DeadLine - O começo escrita por Mrs Stilinski
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem...
Dou comigo a acordar de um sonho que parecia um pesadelo apesar de não me lembrar dele. Começo a gritar e abro os olhos e vejo o meu irmão ajoelhado ao pé de mim com a sua mão na minha testa.
–Ei Shally, estás bem? - perguntou-me com um olhar preocupado.
Faço que sim com a cabeça porque não consigo falar devido aos gritos que me deixaram com dores de garganta.
–Estás quente e toda suada. Queres que chame o médico.
Abano a cabeça outra vez energicamente. Não precisava de um médico, estava bem, tinha sido apenas um sonho.
–Foi só um sonho!- a minha voz saiu como um guincho, coisa que eu não queria que acontecesse- Eu estou bem- disse calmamente.
–Deve ter sido um pesadelo mesmo mau, não paravas de gritar: Para, não aguento mais, desisto!- disse ele tentando imitar a minha voz de uma maneira estridente.
–Eu não falo assim!- disse num tom brincalhão.
–Pois, claro que não! - disse num tom sarcástico ainda imitando a minha voz.
Comecei- me a rir e ele também.
–Bem, vamos fazer alguma coisa? Eu prometi! - disse ele num tom de entusiasmo e com um brilho nos olhos.
–Sim - disse recompondo-me - Mas o quê?
Huhhmm... não pensei nisso! - disse ele com um ar pensativo.Afinal onde foste exactamente?! - perguntei apesar de saber a resposta.
Reparei que ele tinha um mini-corte no lábio e estava um pouco a coxear.
–Jogar ... futebol... em... casa do ... Rich - disse ele hesitante.
–Pronto não sei se acredito, mas pronto!-disse provocando-o.
–Porque é que não acreditas?-perguntou ele numa voz esganiçada.
–Porque...não me parece que ao jogares futebol fiques com um corte no lábio e a coxear.
–Huhmm... notas-te nisso...-disse ele entre dentes- e quê caí e torci o pé e levei com ... uma ... chuteira ... voadora... isso.
–Pois claro!- disse meio a rir meio furiosa.
Ficamos os dois em a ver televisão no canal de comédia e os dois calados excepto quando vinha uma piada e riamo-nos os dois ao mesmo tempo.Normalmente os irmãos não se dão muito bem e não fazem coisas juntos, mas, eu e o meu irmão damo-nos muito bem é como se fossemos melhores amigos a quem contamos todos os nossos segredos e medos e ele é a única pessoa com quem posso chorar, desabafar... ele é defenitivamente o meu melhor amigo.
–Bem, amanhã vamos voltar a ver os nossos amigos.- disse ele entusiasmado.
–Pois isso.- disse num tom desanimado- Bora fazer o jantar?!
–Ya, claro.
Fomos os dois para a cozinha.Robert não era bom cozinheiro, mas, a massa dele era muito boa. Enquanto ele fazia a massa eu cortava a carne e os legumes. Eu não queria ir nada às aulas de auto-defesa... não queria... ser esmurrada. Mas será que eu sou uma “florzinha de estufa”??!! Eu não queria apenas ser esmurrada como também tinha medo de ser envorgonhada à frente de toda a gente. Ou seria que as aulas seriam só os dois combatentes e o instrutor?!
De repente sinto uma picada de dor no dedo. Tinha feito um corte ao cortar os legumes.
Robert ouviu o meu gemido.
–Ui, estás bem?
–Ya não foi nada - digo entre dentes.
–Vou lá cima, buscar os primeiros socorros e entretanto não faças mais nenhuma patétice do teu género- disse ele e depois desaparecendo na escuridão das escadas,
Como é que havia de me livrar da porcaria daquelas aulas? Talvez devesse fingir que estava doente, com febre. Uma vez vi na televisão uma técnica em que tinhamos que por o tremometro debaixo de uma lampâda durante algum tempo para o tremometro marcar um número que normalmente signifique que estamos com febre depois podia simular transpiração com um pano de água na cabeça ,mas, seria muito complexo para eu o fazer com sucesso.
Robert desceu as escadas a correr e eu afastei aquele pensamento da minha cabeça. Robert fez-me o penso apesar de eu dizer que conseguia sozinha, mas ele insistiu por isso deixei-o.
–Olá crianças!- disse a minha mãe assim que entrou na cozinha.
–Olá! - disse secamente.
Robert como um “bom irmão mais velho” deu-me um empurrão, outra vez, já devia ser a milésima vez que ele fazia isso hoje.
–OH... obrigada por fazerem o jantar... que cheirinho ainda bem que tenho filhos tão bons cozinheiros - disse ela rindo-se.
Sentámo-nos à mesa e começamos a comer em silêncio apenas se ouvia o raspar dos talheres o que acabava por ser reconfortante. O meu pai foi o primeiro a quebrar o silêncio:
–Prontos para amanhã?
–Super pronto! - disse Robert num tom entusiasmado.
–E tu? - perguntou-me.
–Ya, claro! - disse no tom mais entusiasmado que consegui.
–Pois, estamos ansiosos. Pelo menos eu estou. - disse ele olhando para mim sorrindo travessamente.Bem acho que vou para a cama! - disse pousando os talheres e levantando-me.
Fui para o quarto, arranjei-me, lavei os dentes, escovei o cabelo e fiz uma trança. Enfiei-me na cama e nem tentei ler não tinha cabeça para tal. Pousei a cabeça na almofada e adormeci.
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