Minha Falsa Namorada escrita por CuteGirl147


Capítulo 7
Atendendo á Pedidos Reais.


Notas iniciais do capítulo

Oiee! Mil perdões pela minha super demora em postar o próximo capítulo, eu ainda não desisti ou abandonei esta Fic, apenas minha net não cooperou. :/ Fiquei mais ou menos 3 semanas sem internet por aqui.. y.y
Mas enfim, espero continuar ativa durante esses tempos e que minha net não caia de novo. Pelamor né? :v
Assim, deixo vocês com o capítulo, boa leitura!



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[...]

Armin’s P.o.V

“Ok, nós iremos rever a história. Um jovem, bonito e inteligente (Sim, ele é muito bonito e inteligente) estava cansado de sua solidão. Apesar de muito cobiçado por todas as garotas do colégio, ele não achava a sua “alma gêmea”. Andava sempre á procura de seu verdadeiro amor, mas nunca imaginou que encontraria alguém no seu mesmo nível. A nossa querida princesa, Erika Sparks, realmente o encantou! Desde o seu jeito de falar quanto de ser. E então conseguiu conquistá-la (Claro que conseguiu), e agora os dois vivem felizes para sempre. E fim!”

– Então, o que achou? – Eu perguntei fitando Kentin, que pelo visto não tinha prestado atenção em nada.

– Tirando a parte em que você é bonito, inteligente, cobiçado por todas, a fofura, tantos elogios á si... – Revirei os olhos. –... Digamos que aí se torna algo mais “real”. – Ele fez aspas com os dedos.

– Aí não vai ter história!

– De onde tirou tanta besteira? – Perguntou fazendo uma cara inexpressiva.

– Ah, sei lá. De um site de shoujos clichês. – Ele pôs a mão sobre o rosto. – Ei! Também não precisa disso! Eu sei que é besteira pura, mas é só o que eu tenho!

– Por que você não diz apenas que chamou ela pra tomar alguma coisa e logo se tornaram íntimos?

– Taí...! É uma besta história! Eu nunca chamei nem o meu irmão pra algum lugar! Se bem que seria bem estranho... – Eu murmuro, analisando minhas palavras anteriores. – Enfim! Isso que tá cheirando á mentira!

– E você prefere contar que voou com ela para um país no céu que tinha vários pôneizinhos flutuantes, com coraçõezinhos que estavam voando por aí...

– Eu ganhei coragem mesmo, uma bela ideia! – Eu falei animado, percebendo que a minha história é bem pior que tudo e que o Kentin tem uma imaginação bem fértil.

[...]

– Não. – Ela falou inexpressiva.

– Ah, qualé! Por que não?

– Porque eu nunca aceitei convite para nada de ninguém! Por que aceitaria o seu?

– Por que eu sou... Especial...? – Dei um sorriso. Mas ela apenas cruzou os braços.

– Sem chance.

– E eu posso saber do que vocês tanto falam? Ficam de enigma todo tempo! – A morena se coloca rapidamente na conversa, nos fazendo perceber que ela ainda está aqui.

– Prazer, Armin. Atual namorado desta... – Erika me fita pelo canto dos olhos. -... Garota maravilhosa.

– “Garota maravilhosa”? “Namorado”? – A morena enfatiza. – Mas que diabos está havendo aqui?! Erika Sparks, onde você está?! – Ela segura os ombros de Erika e a sacode levemente.

– Leila, te acalma. Eu ainda sou eu, e esta praga é sim meu namorado. – Ela aponta para mim.

– Mas... Mas... Ah não creio! Erika você o está fazendo de escravo?! Coitadinho dele! Você não pode fazer isso! Isto é ilegal! Sabia que a época de escravidão já acabou?

– Uaau... Você a conhece bem mesmo... – Deixei escapar um pequeno pensamento em voz baixa naquele instante. Elas deviam se conhecer á bastante tempo, Leila realmente deveria procurar um psicólogo, como ainda tem sanidade? Não tanta... Mas, enfim.

– Calado! Leila... Escute bem. Eu preciso que ninguém saiba da burrada deste medíocre, e nem de nada do que estou fazendo, pois ambos vão estragar tudo. “Capitche”? – Leila contraiu o cenho, mas assentiu com a cabeça. – Ótimo. Se eu descobrir pelo Jornal Amoris de certa coisa, eu vou matar você-sabe-quem.

– Matar quem? – Eu que já estava jogando no PSP, bem sentado na cadeira, logo dei um pulo ao escutar isso.

– Não te interessa! – Erika responde, como sempre. – Entendeu não é? – Ela volta a fitar Leila de novo.

– Sim... Então é isso. Eu já falei que não é para se aproveitar das pessoas desta maneira! – Leila joga suas mãos para o ar.

– Ela já fez isso antes? – Outro de meus pulos. Mas recebo um olhar assassino em minha direção, então decido não me intrometer mais.

– Bem, não é algo tão ruim assim. Pois agora tenho o meu Minzinho aqui comigo! – Erika se joga, praticamente, em cima de mim, e coloca suas mãos envolta do meu pescoço enquanto encosta levemente sua bochecha contra a minha.

– Ai, meus países baixos... – Murmuro, tentando segurar a dor e a minha face de ruborizar fortemente. Ambas as coisas são impossíveis.

– As portas têm ouvidos... – Ela sussurra levemente em meu ouvido.

Assim que olho em direção da porta, havia um grupinho de garotas que estavam nos observando. Elas cochicharam alguma coisa, deram risadas e foram embora rapidamente. Entendi a jogada dela. Garota esperta.

– Da próxima vez, não fique dando gritinhos tão altos, idiota. – Ela aperta minha bochecha e então se levanta quando percebe que o lugar está “seguro”. – Ora, não vai demorar muito para que aquelas dali espalhem que agora estamos juntos. Então, hora de não ser um frangote garoto. Vai ser hora do show. – Ela sorri. E engoli em seco.

– Até que vocês formam um casal bonitinho! – Nós olhamos ao mesmo tempo e fatalmente para Leila, que leva um susto.

– Nunca! – E ainda falamos em uníssono, enquanto cruzamos os braços. Estávamos exatamente iguais, e se duvidar, fizemos até a mesma expressão.

– Enfim, venha rápido! Ainda nem comi nada. Iria fazer isso, mas você me interrompeu.

– Mas eu pre-! – Antes que pudesse terminar, Erika já foi logo me puxando pelo pulso em direção ao refeitório. – Tá, é claro que eu tenho que ir com você... – Resmunguei.

[...]

Já era a décima quarta vez que iria pegar um refrigerante para a “madame”. Estava quente demais, estava frio demais, estava diet demais, estava light demais, estava sempre algo a mais! Como em algum mundo alguém convive com ela?! Ela é a pior das piores!

– Até que enfim você trouxe algo que preste. – Ela avaliou depois que provou um pouco do refrigerante.

– Até que enfim eu trouxe algo que preste... – Eu murmurei morrendo de fome.

Todas essas idas e vindas perto de todas aquelas comidas e pessoas comendo. O que eu fiz para merecer isso? O que?

Assim que me sentei, apoiei minha cabeça com minha mão e a fiquei encarando. Vejamos o quão desconfortável ela fica. Ainda quero que ela desista de mim! Bem, com a barriga roncando fica meio difícil.

Demora um pouco, mas logo ela deve ter percebido. Me olha pelo canto do olho e encara um pouco. Logo dá um suspiro.

– O que você quer? – Pergunta parando de mexer em sua salada e me fitando.

Quero que você exploda.

– Nada, eu apenas estou olhando. – Dou de ombros sem mudar a posição de antes. Ela franze o cenho.

Logo pega um pequeno copinho que continha um pouco de mousse e o segura perto de meu rosto. Ora, uma oferta assim... Eu poderia muito bem recusar. Mas como?

Quando vou pegá-lo, ela rapidamente o leva para si, então pega uma colher e come todo o resto. Assim que termina, coloca o copinho vazio na mesa.

– Mousse acabou e preciso de mais. – Ela apoia os cotovelos na mesa e entrelaça as mãos abaixo do queixo. – Vai lá pegar.

– Claro. É claro...

Eu repito, mas não respondendo á ela e sim me condenando, por ter caído nessa armadilha. Ela é o cão e você vai cair na conversa dela?! Pense mais Armin! Pense!

[...]

– Aqui, querida... – Coloco o novo copinho na mesa e me sento. Vou logo pegando o meu garfo e a faca para comer antes que tenhamos de voltar ás salas.

– Não quero mais, jogue até no lixo se quiser. – Depois que ouço isso, deixo até os talheres caírem da minha mão, e a fito paranóico. Como alguém é assim? – Você é por algum acaso, rica? – Eu murmuro.

Esvazie a mente, é só você e sua comida agora. Está tudo muito bem, você só tem que imaginar um mundo melhor, Armin.

Quando vou botar a comida na boca, ouço vozes que me fazem parar com tudo que estou fazendo.

– Ei do console!

– Fale cara!

Os dois cabeças ocas aparecem dos infernos, só pode, e já vão logo se sentando na nossa mesa. Que ótimo, eu estava mesmo querendo ver eles agora. Só que não.

– Oi... Galera. O que os trazem aqui?

– Nada de mais, apenas conhecer a nossa princesa! – Disse o Castiel a olhando. – Nós nunca tivemos a oportunidade, francamente, seus fiéis seguidores nunca a deixam não é milady? – Ele sorri.

– Realmente, que pena, que vocês não possam ter tido esta ocasião. Mas devo admitir que adoro quando eles me ajudam assim, ajudam a prevenir companhias desagradáveis. – Ela sorri de volta. Essa indireta doeu até em mim. Turn Down For What!

– Ora, ouvimos falar muito de você.

– É mesmo? Espero que apenas as coisas boas á meu respeito. – Ela disfarçadamente me olha pelo canto do olho.

– Claro, só as boas! Ou melhor, melhores impossíveis! – Indagou o loiro, mostrando um grande sorriso nos lábios.

Peraí, mas que... Droga! As histórias que inventei! Não, não. Não pode ser! Eles irão contar. Mas porque motivo? A desconfiança? Ainda não acreditam? Que mundo mais injusto!

– Ouvimos falar que você é bastante rebelada. Não é bem típico de uma doce dama. – Castiel começou.

– Sem contar dos seus belos atos naquele lugar! Por deus, você deve pegar fogo hein? – E então Dake continuou.

Eles falaram muito mais e eu só queria que parassem. Ela não merecia passar por aquilo e nem eu. Eu principalmente não deveria ter contado mentiras deste tipo, tão íntimas. Quando achei que ela fosse chorar ou sair gritando, ouvi apenas uma risada vinda dela.

Eu a olhei rapidamente e então ela apoiou a cabeça em sua mão enquanto fitava os dois. Estava com um sorriso nos lábios.

– Isto é verdade. Ora, vocês sabem muito de mim mesmo. Vejamos, que tal revermos aquela famosa frase: “As aparências enganam.” E iremos utilizá-la no meu exemplo. Posso parecer bastante doce, mas posso lhe bater tanto até sua cara inchar e você até não senti-la mais. – Ela fala olhando para o Castiel e então continua se direcionando para o Dake. – Ou melhor, posso lhe chicotear até sangrar, sendo que preso na cama fica muito melhor, sem escapatória, apenas gritos de dor. O que achar melhor. Sim, eu adoro isso.

Eles ficam paralizados. Quem não ficaria? Isto foi... Incrível! Ela é atriz? Quer dizer, quem diria algo assim?! E agora? O que vai acontecer?

– Vamos Armin, preciso ir ver uma coisa.

– Espera só um-! – Eu tento pegar pelo menos uma maçã, mas ela vai logo puxando o meu blazer. Que ótimo! É hoje que eu morro de fome!

Dou uma olhada para ver como eles estavam. Ficaram na mesma posição, mas então eles estavam com sangramento nasal? Isto foi cômico! Devia até tirar uma foto, mas Peggy se encarrega disso.

[...]

– Sério? Vai me fazer perder aula? Tá andando com o Castiel?

– Cale a boca e finja que não sabe de nada.

O sinal já tinha tocado á uns minutos depois que saímos do refeitório. E agora estamos aqui no ginásio, pensei que nunca mais iria ver este lugar por um bom tempo. Ela como sempre estava calada. Mas usando minhas pernas como descanso para as suas.

Ficamos sentados um bom tempo nas arquibancadas, em silêncio. Enquanto eu estava no console, a mesma ficava lendo um livro. Eu não quis levar aquilo mais adiante e quebro o silêncio.

– Obrigado... – Murmuro, fingindo não ser para Erika, que abaixa o livro até o nariz e me encara.

– Pelo o quê?

– Por ter feito tudo aquilo lá no refeitório.

Eu ainda não sabia direito se foi algo bom ou ruim. Eles ficaram com caras de lesos. Mas devo admitir que queria ter dado boas gargalhadas. Logo sinto um impacto em minha nuca que faz minha cabeça ir para frente. Erika tinha dado uma tapa com força na mesma.

Poxa, doeu tá?

– Idiota. Por causa de sua burrada, tivemos que passar por aquilo. Da próxima vez que for inventar uma mentira, peça a opinião dos outros tá?

– Sim, madame. – Assim que ela coloca o livro á frente de sua face de novo, eu mostro a língua para a mesma. – Que livro está lendo?

– Te interessa? – Ela diz sem mudar sua posição.

– Só queria saber.

– Cinquenta Tons de Cinza... – Ela abaixa o livro de novo, mas desta vez mostrando um sorriso malicioso nos lábios. Eu ruborizo e desvio o olhar. Ouço uma risada. – Ora seu retardado, não sabe ler a capa?

– Queria saber vindo de você.

Ela dá de ombros e me mostra a capa do mesmo. Estava escrito “Perdida”.

– Taí, “Perdida” é o nome. Feliz?

– E fala sobre o quê?

– Vá ver se tô na esquina! Desgraça... – Ela murmura a última palavra e finjo não ter ouvido. Até sentir um leve chute no estômago e depois uma risada vinda de trás daquele livro. – Idiota...

Até que andar com a princesa não é tão (ênfase) ruim assim. Devo admitir que tenha seus prós e vários contras. Aqueles dois devem estar limpando o sangue até agora. E acho que é hora de desistir do meu terrível plano, ela não é fácil. E a cada tentativa que dou, sou EU que já quero pular fora. Que tal aguentá-la por um mês? Não seria má ideia. Afinal o mês já está acabando. Pera, não é assim que se conta. Isso é que dá ficar jogando Resident Evil nas aulas. (Crianças não façam isso em casa, repito: Não façam isso em casa! Aliás, em casa faça, só não na aula!)

Bem, falta alguns minutos para voltarmos para sala, melhor do que ficar aturando a aula de Filosofia. O pior é aguentar meu estômago, já se comendo por dentro. Se bem que agora, não sei se dói por conta do chute ou da fome. Afe!


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Notas finais do capítulo

Site para baixar:
http://leiturasviciante.blogspot.com.br/2013/09/livro-perdida-carina-rissi-pdf.html
Então é só isso, espero que tenha gostado e comente o que achou!



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