I Knew You Were Trouble escrita por Kat Weasley


Capítulo 2
Like Birds.


Notas iniciais do capítulo

Oioi, quero agradecer muito a ApenasUmSonho e Allice Mellark por terem comentado, eu realmente não estava muito crente que alguém comentaria. Agora que a história realmente começa, espero que vocês gostem, não uma história longa como já disse, é algo baseado nas minhas memorias, ou seja, eu não retrato tudo de forma detalhada e não tem diálogos, apenas algumas falas que ficaram marcadas na minha memoria. Espero que gostem :3



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Sabe quando seu único medo é se vai fazer amigos ou não? Se vai ser aceita ou não? Essas eram minhas preocupações enquanto eu estava no carro ao lado de uma grande amiga indo ao meu primeiro evento a respeito de um livro, Percy Jackson. O parque já estava cheio ao meio dia, logo encontramos os organizadores e nos inscrevemos, olhávamos para todos com curiosidade e claro nos olhavam, éramos as “novatas”. Um garoto alto, loiro e muito bonito chamou nossa atenção, quem dera sonhássemos que nos tornaríamos amigas do mesmo e que ele começaria a namorar uma de nossas também futuras amigas.

O evento era dividido em chalés, um para cada deus da mitologia grega. Nós queríamos ter ficado no de Atena, entretanto não havia mais vagas, logo ficamos no de Afrodite, a deusa do amor e da beleza, olha o amor novamente aparecendo na história. O dia correu muito bem, entretanto um jovem me olhava de perto, chegava a ser assustador, ele parecia na base dos 23 anos de idade, tudo nele me assustou. Sua aparência diferente, a curiosidade em seus olhos, os piercings pontudos em sua boca e sua magreza exagerada, que hoje acredito que seja a falta de proteína animal em seu corpo.

No final do evento houve uma atividade denominada caça-bandeiras, talvez vocês conheçam, você deve roubar a bandeira da outra equipe antes que ela roube a da sua, foi pego? Fica parado até alguém do seu time lhe salvar. Estava tudo bem, até que um rapaz loiro, aquele bonito mesmo, entrou correndo em nosso campo e eu fui atrás. O que aconteceu foi o que me deixou conhecida, mesmo depois de muitos avisos eu consegui pisar em uma poça de lama e escorreguei caindo de bunda. O que se seguiu foram pessoas rindo, eu com cara de indignada, mas logo depois abrindo o sorriso, o garoto me ajudou a levantar e fui tentar limpar o máximo que conseguia minhas mãos. Amarrei um casaco na cintura porque estava de calça clara e ela estava cheia de barro.

Naquela noite mesmo conheci todos pela internet, eu e Luiza(minha amiga), fizemos amizades que carregamos até hoje. Fazíamos chamadas no Skype e saíamos juntos. Os garotos não perderam a chance de dar em cima de nós duas, e claro que o garoto assustador também não.

Ele não tinha 23, mas sim 17, me chamou perguntando se eu não queria “pegar” ele, levei na brincadeira é claro, mas ele falava sério. Expliquei que estava magoada por causa de outro garoto, bobagem, só sentia falta da amizade do mesmo, ele de imediato se desculpou e disse que não se aproveitaria disso. Depois desse ocorrido eu e Thiago nos tornamos amigos, ele me compreendia como ninguém, anarquista, emancipado, tatuado, fumante, entre muitos outros adjetivos que fariam qualquer pai querer sua filha longe dele, mal sabia eu que não seria diferente com os meus.

Ele me contava coisas profundas, falava em enigmas e logo me apaixonei por cada palavra proferida por ele. Como aquele garoto, tão diferente de mim, poderia me cativar de tal forma? Eu não saberia dizer, eu só não aceitava o sentimento que brotava em mim mesma, principalmente pelo que soube dele depois de um tempo. Era considerado um dos maiores galinhas dos eventos, quer dizer, da cidade e olha que é uma capital.

Até que em outro evento estávamos todos juntos, todos nossos amigos, sentados, ou melhor, atirados no chão do local(não era no parque), e eu reparei no seu braço, cheio de cortes. Senti um aperto no peito, como alguém poderia ter magoado ele de tal forma? Mesmo tão fechado era uma pessoa maravilhosa. Quando o indaguei a respeito vi seus olhos cheios de água e com a voz embargada ele tentou me responder sorrindo “minha ex filha da puta” sorri com compaixão para ele que retribuiu, não deixei de imaginar o que havia ocorrido, era ele que quebrava corações, mas ele tinha um motivo que eu nunca soube ao certo. O que ela havia feito? Era a única coisa que eu tinha em mente.

Sempre tive problemas de autoestima, ele me ajudava. Escritor da madrugada que era, postava tudo em seu blog e um dia eu estava mal. Perdida em meus devaneios sobre minha aparência, os óculos me confortavam, mas para mim era preferível que meu cabelo soubesse se era castanho ou loiro(para ele era loiro), gostaria de ter recebido os olhos azuis como o céu que meu pai possuí e, claro, um corpo mais definido. Foi então que ele me mandou um link, abri prontamente e lá estava um texto para mim, chorei lendo, chorei, pois ele tinha escrito para mim. Depois daquele veio mais um, que falava de amor, e de uma garota loira, ele me enviou também, eu brinquei falando que ele me amava. Thiago apenas riu e me falou para sonhar.

Nos encontramos em um shopping com uma amiga minha e seu namorado, ambos insistiam para que nós ficássemos, aquele dia foi muito bom, porém obviamente nada aconteceu. Nós andamos de mãos dadas todos os quatro, não sei como não nos expulsaram do shopping de tanto que gritávamos. Mas só me mostrou como era fácil me divertir ao lado de Thiago.

O sentimento foi crescendo, era obvio que ele não iria querer nada mais sério com uma garota como eu, tinha apenas 14 anos, era tão imatura. Até que deixei um recado em anônimo no spotted(página em que as pessoas enviam mensagens para outras em anônimo ou não) dos eventos, me inspirando em outro recado obviamente para ele. Depois de muito tempo acabei permitindo que ele soubesse que era eu quem havia enviado e me surpreendi com sua reação, ele disse que não imaginava que poderia ser eu, ele não sabia o que eu virá nele, ele me disse que eu era sua Bella, em referencia à história da Disney que eu havia narrado como minha preferida. Eu sabia o que eu havia visto, eu via liberdade, eu via todas formas de ser livre naquele garoto, os seus textos faziam com que me sentisse livre e feliz. Nossas conversas sobre estrelas, oceanos, liberdade e tantas outras coisas me confortavam.

Liberdade era nossa palavra, uma das únicas coisas que concordamos, antes de conhecermos um ao outro bem. A liberdade que almejamos não vem de algo físico, mas sim mental, vem de algo muito mais forte que qualquer força física, vem da sua força interna de esquecer, de perdoar, de ser livre para ser feliz, é ser como um pássaro, voar pelos céus da imaginação. Isso é a liberdade. Com ele era assim que eu me sentia.


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Notas finais do capítulo

Olá de novo, espero que tenham gostado, críticas construtivas são MUITO bem vindas, mas como disse, construtivas. Deixem um comentário e façam de mim uma autora feliz



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