Mordere, baciare escrita por Noni, Yorihime Frances de Libra, Vênus Salerinean
Mordere, baciare
Desafio 22 de drabbs, tema beijo
— por Abel Araghon
— Você foi ótimo, filho!
— Obrigado mãe — agradeceu Rintarou, sorrindo ao ver os olhos lacrimejantes dela.
— Estou tão orgulhosa de você! Agora é só esperar o resultado dos exames. Tenho certeza que você conseguiu entrar naquela faculdade que era sua primeira opção.
Rintarou assentiu. Aquele era o dia de sua formatura do ensino médio, mas era tão estranho. Ele havia se despedido de seus amigos com abraços amigáveis e lágrimas nos olhos — da parte dele. Sua classe havia feito uma festinha de despedida, trocando números de celulares para continuarem em contato, e marcando para as férias um karaokê.
Não que ele fosse antissocial, mas estava acostumado aos seus poucos amigos rotineiros. Por isso, ter a atenção dos colegas era quase fascinante.
Na formatura, porém, estavam todos espalhados, grande parte acompanhada de familiares — como ele. Sua mãe lamentava com suas tias como o tempo passava rápido, enquanto seu pai, que entraria mais tarde no trabalho por causa de sua formatura, estava conversando com seus ex-professores.
Tudo parecia perfeito. Havia tido uma conquista memorável, que era terminar os estudos básicos, seus pais estavam ali e possuía grandes amigos.
Mas faltava algo.
Ou alguém.
Seu celular vibrou no bolso e, tão disperso como estava, atendeu-o sem nem olhar a identificação no visor.
— Mochi mochi.
— É uma saudação bastante animada. Permita que eu desligue e ligue de novo. — E o telefone ficou mudo.
Rintarou olhou para o celular como se ele fosse um monstro. Não conseguia acreditar que Kaede havia simplesmente desligado o celular daquele modo. Franziu o cenho quando o aparelho voltou a vibrar, mas desta olhou para o visor, vendo o "Kaede ♥" piscando. Franziu o cenho. Aquilo era uma brincadeira, né? Riu enquanto colocava o celular no bolso, cumprimentando um amigo que passava.
— Vai ficar para a festa? — ele indagou de modo rápido.
— Oh, não. Minha mãe preparou um jantar em comemoração — respondeu acenando.
Os dois se despediram, esperando que pudessem voltar a se ver na faculdade, já que a primeira escolha de ambos era no mesmo local. Rintarou deu um pequeno sorrisinho para si mesmo ao sentir o celular em seu bolso voltar a tocar.
Pegou-o, olhando para o visor antes de atender:
— Hay, Kaede-san! — cumprimentou sorridente.
— Você fez de propósito, né? — Kaede disse ameaçadoramente.
— Não sei do que você está falando — cantarolou. — Eu estava conversando com um amigo.
— Não estava quando eu liguei da primeira vez — acusou sombriamente.
— Na vez que você desligou na minha cara? — indagou divertido. — Não, realmente não estava.
— Com quem está falando, meu filho? — perguntou a mãe dele, aparecendo ao seu lado.
— Oh, com o Kaede-san. Ele ligou para me parabenizar. Né, Kaede-san?
— Sim, e diga a ela que eu pretendo comemorar chupando seu pênis até você gritar de prazer — provocou o Sumizome.
— Ka-Kaede-san! — repreendeu, corando.
— Oh, o que ele disse? — indagou ela curiosa.
— Que vai me buscar para almoçarmos juntos — improvisou, ouvindo o riso de Kaede do outro lado da linha.
— Antes ou depois que eu chupá-lo?
— Tudo bem! Só diga para ele trazê-lo de volta até o jantar. Ou melhor, convide-o para participar do jantar conosco! Seus irmãos vão adorar conhecer o homem que o ajudou com os estudos.
— Eles não fariam isso se soubessem o que fazemos quando estamos sozinhos...
— Já chega, Kaede-san! — pediu, muito corado e temendo que sua mãe ouvisse o que o outro dizia.
— Convide-o! — ordenou ela, afastando-se para falar com uma amiga.
Rintarou suspirou, pensando em uma forma de fazer o que sua mãe havia ordenado.
— Por que não faz isso pessoalmente? Estou esperando no estacionamento da escola — disse Kaede antes de desligar o telefone.
Olhou de um lado para o outro confuso, antes de começar a andar em direção à saída. Kaede estava ali? Desde quando? Ele não tinha dito que tinha prova, por isso não poderia ir? Fez a curva e entrou no estacionamento, procurando pelo carro de Kaede. Encontrou-o no fundo, em uma parte mais afastada da entrada.
Andou até lá com passos incertos. Eles iriam mesmo almoçar juntos?
Ao chegar lá, o encontrou encostado no carro, de braços cruzados e vestindo um terno branco que lhe caiu muito bem. Rintarou tropeçou em seus próprios pés ante a visão de seu professor naqueles trajes.
Kaede segurou-o rapidamente.
— Cuidado — murmurou puxando o corpo de Rintarou contra o seu.
— Eu achei que você não viria. Você não tinha prova?
— Tive. Consegui terminá-las a tempo de vir buscá-lo para almoçarmos juntos.
— Então era verdade? — indagou sorrindo. — Vamos... almoçar juntos?
— Sim, e então você vai me convidar para jantar na sua casa depois de transarmos por horas — sussurrou sedutoramente, inclinando-se para beijá-lo, mas Rintarou tampou sua boca.
— Alguém pode nos ver — explicou olhando de um lado para o outro.
Escapando dos braços de Kaede, deu a volta no carro, entrando no lado do passageiro. Com as sobrancelhas franzidas, Kaede entrou no lado do motorista e fechou a porta, sendo surpreendido pelos braços de Rintarou envolvendo-o pelo pescoço e a boca muito próxima da sua.
— Agora ninguém nos verá — disse ele e beijou-o, recebendo como resposta um sorriso antes de Kaede retribuir o beijo.
— Você está muito danadinho... Do jeito que eu gosto — Kaede disse entre uma mordida e outra nos lábios do Noe.
Eles riram e se beijaram mais algumas vezes antes de Kaede ligar a carro e se encaminhar ao seu apartamento, para comemorarem a graduação de Rintarou com estilo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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