20 Regras para Alcançar a Felicidade escrita por Summer


Capítulo 8
Relaxando na cachoeira


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta com mais um capitulo! Obrigada a todos que estão me apoiando



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— Você está chorando Beatrice? — Quatro aproximou-se.
Tentei disfarçar, mas a tentativa foi falha, já estava soluçando.
— O que você tem? — perguntou.
Olhei para o chão sem coragem de responder, Quatro me acharia uma fraca por chorar a cada momento que me lembre do Peter. Limpei minhas lágrimas com a manga da blusa e perguntei.
— Podemos prosseguir?
Quatro me segurou pelos ombros e me encarou.
— Não antes de me falar a verdade.
— Eu não te devo explicações — soltei-me — Vamos?
Comecei a andar a frente de Quatro, porém não demorou muito para que ele pudesse me alcançar.
— Você vai gostar do lugar, é uma mescla do Paraíso com a Terra média. — disse Quatro.
— Deve ser interessante mesmo — comentei — Esse lugar é lindo — disse olhando para todos os lados — você deve vir bastante aqui.
— O pior é que não — disse — eu só vim aqui uma vez.
— Eu pensei que você é o explorador — brinquei — Já andou por todo Havaí? — perguntei.
— Sim, tive a oportunidade de explorar cada cantinho desse paraíso. — Quatro correu até um arbusto cheio de flores silvestres, colheu uma e trouxe para mim.
— Isso é para você. — disse colocando atrás da minha orelha, logo depois parou e me fitou.
— Agora sim é a cara do Havaí! — sorriu.
Continuamos a andar em silêncio, a estrada estava acabando então eu pude ver o que nos esperava. Estávamos nos aproximando a uma cachoeira pequena, suas águas caíam em um pequeno lago que com o reflexo do sol se tornava laranja. Várias flores sortidas enfeitavam o lugar.
— Que lugar é esse! — disse espantada.
— Eu disse que é lindo. — Quatro tirou sua blusa e sua carteira do bolso colocando-as no chão — O que você está fazendo? — perguntei arregalando os olhos.
— Vou dar um mergulho — tirou a bermuda apenas ficando de cueca.
Cobri meu rosto com a mão, morta de vergonha eu gostaria de cavar um buraco, enfiar minha cabeça lá dentro e permanecer ali para sempre.
— O que foi? — perguntou — nunca viu um corpo másculo? — gargalhou.
— Cala a boca! — bradei ainda com o rosto tampado — Coloque suas roupas vai.
— Por quê? Está incomoda? Ou será que não vai resistir?
Tirei a mão do rosto e apontei o indicador para Quatro.
— Olha, eu não te dei liberdade para falar desse jeito comigo, entendeu?
Quatro revirou os olhos e veio para cima de mim.
— O que você vai fazer? — perguntei.
— Te dar um banho. — me pegou no colo.
— Me solta agora! — bradei chacoalhando-me — eu disse para me soltar!
Quatro me levou até o lago e lá me jogou, a água estava quente.
— Você é um desgraçado! — bradei — molhei minha carteira, meus documentos, o que você tem na cabeça?
— Ande me dê aqui, vou colocar no sol para secar.
Entreguei minha carteira molhada para Quatro, o mesmo colocou sob uma pedra para secar, depois pulou no lago.
— Essa água é maravilhosa! — disse.
— De fato. — ainda estava nervosa por ele ter me jogado no lago.
— Você está tensa — aproximou-se — Assim não vai aproveitar o passeio.
Enfiei minha cabeça dentro da água e permaneci ali por alguns segundos, me faltou ar então subi novamente.
— É impossível cometer suicido tentando se afogar — disse Quatro — o seu cérebro não permite.
— Alguma outra observação doutor? — ironizei.
— Sim — respondeu — Você deveria viver o presente, viver o agora. — disse.
O agora, você deve viver o agora minha atriz.
— Tudo o que você me diz me lembra dele. — sussurrei.
— O que você disse? — perguntou Quatro.
Abaixei a cabeça e fiquei em silêncio.

— Relaxa atriz! Você não vai ficar bêbada! — Peter me oferecia um copo de Whisky — Só um pouco alegre — sorriu.
— E se eu virar alcoólatra? — perguntei.
— Então seremos dois alcoólatras. — respondeu.
Olhei para o chão e permaneci em silêncio.
— Você tem que viver o agora!
Revirei os olhos e peguei o copo de Whisky de Peter e virei, assim que senti o liquido descer queimando fiz uma careta.
— Vou te chamar de careta agora — disse Peter gargalhando.

— Beatrice — Quatro estalou os dedos — você está aí? — perguntou.
— Estou sim Quatro — respondi.
— Eaí, o que você quer fazer agora? — perguntou.
Pensei um pouco, eu realmente não estava com cabeça para pensar no que fazer.
— Não é você o guia turístico? — perguntei — Então escolha você.
Quatro revirou os olhos e disse.
— Então vamos relaxar. — fechou os olhos e encostou sua cabeça em uma pedra.
Fiz o que Quatro sugeriu, encostei a cabeça na pedra e relaxei.

Acordei caída em um gramado gigantesco cheio de pessoas ao meu redor, levantei-me e a música One Love do Bob Marley tocava no fundo.
— Estou no encontro dos Rastas — disse a mim mesma — Foi o primeiro lugar que saí com Peter.
Comecei a passar espremida pela multidão que dançava ao som da música.
Sayin': Give thanks and praise to the lord and I will feel all right… — ouvi Peter cantando no meu ouvido.
Virei-me rapidamente.
— Você está no meu sonho de novo! — bradei.
Peter abriu um sorriso, seu sorriso era lindo, e seus dentes da frente eram separados o deixava fofo.
— Eu vim aqui puxar a sua orelha — disse — você não para de chorar!
— É porque estou morrendo de saudades! — o abracei — Você não está?
— Sim, mas eu estou morto! — respondeu — Você está viva Careta, e você tem um cara vistoso investindo em você.
— Você está falando do Quatro? — perguntei — Como você pode me falar uma coisa dessas? Nós somos...
— Nós éramos — interrompeu-me — Olha para mim Careta — Peter abriu os braços — Eu estou no céu dos rastas, e o melhor aqui não tem maconha! — brincou.
Dei um tapa em seu ombro.
— Idiota.
— Bom, na verdade eu usei a nossa melhor lembrança para vim te avisar para abrir a terceira regra assim que chegar em casa. — disse — Agora eu tenho que ir. — Peter aproximou-se e beijou minha testa.
— Não, você não pode ir! — segurei em seu braço.
— Você não manda em mim Careta. — Peter virou-se e saiu andando.

— Tris acorda! — ouvi Quatro me chamando — Acorda!
Abri os olhos e dei de cara com ele a poucos centímetros de mim.
— Que foi? — perguntei.
— Vamos andar um pouco? — perguntou.
— Estou com preguiça — respondi.
Quatro levantou-se e pegou no meu pulso levantando-me também.
— Vamos sedentária, vamos andar.


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