A teoria do amor escrita por Ariana Arivielo


Capítulo 5
Capítulo 5 - Et similiter dicitur universum Sheldon Cooper


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo de Shamy!! Estou tentando não ser tão dramática, mas acho que nunca vou conseguir... Espero que gostem de coração.



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POV autora

Amy voltou para casa assim que Leonard chegou na casa de Penny, então todos deram boa noite, ao chegar em casa não viu Sheldon, tomou um banho relaxante e um chá de camomila para dormir mais tranquila. É quando seu celular toca e é seu superior da universidade dizendo:

– Boa noite, Dra. Fowler! Desculpe o incômodo a essa hora, mas é urgente.

– Boa noite Dr. Foster! Imagina, não é incômodo nenhum. O que aconteceu?

– Lembra-se daquela excursão para os seus estudos pela Grécia e Israel, que seria mês que vem?

– Ah claro que me lembro! Estou ansiosa por ela há tempos e finalmente vou conseguir terminar minha tese do terceiro PhD. Por favor, não me diga que cancelaram?

– Não, mas você viaja em dois dias!

– Mas já? O que aconteceu?

– A bolsa da pesquisa e toda a logística já estão liberadas, então o patrocínio liberou a verba mais cedo e adiantamos a sua viagem. E além do mais, sei que no verão é melhor para se trabalhar por aquelas regiões, uma pena que a Dra. passará seu aniversário longe.

– Não tem problema! A ciência acima de tudo!

– Obrigado por entender Dra. Fowler! Nos vemos amanhã para acertar os detalhes, boa noite!

– Ok! Boa noite Dr. Foster.

Amy estava extasiada e ao mesmo tempo triste, finalmente iria finalizar sua tese que poderia consagrá-la como uma poderosa neurobiologista, mas por outro lado iria ficar meses longe de Sheldon e seu aniversário também seria longe dele. Mas isso não fazia diferença porque ele não se importava.

Sheldon virava e revirava na cama, não conseguia organizar seus pensamentos, Amy estava em todos eles sorrindo e segurando suas mãos. Ela tinha olhos tão lindos, um verde único que era perfeito combinado com os dele azuis.

Ele estava inquieto com os conselhos de Leonard, o amigo disse que ele precisava se entregar mais a esse relacionamento, que se o fizesse iria crescer mais como pessoa e como cientista. Mas ele não estava pronto, alguma coisa além de sua fobia o travava algo que ele nunca compartilhou com ninguém e que era o entrave entre ele e Amy.

Um ruído na cozinha chamou sua atenção e ele foi verificar, era Amy com uma expressão pensativa e uma caneca de chá nas mãos. Ele a tirou do transe:

– Oi Amy!

– Oi Sheldon!

– Acordada até tarde, sem sono também?

– Um pouco! E você?

– Com algumas questões a resolver, isso me tira o sono.

Ela meio que sorriu para ele e se sentou, Sheldon pensou em como ela poderia ser tão perfeita e tão pequena perto dele, tão inteligente, linda e mesmo com os cabelos desarrumados e um robe de algodão simples ela conseguia ser tão atraente. Ele quebrou o silêncio:

– Amy você me ama?

Ela engasga na mesma hora, Sheldon estava fora do normal ou que? Algo estava mudando nele, e ela daria qualquer coisa para descobrir. Mas recuperando o fôlego e vermelha como fogo ela tentou responder calmamente:

– Você sabe a resposta dessa pergunta, que eu suponho ser retórica.

– Eu sei que é Amy, mas de repente eu fiquei pensando que talvez você não me ame mais...

– Sheldon, eu sempre vou te amar! Eu estou aqui e isso já é uma prova do quanto eu te amo, assinei todos os acordos que você fez, fiz todas as suas vontades e amo você do jeito que você é! Com toda a sua genialidade e particularidades eu te amo e estou aqui não é?

Amy estava ofegante e trêmula, não esperava dizer tudo isso, uma declaração numa hora dessas e ainda mais com essa insegurança repentina de Sheldon. Ele ficou calado olhando Amy nos olhos como se estivesse analisando meticulosamente cada palavra. Então ele disse:

– Não sei como processar isso Amy.

Seu tom de voz era triste e cabisbaixo, mas Amy não notou porque estava tão cansada de dar tanto e não receber nada em troca. Bastava um olhar e um toque e Amy saberia que Sheldon a amava tanto quanto ele, mas a irritação tomou conta dela:

– Não sabe? Sheldon eu disse que te amo e você não consegue entender isso? O que você tem aí dentro, um coração de pedra? Ou melhor, você é um robô sem sentimentos?

Lágrimas brotavam nos olhos de Amy e Sheldon já estava apavorado por vê-la chorar, não sabia como agir, estava tão perdido, mas como explicar a sua intensa complexidade sem magoá-la mais ainda? Só pode dizer enfim:

– Eu sinto muito Amy se estou fazendo-a sofrer, não é minha intenção! Eu te quero bem Amy, não quero vê-la triste! Por favor, não chore! Eu... Eu só queria... Amy... Por favor...

Amy foi saindo para o quarto e de costas disse a Sheldon:

– Amanhã no fim do dia embarco para a viagem de pesquisa de campo que eu te disse, são três meses, você vai ter tempo de sobra para pensar e decidir o que você realmente quer na sua vida Sheldon. Não me espere amanhã, da universidade eu vou direto para o aeroporto, boa noite Sheldon.

– Mas Amy, como assim? Espera não vai ainda... Eu preciso...

E ela bateu a porta, Sheldon estava tão confuso e ao mesmo tempo desesperado, sem Amy por três meses seria terrível! E ela estava magoada com ele e suas atitudes tão estúpidas, ele não podia deixar isso acontecer.

Amy arrumou sua mala de viagem e deixou o resto para arrumar no trabalho, já que a maior parte das coisas que precisaria estavam no laboratório e em seu notebook. Sem conseguir dormir e sabendo que sairia mais cedo e Sheldon não estaria acordado, Amy começou a escrever uma carta para ele.

...

Sheldon, não se preocupe Leonard vai me substituir esses meses em que estiver fora, generosamente ele se ofereceu para o que você precisar. Meu voo sai à noite então talvez não possamos nos despedir, mas apesar de ontem quero que saiba que eu vou sentir muito sua falta, Shelly você é meu mundo! É tudo o que eu mais amo na vida! Pense sobre isso e quando eu voltar nós iremos conversar melhor.

Carinhosamente,

Dra. Amy F. Fowler

Sheldon se revirava na cama sem parar e a angústia foi lhe tomando conta, mas por fim venceu o sono, quando acordou foi correndo para o quarto de Amy e após suas habituais batidas ele percebeu que ela já tinha ido. Foi até a cozinha preparar seu café da manhã e lá uma carta da Amy, o que o fez sorrir o dia todo.

Depois do almoço com Leonard, Howard e Raj, Sheldon seguiu para sua sala e voltou aos seus estudos, nem percebeu que já estava escurecendo e próximo da hora de embarque de Amy, já estava saindo quando Kripke entra e diz a ele:

– E aí Cooper? Aonde vai com tanta pressa?

– Kripke agora não, por favor! Estou com pressa mesmo.

– Ah, eu soube que a sua amada vai viajar, aliás, eu vim aqui te dizer o quanto você é idiota Cooper!

– O quê?

– Isso mesmo Cooper! Idiota! Eu já sei de tudo! Você quase me enganou com aquela história de pegador, mas eu descobri tudo!

– O quê? Não sei do que você tá falando! E com licença eu preciso ir.

– Não Cooper! Você vai ter que me ouvir! Você sabia que sua namoradinha a Dra. Fowler é conhecida lá no laboratório de neurociência como a Dra. Virgem? Pois é, mas aí eu me perguntei, como se ela e o Cooper vivem se pegando? Foi aí que uma colega de lá me disse que você mal toca nela e é um idiota. Cooper, você não sabe o que tá perdendo.

– Minha relação com Amy não é problema de ninguém, não te diz respeito Kripke!

– Você está sendo um babaca com a Dra. Fowler, Cooper! Ela merece coisa melhor!

– Você por um acaso? Ela não é para você Kripke!

– Oh, um tom ameaçador! Estranho vindo de um namorado relapso com uma mulher incrível que acabou de abrir mão de uma bolsa científica maravilhosa na universidade mais importante do mundo, abriu mão de um sonho de vida para ficar ao lado de um namorado que não a valoriza e despreza seus desejos mais profundos...

– Como assim? Amy não me disse nada! Você está mentindo!

– É? Por que você não pergunta para ela então? Só um aviso Cooper, se você a deixar escapar eu juro que eu não vou pensar um segundo antes de ir atrás dela e dar tudo o que ela merece.

Sheldon saiu correndo para o aeroporto, pegou o primeiro táxi que viu e esqueceu todas as suas regras malucas e só pensava em tudo o que Kripke lhe dissera. Amy não faria isso, ela não teria coragem.

Ele entrou correndo no aeroporto, mas chegou tarde demais, o voo de Amy adiantou dez minutos e a essa altura ela já estava a caminho da Grécia. Sheldon sentou no banco da sala de espera e ficou ali sem reação, só veria Amy em três meses, nem por Skype conseguiriam se falar, pois para onde ela iria não tinha internet. As lágrimas queriam aparecer, mas ele segurou mais uma vez, respirou fundo e foi para casa.

Amy tinha esperanças que Sheldon viesse, mas nem um SMS, nem uma ligação, nada... Talvez fosse melhor assim, quando voltasse seria uma longa conversa. Tentou não chorar, mas dessa vez não pode, ainda bem que era um voo particular e ali naquela parte estava só ela, a equipe estava na outra cabine. Então ela chorou por seu Shelly até dormir, sabendo que ele estaria lá em seus lindos sonhos.


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Notas finais do capítulo

Aguardando comentários!!!
:*