Rock Quartet escrita por Kayumi


Capítulo 3
Lost In My Mind


Notas iniciais do capítulo

Gente, pequeno aviso antes do capítulo, desculpem, mas não vou poder postar com muita frequência (Ô novidade...), por motivos de: Preguiça e estudo. O ano mal começou e eu já estou indo mal na escola, por isso, eu vou ter que me esforçar mais e mais
Obrigada pela atenção!
Novos leitores são sempre bem-vindos! :)
Kayumi-chan



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Quando cheguei na escola, o professor me deu uma bronca maravilhosa e uma advertência no meio da testa.

Era aula de história e teríamos que fazer um trabalho valendo nota, que maravilha! E adivinhem quem o professor me fez fazer dupla! Sim! Ela! Christine Summers! E agora ela me odiava! Viva eu!

Eu me sentei na cadeira ao lado dela, mas Christine me olhou quase com desprezo, ela me entregou uma folha em branco e uma caneta, sem dizer nada

– Ok, o que devemos fazer? – perguntei

– Um relato sobre a Guerra do Peloponeso, prós e contras – disse ela sem olhar para mim, enquanto escrevia no papel com uma caneta preta

– Você tem o livro? Eu esqueci o meu em casa – eu disse e ela jogou o livro de história na minha mesa, sem a menor delicadeza

– De nada

– Certo, fale! – eu a encarei – Você está agindo assim comigo por causa do que aconteceu ontem?

– Você foi rude... – ela disse

– Christine, eu... – eu ia falar, mas ela me interrompeu

– Me chame de Chris

– Chris... – continuei, sentia uma espécie de nó no meu estômago apenas por falar com ela – Eu acho que conheço você de algum lugar...

– Ah, é? – Chris olhava para o papel enquanto escrevia com sua caligrafia perfeita

– É... – concordei – E eu preciso saber uma coisa...

– O que? – ela perguntou, agora me encarando com aqueles olhos cinzentos que conseguiam me deixar um pouco assustado

– Você sabe cantar?

Chris me olhou como se eu fosse um rebanho de porcos azuis voadores

– Por que quer saber? – ela perguntou

– Eu perguntei primeiro – eu sorri

– Eu canto, só não sei se canto bem... – murmurou Chris

Por instinto, eu sorri e tive vontade de abraçá-la, mas fiquei parado no meu canto enquanto a via escrever

– A Guerra do Peloponeso era... Os gregos contra os Persas, certo? – perguntei e Chris riu

– Essa foi a Guerra das Termópilas – disse ela – A Guerra do Peloponeso foi Atenas contra Esparta, o que causou a destruição do Mundo Grego, Esparta ganhou, mas não tinham mão-de-obra nem colheitas, então eles decidiram invadir a Macedônia, e foi aí que começou aquela história de Alexandre, o Grande.

– Nossa... Isso é... Muita informação para a minha cabeça... – murmurei

– Ei... – disse Chris – Por que você perguntou se eu sabia cantar?

– Por que... – comecei – Eu tenho uma "banda"... E tenho sonhos todas as noites... Que uma vocalista misteriosa cantava conosco... E eu acho que ela é você...

Chris franziu o cenho

– Está pedindo para que eu seja a vocalista da sua banda? – perguntou ela e eu assenti – Pode me dizer pelo menos quem está na banda?

– Meus amigos, Tony e Caleb – eu disse – Sou o guitarrista...

– Podemos ver no que isso vai dar... – ela sorriu – Já terminei o relatório, quer entregar ou acha melhor que eu vá?

– Eu entrego... Pelo menos isso eu tenho que fazer... – eu peguei o papel de suas mãos e me dirigia até a mesa do professor

– Deron – disse ela e eu me virei para encará-la – Me desculpe pelo tapa...

Eu sorri involuntariamente

– Relaxa, muitas garotas fazem isso comigo – eu disse piscando e Chris revirou os olhos rindo. Eu coloquei o papel em cima da mesa do professor Hansel, eu adorava esse cara só por ele ser o tipo de professor que tem um alto nível de zuera

– Já pegou a novata, é, Andrews? – sussurrou ele para mim lançando um olhar malicioso, eu apenas sorri, fiz um gesto com o dedo do meio e ele riu

– Ei, o pessoal vai pra minha casa mais tarde ensaiar – eu disse sentando na cadeira ao lado da de Chris – Quer ir também? Você parece do tipo que gosta de cantar

– Pode ser – ela sorriu e colocou uma mecha dos cabelos lilases atrás da orelha

– Você gosta de KillPop?

– Adoro, por que?

– Nada – eu sorri e saí da sala logo depois que o sinal tocou

Ainda tiveram aulas de física, geografia e trigonometria, nesse tempo, pude conhecer Chris melhor, ela era divertida, parecia ter sempre uma hora para falar de um tópico específico.

– De que bandas você gosta? – perguntei

– Nirvana, Metallica, AC/DC, Slipknot, Gorillaz, Black Sabbath... – ela disse sorrindo

– Como minha irmã Debrah diria: "Rock Farofa" – eu disse imitando a voz de Debrah e Chris caiu na gargalhada

– Você tem quantas irmãs?

– Três – eu disse fazendo o sinal de três com os dedos – Diana de dez, Denise de doze e Debrah de quatorze, todos nós temos um intervalo de dois anos. E é chato ser o único homem na casa... Sou eu quem tem que matar as baratas...

– Suas irmãs tem medo de baratas? – Chris arqueou uma sobrancelha – Meu deus...

– Pois é, elas bem que já estão bem crescidas pra deixar dessa frescura – eu disse e a encarei – E então? Que horas você pode passar na minha casa?

– Umas seis, talvez – disse ela sorrindo – Tem o meu número? Eu sou péssima com direções...

Eu entreguei meu celular à ela, Chris digitou seu número e me entregou o aparelho

– Até mais tarde! – eu disse indo até a porta da frente da escola

– Até! – a ouvi falar

Eu corri até a calçada da escola, aonde Tony e Caleb já estavam esperando por mim dentro do carro de Tony

– Aonde você tava? – perguntou Caleb – Nos trocou por aquela sua amiguinha, a Christine?

– Chame-a de Chris – eu disse sentando no banco traseiro – Ela vai passar na minha casa mais tarde

– Opa! – Caleb riu – Pergunte se ela tem uma amiga solteira!

– Não, cara... – eu sorri – Vocês também vão ter que ir...

– Por que? – perguntou Tony

– Martel quer nos ver tocar

– Mark Martel quer nos ver tocando? – Caleb me encarou incrédulo – Mas não temos vocalista!

– Quem disse? – arqueei uma sobrancelha sorrindo e os dois se entreolharam

– Chris? – disseram em uníssono

– Ela mesma... – eu assenti

– Ela é a garota que você via nos seus sonhos? – perguntou Tony

– É... – eu disse sorrindo – Finalmente posso tê-la encontrado...

Tony estacionou o carro em frente à minha casa, minha mãe ainda estava no trabalho e Debrah e Diana foram para a casa de alguma amiga delas, deixando apenas Denise, a irmã que eu menos odeio, ela sempre ficou mais na dela, se trancava no quarto com fones de ouvido nas alturas e lendo (eu nem sabia como ela conseguia os dois ao mesmo tempo). E também tinha Martel, mas ele provavelmente estava dormindo

– Denise? – chamei e Mark saiu do quarto da minha irmã, ele estava com uma expressão de preocupação estampada no rosto – Martel? Por que você não foi para a escola hoje?

– Eu me demiti – ele disse e tirou um termômetro do bolso – Sua irmã está doente, está com febre e mal consegue respirar...

– Você deu alguma coisa pra ela comer? – perguntei – Denise é uma pessoa que é alérgica à quase tudo! À amendoins principalmente...

POR QUE VOCÊ NÃO DISSE QUE ELA ERA ALÉRGICA?! – gritou Martel correndo de volta para o quarto de Denise, ele colocou a minha irmã menos detestável nos braços e correu para a porta da frente – Qual o hospital que a sua mãe trabalha?

– St. Maria – eu disse – À duas quadras daqui

– Eu volto já! – ele disse antes de bater a porta com força

– Ele vai até o Hospital St. Maria correndo? – perguntou Caleb

– Martel desenvolveu certa... Afeição paterna pelas minhas irmãs... – murmurei – Bem... Ele e a minha mãe estarão lá com Denise, então eu não preciso me preocupar... E Chris pode chegar à qualquer momento

– Quer que nós deixemos vocês sozinhos por um tempo? – perguntou Tony com seu maldito humor negro

– Ora, se for no meu quarto, à noite, com algumas algemas... – eu sorri

– Não faz isso, cara! Não põe essa imagem na minha cabeça! – gritou Caleb – Se eu quisesse ver esse tipo de coisa eu teria ido assistir 50 Tons de Cinza no cinema!

Quando a campainha tocou, senti um calafrio, Tony e Caleb me empurraram até a porta e quando eu a abri, eles me empurraram para cima de Chris

– Ai! – disse ela, depois de cair sentada no chão

– Desculpe... – eu disse a ajudando a levantar – Chris, esses são Tony e Caleb, meus amigos da banda

– Olá, Chris – Caleb sorriu e passou o braço pelos ombros dela – Como vai?

– Muito bem, obrigada... – ela disse se afastando de Caleb

– Nossa, que fora! – exclamou Tony rindo

– Não liga pra esse seco... – eu disse indicando Caleb que parecia que iria se esconder no cantinho da sala e chorar.

– E então? – Chris sorriu – Vamos tocar?


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