Me dê a sua mão... escrita por Princess Passion Fruit


Capítulo 3
Tecnicamente!...


Notas iniciais do capítulo

Me perdoem pela demora, estive rescrevendo o capitulo fofo de hoje!
agradeço a todos os comentários, leitores fantasmas seus lindos, comentem!
agradeço a todos que comentarem, não demora nem 2 minutinhos gente rs!
Pra quem pediu outro capitulo... está aí!
BOA LEITURA!!!!!!



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***

A garota não se sentia muito bem, depois de ler aquela carta sentiu um enjoo terrível, aquilo mexera com seu emocional, a menina correu para o banheiro e esperou que o enjoo passasse, com as lembranças do passado a garota começou a derramar mais lágrimas, elas rolavam rapidamente e incessantemente, ela chorava feito uma criança, depois de alguns minutos parada em frente a pia do banheiro, a garota escutou um chamado de seu pai, a primeira coisa que veio em sua mente foi a festa, a menina "viajara" e acabara esquecendo da festa novamente, o som da voz de seu pai ecoou no banheiro, a garota se apressou para que seu pai não a visse chorando, não gostava de chorar na frente de ninguém, nem mesmo dele. A menina, que ainda estava apoiada na pia do banheiro, abriu a torneira deixando com que a agua caísse em suas mãos, "inundou" seu rosto nas mãos cheias de agua procurando tirar toda a vermelhidão de seu rosto, fechou a torneira e murmurou para si mesma: "Eu consigo!, eu consigo fingir que está bem mesmo não estando, eu sempre fasso isso!". Caminhou até a sala onde seu pai a esperava para uma breve e rápida conversa antes de ir a festa.

...

A menina estava sentada de frente para seu pai, o mesmo parecia estar muito contente, a menina tentou forçar um sorriso falso para que seu pai não estranhasse nada, aquele silencio todo estava alimentando a curiosidade da garota porem seu pai só se pronunciou depois de se aconchegar na poltrona em que estava sentado.

–Bom meu anjo, tenho uma noticia boa para te contar. Ele disse enquanto a garota prestava atenção em cada palavra do pai - fui promovido no meu emprego e por isso eu terei que ficar mais tempo na festa. A menina apenas assentiu, caminhou de volta ao quarto e começou a procurar uma roupa para a ir a festa. Depois de um tempo procurando uma roupa qualquer para vestir, a garota foi para o banheiro, tomou um demorado banho e se vestir, deixou seus cabelos longos e lisos soltos e mandou uma mensagem para sua amiga:

"Estou pronta para ir a festa chata do filho do gerente do meu pai, e só de pensar que terei que ficar com meu pai até o final da festa eu infarto!". Minutos depois a menina respondeu a mensagem enquanto a garota terminava a maquiagem:

"Porque você vai ter que ficar até o final da festa?". A menina se adiantou o máximo para responder a mensagem.

"Meu pai foi promovido no trabalho hoje, e teremos que ficar até o final da festa, vou ter que ir amiga, depois a gente se fala, se eu sobreviver". A resposta veio um pouco mais rápido que a anterior fazendo a menina se assustar ao ouvir o barulho da notificação no celular.

"ah entendi, que pena!, depois se falamos então, DRAMATICA! (é claro que você vai sobreviver, boba!) vê se não se atrasa na segunda-feira, aproveite sua sexta-feira amiga, me conte tudo depois, beijos!"

...

A festa já estava rolando e a menina estava entediada, não conhecia ninguém e por isso não dirigiu a palavra com sequer uma pessoa além do seu pai que estava se divertindo com o dono da festa, a menina levantou-se e caminhou atentamente até o jardim do salão, a única coisa que restou para ela fazer naquela festa foi observar as plantas, fazia um tempo em que ela não observava plantas, caminhou atentamente observando as, quando percebeu já estava no final do jardim onde um casal de namorados se beijavam loucamente, a menina voltou e se sentou em um banco qualquer que tinha no jardim, pensou na carta varias vezes até ser interrompida por um garoto, o mesmo tinha os olhos claros e um cabelo curto e preto, possuía uma pele clara porém não tanto, tinha um belo sorriso no rosto mas mesmo assim a menina não o retribuiu, o garoto sentou ao seu lado no banco do jardim e puxou um assunto:

–oi. Disse o menino abrindo o sorriso novamente

–oi!. Respondeu a garota um pouco seca, não queria estar ali naquela festa, e muito menos estar "conversando" com um estranho, e o menino arqueou as sobrancelhas em sinal de surpresa, não esperava uma resposta tão "bruta" da menina, a mesma percebendo a reação do garoto. -Me perdoe, não estou gostando nem um pouco de ter que ficar aqui parada se fazer nada.

–Entendo, eu também não gostaria nem um pouco de ter que ir na festa de um estranho. O menino retrucou em meio a risadas que logo se ajuntaram as da menina, ambos se olharam por um tempo, eles não se conheciam mas provavelmente seriam bons amigos, isso foi o que a menina pensou já o menino não tinha esse pensamento em mente.

...

A festa tinha acabado para a garota desde o começo dela, mas para seu pai, tinha acabado agora, ambos andaram em direção ao carro, a menina entrou no carro sonolenta, era tarde da noite já, o pai percebendo o sono da garota tentou puxar assunto:

–O que achou da festa meu anjo?. Disse o homem e logo saiu do estacionamento rumo à sua casa.

–Legal!. Mentiu a menina, de legal a festa não tinha nada.

–Eu vi você conversando com um menino. Começou o homem a falar o que fez a menina revirar os olhos, odiava quando seu pai tocava nesses assuntos. -você sabia que ele era o aniversariante?. Continuou o pai da menina fazendo a garota arregalar os olhos. "não acredito que eu disse que estava entediada com aquela festa para ele." pensou a menina culpando-se. "eu sou uma idiota, uma idiota!" pensou novamente a garota que foi interrompida pela segunda vez em um dia, mas dessa vez por seu pai chamando a pelo nome, mandando a mesma entrar pois eles já haviam chegado. A menina entrou e foi direto para seu quarto, vestiu seu pijama e deitou se, o sono parecia que havia passado, mas a dor não. Aquela dor que a atormentava todas as noites, a dor da culpa, a dor da perda, todas as dores, todas!. Ela sempre se culpava por ele ter ido embora. "se eu não tivesse brigado com ele, se eu não tivesse o chamado de tonto por ter quebrado minha boneca, ele não iria embora, ele não se cansaria de mim a ponto de ir para outro pais, ele não teria me deixado" murmurou ela enquanto as lagrimas já desciam, pareciam uma corrente de agua sem fim, elas, as lagrimas, não se cansavam de descer, o rosto da menina se inundava cada vez mais de lagrimas até ela soluçar, a cada soluço ela se livrava de uma dor, e quanto mais soluços mais dores ela descobria, flashbacks começaram a vir, quanto mais ela pensava nele, mais ela chorava. O travesseiro já estava úmido, entre um soluço e outro a garota tentava se acalmar, mas era em vão, o sorriso do menino vinha em sua mente e ela chorava, chorou até cair no sono.

...

A menina acordou com o rosto vermelho, hoje, sábado, a menina planejara ir na casa de sua amiga, mas a chuva arruinou todo seu plano, a menina desceu as escadas e sentiu a ausência de seu pai, avistou de longe um bilhete pendurado na geladeira.

'Bom dia meu amor, desculpe por não estar aí agora,

tive que ir para o trabalho mais cedo, passei no seu

quarto mais não ouvi barulho nenhum, então optei

por deixa-la dormindo, me perdoe por não ter te

avisado antes, chegarei um pouco tarde, tenho

muito serviço hoje, espero que entenda. O filho

do meu gerente quer vê-la novamente, quem

sabe um dia você venha aqui para falar com ele.

Mais tarde a gente se fala.

Beijos, seu pai."

A menina revirou os olhos ao ler o bilhete, achava uma tolice ele ter que ir cedo para o trabalho, e sair tarde demais de lá, a garota colou o bilhete novamente na geladeira e foi tomar seu café da manhã. Depois de comer, a garota se sentou no sofá, ligou seu notebook e abriu no Skype, as únicas pessoas que estavam online era ela e "Tecnicamente eu", a menina não conhecia essa pessoa então resolveu sair do aplicativo, mas um quadrado verde no canto da tela começou a acender, a menina estranhou e clicou em cima, era uma mensagem de "tecnicamente eu", a menina não sabia se respondia ou não a mensagem, prensou seu lábio inferior com seus dentes e leu a mensagem:

"Olá". Dizia a mensagem, a menina ficou confusa, não sabia se respondia ou se ignorava a mensagem, mas não queria aparentar ser mau educada então respondeu:

"Oi". Não demorou muito para a outra pessoa mandar uma segunda mensagem:

"Como em todas as conversas, sempre se pergunta o que a pessoa mais gosta de fazer, essa pergunta vale ok?". A menina soltou um riso e respondeu:

"Comer"

"Bom, tecnicamente falando, eu gosto de ver TV, mas espiritualmente falando eu gosto de estudar e comer, as vezes a tecnologia enjoa". A menina riu novamente, mas ainda se sentia em duvida, não sabia se continuava com essa conversa, não sabia se era um menino eu uma menina, mas resolveu ir adiante com isso, estava gostando de conversar com Tecnicamente eu.

"Percebi que você adora usar a palavra tecnicamente". Respondeu a menina

"Tecnicamente sim, na verdade eu me acostumei com essa palavra, ela é uma palavra viciante, vejo que você falou mais de uma palavra, fiquei surpreendido". O mistério foi desvendado, é um menino.

"Engraçadinho!". Respondeu a menina rindo

"AH! Você acabou com toda a minha graça". A menina não havia entendido o porque de ele ter perdido toda a graça.

"Por que?"

"Você voltou a falar só uma palavra"

"Desculpa"

"De novo só uma palavra!"

"Desculpe-me novamente, eu tenho que ir agora, outra hora a gente se fala novamente"

"Então vai ter uma outra vez?". A menina não deixou de corar, sentiu se envergonhada pela primeira vez por conta de um menino além do que foi embora.

"Tecnicamente". Respondeu a menina.

"Admitindo, conversar com você é tão viciante quanto a palavra tecnicamente". Respondeu o menino que logo depois não estava mais online.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
mereço comentários? (sim) (não)?
TECNICAMENTE O CAP FOI MUIIIITO FOFO?
e vocês?
amaram/odiaram?
COMENTEMMM!!
(até mesmo os leitores fantasminhas)



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