Tulips escrita por Akeno Suzuno


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

Uma idéiazinha tosca que tive a partir de uma imagem vista no google, tanto que a capa de bosta foi pega no Tumblr. A fic está dividida em dois pontos de vista, o primeiro é do Suzuno e a segunda do narrador.E Suzuno é um tanto... sentimental meio depressivo e apaixonado e nerdzinho, gosto dele assim!Espero que gostem, boa leitura!



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Tulipas

Pov's Suzuno

Flores. Flores são... seres tão patéticos e desnecessários, completamente desnecessários. Não há graça nenhuma em ver campos de flores de diversas cores e espécies diferentes, servindo apenas como um enfeite, ou um presente. Pelo menos não para mim.

Não gosto de dar flores e muito menos receber. Não gosto de seu cheiro, ou de suas cores, são tão vivas que me causam nauseas.

Mas... talvez eu até tenha inveja delas. Todos gostam de flores. Em especial, flores vermelhas, pois elas simbolizam a paixão, a cor do amor, a cor de um sentimento que muitas vezes é verdadeiro, quente. Como disse Camões "O amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer". Esse soneto foi feito na época do romantismo, onde as pessoas achavam que o amor era perfeito, na época de inocentes pessoas que não sabiam da verdadeira face desse sentimento chamado amor.

Os namorados dão para as namoradas as benditas flores, como presentes por serem belas, e terem um significado especial, estou certo? Mas, de acordo com a ciência, tudo que nasce, cresce, reproduz e morre. Será que o amor também morrerá, como as flores?

E lá vem a história das flores de novo... por que elas tem de ser tão especiais? Eu não entendo... não consigo gostar delas, principalmente das vermelhas. Vermelhas, como a cor do sangue que flui para as bochechas quando estamos envergonhados, a cor do coração que bate forte quando você se aproxima de quem ama, não é? E como eu sei de tudo isso? Experiência própia.

Mas, onde está o Suzuno Fuusuke frio e desprovido de emoções que todos conhecem? Ele não se encontra no momento. Aqui está apenas o Suzuno Fuusuke sentimental e apaixonado, olhando para a janela observando as gotas de chuva serenas caindo pelo vidro da janela, com a cabeça encostada no mesmo. A típica cena dos filmes de adolescentes escrotos e bregas, no qual eu me encontro neste instante. Hoje é uma data comemorativa que á princípio, não significava nada, mas mudou depois de eu conhecê-lo.

Isso mesmo, "lo", no masculino. Ridículo né? Estar apaixonado por uma pessoa do mesmo sexo, uma pessoa que aparentemente te odeia e faz de tudo para deixá-lo com tanta raiva á ponto de querer esquartejar até o último suspiro, mas que você se derrete todinho quando dá aquele sorriso sincero e completamente puro.

Talvez tenha sido por causa dele que passei a odiar flores vermelhas. Elas me fazem lembrar de seus cabelos, num penteado um tanto exótico, que lembra uma flor. Ele mesmo que você está pensando: Nagumo Haruya.

Esse maldito garoto que é dono de meus pensamentos, e de meu coração.

Recebi inúmeros chocolates de garotas da escola, algumas que eu nem estava ciente da existência, se declarando sem mais nem menos. Tenho uma caixa cheia, que irei doar para a creche depois. Recebi inúmeras declarações, menos de quem eu queria. Aliás, nem o vi na escola hoje. Me senti despedaçado, se quiserem saber.

Mas não adianta lamentar agora, não é!? Já são 19h e eu aqui sentado, olhando o nada, inutilizando minha existência, com uma pontadinha de esperança que uma hora, talvez, ele venha.

§

Pov's Narrador

E mesmo Suzuno quase sem esperanças, a campainha de sua casa toca, o retirando de seus pensamentos, em seu ponto de vista, completamente desnecessários. Estava sozinho em casa, e mesmo com o corpo completamente mole e cansado, ele reuniu suas forças restantes apenas para descer as escadas, abrir a porta e fechá-la no mesmo instante.

Mas, ao abrir a mesma, se depara com quem menos esperava ver naquela hora. Ele, ele estava ali. Na sua frente.

Encharcado, descabelado, sujo e ofegante, mas continuava perfeito, na opinião de Suzuno, é claro. Ele sempre estava perfeito.

– E aí, Gazel...- O mesmo cumprimentou o albino informalmente, ciente do ódio do mesmo por esse tipo de linguagem, com um sorriso provocante desenhado em seus lábios.

– Diga o que quer logo, Burn.- Tentou manter a postura fria, e obteve sucesso.

– Poxa, eu fiquei procurando algo decente para te dar durante a tarde inteira, pensando no que falar quando te encontrasse, sacrifiquei meus estudos e um possível sucesso num emprego bom, para buscar algo para você e me trata desse forma?- Dramático como sempre. Suzuno não conteve um sorriso, mesmo que inperceptível. Esse ruivo conseguia fazê-lo rir com o simples fato de estar presente. Suzuno se sentia como uma garotinha boba e apaixonada.

– Desembuche.- A voz fraquejou por um milésimo de segundo. O que aquele maluco teria buscado para ele? Á ponto de faltar na escola, mas não sacrificando seu estudos pois ele não estudava é nada. Essa perguntava ecoava em sua mente.

E de trás de suas costas, o ruivo tirou e mostrou o que estava em suas mãos, e que se sacrificou tanto para "dar de presente" á Suzuno. Uma flor. Vermelha.

O albino gelou no mesmo instante em que pôs os olhos no seu "presente". Flores vermelhas? Como ele sabia? E era uma tulipa... vermelha como seu cabelo agora todo desgranhado... como o fogo ardente de sua paixão... seus olhinhos azuis escuros começaram á arder. Era o melhor presente que havia ganhado em sua vida. Suas maõzinhas frias e delicadas encostaram-se com as quentes e firmes de Haruya, lhe causando um leve arrepio. Ele olhava a flor, mas agora sem ânsia de nauseas, mas sim, o mais puro sentimento de alegria. Era belíssima, simples e delicada.

Agora ele entendia o verdadeiro significado das flores vermelhas serem dadas de presente no dia dos namorados... espera.. no dia dos namorados?

– Haruya, eu...- Estava sem palavras, não sabia como agradecer. Porém o ruivo apenas sorriu.

– Não precisa dizer nada, apenas fazer.- Agora, os olinhos azuis encaravam o outro completamente confusos. O que ele queria dizer com fazer?

– Haruya, eu não entendi...- Sua voz saiu baixinha.

– Então eu mostrarei.

Sem dizer mais nada, Nagumo aninhou Suzuno em seus braços, e encostou seus lábios nos dele. Um turbilhão de sentimentos tomou conta dos pensamentos de Suzuno. Seus olhos se arregalaram, e seu corpo não se mexia. Resolveu, depois de alguns segundos, que corresponder ao tão esperado ato seria a opção mais cojitável. Se deixou levar pelos lábios quentes e doces de Haruya, e obviamente concedendo á passagem pedida por ele. Suas línguas dançavam em sincronia, porém, tiveram que se separar por causa do ar. Maldito ar.

– Entendeu agora?- Haruya perguntou, com um sorrisinho pervetido, se deliciando ao ver seu albino assentir com a cabeça.- Feliz Dia dos Namorados, amor.

– A...mor?- O menor perguntou, novamente esboçando curiosidade.

– Sim, é nesse dia tão especial, que eu me declaro para você. Só estava esperando o melhor momento para dizer o que sinto. Te amo, meu pequeno albino.

– Haruya... eu... também... te amo. Sempre amei.- Um sorriso puro e verdadeiro surgiu em seus lábios, queria apenas ficar assim, para sempre, perto dele.

E uniram seus lábios novamente, agora com mais desejo. Não era preciso dizer mais nada, e linguagem visual sempre foi muit bem treinada por eles, que entederam um ao outro, antes de se beijarem novamente.

"Quer namorar comigo?" Dizia Haruya.

"Não preciso nem responder, não é?" Responde Fuusuke.

E no fim, a opinião de Suzuno mudou completamente. Flores vermelhas não eram tão desnecessária, afinal.


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? Favoritos? Socos na cara?Espero ter resposta.Kiussus :*