Coração de Pedra escrita por MF Kieling
Bel estava pulando o dia todo animada com a trilha que nós íamos fazer hoje.
– Me disseram que o Justin vai – ela disse a mim com as sobrancelhas arqueadas
– Que legal – respondi
– Vamos Sam, você não sai com ninguém faz 3 anos, desde que aquele imundo te alargou
– Nossa você me faz sentir muito melhor Bel – ela riu – e não vejo nenhum problema nisso
– O problema é que quero ser sua madrinha de casamento mas pelo jeito você não vai se casar
– Então quer dizer que o namorado que eu arranjar no ensino médio vai ser meu marido? Isso é alguma indireta para o Patrick ?
– Ah cale a boca Sam – ela disse e virou o rosto para esconder o claro sorriso que abria em sés lábios
– O Justin e eu só somos amigos, ok?
– Ok – ela respondeu séria – mas não custa dar uma forcinha né? – e saiu saltitando quando a aula de português acabou.
Eu não o vira desde aquela noite a três dias atrás, ele não apareceu na escola, nem na natação, eu já havia perdido minhas esperanças.
– Mabel Hope Williams – A chamada para o ônibus da excursão estava na metade quando chamaram Bel e eu acordei do meu devaneio.
– Dizem que a floresta tem fantasmas– Riley contava atrás de mim – parece que a mansão lightwood é assombrada, parece que o Sr. Lightwood fazia experimentos em animais quando se endereçou pelos morcegos e seu modo de vida, ele combinou seu sangue com o do morcego e parece que isso o tornou imortal e foi nessa época que ele conheceu a Sra. Lightwood, parece que eles não queriam viver um sem o outro e a transformou em “vampira” também. Mas o mais estranho é que depois que ele misturou seu sangue ele morreu, até fizeram o enterro mas no meio dele o Sr. Lightwood se levantou e matou todos ao redor, dizem que até hoje ele sente a culpa e por isso resolver se isolar do mundo e viver a imortalidade sozinho com a esposa no local mais afastado de todos e se mudou de Londres para cá.
– Samantha Sophie Jones – Srta. Carp me chamou do ônibus
– Aqui – disse e subi nele, Bel estava sentada ao lado de Patrick, e Jonh ao lado de Amanda deixando Justin sozinho no banco da frente. Eu me sentei ao lado dele. A viagem demorou uma hora até o ponto de encontro na floresta, onde havia uma enorme casa branca de um andar na frente e várias placas de sinalização para não se perder na trilha, paramos na casa onde recebemos instruções e então caminhamos até a trilha.
– Como foi com Justin? – Bel me perguntou
– Bel para, Justin é só meu amigo – disse já impaciente
– Tudo bem – ela disse claramente chateada – eu vou ali...com Patrick
– Bel... disse percebendo tarde de mais q havia sido rude
Era três horas da tarde e a excursão ia até as seis da noite, quando começamos a andar o professor de Biologia Sr. Anders começou a falar explicando cada planta e árvore que víamos pela frente. A natureza sendo a natureza como Bel dizia, os lagartos, macacos, aranhas e...Ric?! Ele sorriu vendo meus olhos arregalados, eu fui empurrada para frente pela multidão de alunos e guias atrás de mim e não consegui vê-lo mais, quando todos tinham passado me inclinei na borda da trilha e olhei atentamente a floresta. Nada. Será que ele tinha ido embora? Penso enquanto sou desastrosamente puxada para baixo.
– Shrrr – alguém tampa minha boca.Ric.
– Alaric. – suspirei aliviada
– Oi Sam – ele disse sorrindo
– O que esta fazendo aqui?- perguntei
– Eu moro perto daqui
– É melhor voltarmos para a trilha – disse- vamos nos perder
– Não se preocupe eu conheço a floresta – ele disse rindo com se eu fosse boba, se levantou e estendeu a mão para me ajudar - Vamos tem um lugar que quero te mostrar – ele disse segurando minha mão
– Você vai me contar a verdade?
– Vou.
– Por que aqueles homens fugiram de você?
– Tiveram medo de mim
– E por que eles tiveram medo de você?
– Podemos pular para a próxima pergunta?
– Ta, você estuda?
– Eu não me matriculei na faculdade se quer saber
– Por que não?
– Meu pai, ele não gosta de muita gente e não tem nenhuma faculdade que fique por aqui perto então eu não fui
– Quem são seus pais?
– Ainto e Lucia Lightwood - ele hesitou, sabia que eu já ouvira a lenda
– Tipo os Lightwood da lenda? – ele apenas balançou a cabeça e eu pensei em como os homens daquela noite fugiram dele, em como ele era rápido, como tinha salvado Elisa, ele morava afastado de todos, não ia a escola, ninguém o conhecia, quem era Alaric Lightwood?
– A lenda é só uma lenda – ele disse misturando as palavras nervosamente
– Mas...
– Agora é minha vez de perguntar – ele disse apressadamente – cadê o seu pai?
– Ele morreu quando eu tinha 12 anos – disse triste me distraindo do resto
– Mas Elisa...?
– Meu pai e minha mãe se casaram aos 19 anos e me tiveram aos 20 se separaram quando tinham 25 e tiveram Elisa quando se reencontraram aos 28 e meu pai morreu quando minha mãe tinha 32, depois dela xinga-lo o dia inteiro por te-la deixado ela virou alcoólatra e tenta cuidar de mim e da Elisa o melhor que pode.
– Vida legal
– Pois é – disse retomando ao assunto original
– Ric, sobre a lenda da sua família eu...
– Chegamos – ele disse e eu parei vendo a enorme floresta que nos rodeada,o sol batia nas muralhas de um antigo castelo que se desfaziam no chão, os tijolos pretos rolavam pelo chão, e a estrutura parecia prestes a cair mas incrivelmente havia uma beleza nela que me impedia desviar o olhar. Ela me lembrava Ric.
– Vamos subir? – ele perguntou
– Mas ela não vai desabar?
– Provavelmente um dia, mas não hoje – ele disse e pegou minha mão, nós passamos pelo que em algum tempo fora a porta de entrada e vimos uma escada que estava sustentada apenas pela parede torta do castelo antigo e subimos, enquanto subíamos dava para ver a paisagem da floresta se expandindo pelas frestas no muro quando chegamos ao final da torre eu olhei para estrutura antiga que cobria meus pés e olhei para o chão, os tijolos que deviam ser a parede, senti como se estivesse prestes a cair estava a uns 5 metros do chão e não havia paredes no pequenos espaço em ruínas em que me encontrava.
– Tudo bem – disse Ric atrás de mim – você não vai cair – a sua voz doce atrás da minha orelha meu deu toda confiança que precisava.
– Certo – disse e ele se sentou no chão colocando suas pernas para fora do castelo.
– Sente-se você não vai cair – ele disse e eu seguramente me sentei ao lado dele, nunca tive medo de altura mas também quem ficaria normal na situação em que eu me encontrava? - A lenda é verdadeira – ele sussurrou
l- O que? – eu disse prendendo a respiração
– Mas não toda, não foi o meu pai que “criou” os vampiros por assim dizer, dizem que foi essa a história de um cientista que misturou seu sangue mas não sabemos se é verdade, minha mãe estava grávida de mim e do meu irmão há 8 meses quando meu pai foi transformado, ele não pensou no que estava fazendo quando acordou no caixão e matou todos que amava e estavam no seu enterro ele apenas estava com sede, uma dessas pessoas era minha mãe, quando recobrou a consciência viu o que tinha feito e deu seu sangue a minha mãe, depois de tirar u e meu irmão de dentro dela, e a transformou assim como fez com o resto da família que acidentalmente tinha matado – ele suspirou – o plano inicial era que eu e meu irmão fossemos transformados quando completássemos 18 anos, mas durante nosso crescimento vimos que não seria preciso, meu pai deu a minha mãe seu sangue e só depois que nos retirou dela, nesse tempo nos dois ingerimos o sangue, mas isso não explica por que crescemos, meu pai tem a teoria que minha mãe ainda era humana por isso nós somos a mistura mas eu não sei... – ele parou – fale alguma coisa Sam
– Quer dizer então que você é um vampiro? – perguntei e ele riu
– Meio isso
– E toda sua família também é vampira?
– Sim – ele franziu o cenho
– você gostaria de conhece-los?
– Eles não vão chupar meu sangue vão?– ele gargalhou
– Só se você deixar.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por ler mais um capítulo de Coração de Pedra
~deixe nos comentários sua opinião, se gostou favorite a acompanhe a história.
~Qualquer erro encontrado na história pode ser comentado para que possamos concertar