Stuck escrita por mrsaquarius


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

― HEEEY!
É a primeira one/song que eu escreve sobre Sirius e Marlene. Na verdade, é a minha primeira one mesmo.
É baseada na música Stuck do Big Time Rush, vou deixar o link no final das notas caso queiram ouvi-la enquanto leem (recomendo).
Espero que gostem, então.
MÚSICA:
https://www.youtube.com/watch?v=s3iMsh5D77g



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STUCK

Há tantas coisas

Que eu nunca digo

Porque eu sempre prendo a língua

Com as palavras no meio do caminho

Depois de muito tempo negando, Sirius desistira. Estava, sim, completamente apaixonado pela sua colega de casa Marlene McKinnon. Não havia um dia em que ele não pegava a si mesmo encarando seus cabelos loiros na sala comunal, ou o seu sorriso perfeito.

Sempre que a via com outro cara, rindo de algo que ele dissera, ou qualquer outra coisa, sentia algo em seu peito e zangava-se com todo mundo.

Às vezes aproximava-se dela à tarde depois de todas as cansativas aulas e pensava em dizer o que sentia. Mas, quando via suas amigas ao seu lado, perdia a coragem de falar um simples “Olá” e as palavras ficavam presas em sua boca.

Se você pudesse ler minha mente

Então todas as suas dúvidas

E cada coisinha

Seria deixada pra trás

E eu iria gritar para o mundo

Eles iriam ver que você é minha garota

Mas eu apenas...

Havia semanas que não dava uma cantada barata para qualquer uma. Havia semanas que não saia com uma única garota. Havia semanas que não conseguia não pensar nela.

Havia tentado uma vez sair com uma garota do sétimo ano da Corvinal, porém, a chamara de Marlene. A garota lhe deu um tapa e saiu furiosa do Três Vassouras. Sirius só se deu o trabalho de passar a mão onde recebera o tapa e suspirar, pensando nela.

Havia dias em que não prestava atenção na aula e olhava Marlene do outro lado da sala, ao lado de sua amiga, Lily Evans, concentrada na matéria. Olhava tão focado para ela como se seus pensamentos fossem invadir sua mente e ela entenderia tudo o que se passava em sua cabeça. Mas ele sabia que isso seria impossível.

Se isso acontecesse, seus problemas estariam resolvidos. Quem sabe, ela aceitasse sair com ele. Quem sabe, suas brigas por motivos banais que aconteciam algumas vezes desde que ele começara a vê-la com outros olhos acabassem. Quem sabe...

Quem sabe ele a pedisse em namoro e ela aceitasse. Ele, sem medo algum, gritaria a todos que ela era sua, e ele era dela. Que eles pertenciam um ao outro.

Mas ele não conseguia confessar seus sentimentos. Era demais. Ele era Sirius Black, não se apegava às garotas. Apesar de Marlene ser especial. Mas ele não conseguia.

Continuo ficando preso, preso

Mas eu nunca desistirei

No meio de um

Dia perfeito

Estou tropeçando

Em palavras para dizer

Porque eu não quero continuar te adivinhando

Mas eu sempre acabo ficando preso, preso

Mas eu nunca desisto

As palavras não saiam. Pensara diversas vezes em convidá-la para um simples passeio à Hogsmeade, mas não conseguia. Estacava no lugar e a garganta ficava seca. Se ficar apaixonado era ficar assim, ele nunca mais queria sentir isso.

Mas ele não desistiria tão fácil e faria jus ao seu nome. Se precisasse, seria tão persistente quanto James Potter era com Lily Evans.

Era um sábado à tarde. Marlene estava com as amigas debaixo de uma árvore, estudando para os N.O.M’ s, provavelmente. O dia era ensolarado, havia poucas nuvens no céu. Enquanto andava naquela direção ― acompanhado por James, que iria soltar mais uma cantada para o “seu” lírio ―, Sirius pensava no que diria. Tinha o discurso pronto em sua mente.

Porém, quando se aproximou, um pensamento horrível veio: “E se ela não sentir nada por mim?”.

Parou no lugar, observando James cantar a ruiva. Ele não tinha medo, pois sabia que receberia um não. Sirius já recebera respostas negativas, mas, agora, era tudo diferente. Ele nunca se sentira assim com uma garota.

Mais uma vez, ele ficou preso em si mesmo. As palavras não saíram e ele apenas observou James levar outro “NÃO” de Lily.

Ele iria dizer o que sentia à Marlene. Ele queria dizer o que sentia.

É a maneira que eu sinto

Quando você está dizendo o que você diz

Você permanece na minha mente

24 horas por dia, 7 dias por semana

Seus pensamentos quando ia dormir toda noite iam para ela. “O que ela estaria pensando? Será que já dormira?”

Pegava-se encarando o Mapa do Maroto apenas para ver o seu nome no dormitório feminino. Já havia zoado James por fazer aquilo com Lily, mas agora ele entendia o amigo.

Quando ouvia sua voz, sorria. Não se imaginava sem aquela voz em sua vida. Quando ela dizia seu nome, apenas para cumprimentá-lo de manhã, sentia o coração acelerar. O singelo “Bom dia, Black” o deixava alegre pelo resto da semana. As discussões que tinham, haviam praticamente acabado.

Escrevera seu nome num pergaminho e encarava-o. Marlene soava tão bonito. Queria chamá-la de Lene, mas ela sempre reclamava quando o fazia.

E se você tiver tempo

Fique por perto, então você vai perceber

Que vale a pena cada minuto que leva

Apenas espere e veja

E eu iria gritar para o mundo

Eles iriam ver que você é minha garota

Mas eu apenas...

Queria sentar um dia ao seu lado e conversar banalidades, como já haviam feito várias vezes antes de Sirius sentir-se apaixonado. Mas ela estava ocupada estudando para as provas que quase nunca a via sozinha no Salão Comunal. E ele sabia que, se fosse numa conversa como qualquer outra, ele não seria tão idiota como fora nas outras. Tinha certeza de que as palavras sairiam perfeitamente e que não se sentiria preso.

Ele seria o melhor cara que Sirius Black poderia ser com uma garota. Talvez ela percebesse o que sentia. Talvez percebesse que era bom ficar ao seu lado, e que sua companhia era, ao menos, agradável.

Então, se tivesse coragem, ele poderia se declarar. Mas não teria coragem, é claro.

Porém, a vontade de gritar ao mundo que eles estavam juntos era tanta que sua insegurança estava sumindo aos poucos. Mas, de uma forma ou de outra, ela voltava sorrateiramente.

Continuo ficando preso, preso

Mas eu nunca desistirei

No meio de um

Dia perfeito

Estou tropeçando

Em palavras para dizer

Porque eu não quero continuar te adivinhando

Mas eu sempre acabo ficando preso, preso

Mas eu nunca desisto

Sentia raiva de si mesmo por ser tão idiota. Os seus amigos já estavam achando estranho seu comportamento e Remus havia sugerido que havia uma garota em especial envolvida nisso tudo.

Sirius olhara para ele com as sobrancelhas levantadas. Remus apenas dera de ombros, Sirius suspirou disfarçadamente. Não queria que soubessem o que sentia, não antes de ele conseguir contar a ela.

E ele via uma grande necessidade em Marlene saber que seu coração acelerava quando ouvia sua risada e via seu rosto.

Eu acabei com as chances

Desperdiçaram

Me diga que não é tarde demais

Somente o nervosismo

Que me mantém preso

Sentiu seu coração ser esmagado contra o peito quando a viu, aos beijos, com um garoto da Lufa-Lufa, o qual não sabia o nome.

E se estivessem namorando”? Fechou os olhos e passou pelos dois, fazendo um comentário irônico, o qual fez Marlene olhá-lo com raiva. Mas Sirius não percebeu isso, pois já estava longe o suficiente daquela cena.

Queria que alguém lhe dissesse que o que vira fora apenas um sonho. Que não havia desperdiçado suas chances de ser ele a beijando naquele corredor quase vazio.

Amaldiçoou-se pelo nervosismo. Aquilo não era sua característica. Aquilo não era coisa de Sirius Black. Ele sentia-se no corpo de outra pessoa, pois aqueles sentimentos eram muito novos para ele.

Continuo ficando preso, preso

Mas eu nunca desistirei

No meio de um

Dia perfeito

Estou tropeçando

Em palavras para dizer

Porque eu não quero continuar te adivinhando

Mas eu sempre acabo ficando preso, preso

Mas eu nunca desisto

Queria se jogar da Torre de Astronomia para que aquilo acabasse. Claro, sabia que no fundo ele apenas iria se dar mal e, mais no fundo ainda, tinha certeza de que a única solução para aquilo tudo seria tê-la em seus braços. Tê-la para si. Seria gritar a todos que nunca se sentira tão feliz.

Por que ele sabia que, com ela, estaria sempre feliz.

Não iria desistir. Estava destinado. Precisava apenas de tempo para se soltar, por que sabia que, se não pensasse direito, continuaria preso naqueles sentimentos e pensamentos. Teria de parar de pensar o que ela achava em relação a ele, ou não conseguiria. Tinha de parar de querer adivinhá-la.

Porque eu não quero continuar te adivinhando

Mas eu sempre acabo ficando preso, preso

Mas eu nunca desisto

Sirius não sabia quando exatamente começara a pensar tanto em Marlene, nem quando se dera conta de que sentia algo por ela, só sabia que, de uma hora para outra, teve de admitir isso para si mesmo.

Então, depois de mais algum tempo tomando coragem para soltar-se e gritar seus sentimentos a ela, foi a sua procura.

Sabia que dessa vez não ficaria preso ― ou ao menos tinha esperança disso, pois agora estava entendendo-se com seu corpo e sentimentos. Sabia que, qual fosse a resposta de Marlene, ele se sentiria melhor. Sabia desde o começo que devia contar isso a ela, mas agora se dera conta de que isso faria bem a ele. Mesmo que ela não acreditasse.

Encontrou-a na biblioteca, depois de muito tempo procurando. Andou vagarosamente em direção aos cabelos louros no final de uma prateleira. Procurava algum livro e tinha uma expressão pensativa no rosto.

Sirius chegou ao seu lado. Ela não o notou, estando agora concentrada em tentar alcançar um livro sobre transfiguração, esquecendo-se que poderia usar sua varinha. O garoto, ligeiramente mais algo, esticou o braço e o pegou, fazendo com que Marlene o notasse. Sorrindo agradecida, ela pegou o livro. Já estava indo para outro lugar, quando Sirius segurou sua mão.

― Podemos conversar? ― Perguntou, hesitante. ― Tenho algo importante a falar.

― Claro, Sirius ― ele sorriu à menção de seu nome. Ela quase sempre o chamava de Black. ― Sobre o que?

Ele sabia que iria travar caso demorasse mais, então, sem enrolação, e depois de um longo suspiro, encarou-a nos olhos.

― Eu estou completamente apaixonado por você ― antes que ela pudesse ter qualquer reação, fechou os olhos e continuou: ― Eu estou me sentindo assim há muito tempo. Tanto que nem sei como isso aconteceu. Eu queria te contar isso, mas eu me senti preso e nunca conseguia. Agora, independentemente do que você irá me dizer, eu estou contando. Me sinto até um pouco idiota ― parou por um segundo e abriu os olhos, focando o olhar nos lábios de Marlene. ― Talvez você não acredite em mim, diga que sou um galinha, idiota e egocêntrico. Mas eu estou te contando isso de todo o meu coração.

― Sirius, eu...

― Eu não consigo olhar para o seu cabelo, sem imaginar como é tocá-lo, não consigo olhar seus olhos sem sentir meu coração acelerar, não consigo olhar em seus lábios sem pensar como seria beijá-los, não consigo... Não consigo ficar longe de você. Eu preciso de você, Marlene McKinnon.

Finalmente encarou seus olhos. Estavam arregalados. Sirius se surpreendeu quando Marlene sorriu abertamente, deixando o livro cair no chão.

― Eu acredito em você, Sirius. Você nunca conseguiria dizer algo assim se estivesse mentindo ― ela disse, balançando a cabeça positivamente. ― E achei que você nunca fosse me dizer isso.

Então, para deixar Sirius ainda mais surpreso, ela tascou-lhe um longo beijo. Aturdido e ao mesmo tempo completamente feliz, retribuiu, sentindo-se a pessoa mais feliz do mundo naquele momento.

Um momento que ele queria que durasse para sempre.

Pois ele enfim havia se soltado.


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Notas finais do capítulo

― E então? Gostaram? Espero que sim hfjfdf
Eu amo comentários, só para constar, sabe ♥
Beijooocas



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