Vidas Cruzadas escrita por Meris


Capítulo 1
Testemunha ou Criminosa?


Notas iniciais do capítulo

Se gostarem comentem.



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Isadora respirou fundo olhando cuidadosamente mais uma vez a sala de interrogatório, depois bufou forte demonstrando sua total falta de vontade de estar pressa ali. Paciência nunca foi um dom ofertado a ela, assim como a precaução, disciplina e otimismo. Há 4 horas estava sentada naquela escura, gélida e sombria sala sendo observada a todo o momento. Com facilidade estampava sua melhor cara de bunda, enquanto os mais diversos tipos de policiais se revezavam tentando arrancar dela a única lembrança na qual a mesma fazia questão de esquecer por completo. Levaria está lembrança para o túmulo se fosse preciso, talvez não demorasse tanto para este fato ocorrer, porém ela realmente não se importava muito, pois de algum modo obscuro acostumara-se com a presença quase contínua da morte circundando a sua vida.

Do lado de fora dali o dia começava a nascer sem pressa, mas lá dentro o começo da primavera parecia ser algo impossível, pois o frio e cansativo inverno parecia se apossar de tudo e de todos. O velho, alto e forte policial no qual á havia prendido no instante no qual ela saiu do prédio, continuava impaciente sentado na única outra cadeira livre do local, ele parecia extremamente disposto a encerar logo tudo aquilo para poder ir descansar em casa. Ela revirou os olhos entediada, sabia que estaria já á horas mofando dentro de uma cela imunda daquela delegacia, caso essa decisão dependesse apenas do homem sentado na sua frente. Entretanto faltavam provas, eles ainda não haviam encontrado provas e não podiam a manter ali por muito mais tempo só por ter gritado no momento no qual a algemavam e empurravam para dentro da viatura policial.

_Senhorita não tem mais nada á acrescentar para o prosseguimento desta investigação? – Perguntou o policial apoiando as duas mãos fechadas sobre a tampa da mesa e se inclinando na direção dela, após levantar fazendo muito barulho. Ele a encarava de um modo intimidador, mas toda postura e o tom de voz autoritário não há assustavam em nada. Isadora conhecia bem os procedimentos policiais para ser pega desprevenida, também se acostumará com olhares julgativos e feições severas.

_Não – Respondeu ela curta e firme. Desce o começo evitará detalhes, frases longas ou descrições minuciosas, pois não podia de forma alguma cair em contradição e ser pega mentindo, havia aquentado muitas perguntas para jogar tudo para os ares no final. Não excitou em mentir em nenhuma das vezes, nem deixou a voz trêmula, pois a vida de Bruno estava em jogo e ela não poderia se dar ao luxo de perder outra pessoa amada. Afinal se o perdesse não restaria mais ninguém.

– Flashback On: Aproximadamente 6 horas antes –

As ruas desertas aos arredores da abandonada ferroviária não eram nem um pouco convidativas ou aconchegantes para um passeio, o vento batendo nos vãos vazios das construções sussurravam: PERIGO. Uma camada alta de névoa preenchia por completo todos os lados, impossibilitando qualquer um de ver mais do que 5 palmos a frente, entretanto Isadora conseguiria se locomover por ali de olhos fechados se fosse preciso. Apesar de ser estranho ela conseguia se sentir em casa, estava mais segura ali do que trancada em seu apartamento, afinal ali conhecia a todos e todos a conheciam e sabia como lidar com cada um dos maus elementos do local.

Nunca é bom depender da sorte, por isso ela caminhava a passos largos, praticamente correndo. Como já começará a primavera o frio já não era mais tão intenso, entretanto estava frio o suficiente para fazê-la se arrepender por estar usando apenas um cardigã. Para piorar o frio aumentava consideravelmente a medida na qual se aproximava o “escritório” de Bruno.

_O que você está fazendo aqui? – Perguntou Matheus surgindo do nevoeiro e praticamente a matando de susto. Os dois não se davam bem, o jeito sorrateiro e misterioso dele de ser sempre a deixava em alerta, já o modo inconsequente dela simplesmente o tirava do sério, sendo assim ambos aprenderam a sempre manter uma distância segura um do outro.

_Cadê o Bruno? – Respondeu ela séria com outra pergunta, enquanto dava um passo para atrás, fazendo surgir uma distância considerável entre os dois.

Qualquer mulher com a capacidade de não morrer de medo das diversas tatuagens espalhadas pelo corpo dele, do sorriso perigosamente sedutor e toda aquela áurea misteriosa ao redor de Matheus, seria capaz de considerá-lo um tanto quanto sedutor e atraente. Careca, alto, ombros largos, olhos verdes, mãos grandes e uma face com traços brutos, em resumo: um enigmático pecado ambulante. Porém ele sempre fora do tipo de enigma no qual Isadora nunca pensará em desvendar.

_Já o procurando? Não cansa de sempre vim atrás? Ele nem precisa te chamar, para você vir correndo. – Disse Matheus enquanto andava pausadamente ao redor dela, como uma serpente preste a estrangular sua pressa.

_Onde ele está?

_Você é tão sem sal, tão purinha, ingênua, sem graça, indefesa e virgenzinha que dá até vontade de tirar um pedaço! – Afirmou ele com um tom de voz rouco enquanto tocava levemente em alguns fios loiros cabelo dela. – Você merece muito mais do que as migalhas dele. Você merece um homem só seu por inteiro. Alguém muito melhor.

As últimas palavras dele a fizeram soltar um alto sorriso debochado antes de dar um passo para longe dele, odiava ser tocada sem autorização. Ela se virou e continuo o afrontando com um sorriso sínico, o deixando furioso. Matheus e seu jeito explosivo de sempre.

_ Alguém muito melhor? Alguém como quem? Alguém como você? Você não pode estar falando sério!

_Existem muitas opções melhores do que eu ou ele – Matheus deu um passo para frente, diminuindo de novo a distância entre os dois. Isadora manteve-se firme o encarando, não iria demonstrar fraqueza naquele momento, não o daria motivo para zombar dela. Encaravam-se o mais friamente possível. Na opinião dela, ele era sem sombra de dúvidas um dos seres humanos mais insuportáveis no qual teve o desprazer de conhecer. – Quando ele cair você cai junto, não se deixe levar tão facilmente para o fundo do poço. Afaste-se o mais rápido possível, será melhor para todos nós, inclusive para ele! Bruno está no escritório do segundo andar a sua espera.

Antes mesmo de ela poder compreender todas as frases Matheus começou a andar há passos largos em direção ao velho prédio Goethe, ela então o seguiu mantendo uma distância segura entre os dois. O abandonado edifício Goethe, onde Bruno os esperava, já tivera seus dias de glória e durante anos foi um dos prédios mais importantes de toda cidade. Os ambientes esbanjavam requinte e sofisticação, assim como as pessoas que por ali circulavam diariamente. Com o fim da 2º Guerra Mundial em 45 a abertura de um novo centro empresarial do outro lado da cidade tornou aquele lugar um perigoso mausoléu com as péssimas lembranças do tempo áureo da cidade na época da ditadura nazista. Todos moradores da cidade evitavam aquela região o máximo possível, até mesmo alguns bandidos não gostavam de ficar ali depois do anoitecer. Ao passarem pelas abertas e destruídas portas de vidro da entrada a mesma já se colocou imediatamente em alerta.

Qualquer um em plena consciência e com pelo menos dois neurônios funcionando nunca entraria no velho prédio sozinho ou desarmado, afinal ninguém tem tanta coragem ao cometer suicídio. Viciados, criminosos, moradores de rua e todo tipo de péssima companhia para uma missa de domingo se espalhavam por todos os cantos. Os drogados e loucos gritavam e corriam como se algo os perseguisse, mas por ali a morte caminhava calma e colhia sem pressa as almas. Ao começarem a subir as escadas, firmes de granito, os olhos dela se cravaram na jaqueta de couro de Matheus, Isadora sempre se recusava a encarar o mundo ao seu redor. Os pés dela subiam automaticamente os degraus, todavia apesar dos esforços o nariz dela continuava a cheirar todo cheiro de calefação presente por todos os lados.

Alguns anos antes quando estivera ali pela primeira vez, Pedro havia a levado no colo e a obrigado a fechar as narinas e os olhos, como de costume a protegendo a todo instante. Naquele dia o nariz dela só havia conseguido absorver o cheiro do perfume amadeirado dele, os ouvidos apenas a doce canção saindo dos lábios dele. Os anos tinham passado e agora ela não tinha mais seu porto seguro, aos poucos aprendia a se virar sozinha. Bruno não era igual o Pedro, nunca nenhum homem seria igual ao Pedro.

_Você tem de ir embora – Ordenou Matheus após se virar subitamente e quase a matar de susto, as mãos dele se fecharam firmes nos braços dela. Isadora de imediato o encarou surpresa com os olhos bem abertos e espantados. – Volta para casa.

_Tire essas suas mãos de cima de mim – Mandou Isadora o olhando de um jeito furioso ao sentir um calafrio indesejável percorrer toda sua medula espinhal por conta do frio toque dele.

_Para de ser criança e me ouça uma única vez. Eu estou arriscando minha vida para tentar salvar a sua! Prometi ao Pedro te proteger e vou pagar minha dívida – Sussurrou Matheus após se inclinar na direção dela, estavam apenas alguns degraus do fim da escadaria – Você precisa estar longe daqui o mais rápido possível. Fica com a chave da minha moto e suma daqui.

Ela apenas o encarou totalmente perdida, enquanto sem relutar ele colocava um amontoado de chaves no bolso da frente da calça dela. Quando Isadora ia abrir a boca e exigir uma explicação, a voz autoritária de Bruno chegou até seus ouvidos e junto com Matheus ela virou sua cabeça rapidamente para esquerda. Ele soltou de imediato os braços dela e subiu alguns degraus se afastando, ao notar o olhar assustador de Bruno sobre eles.

_Algum problema está ocorrendo aqui? – Perguntou Bruno após assustá-los com sua presença, enquanto mantinha as suas feições fechadas.

_Não, nenhum – Respondeu Isadora rápido salvando Matheus sem saber muito bem o porquê de estar o protegendo, e logo depois subiu as escadas diminuindo a distancia entre o corpo frio dela e os braços quentes de Bruno.

Logo os braços de Bruno já haviam envolvido todo o corpo dela com a força de um enorme desejo reprimido a dias, ela manteve as testas e as mãos pressionadas contra o tecido que cobria o acolhedor peitoral dele, conseguia sentir os definidos músculos dele apesar do grosso moletom do mesmo. Um arrepio gostoso percorreu todo o ser dela, ao sentir a respiração dele batendo quente na dobra de seu pescoço, após o mesmo enterrar o rosto nos cachos loiros do cabelo dela.

_Vem para dentro, você deve estar com frio – Disse Bruno após entrelaçar suas mãos na dela e começar a guiá-la para dentro de seu “escritório”. Antes de sair ela olhou rapidamente para onde Matheus deveria estar parado, mas o mesmo não se encontrava mais por ali – Não sei como suportei tanto tempo longe de você.

Isadora sorriu involuntariamente, afinal como ignorar uma frase daquelas vindas do homem amado? Ele já havia apreendido a roubar todo oxigênio dela com muita facilidade. As últimas palavras saídas da boca dele á entorpeceram por completo, a partir daquele instante não existia mais nada a não serem as carinhosas palavras de Bruno, nada mais merecia um segundo da atenção dela a não ser ele. Os olhos dela acham totalmente inútil olhar para algo que não fosse os lábios vermelhos dele, sem perceber a boca dela salivava de desejo. Precisa ser beijada, necessitava apenas sentir a pressão dos lábios dele sobre os dela depois de tanto tempo afastados. Era totalmente incompreensível para ela como suas pernas conseguiam não derreter-se por completo, por conta do calor emanando do corpo dele.

As mãos dele apenas soltaram as dela quando os dois já estavam sozinhos no “escritório”. O mundo de Bruno de novo já havia conseguido a sugar por completo quando os lábios dele pousaram macios sobre os dela, acabando com toda aquela tortura. Todo o interior dela explodia de alegria ao sentir os braços fortes dele se fecharem ao redor de sua cintura enquanto se beijavam. Ele como de costume a apertava com força a impossibilitando de fugir dali, essa atitude dele a fazia sempre rir internamente, pois Isadora era incapaz de pensar em um motivo plausível para querer se manter longe daquele homem, do seu homem. Ele parecia depender dela para ser feliz e ela amava esse fato, pois também precisava dele para ser feliz e não conseguiria imaginar um dia de seu futuro sem ele por perto. O ter 100% entregue a fazia sentir-se muito mais confiante e assim fazendo todas as inseguranças evaporarem.

_Para sempre só minha! – Afirmou ele depois de afastar por um breve segundo os lábios dos dois. Isadora nunca entendia o medo no qual ele tinha em perdê-la a qualquer instante. Desde a morte de Pedro a quase 4 anos antes, Bruno parecia ter tomado para si a obrigação de protegê-la, uma proteção muito bem paga.

Isadora nunca se considerou a garota mais feia do mundo, mas sabia estar longe de ser a mais desejada da festa, entretanto sabia do seu potencial para chamar atenção de um homem, mas nunca seria capaz de compreender os motivos nos quais levaram Bruna a desejá-la tanto. Ela sentia que deveria ser ela a possessiva, paranoica, ciumenta, grudenta e não o contrário, afinal se achava incapaz de um dia ser capaz de ter outro homem como ele. A medida na qual a língua dele adentrava na boca dela todas aquelas inseguranças eram empurradas para o fundo da mente da mesma.

A mão dele puxou a com desejo para mais perto, apertando ainda mais a lateral da cintura dela, antes de começar a passear por cada pedaço com corpo dela. O beijo foi ficando cada vez mais furioso a medida na qual passavam mais tempo sozinhos naquele escritório. As mãos dele apertaram com desejo as nádegas dela a dando impulsão para conseguir entrelaçar as pernas na cintura dele, ainda a beijando com a mesma necessidade ele a colocou sobre sua mesa, então começou a sugar, morder, lamber e beijar toda extensão do pescoço da mesma. Ela revirou os olhos, jogou a cabeça para trás e por conta de todo prazer no qual Bruna estava a dando mordeu os lábios para evitar gemer alto. Isadora fechou suas duas mãos com força na lateral da blusa dele, antes de puxar seu corpo para perto o dele e começar a roçar suas partes intimas por cima do tecido o enlouquecendo, não demorou muito para conseguir sentir a ereção dele por debaixo da calça jeans preta. Ele apoiou as mãos na tampa da mesa ao lado do corpo dela para permitir que ela pudesse continuar o provocar roçando para cima e para baixo o corpo contra o dele. A cabeça da mesma se inclinava cada vez mais para trás tentando encontrar um pouco mais de oxigênio, mas isso só o fazia descer ainda mais aquela deliciosa tortura em direção aos seios dela. Já havia mordido tanto a boca, para evitar que o prazer dos dois ecoasse pelo ambiente, que conseguia sentir o gosto de sua carne contra seus dentes, mas nem se fosse preciso morrer ali mesmo ela não estava disposta a pedir para o mesmo parar com toda aquela magia, pois momentos como aquele era difíceis de ocorrer.

Antes de ela poder começar a tirar a camisa dele, a única porta do local se abriu com força batendo contra a parede e fazendo os dois quase morrerem de susto por causa do enorme barulho. Bruno por reflexo se virou imediatamente e colocou seu corpo na frente do dela á cobrindo por inteira, já estava com a mão na altura da cintura onde deixava sua arma quando viu seus capangas parados na porta. Isadora respirou fundo depois do enorme susto, sentia seu coração prestes a explodir, mas mesmo assim sentiu-se aliviada por não ser a polícia ou qualquer coisa pior.

_QUE PORRA É ESSA? ESTÃO CADA UM QUERENDO MORRER COM UM TIRO NA CABEÇA? – Berrou Bruno furioso de ser novamente interrompido em um momento como aquele – Já falei para não ser interrompido quando recebo visitas.

Isadora achava se incapaz de compreender aquele Bruno, aquele não era o seu Bruno. Desse Bruno furioso, frio, capaz de mandar em homens enormes com fichas polícias gigantescas e armados, esse homem ela não amava ou conhecia por isso como por impulso retirou suas mãos dele. A forma destemida dele de se impor aos perigos á deixava sempre mais amedrontada do que segura, pois tinha medo do modo dele de agir quando precisava ser o chefe.

_Encontramos o infiltrado, o responsável por estar mantendo contato com os tiras! – Afirmou um enorme homem careca e gordo, com algumas tatuagens da cara antes de jogar o corpo todo machucado de Matheus nos pés de Bruno.

Isadora começou a sentir suas mãos tremerem enquanto analisava o rosto todo transfigurado e ensanguentado de Matheus sendo pressionado contra o chão por outro homem, ele parecia não ter nem mais forças para implorar misericórdia. Há alguns minutos antes Matheus estava firme discutindo com ela como sempre e naquele instante estava indefeso, sem forças, todo machucado. Como alguém podia ser capaz de destruir tão facilmente um homem forte como aquele? Ao encarar Matheus com as mãos na boca ela concluiu que não seria preciso muitos socos de uns dos capangas do Bruno para poder matá-la.

_Como vocês podem ter certeza disso? – Perguntou Bruno ainda com a mão sobre seu revolver.

_Paloma foi a casa dele e encontrou isso escondido – Disse o mesmo homem assustador mostrando uma identificação policial na qual trazia o antigo rosto de Matheus – E o Andrew o ouviu negociando com os tiras. Devia estar tramando algo, mas nós evitamos o pior.

_Bruno, tira a Isadora daqui – Pediu Matheus com suas últimas forças, nem conseguindo ao menos erguer a própria cabeça, aquela cena fez o estômago da mesma embrulhar, afinal o que ela podia fazer? Não, não podia de modo algum o desautorizá-lo na frente de seus subordinados, mas não podia deixar Matheus morrer ali na sua frente sem nem ao mesmo poder se explicar.

_Cala a boca – Mandou Bruno antes de chutar de se aproximar apenas para pisar com a sola de seu sapato na bochecha dele.

_Bruno, por favor, não – Implorou dela sentindo o ar faltar, pois sabia exatamente o fim no qual levava os traidores. Isadora queria fechar os olhos e sumir dali, todavia sabia: não iria esquecer de modo nenhum aquela cena.

_Tira ela daqui, Fred – Ordenou ele ao enorme brutamonte no qual havia jogado Matheus como um saco de batata para dentro da sala. Fred se aproximou da mesma sentada imóvel sobre o tampo da mesa.

_Bruno, matar ele é como fazer a morte do Pedro ser em vão. Bruno, não faça isso, você não é um assassino – Implorou Isadora enquanto era arrastada a força para fora do recinto.

Uns 7 homens juntos com Bruno fizeram um circulo ao redor do corpo estendido de Matheus, apontando suas armas para o mesmo. Isadora se debatia tentando se livrar de Fred enquanto gritava em vão para eles o perdoarem, então antes da porta ser fechada novamente a última imagem na qual ela viu foi à da arma a dar o primeiro disparo contra o corpo já praticamente sem vida de Matheus.

_NÃO – Berrou ela um minuto antes da porta se fechar completamente, seu corpo cedeu e Fred a pegou no colo a arrastando para fora do prédio.

– Flashback Off: Aproximadamente 6 horas antes –

_Então me diga por que você começou a gritar no momento no qual foi pressa junto com seu amigo? – Perguntou o policial novamente mostrando totalmente indisposto em continuar com aquele interrogatório.

_Primeiro não conheço aquele homem, segundo não sabia que era crime gritar quando se é algemada – Respondeu ela extremamente sínica.

_Senhorita Galvão, eu não sei o quão envolvida você está envolvida com essa gangue, mas por via das dúvidas você acaba de entrar para o programa de proteção a testemunhas! – Afirmou o policial com a mão na fechadura.

_Não, não quero ninguém me seguindo. Estou muito segura e dispenso – Disse ela furiosa se levantando. Virar uma testemunha iria só atrapalhar ainda mais todo seu relacionamento.

_Ou você é a testemunha ou a criminosa, melhor receber proteção do que ser pressa com a ficha criminal limpa – Disse o policial antes de se fechar a porta a deixando sozinha.


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