Estava cansado de esperar, estava cansado de ficar naquela casa sem poder fazer nada, estava tudo na mão da polícia, mas eles não achavam nada. No segundo dia eu já estava aflito, como era possível uma coisa daquelas?! Foi bem na minha frente! Alguma camera de algum prédio, ou do aeroporto mesmo deveria ter filmado aquilo! Mas segundo os policiais as cameras estavam quebradas, e as que funcionavam não conseguiram pegar a placa do carro.

  No terceiro dia eu vasculhei a cidade inteira, mas nada, não encontrei absolutamente, cheguei a pensar o pior. Mas Nef é esperta, ela sabe se cuidar.

No quarto dia eu não sai de casa, não falei uma palavra o dia, fiquei pensando no que eu tinha feito de errado, tentei lembrar de tudo, mas não adiantava, parecia que estava tudo desaparecendo da minha mente. Por sorte, este dia me guardou a melhor coisa para mais tarde.

  - Jack! - disse ela enquanto vinha correndo para meus braços, seus olhos estavam cheios de lágrimas. - Senti tanto a sua falta.

  - Eu também! - disse enquanto a abraçava. - Você está bem? O que aconteceu? Quem é ele? - perguntei me referindo a um garoto que estava meio afastado, mas que percebi que vinha com ela.

  - Depois eu conto tudo, esse é o Taylor. Jack, eu quero entrar, por favor, venha comigo.

  Entramos em casa, e o tal Taylor veio junto.

  - Sente-se aqui Nef. Vou pegar um copo d'água para você se acalmar. Fique à vontade Taylor.

  Fui à cozinha e de lá ouvi Ilai dizendo:

  - Nefertiti, você voltou! - provavelmente ele teria dado um abraço nela pois a ouvi dizer:

  - Pois é, mas não me sufoque.

  Quando voltei para a sala vi que Ilai encarava Taylor.

  - Ah, Ilai, me esqueci, este é Taylor, ele me ajudou a chegar até aqui.

  - Sim, mas não se preocupe, eu já irei embora, tenho que voltar para casa. - disse o rapaz dos olhos verdes.

  - Tudo bem, você ajudou a Nef, isso é o que importa, então você pode ficar aqui essa noite. - disse Ilai.

  - Obrigado, não sei como agradecer tal gentileza.

  Ficamos todos ali naquela sala, a Nef sentada ao meu lado no sofá apoiando a cabeça ao meu ombro enquanto contada por tudo pelo que passara. Quando me dei conta estavam todos dormindo, e eu faria o mesmo, seria a primeira noite em dias que eu conseguiria pegar no sono.