Dreams, Dreams and Dreams escrita por Colin Cassidy Mills


Capítulo 13
A Biblioteca Secreta


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoal...
Sei que querem me matar, mas peço desculpas (milhões) por causa dessa looooonga espera (coloquem longa nisso) por mais um capítulo.
Mas eu tenho um motivo: estava fazendo inúmeras reuniões com minha beta.
A história vai tomar outro rumo: um rumo mais mágico.
Podem esperar muitas surpresas reveladoras e inovadoras para a história.
Espero que gostem e que me desculpem.



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Laís e Daniel ficaram ali, pensando em todas as possibilidades daquilo ser real. Carlos um guardião? Como era possível? E quem seria o quarto guardião? Várias perguntas vieram na mente deles no mesmo momento. Perguntas sem respostas, e quanto mais pensavam mais questionamentos surgiam.

Depois de algum tempo andando um do lado do outro em silêncio, Daniel expõe seu ponto de vista:

— Temos que falar com nossos pais.

— Não, não podemos, temos que guardar segredo, lembra?

— Mas as coisas estão tomando um rumo inesperado, Laís.

— Ainda não, Dan, por favor.

— Dan?

— Seu novo apelido, Dani enjoou, prefiro Dan.— ele riu.

O sinal da escola tocou.

— Vamos?

Ela assentiu.

— Que aula teremos agora?

— Matemática.

***

Quando Laís e Daniel chegaram à sala, ela estava vazia, exceto por Melody, Kainã e Carlos, que estavam sentados em seus lugares esperando os gêmeos. A luminosidade da sala se dava apenas pelas lâmpadas, o tempo estava nublado, por isso, nenhum raio de sol se atrevia a passar diante das nuvens cinza, uma brisa gelada entrava pela janela dançando entre eles.

— Eu posso saber onde meu namorado estava? — Melody se levantou e deu um selinho em Daniel.

— Falando com minha irmã.

— Carlos, você está bem? — perguntou Laís.

— Claro, ainda com dor de cabeça, mas a Mady já me deu um remédio.

Contente, Laís suspirou.

— Não vem ninguém para a aula? — perguntou Kainã.

— Já se passaram cinco minutos desde que bateu o sinal. — falou Carlos consultando seu relógio.

— O professor deve ter faltado e não sabemos, vou lá ver. —Melody saiu e ficaram somente os quatro na sala.

— Kainã, que convite era aquele que você falou no telefone para mim ontem? — Laís questionou, mesmo com tudo o que aconteceu sua curiosidade foi tanta que não a deixou esquecer.

Laís e Daniel se sentaram e Kainã levantou.

— Bom, meus pais estão viajando neste final de semana e casa está vazia, só esta eu e minha irmã...

— Você tem uma irmã? — estupefato Daniel o interrompe.

— Sim... Voltando, e meus pais falaram que se eu quisesse levar uns amigos para não ficar sozinho eu podia, então... Querem passar o final de semana lá em casa?

— Gostei da ideia. — concordou Carlos.

— A Melody já está sabendo? — questionou Laís.

— Já e já confirmou presença.

— Vai ser tipo uma festa do pijama? — Daniel fez uma careta.

— Festa do pijama, um escambau! — Kaiña exclamou ofendido. — Festa do pijama é para menininhas. Não sei você, mas eu sou homem. — Daniel se ofendeu com a insinuação e estava a ponto de retrucar quando o amigo continuou a falar. — Será um “encontro” de amigos.

— Eu gostei da ideia. — falou Carlos.

— O que acham? — Kainã se voltou para Daniel e Laís.

— Vou ver com a mamãe, — concordou Laís — depois nós te ligamos.

— Okay, só não se esqueçam de levar roupa de banho.

— Por quê? — perguntou Daniel.

— Lá em casa tem piscina. — informou o óbvio.

Laís arregalou um pouco os olhos e Daniel sentiu seu pingente esquentar.

Melody apareceu na porta:

— Greve dos professores! Nenhum professor veio hoje, todos estão indo para casa e alguns estão indo para a biblioteca adiantar trabalhos.

Todos ficaram em silêncio.

— E ai? O que vamos fazer? — Melody perguntou mesmo já sabendo o que cada um iria escolher, ela os conhecia muito bem. — Casa ou biblioteca?

“Daniel deixará a decisão na mão dos outros...” Mady pensou.

— Sei lá. — Daniel deu de ombros.

Ela sorriu em contentamento ao acertar, olhou para Daniel que franziu o cenho quando viu seu sorriso.

Mady continuou sua empreitada: “Carlos escolherá a biblioteca...”

— Vamos para a biblioteca, que acham? — Carlos indagou com animação.

Revirando os olhos, lançou a próxima: “Laís vai querer ir para casa para dormir.”

— Qual é, Carlos. Vamos para casa, estou com sono. — “Kaiña vai...” — Faremos o que lá? — continuou Laís. Melody lançou um olhar feio à ela por ter atrapalhado sua brincadeira. — O que foi, Mady?

— Nada não. Dor de cabeça.

— Toma um remédio. — Laís foi solidária com a amiga.

— Já tomei. — mentiu, dando um sorriso amarelo.

— Voltando ao assunto. Nós podemos ler ou adiantar alguns trabalhos. — Carlos interrompeu a conversa.

— Mas não temos trabalhos. — contrapôs Kainã.

— Estudar então... Ah vai gente, por favor. — Carlos praticamente implorava.

— Okay, então vamos todos para a biblioteca. — Daniel deu a palavra final.

Kainã e Carlos seguiram Melody, mas antes que Daniel pudesse segui-los, Laís o impediu segurando seu pulso.

— Vocês não vêm? — Carlos questionou já no umbral da porta.

— Pode ir, tenho que falar a sós com meu irmão.

Carlos assentiu e saiu.

Ela soltou o irmão.

— Fala. — o garoto se virou para ela e colocou suas mãos nos bolsos traseiros da calça.

— Iremos à casa do Kainã?

— Porque não?

— Piscina Dan, piscina, simplesmente isso.

— O que tem? — ele arqueando as sobrancelhas.

Laís pegou o inseparável pingente de Daniel e o segurou para mostrar seu ponto de vista.

— Iss... Ai! — o pingente queimou a mão dela.

— O que foi isso? — os dois indagaram em conjunto.

— Isso nunca tinha acontecido antes. — Laís estava assustada, sua mão ardia levemente.

— Mas você nunca tinha tocado nele antes, tinha? — Daniel estava preocupado com a irmã. — Deixe-me ver sua mão.

— Não, não precisa, Daniel. — ela escondeu sua mão atrás de si. Estava com medo de que ele a machucasse novamente e Dan sabia disso.

— Deixe-me ver, Lais. — ele assumiu um tom de voz sério.

— Está tudo bem, é sério. — ela se colocou a alguns passos dele, a uma distância que julgava segura. — Acho que não podemos tocar no pingente um do outro.

— Isso deve ser coisa da sua cabeça. — Daniel desdenhou.

— Quer tentar? — ela ergueu uma das sobrancelhas em desafio.

Desta vez quem deu um passo para trás foi Daniel.

— Não obrigado. Mas voltando ao assunto, porque não podemos ir à festa?

— Isso, ape... — por reflexo ela ia tocar o pingente dele de novo, entretanto ela recuou a tempo e só fez um gesto apontando para o mesmo. — Apenas isso!

— Laís, não se preocupe nada de mal vai acontecer com isso.

— Dan, não aprendemos ainda a controlar nossos poderes, podemos nos descontrolar a qualquer minuto, você sabe muito bem disso, não podemos correr o risco! — Laís já havia esquecido o incidente com sua mão, ela estava revoltada com a ideia de quase perder seu irmão novamente por conta desses poderes.

— Lah, não se percebeu, mas o Carlos é capaz de ir também. — Dani tentava convencê-la enquanto ela andava de um lado ao outro pelo quarto.

— E daí?

— E daí que poderemos ficar de olho nele, em qualquer pista de poderes ou se ele tem algum pingente como o nosso quem sabe até descobrir que elemento ele controla.

Daniel percebeu que colocou a irmã contra a parede.

— Eu sei que você quer ir... — falou com uma voz manhosa querendo convencê-la de vez. Ela por sua vez fez uma careta.

Laís não sabia o que escolher: ir, espionar Carlos e correr o risco de seus amigos descobrirem o segredo deles, ou não ir e ficar seguros e deixá-los de lado, o que ela com certeza, não queria.

Ela olhou apreensiva para Daniel e mordeu os lábios:

— Teremos de tomar cuidado, muito cuidado... — ela tentou ficar séria, mas não conseguiu conter-se e riu diante do sorriso infantil e alegre que seu gêmeo deu. Pensando bem, isso era normal, Daniel sempre gostou de tudo o que tinha a ver com água.

— Vamos, o pessoal está nos esperando na biblioteca. — Dani seguiu para fora.

— Mas estou com sono, Dan...

***

Laís e Daniel se juntaram aos outros e chegaram à biblioteca. O lugar estava praticamente vazio, havia poucas pessoas lendo ou até mesmo nos corredores procurando livros. A bibliotecária estava em sua mesa, mexendo no computador, parecia estar muito entretida com o que estava fazendo.

— Sobre o que vamos pesquisar? — sussurrou Kainã para todos.

— Sei lá, estudar alguma matéria que temos dificuldade talvez. —Carlos rapidamente respondeu.

Todos assentiram.

Cada um foi para um corredor, apenas os irmãos gêmeos ficaram juntos. Eles seguiram por um corredor de livros antigos e velhos, pelo visto, aqueles livros não eram abertos há muito tempo a julgar pela poeira e pelas teias de aranha, aquele corredor era escuro e o céu nublado não ajudava muito.

Daniel tentava soprar um pouco do pó para tentar ler o nome dos livros em sua lateral, mas a tentativa era em vão. O pó subia e gerava uma onda de tosse entre os dois.

Laís e Daniel andavam cada vez mais fundo na biblioteca da escola, andando por esse mesmo corredor até o fim, onde não havia nada além de uma parede branca, com uma vela presa num castiçal dourado, que apesar dos livros do corredor, estava lustroso e brilhante.

Parece que ninguém nunca tinha o notado, exceto Laís e Daniel.

— O que é isso? — o garoto cutucou o objeto.

— Um castiçal? — Laís lançou um olhar básico de “não é óbvio” a ele.

— Isso eu sei, mas... — Daniel tocou o castiçal com mais firmeza e o puxou, a parede se moveu e levou Laís e Daniel para dentro da parede, Laís gritou, no entanto o som foi abafado pela parede, Daniel estava com os olhos arregalados.

A parede branca foi substituída por um lugar secreto, um lugar iluminado por velas e cheio de livros, havia milhares de prateleiras e estantes cheias de livros de couro marrom. No centro, havia uma enorme mesa com várias pilhas desses livros.

Não havia indícios que alguém esteve ali recentemente. Laís caminhou pelo espaço encantada, enquanto Daniel permanecia paralisado. Ela se aproximou de uma mesa e pegou um dos livros da pilha.

— Cuidado, pode ser perigoso — aflito Daniel cautelosamente se aproximou para parar a irmã, mas Laís o ignorou e abriu o livro, e uma surpresa se revelou.

— As páginas... Estão... Em branco!


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Notas finais do capítulo

Comentem ^^



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