Detectives and Teenagers escrita por MisteryWriter5


Capítulo 8
Nyck J or Nikki Heat?


Notas iniciais do capítulo

Meu pc quebrou.... demorou para concertar.
Aqui está o cap.
Se divirtam porque tem personagem novo por aqui.



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Os olhos observadores da garota examinavam cada milímetro do aterrorizante galpão no qual ela se encontrava, as mãos ágeis estavam suadas, efeito colateral, da preocupação de ser pega.

Já faziam algumas horas, talvez um dia que a garota passara parada, estática na mesma posição em silêncio aguardando que os traficantes saíssem para ela poder ir embora do galpão, ela os seguira na noite passada atrás de respostas, atrás da verdade.

Ela sabia que se meteria em problema botando o nariz onde não fora chamada, mas herdara um senso muito grande de justiça e teimosia de seus pais e nada e nem ninguém a impediria de fazer o que era certo em uma hora como aquela.

Naquele momento Nyck encarnara a personagem que lhe deu o nome, a policial inspirada em sua mãe servia de inspiração para a menina naquele momento, como Nikki Heat ela queria fazer o que era certo, ela só não sabia o que a vida real lhe proporcionaria.

Nyck foi tirada de seus devaneios pelo barulho ensurdecedor da grande porta do galpão sendo aberta e pela claridade que a exposição da luz adquiria ao lugar.

A jovem ficou ternamente aliviada ao ver que ambos os mascarados abriam a porta do galpão e saiam do local, provavelmente para continuar com seus negócios ilegais e macabros.

A menina inteligente e estrategista sabia que aquela seria provavelmente sua única chance de escapar do local, já que não conseguira em todo esse tempo nenhuma oportunidade para gravar as conversas entre os traficantes e levá-las a polícia com a intenção de desmascarar o assassino da mãe de Arthur e provar que não matara Dylan Harper , com a discrição de uma sombra e o silêncio de um predador , Nyck J , rastejou entre as caixas de narcóticos até chegar a entrada , as mãos firmes e o corpo atlético eram um bônus em sua escapatória, porém ela teria de armar um jeito de passar pela porta principal sem ser vista.

Seus olhos ágeis filmavam tudo o que havia no local e que poderia ser feito de arma ou apoio para seus pés, mas qualquer que fosse seu plano, foi arruinado antes de ser executado, já que mais à frente no portão principal, aquele que parecia ser sua salvação, no momento postavam-se mais seis homens, esses recém-chegados, examinavam o local e conversavam com os outros dois mais jovens.

Concentrando sua força nos braços e contraindo o abdômen a jovem se pendurou em uma das barras de ferro próxima a porta onde a luz do sol não batia e suas roupas pretas se camuflavam entre as sombras das caixas e cordas espalhadas pelo local, a menina estava a três metros do chão bem acima da cabeça dos traficantes.

Estava pronta para tentar sair do lugar, mas se convenceu a ficar quando viu um dos homens retirar a máscara. Um sorriso cínico e mortal apareceu na face de Nyck, bem abaixo de seus pés estava Jonathan Harper, tio de Dylan, mais conhecido como Jonhy Cicatriz.

Aquele cara era o único e cruel motivo que envolvera Nyck nesta trama de morte, tragédia e drogas.

Balançando o corpo como uma verdadeira acrobata a menina se escondeu entre as prateleiras mais altas do galpão, retirou o gravador do calça e o ligou , fazendo o mínimo de barulho possível para não chamar a atenção dos infratores, Nyck conseguia ouvir muito bem a conversa, aquilo seria perfeito, todos os oito homens conversavam claramente sobre o tráfico de drogas no NYME e a misteriosa morte de Dylan Harper , que para a garota de misteriosa não tinha nada , já que ela estava lá naquela noite, naquele quarto e viu exatamente o que aconteceu.

Nyck já gravara o bastante, desligou o aparelho e com um movimento o guardou em seu bolso.

Todos os oito criminosos estavam de costas para a garota, aquela seria uma fuga fácil, ela sorria internamente somente por pensar que aquele pesadelo acabaria e que ela poderia ir para casa, encontrar sua mãe e pedir ajuda dela e de seus amigos para prender todos aqueles criminosos que fizeram a vida de seu melhor amigo um inferno.

Nyck subia cautelosamente pela pilha de caixas, apenas mais dois lances e ela chegaria até a grande janela.

Um lance e ela estaria livre, Nyck movia-se rapidamente, a garota teria de dar apenas um último impulso e chegaria na saída, quando o gravador caiu de seu bolso fazendo barulho ao se chocar com a caixa de metal que servia de apoio para seus pés no momento.

O baque foi alto o suficiente para chamar a atenção dos traficantes que alarmados viram a menina agachada com o gravador na mão.

Os olhos castanhos de Nyck foram de encontro com os de Jonhy Cicatriz e isso foi o bastante para que a garota saísse correndo , subindo o último lance de caixas o mais rápido que pode, todos os caras furiosos pela presença de um intruso com um gravador, começaram a subir as caixas em direção a janela atrás da menina, Nyck fazia força para abrir a pequena janela, Cicatriz vendo que não a alcançaria sacou a arma e atirou, acertando a parede ao lado dela, a menina assustada passou com dificuldade seu corpo pequeno pelo mínimo espaço que a janela lhe disponibilizava, o corpo da garota estava quase que completamente pelo lado de fora da janela quando ouviu-se o barulho da segunda bala sendo disparada e pegando de raspão na perna da garota.

Droga! – Disse Nyck sentindo a dor do raspão em sua perna, enquanto arrastava o resto do corpo para fora do local.

Já do lado de fora do galpão Nyck travou a janela por fora e saiu correndo com dificuldade pela área industrial de Nova York, depois de percorrer uma rua inteira ela virou a esquina e continuou seguindo em um ritmo mais lento por causa de sua perna, a garota se surpreendeu pelo barulho dos passos e gritos que estavam logo atrás dela, os oito homens, incluindo Cicatriz, que seguia bem à frente de todos com a arma em punho.

A pequena detetive aumentou o ritmo chegando a uma entrada para o metrô, desceu as escadas rapidamente, pulou a catraca e espremeu-se entre as portas do vagão para conseguir entrar.

Sentou-se aos fundos longe de todas as outras pessoas, a cabeça recostada sobre a janela doía, a perna semi-baleada sangrava mais do que realmente deveria, a palma de suas mãos estava ralada e ela adquirira um pequeno corte do supercílio, Nyck observara que a bala não passara apenas de raspão e sim tinha atingido a lateral de seu joelho, um pouco mais de perto do que deveria, o sangue escorria pela lateral da perna fazendo uma pequena poça aos pés de Nyck, que tentava passar despercebida pelos outros passageiros, uma estação e chegaria ao seu destino.

O trem parecia se mover mais lentamente do que de costume, Nyck tirou seu moletom preto ficando apenas de jeans e regatas , com cuidado a menina amarrou o casaco no local do ferimento instantaneamente mordendo o lábio inferior na tentativa de reprimir um grito de dor, pela bala que acertara sua articulação, as mãos ardiam pelos ralados no asfalto e sua cabeça doía pela perda de sangue, o metrô aproximava-se da próxima estação e a garota tentava levantar lentamente e agir naturalmente para que os cidadãos a sua volta não se alarmassem. O metro parou, as portas se abriram e Nyck caminhou sozinha de vez em quando ela olhava para trás a procura de algum resquício de que os bandidos a tinham seguido, nada.

A sua volta todos andavam apressados, já passava das cinco e em pouco tempo o metrô estaria lotado de pessoas cansadas que só desejavam chegar em casa e descansar ao lado de suas famílias. Naquele momento Nyck pensou em seus pais e em como eles deveriam estar preocupados, por alguns segundos o desejo de ir direto para casa a consumiu ,mas logo a mesma voltou a realidade quando sentiu sua perna latejar e um poco do sangue escorrer de suas mãos feridas.

A caminhada era curta, mas o caminho a muito conhecido parecia mais com uma jornada no deserto. Nyck caminhava de cabeça baixa, tentando passar despercebida e contando cada passo que dava.

1001,1002,1003,1004 e 1005.

Nyck levantou a cabeça encarando a tão familiar casa de tijolos brancos e janelas de madeira escura. Um leve sorriso apareceu em sua face porém foi alternadamente substituído por uma cara de dor, sua visão embaçava seus braços pareciam pesar e seus pés se mexiam lentamente em direção a porta de madeira escura.

A visão de Nyck estava turva quando tocou a campainha, a porta não demorou a se abrir.

Braços fortes seguraram a menina e ela se deixou ser carregada para dentro do ambiente, Nyck já não tinha mais muita consciência do que acontecia mas reconheceu os braços que a acalentavam e os olhos profundos que a fitavam desesperados, estava em boas mãos e ela sabia e foi com um último longo suspiro apenas sentindo o calor do sangue que escorria que a garota fechou os olhos.


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Notas finais do capítulo

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Odiaram? Ahhhhh não fica assim não.



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