Poems escrita por Perugia


Capítulo 8
Ruínas Interiores


Notas iniciais do capítulo

Olá moçada esperta, após um tempinho sem postar eis que bateu uma inspiração e escrevi mais um poema pra coletânea, espero que apreciem.



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Asas de borboleta em um jardim de concreto
Voando por aí neste imenso mundo deserto
Você nunca saberá quem está por perto
E talvez nunca saiba se um dia estará certo.

Cacos de vidro espalhados pela longa estrada
Pés descalços longe de qualquer parada
Tantas feridas já não me servem de nada
Tudo fora arriscado em uma mão condenada

Você rompeu minhas velhas correntes
Tentei caminhar por algum lugar diferente
Mas tudo que encontrei foram santos indecentes
Tentando corromper cada pobre inocente

Dias de chuva já não fazem diferença
Dias de sol já não fazem diferença
Dia ou noite já não faz diferença
Nada mais faz alguma diferença.

Luzes de neon iluminam os muros da cidade
Nada por aqui é real ou um dia será de verdade
Tento seguir enquanto ainda tiver sanidade
Ou até ser consumido por essa doce maldade

Asas de cera não me levarão a lugar nenhum
Temo entre tantos ser apenas mais um
Apenas um cara sem sal, um cara comum
Dentre tantos peixes no mar, apenas outro atum

Você abriu as portas de minha velha prisão
Tentei encontrar em alguém motivação
Mas tantas mentiras apenas correram em vão
Tantas maldades só ofuscaram minha visão

Agora as luzes estão falhas
As tentativas estão falhas
Falho segue o mundo.


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