The Beautiful Name escrita por xxxkh-y


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

a idéia me surgiu na madrugada, ficou bem simples, mas foi feita com amor -rs



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Earth of silence
Terra do silêncio
Confused universe
Universo confuso

  Confesso que há muito tempo não me sentia tão sozinho.

  Desde que era menor, sempre fui cercado de pessoas. Familiares, amigos, pessoas que admiravam algo em mim, porém, vez ou outra ficava sozinho; naquela época era bom, eu podia ter o que eu chamava de liberdade.

  Hoje não é assim tão confortável.

  Quando ele saiu por essa porta hoje mais cedo, dizendo que não dava mais, nunca mais. Eu senti algo morrendo por dentro, sendo arrancado sem dó ou piedade. Sentei-me nesse sofá e me pus a chorar. Tenso demais pra falar, orgulhoso demais pra me desculpar. A culpa não era de total minha, era? Ele sempre fora tão ciumento... Mas fazer ciúmes em mim era algo que ele adorava.

  Precisava falar com alguém que eu confiasse. Pensei em Nao. Sempre tão decidido, sempre tão direto, que sabia ouvir e ajudar. Mas provavelmente ele estivesse ajudando o outro, e não haveria como ajudar a mim. Tora certamente devia estar com Saga por ai, fazendo qualquer coisa X.

  E pra quem eu ia contar, desabafar, aquelas coisas todas que me massacravam?

  Ignorei totalmente o fato de saber que Saga estaria junto de Tora. E disquei o número do seu celular. Amigos têm que ouvir quando outros precisam não é? Mesmo que eu atrapalhasse algo... Mas talvez não devesse realmente li-

  - S-shou? – ele deu uma breve pausa para continuar a frase - Você sabe que horas são? - É claro que não sabia, perdi completamente a noção do tempo espaço naquele sofá.

  - Sei mas.. Saga me desculpa ligar agora eu.. atrapalhei algo.

  - N-Não claroo que não – Eu não perguntei Saga, eu afirmei, e é claro que eu atrapalhei olhe sua voz.

  - Ah.. – ótimo e ainda tive que fingir que acreditei, porque será que eles não se assumem de uma vez. – Saga eu..

  - Diz logo Shou – ah claro esqueci que você vai voltar pra cama/mesa/sofá com o Tora, desculpe.

  - Eu.. – pus-me a explicar resumidamente o que havia acontecido. Sobre o surto de ciúmes no restaurante, e sobre como ele “vomitou” tudo o que eu fiz de errado na minha cara logo que chegamos em casa, sem olhar uma vez se quer pros próprios erros.

  - Shou, vá conversar com ele. Aposto que deve estar chorando e sofrendo em algum canto..

  - Eu não fiz nada demais Saga, por que tenho que ficar correndo atrás dele? – falei deixando transparecer a raivinha crescendo em mim.

  - Por que você tem que ser tão orgulhoso?      shhh – ok eu o ouvi fazendo shhh pro Tora, o que me deu ainda mais raiva

  - Será que dá pra parar de ‘acobertar’ o que ele faz? – dei ênfase no acobertar, é claro.

  - Não é acobertar Kohara, quando é que você vai entender que vocês se amam e que não sabem fazer nada sem a gente ter que dar um empurrãozinho? Vocês são tão orgulhosos! Se nós não ajudamos vocês, vocês morrem um sem o outro, mas não reatam. – eu tinha que admitir pra mim que ele tinha toda razão. Mas eu não queria ter que admitir pra ele, estava irritado demais.

  - A é? E falar de nós é muito fácil, enquanto você e o Tora ficam por ai se agarrando as escuras, como se ninguém soubesse o que vocês fazem entre quatro paredes, no estúdio, na casa ou em qualquer lugar. Então vou te fazer um favor, desligar esse telefone, pra você poder voltar pra cama ou o diabo a quatro com ele o que acha? BOA NOITE.

  Ótimo, acho que falei demais também, precisava lembrar-me de pedir desculpas pro Saga. Maldito, por que ele sempre tem razão? Levantei-me do sofá, praguejando toda a vida futura que Saga venha a ter, sabendo que ia ter que me desculpar por isso também. Peguei a chave do carro em cima do balcão e vesti um casaco. Estava indo ao encontro de Hiroto.

 

 Graced the beautiful name
Abençoado, o belo nome

  Dirigindo pra algum lugar, liguei pra Nao, pra ver se o mesmo sabia onde o Pon poderia estar. Ele me disse que Hiroto havia acabado de sair de lá, e que estava indo pra casa.

  Parado no sinal; passei a pensar em como pediria desculpas, ou começaria a nossa conversa. Talvez eu devesse chegar e abraçá-lo, ou talvez eu devesse simplesmente ajoelhar e algo cafona do tipo.

  Quando dei por mim estava com o carro já estacionado na frente do prédio do Pon. Desci do carro, com o coração na garganta, eu cambaleava e muitas coisas passavam na minha cabeça. Foi quando o medo me atingiu, o medo de perdê-lo pra sempre.

  Apertei 13 que era o andar dele. Meu número favorito, meu número da sorte. era o número da placa do meu carro, o dia em que vi Hiroto pela primeira vez... O elevador logo se abriu, e eu me dirigi a porta do apartamento que eu conhecia muito bem. Pensei em desistir, mas acabei cedendo.

  Não demorou muito pra que pon abrisse a porta, e quando me viu, fechou-a com a mesma velocidade que abriu.

  - Pon, precisamos conversar – falei me encostando na parede ao lado da porta.

  - Nós não temos nada pra conversar – eu o ouvi falar do outro lado.

  - Claro que temos...

  Hiroto pareceu determinado a não abrir, mesmo eu sentindo sua presença ao outro lado daquela parede fria. Então eu me pus a cantar.

 

(And I sing) buzz love song

(E eu canto) murmúrio da canção de amor

  Ouvi Hiroto abafar o choro, que por mais baixo que fosse, fora o suficiente para eu perceber. Continuei a cantar algo que inventei de última hora

 

Sekai no owari de sagashitetta mono wa
O que eu tenho procurado no fim do Mundo

   Minha pequena canção improvisada falava de amor, e de como pessoas que se amaram, lamentavam a falta um do outro. O que estávamos vivenciando ali. Ou que vivenciaríamos caso ele não desse outra chance.

   Eu ouvi os passos do meu pequeno, calmos, vagarosos, receosos. Por de trás daquela porta negra.

 

Owaranai ashita e no sanka
Foi o hino para um interminável amanhã

  Hiroto abriu a porta, os olhos infinitamente marejados e inchados. Com uma cara de cão sem dono. Ah como eu queria voltar a ser o dono daquele cão.

  Eu estiquei meus braços, convidando-o enquanto cantarolava trechos da minha invenção.

 

Nakushita kakera o mume awasu youni
A fim de se tornar os pedaços que eu tenho perdido.

  Eu não queria perder mais nada, nunca mais. Foi então que percebi o quão tolo eu sempre fui, e como que só pude dar valor pra ele, quando o perdi, mesmo por poucas horas; que me pareceram eternidades. Descobri como não conseguiria nunca mais viver sem aquele vício que era o meu pequeno.

  Ele se aninhou entre meu braços, enquanto eu murmurava um lalala~ ao pé do seu ouvido.

 

Ima koko de kimi no na o yobou.
Eu agora grito seu nome aqui

 

  - Shou eu.. – ele afundou o rosto na curva do meu pescoço.

  - Hiroto não precisa dizer nada – eu segurei o rosto dele pelo queixo, fazendo-o olhar pra mim na altura em que nossos olhares se cruzam. Sorri mentalmente ao ter que abaixar um pouco meu rosto, afinal era 11cm mais alto que Hiroto.

 
Hanaretemo dokoka no kimi e
Mesmo que estejamos separados, para você, que vive em algum lugar

 

- Me perdoe pequeno – olhei no fundo dos olhos do Hiroto, onde pude ver meu próprio reflexo. Acariciei-lhe o rosto, e o vi fechar os olhos com a carícia. Sorri pra mim mesmo, aproximando nossos lábios em um beijo calmo e terno.

E como é que eu sobreviveria sem aqueles doces lábios? Não faço a menor idéia. A verdade é que sem Hiroto nada parecia ter graça. E com pensamentos gentis e amáveis foi que fiz meu pedido mudo, de algo a mais naquele beijo. O qual eu senti que foi realizado, quando Hiroto abriu os lábios dando-me a passagem que queria.

Nada como um doce beijo do ser amado, minha língua explorava toda a extensão da boca do meu pequeno, a tão conhecida boca dele. Era incrível como, não importasse quantas vezes eu o beijasse, eu sempre queria mais. Sem nunca enjoar. Nossas línguas foram se enroscando, cada vez mais desesperadas por um espaço maior, e eu é claro me deliciava com o doce gosto que Hiroto tinha.

 O segurei pela cintura passando as mãos pelas suas costas esguias. Sentindo ele passar seus braços pelo meu pescoço, vezes puxando meus cabelos, vezes arranhando levemente minha nuca. Nossos pulmões pediram ar, e infelizmente não houve como negar isso a eles. Ao romper do beijo, mordi os lábios carnudos que tanto gosto, e ele lambeu os meus. Não pude deixar de sorrir.

 - Aishiteru – sussurrei encostando nossas testas. Eu o vi corar, e sorri novamente, era incrível o que o pon conseguia fazer em mim.

 - Aishiteru zutto Shou – ele me lambeu de novo, e acabei sorrindo novamente.

 - Eu tenho gosto do que pequeno? – vi ele fazer uma careta engraçada, como de quem tenta se lembrar de algo muito importante.

 - Nee Shou-chan – ele disse daquele jeito tão doce, que me conquistou desde a primeira vez que o vi – acho que de chocolate

 - Cuidado enjoar nee pon. – cai na gargalhada ao ver a cara de indignação que ele fez.

 - Não seja bobo Kohara, há vários tipos de chocolate, com vários tipos de outros ingredientes em conjunto. Enjoar é quase impossível.

 - Que bom – fiz uma pausa, fechando os olhos, e reabrindo-os fazendo o olhar mais persuasivo e pervertido que consegui – então o que você acha de provar um pouco mais desse chocolate?

 - Claro, por que não? - ele me deu um beijo terno e sorriu.

 Ele era tão doce, senti o amor pulsando pelas minhas veias e a causa daquele amor todo tinha um nome, um lindo nome¹, Ogata Hiroto.

 

      x         x         x

 

um lindo nome¹ -  em inglês, the beautiful name :3

 


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Notas finais do capítulo

bem é isso... estava pensando em fazer uma continuação hm. mas só se vocês deixarem reviews e ;-; q poxa não mata ninguém, inspira os escritores e prometo responder com amor e



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