O céu estava escuro por conta das nuvens de chuva que se aproximavam. Uma garota de cabelos e olhos castanho-claros chegou a um grande prédio. Estava cansada e não demorou a ouvir a chuva que chegava naquele instante.

Um “estalo” acordou-a, fazendo-a procurar algo de forma desesperada em sua bolsa. O objeto estava intacto. Suspirou aliviada e o guardou. Dirigiu-se ao balcão da recepção.

— Boa tarde, quem que posso lhe ajudar?

— Boa tarde, vim visitar Yuuichi Tsurugi, por favor.

A recepcionista a sua frente começou a teclar algo no computador e logo se voltou para a garota.

— Seu nome?

— Winry Haruno.

Teclou mais alguma coisa e lhe entregou um crachá de visitante.

— Sabe onde fica?

— Sim, obrigada. — curvou-se e se dirigiu ao quarto.

Não demorou a chegar ao seu destino. Seu coração estava disparado, ele sempre ficava assim quando ia visitá-lo. Como um tique nervoso, arrumou os óculos e bateu na porta.

— Pode entrar. — ouviu a resposta do outro lado.

Com cuidado, abriu a porta e encontrou-o olhando para a janela, vendo os pingos de água que ali escorriam. O rapaz virou o rosto em direção à porta e sorriu ao vê-la.

— Winry! Chegou cedo hoje!

— S-sim, sim! — riu e apertou a bolsa de leve, seu coração parecia querer sair pela boca, teria que entregar o embrulho logo.

— Tudo bem? — parecia preocupado.

— E-estou ótima!

— Então, por que ainda não se sentou? — apontou para a cadeira ao seu lado.

Aquilo a pegou de surpresa, sempre que chegava, sentava-se ali.

— A-ah! É que algumas coisas andam ocupando minha cabeça, não é nada de mais. — mentiu.

A garota foi até o local e se sentou.

— Se você anda muito ocupada, por que veio? Não era melhor resolver tudo primeiro?

— Não! D-digo, estou não estou tão ocupada assim... Além do mais, eu... Eu... — seu rosto, a cada instante, adquiria um tom mais rosado.

— Você? — parecia curioso.

— Eu queria lhe entregar isto! — retirou o pacote de sua bolsa e estendeu. Era um embrulho azulado com um laço vermelho. Olhava para o chão.

— Oh! — depois da surpresa, abriu um sorriso, agora tudo fazia sentido. — Vou te fazer uma pergunta, seja sincera, tudo bem? — Pegou o pacote e o pôs em seu colo.

A garota assentiu e abaixou os braços. Já sabia qual seria a pergunta.

— Esse chocolate que você me entregou, é honmei?

Reunindo sua coragem, balançou a cabeça de forma afirmativa.

O silêncio reinou, fazendo a garota estranhar e olhar para onde ele estava, sendo surpreendida por um selinho. Fazendo-a corar absurdamente e congelar.

— Daisuki. — a voz dele tirou-a do transe. Estava tão vermelho quanto ela.

Ambos se calaram e o único barulho era do pequeno pacote sendo aberto.

— Winry. — chamou-a.

Assim que olhou para ele, sentiu um algo ser colocado em sua boca. Um chocolate.

— Obrigado. — ele sorriu e a beijou.