The Night Fall escrita por aneleh


Capítulo 1
Doze Anos


Notas iniciais do capítulo

Gente, é minha primeira fic nesse estilo. Quem quiser ver como eu estou acostumada a fazer minhas fic's leiam outras. Que gosta da Saga Crepúculo com verteza vai adorar.



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Rochester, Nova York. – 1921


 


- Feliz aniversário Rosalie. – meu pai havia me parabenizado. Ele veio até mim e me deu uma grande caixa. Era prateada, com um laço dourado e uma etiqueta destinada a mim.


- Obrigada. – murmurei.


- Sua mãe que escolhera. Espero que goste. – meu pai era rigoroso, e senti na sua voz que não tinha opção. Tinha que gostar de qualquer jeito. Não fiquei chateada, pois tudo que meus pais me davam era do bom e do melhor. Vestidos caros, bonecas importadas; não seria hoje que iriam errar.


- Obrigada mamãe. – agradeci.


 


Minha irmã, Rebecca, me olhava com inveja. Algo comum, todos tinham inveja de mim. Por onde passava, sempre era percebida, e se não tinham inveja, tinham admiração. O que os meus pais sentiam por mim.


 


Já meu irmão, Jensen me adorava, era o mais novo, porém não era o que mais recebia cuidados. Era claro em nossa família que eu era a preferida. Eu, Rosalie Lillian Hale. E me sentia orgulhosa por isso.


 


- Gostaríamos de saber sua opinião sobre o vestido Rosalie. Abra. – minha mãe dissera. Sentou ao meu lado e me motivou.


 


Comecei com o laço, não queria estragar o embrulho, por isso abri delicadamente. Tirei a tampa da linda caixa e o que vi foi um dos vestidos mais bonitos da minha vida.


 


Era de um verde água delicado, com flores bordadas em pedras semi-preciosas brancas. Ele tinha um faixa branca, de cetim que transformava aquele vestido no vestido perfeito.


 


- Adorei! – exclamei com um lindo sorriso nos lábios.


 


Meus pais sorriram, Rebecca deu um sorriso amarelo, Jensen ficou olhando.


 


- Muito, bem. Jensen, Rebecca? – meu pai os chamou.


- Sim pai? – responderam em coro.


- O que vocês teêm para sua irmã?


 


Era uma regra da minha família. Os homens tinham que dar presentes em todas as ocasiões. Porém, as mulheres só davam presentes para mulheres.


 


Jensen deu um passo á frente e disse:


 


- Eu comprei um chapéu.


- Ótimo querido. Então vá pegar.


 


Ele saiu correndo e foi repreendido pelo meu pai para não fazer estardalhaço. Olhei para Rebecca. Ela não tirava os olhos do vestido.


 


- E você Rebecca? O que tem para sua irmã mais velha? – minha mãe disse com orgulho. – Uma moça já! – completou.


- Comprei uma pulseira. Está aqui. – ela estendeu a pequena caixa para mim.


- Obrigada Rebecca. – disse sorrindo.


- De nada.


 


Eu abri a caixinha preta de veludo. Havia uma linda pulseira lá dentro. Sem dúvida não era simples. Combinava com meu vestido em todos os detalhes, era branca, já havia visto aquela pedra uma vez. Pérolas. Papai disse que pérolas combinavam comigo. Mamãe o corrigira, como ela sempre disse, tudo ficava bem em mim. Por fim, os dois acabavam concordando.


 


- É linda. – disse


- Hum. – foi sua única resposta.


 


Ouvi passos rápidos.


 


- Aqui Rose. – Jensen entregou o chapéu para mim.


- Obrigada. – disse.


 


O chapéu também combinava com o vestido. Era branco, e tinha um pequeno detalhe em verde água. Ficou óbvio que mamãe escolhera os presentes. Não queria que eles errassem. Se não, não ficaria perfeita, ou linda o suficiente.


 


- Os presentes são lindos. Obrigada.


- Os presentes podem até ser lindos, mas você que é um presente para esses presentes. – papai veio até a mim, me levantou, ergueu meu queixo e disse:


- Você está crescendo Rosalie. Minha princesa. Lhe desejamos toda a felicidade do mundo, que você seja feliz até nos dias de tristeza, que onde você chegue irradie o local com seu jeito delicado de anjo e mente de mulher. Eu tenho orgulho, nós temos orgulho de dizer, que Rosalie, é uma Hale.


 


Meus olhos estavam embaçados, só percebi que estava chorando quando meu pai pegou uma lágrima minha com a ponta de seu dedo. Ele me deu um beijo na testa, olhou para minha mãe e se despediu.


 


Tinha que trabalhar.


 


Fiquei pensando naquelas palavras, o tanto que ele se orgulhava de mim, fiquei feliz com isso. E não iria desapontá-lo. Iria obedecer meu pai, e honrar o nome da nossa família. Eu iria ser adorada por todos, e querida também. Eu terei o que todos rezarão para ter. Eu viverei o que todos sonharem, eu serei uma princesa. A eterna princesa da minha família.


 


- Vamos, está na hora de irem para a cama. – minha mãe disse apagando as luzes da sala. – Eliane ?


- Sim senhora? – Eliane perguntou.


- Prepare o banho da Rosalie. – disse minha mãe com arrogância.


- Sim senhorita Hale. Vamos ? – ela se dirigiu a mim.


- Claro. – respondi a seguindo em direção ao banheiro.


 


Subimos as escadas, eu na frente, como mamãe havia ensinado. Jensen e Rebecca ainda iriam subir, mamãe queria falar em particular com eles. Minha casa não era muito grande, mas era elegante e bonita comparada com as outras casas de Rochester. Eliane pediu para mim ir tomando o banho enquanto pegava minhas roupas. Eu fiz o que ela mandou, afinal queria dormir, estava cansada e amanhã seria o meu primeiro dia de aula.


Entrei na banheira de água morna e relaxei. Eu era a única que tinha o privilégio de demorar no banho. Eliane chegou com as minhas roupas.


 


- Trouxe sua camisola de seda.  Como a senhora gosta. – disse-me mostrando.


- Obrigada Eliane.


- De nada.


 


Decidi, que a partir de hoje, seria uma pessoas diferente. Não seria Rosalie, a filha dos Hale. Seria Rosalie Hale.


 


- Eliane? – a chamei.


- Sim senhorita? – ela respondeu.


- Sou bonita?


 


Não sei porquê. Mas isso me pareceu muito importante. Eu queria saber a opinião dos outros, eu queria que todos me achassem bonita.


 


- Claro que sim. Se me permite dizer, você é a garota mais linda que já vira. – ela disse sorrindo.


- Obrigada. Pode se retirar por favor. – ordenei.


 


Ela saiu.


 


Fiquei olhando meu reflexo na água. Sim, era bonita, e não precissava que ninguém me dissesse. Meu rosto era fino, meus traços delicados. Minha boca era perfeita. Meus cabelos eram de um tom loiro claro e impactante ao mesmo tempo. Todos gostavam do meu cabelo comprido, e eu também os preferia assim.


A cor dos meu cabelos eram idênticos ao do papai. Jensen também tinha a mesma cor. Rebecca já era de um loiro acinzentado. Os traços puxei da minha mãe. Jensen ficou com os traços do papai. Como Rebecca.


Todos da minha família tinham os olhos azuis, menos eu. Papai adorava a cor dos meus olhos. Eram violetas no começo e ficavam azuis límpidos no final. Só dava para perceber o violeta se olhasse minusciosamente. Mamãe dissera que puxei os olhos da minha bisavó, que era também muito linda.


 


Saí da banheira e comecei a me enxugar. Vesti minha camisola e fui em direção ao meu quarto. Cada um de nós tínhamos um quarto. Eliane estava subindo com Jensen no colo.


 


- Eliane, eu não quero o popota! Eu quero o pato! – Jensen reclamou.


- O pato está resfriado. O hipopótamo está precisando tomar banho também Sr. Hale. – Eliane tentava persuadí-lo.


 


Olhei para baixo, Rebecca estava com Dimmy. O seu gato. Nenhum de nós gostávamos de animais, mas Rebecca o escolheu de presente de aniversário, e convenci papai a dizer sim.


 


Fui para o meu quarto e não fiquei surpresa quando mamãe me aguardava com uma escova de cabelo na mão. Fui para o seu lado na cama. Ela se levantou, fechou a porta voltou para o meu lado.


- Quer que eu penteie seus cabelos? – ela me perguntou.


- Você sempre faz isso. Se não fizesse hoje estranharia. – disse rindo.


- Sabe, aquele vestido ficou maravilhoso em você Rose.


- Eu adorei, de verdade.


- Neste final de semana vamos á uma festa.


- Uma festa? – disse entusiasmada. Adorava festas, normalmente nesses dias recebia muita atenção.


- Isso. O banco em que seu pai trabalha mudou de dono. Agora pertence a uma família real. Os King.


 


King. Adorei esse sobrenome.


 


- Parecem importantes. – comentei.


- E são. Os King vão dar uma festa, para algumas pessoas da alta sociedade. Como o seu pai. Fomos convidados.


- Eles vão morar em Rochester?


- Sim. Mas, gostaria que você usasse o vestido que ganhou nessa festa. Para te valorizar. Se passarmos boa impressão, talvez o Sr. King tenha mais confiança em seu pai.


- Usarei.


- E outra coisa Rosalie. Você vai para a escola amanhã. Não se misture com gente errada ou que não pertença á sua vida. Faça amizades que gerem algo. No bom sentido é claro. – minha mãe piscou para mim. – Quer uma trança?


- Sim. Não muito apertada mãe.


- Então... Já está de olho em algum rapaz?


- Quer que eu esteja?


- Hum... Não sei. Eu e seu pai cuidamos disso.


- Claro mamãe.


 


Ela se levantou, colocou a escova na penteadeira. Apagou o abajur e antes de sair disse:


 


- Você é linda Rose. – um dos fatos de eu adorar minha mãe, é porque ela quem dera esse apelido a mim. E sempre que o escutasse iria lembrar dela. Pois me chamar de Rose, era sua marca registrada.


 


Mas um dia. Só que esse dia era diferente, ontem dormi com onze. Hoje tenho doze anos.


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews!