— Mãe! - sua voz é tão dolorida que faz doer meu coração.

— Oh filho! Tenha fé vai dar tudo certo.

— Ouça o coração dela filho, está mais forte do que o de Emmett - diz meu marido.

— Sim, mas não é isso que quero dizer. se eu não tivesse me negado a fazer o que ela pediu, Bella não precisaria chegar tão perto da morte... Foi culpa minha.

— Oh filho, não fique assim. Esme também estava morrendo quando eu a encontrei. sei que pode assustar, mas a morte é assustadora mesmo. nós não deveríamos ter medo.

—  Ela sempre fez isso comigo... Varias vezes se expôs ao perigo.

— Talvez esse fosse o destino dela, querido - digo. Nem todas as pessoas são assim tão desastradas. algumas são mais do que outras.

— Mas tinha que ser logo comigo?

— Talvez tinha que ser assim.

Chego até a maca em que Bella está deitada e afago sua cabeça:

— Vai dar tudo certo, querida! Você vai ficar bem - inclino para lhe dar um beijo na testa.

— Vamos querida, já pode descansar.

— Vamos - viro e pego sua mão que estendeu para mim.

— Boa noite mãe, pai. obrigado por tudo - entendemos o que ele quer dizer: se Carlisle não tivesse lhe transformado ele não estaria ali hoje e não teria sido pai.

— Boa noite querido! Até amanhã - me despeço.

Bella está mudando e logo será uma vampira, está tudo bem. Não precisava ser assim, mas no fim deu tudo certo.

— Boa noite filho! - diz Carlisle.

Voltamos ao quarto e agora estou mais relaxada para ficar com meu marido.

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