Livro 1: A ULTIMA CARTA escrita por DISCWOLRD


Capítulo 4
Eu o chamo de Dirigível




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OST

Em algum lugar, uma orbe de luz pulsante se forma. A esfera aumenta consideravelmente o seu diâmetro. Ela joga a dupla de loiros para fora, os dois caem no chão em posições acrobáticas. Virar partículas ou alguma forma de energia não é muito divertido, Ezreal e Lux aprenderam isso e vão se manter longe de ruínas secretas com poderes ocultos, pelos menos na parte de Lux. Ela viajou pelo espaço tempo em forma de energia, transportada pela velocidade da luz, suas moléculas se reagruparam no processo até formar sua configuração física conhecida como "menina loira de olhos azuis que nunca saiu de Demacia". Apenas imagine alguém sendo partido em milhares de pedaços e ser reagrupado de uma vez, sua próxima proeza foi dobrar os joelhos e vomitar.

Ezreal não curtiu a viagem, porque sua vida teimava em ficar se desenrolando na frente dos olhos como um filme.— já começava a ficar mais interessante agora, aos 13 anos — Ele desceu sem o menor problema, despencando de galho em galho até cair de cabeça numa pilha de folhas, onde ficou estendido, ofegante e desejando ter sido uma pessoa melhor.Em uma hora, a pessoa está tranqüila em mais um dia perfeitamente normal e entediante. Na outro, está de cabeça para baixo numa árvore.

— Acho que não posso reclamar — considerou Ezreal — Tive uma boa vida. Mais ou menos boa. — Ele hesitou. — Nem tão boa assim. Acho que a maioria das pessoas a acharia terrível. — Ele pensou mais no assunto. — Eu acho — acrescentou, um pouco para si mesmo.

Ele se levantou e sentiuo seu corpo dolorido, ele dobrou os joelhos e vomitou. Lux estava do lado dele, segurando a barriga.

– Nós estamos vivos, seu idiota! Isso foi horrível. – Lux gemeu

Ezreal só conseguiu concordar balançando a cabeça.

– Um favor Ezreal engoliu o gosto horrível na boca –Nunca... Mais....

– Quero ser teleportada novamente – Lux complementou – Nunca!

– Onde estamos? Tem alguma coisa a dizer?

– Eu acho que eu acabei de ver o peixe que comi ontem. - Ezreal se apóia nos joelhos - Eih, o que é isso? Eu não me lembro te ter comido camarão.

Lux se levanta com dificuldade bate a poeira do corpo, e analisa o local.

– Arvores? Uma floresta? Não estamos mais nas ruínas.

As folhas das árvores cintilavam com o vento, e todos os seus ramos pingavam pelo sereno frio da noite passada. Diante deles só se via as hastes das árvores de talhes e formatos incontáveis: direitos ou tortos, sinuosos, acaçapados, espessos ou finos, escorregadiços ou ásperos e com muitos ramos, sendo que todos eram verdes, ou cheios de musgo, ou lodo. Um esquilo pulou se uma árvore em direção a outra, perto dali uma raposa segue seu caminho procurando por comida, na parte superior um pássaro cantou sua canção matinal. Os animais continuavam com os seus afazeres sem dá à mínima para os recém chegados.

– Mais que diabos foi isso? - Ele sentiu uma fisgada na coluna a dor o faz gemer - minhas costas

– Você parece um velho!

– CALE-SE! – Protestou ele

– Você teve o que mereceu!

– Porque você não vai... –Antes que ele pudesse terminar a frase uma nova fisgada o fez dobra contra si

Lux analisou o lugar

– Estamos em um local diferente. Uma floresta!

– É o que parece, você dever ser um gênio –Satirizou ele

– Como eu dizia –Continuou ela sem dá a mínima–Aquela magia deve ser alguma magia de teleporte, e aqui estou no meio do nada ao lado de um tarado

– Eu não sou tarado! Me dê um segundo e eu verei onde estamos. Minhas costas...

– Como você pretende fazer isso? Não temos um mapa aqui

– Quem precisa de um mapa.

Ezreal depois de se recuperar da dor sentou e olhou as árvores. Ele era um explorador e, embora soubesse que existiam várias diferenças entre os muitos tipos de árvore, a única coisa de que tinha certeza era que a extremidade sem folhas se encaixava no chão. Tinha muita vegetação ali, disposta sem nenhuma ordem. O lugar não era varrido havia eras.

Ele tentou se localizar analisando a vegetação. Essas árvores tinham musgo para todo lado — além de galhos velhos e retorcidos. Se essas árvores fossem gente, essas estariam sentadas em cadeiras de balanço.

– Não estamos em Demacia – Disse por fim

Lux se indignou

– Serio? Não me diga! Eu não teria percebido isso, gênio!

– Como eu dizia- Ele cruzou os braços com uma feição orgulhosa de um professor universitário em alguma explicação complicadas sobre planetas e movimentos dos astros - Eu analisei e constatei que estamos mais ao sul de Demacia, mais precisamente, em algum lugar entre Kumungu e Plague jungles.

– O que? Isso fica antes do deserto Shurima e ao lado de Bandle City a cidade dos Yordles.

– Exato! Bem, boa viagem!

Ezreal se dirigiu despreocupadamente para esquerda colocando as duas mãos atrás da cabeça deixando a garota para trás. Lux não acreditou na reação indiferente:

– O que você esta fazendo? Precisamos voltar pra Demacia! - Esbraveja ela

– Olha, eu adorei ser perseguido pelas ruas e ser quase morto. Isso foi sarcasmo. Mas, eu tenho muita coisa o que fazer. Sítios arqueológicos pra visitar, tumbas pra estudar. Tesouros pra recolher. Então, boa sorte na sua volta para casa.

– AH, você vai me levar de volta pra Demacia

– Como você vai fazer isso?

– Do jeito que for necessário!

– Trouxe suprimentos? Equipamentos? Dinheiro?

– Não!

– Mas você sabe pra onde fica o norte?

– É lógico!

– Que ótimo, então, É só seguir pelo norte, atravessar o deserto, subir as montanhas e pronto. Você vai estar em Demacia. Boa sorte!

– Você não me surpreende.

Ezreal parou incrédulo

– O quê?

– Olha, você é um sujeito simples. É só imaginar qual seria a ação mais covarde e egoísta que você escolheria.

– Não é problema meu. Eu não trouxe agente para cá. Não fui eu que saí perseguindo alguém.

– V-você não me deixou escolhas!

– Escolhas? Você poderia ter me ouvido!

– Foi tudo culpa sua! Se você não estivesse querendo me ver nua então...

– Você nua? - Ezreal interrompeu lux rindo – Mas que diabos eu quero ver você nua. Eu prefiro algo com mais... Volume. – Ele fez um gesto com as mãos como se desenhasse um contorno de um violão invisível – Não um projeto de mulher. Então, adeus!

Uma onde involuntária de sangue correu até o rosto de Lux a deixando vermelha imediatamente

– P-P-P-P-P-Projeto? Espere garoto afeminado!

– Afeminado? Olha, sabe de uma coisa, você está certa!

– Estou?

– É claro, você precisa de mim, não sabe concertar nem uma unha quebrada, quem dera viajar por toda Valoran!

– Francamente, você é a pessoa mais grosseira, teimosa e egoísta que já conheci e aposto que em toda Demacia não há ninguém mais teimoso que você!

– Ei garota, eu já vi os homens de Demacia e principalmente o seu irmão. Uma pilha de músculos. Talvez porque eu seja o único homem de verdade que tenha algum cérebro que você tenha conhecido. Então, adeus!

Ezreal tomou o seu caminho,

– Excelente, estou preso no meio de uma floresta com uma princesinha mimada! – resmungou ele

Antes que pudesse se adentrar mais na floresta e sumir da vista daquela garota, uma coisa gosmenta e úmida é jogada contra a sua nuca. Ele parou com a sensação gelatinosa em sua cabeça. Uma parte escorreu paraos seus ombros. Ele verificou.Lama. Lux havia jogado um bolo de lama contra sua cabeça. Sem dizer nem uma palavra, ele se virou com um sorriso no rosto, limpouo seu cabelo e caminhou tranquilamente em direção a ela.

– O que você vai fazer? - Preocupou-se lux com a reação indiferente de Ezreal

Calado passou por ela. Para a surpresa dela, ele se agacha e recolhe um pouco daterra molhada. Com os movimentos certos fez uma bola, foi então que ela percebeu.

– Não, nem pense nisso! Você não teria coragem! NÃO SE ATREVA!

Ezreal se levantou e se virou com um sorriso no rosto. Com a precisão que lhe era característico jogou a gosma na direção dela. A bola de lama descreveu uma parábola perfeita até atingir o rosto da maga que ficou sem reação. Ela passou a mão para retirar a sujeira, mal conseguia acreditar no que ele fizera. As lembranças invadiram sua mente, tudo parecia ser um dia normal, acordou e tomou o seu merecido café da manhã, mas essa bonança mudou quando percebeu um garoto loiro no jardim espionando-a, ela o perseguiu por varias ruas e bairros, caiu em uma espécie de ruína antiga e agora foi jogada por uma magia antiga de teletransporte para centenas de quilômetros de casa no meio de uma floresta. Um calor subiu por seu corpo e uma onda involuntária de sangue enche as bochechas.

Ezreal também não estava gostando, ele viajou até Demacia na procura de um peça que ele almejava há tanto tempo, estava sendo confundido com um tarado, foi perseguido por um garota louca por quase toda a cidade e agora estava preso no meio de uma floresta. Os dois tinham motivos de sobra para se odiarem e essa troca de gentileza com pedaços de terra molhada foi o ápice de tudo. Lux foi a primeira a explodir em xingamentos e Ezreal não deixou por menos e revidou a altura:

– Seu idiota! – Gritou em plenos pulmões

– Princesinha! –Revidou Ezreal

Os xingamentos prosseguem, Ezreal tentou seguir seu caminho mas Lux o seguiu. Eles estavam ocupados demais trocando palavras de "carinho" para perceber para onde estavam indo.

– Egoísta! – Continuou ela

– Arrogante! – Revidou ele

– Insuportável!

– Tarado!

– Filhinha de papai!

Os dois se aproximam trocando olhares de raiva.

– Mimada! Pelo menos não sou reprimida! – Gritou Ezreal se aproximando dela

– Reprimida?

Lux pegou o seu cajado e concentrou toda a sua magia nele. Parte da luz envolta do bastão se destorceu e o ar fica mais denso, uma grande quantidade de luz começou a ser emanada de sua ponta. A garota assumiu uma postura mais intimidadora:

– Eu vou te mostrar quem é reprimida! – Ameaçou ela

Antes que ela pudesse conjurar algo, os dois escutam um som de estralo.

– O que foi isso?– Lux perguntou já cancelando a sua magia.

Ezreal afastou algumas folhas que tampavam a visão do local, quando os galhos são puxados para o lado, como uma cortina. Uma grande ribanceira se mostra em baixo deles. Eles estavam tão concentrados na discussão que não perceberam para onde estavam indo. Um velho tronco, que eles estavam em cima, os separava de uma queda livre de dezenas de metros.

– Não se mexa ou vamos cair! – Alertou Ezreal

Mas já era tarde, o tronco começa a ceder com o peso dos dois. Antes que o tronco despencasse, Lux se virou para o Ezreal e falou calmamente:

OST

O tronco desliza ribanceira abaixo em uma velocidade extraordinária. Ezreal tentou se agarra no tronco mais foi chacoalhado e quase jogado para fora. Mais uma tentativa, ele se abaixou e conseguiu apoio, Lux não tinha escolha, ela precisava se apoiar, envolveu seus braços na cintura de Ezreal, era isso ou cair para fora do tronco.

Os dois gritavam juntos e viam a paisagem de folhas e plantas passar na sua lateral em um vulto verde. O tronco passou perto de uma árvore, desta vez um galho bateu na cabeça do explorador que fez com que a sua nuca se chocasse contra a testa de Lux.

– Cuidado! – Gritou ela

– O que você quer que eu faça? Que eu peça para a arvore sair do caminho? Por favor, árvore, você poderia sair do caminho porque estamos descendo ribanceira abaixo montado em um tronco e não temos o controle!

Se você não acha complicada a situação que os dois estavam envolvidos, apenas imagine está dentro de um carro no banco de passageiros sem os cintos de segurança, acima de 100 quilômetros por hora. Isso tudo dentro de um carro sem motorista no meio de uma estrada movimentada. O tronco aumentou a sua velocidade enquanto passava freneticamente perto de arvores e rochas. Um javali desavisado escapou de virar patê de bacon atropelado pelo tronco desgovernado, se não fosse os gritos gentis da dupla de "CUIDADO!", "SAI DA FRENTE". Uma longa linha sem fim se delineia na frente deles, um precipício. Uma queda livre aguardava os dois no final.

– Dá pra olhar na direção que estamos indo?

– Se segura em mim!

– Não, acabei de te conhecer!

– Poderia deixar pra reclamar depois que estivermos lá em baixo?

–Prefiro fazer isso agora que estamos vivos!

– Qual o seu problema?

O tronco deu um pequeno solavanco jogando a dupla com força para cima e para baixo.

– Sabia que é muito difícil fazer isso sem cair

– Agora eu sei!

– Precisamos fazer alguma coisa! –Gritou Ezreal já se vendo caindo no precipício

– O que devemos fazer?–Perguntou Lux abraçando com força a cintura dele e pressionando sua nuca contra as suas costas. – Eu sou muito jovem pra morrer!

– Eu tenho uma ideia! Prepare-se para pular!

– O quê? Você é louco!

Esperando o momento exato, quando o tronco passou pela borda do precipício. Ele gritou "AGORA!", os dois pularam e despencaram juntos com a tora no abismo. Em queda livre.

– Esse é seu plano? Morremos quando chegarmos ao chão?

Ezreal fez o que sabia fazer de melhor naquela hora. Ignora as palavras dela. Ele esperou o momento exato. O vento uivava nos seus ouvidos, assanhando o cabelo e as roupas, comprimindo os músculos das faces e forçando-o a franzir o rosto. Ele calculou, seus olhos, apertados pela força do vento, percorrem toda a paisagem computando o momento exato de agir. O chão da floresta se aproximava em uma velocidade espantosa. No momento exato que já estavam para alcançar o chão, ele se jogou para junto de Lux, um rastro de luz é deixado no meio do trajeto. Ezreal peou-a em seu colo e aterrissou no chão. Mas ele calculou mal e os dois caíram se embolando pela grama até pararem deitados no chão.

"TRONCO!" gritou Ezreal, é certo que não tem a mesma sonoridade e alarde de alguém gritar na praia, TUBARÃO, ou na estrada, CAMINHÃO ou mesmo no meio da floresta, alguém gritar, URSO. Mas imagine um tronco vindo em sua direção pronto para transformá-lo em patê. A madeira bateu em um galho mudando a direção e caindo do lado deles que explodiu com o impacto.

Lux estava ofegante ainda incrédula por estar viva

– Eu... Eu... Eu estou viva?

Os dois mal acreditavam. Ezreal apalpou o corpo para ver se não se tratava de um sonho. Lux se levantou com dificuldade se apoiando em seu bastão, suas pernas estavam bambas e seu rosto empalidecido. Tentou ensaiar alguns passos, mas não conseguiu forças para continuar, apenas ria como se tivesse problemas mentais. Ezreal estava com um cabelo bagunçado de uma forma que desfiava as leis da física e devido ao susto não conseguia ficar de pé. Os dois ficaram assim durante alguns minutos sem acreditar no que se passou e como estiveram perto de morrer. Passado algum tempo, Lux recobrou a sua cor de pele normal e suas pernas já estavam mais firmes, Ezreal estava sentado apenas feliz por ainda está vivo.

— Se não fosse por você eu — Lux fez uma pausa analisando o que ia dizer —Isso não vai levar a lugar algum. – Disse por fim – Muito bem, vamos fazer um acordo.

— Finalmente, o que você quer? — perguntou Ezreal.

— Eu quero alguém que não se importe em assumir riscos em troca de uma boa recompensa — Respondeu Lux.

— Envolve alguma viagem arriscada a terras desconhecidas e provavelmente perigosas?

— Envolve.

— Encontro com criaturas ferozes?

— Provavelmente

— Morte quase certa?

— Quase certo que sim

— Bem, eu lhe desejo sorte em sua busca.

— O quê?

— Sinto muito. Não sei a razão, mas talvez a ideia de morte certa, em terras desconhecidas, por monstros ferozes, não me agrada. Já tentei e descobri que isso não é pra mim. Eu nasci para explorar templos antigos e ruinas sem perigo aparente, a não ser o de desmoronamento ou o que mais gosto, de uma boa leitura regada a livros grossos de estudo. Ou analisando peças antigas.

— Eu preciso voltar para casa e você vai ser meu guia, em troca, Demacia irá financiar sua próxima viagem.

– Com despeças tudo pegas? —Perguntou Ezreal

Lux assentiu

– Tudo!

Ezreal passou um tempo pensando até que disse por fim

– Não vai dá não.

– O quê?

– Olha, eu não sei não. Demacia fica um pouco distante e seria uma grande viagem. Iríamos perder muito tempo de volta e iria gastar muito dinheiro, então, fica pra próxima.

– Já falei que Demacia tem um acervo de livros inestimáveis da historia de Valoran que somente a nobreza tem acesso? Eu posso providenciar que outras pessoas possam, pega-las.

– Livros inestimáveis? –Disse Ezreal com um vigor renovado — Muito bem garota, iremos para Demacia e você acabou de ganhar um guia. Mas vamos criar algumas regras: Primeiro, você vai me obedecer. Segundo, você vai ficar calada.

– Feito! - concordou Lux

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OST

Em algum lugar no subsolo de Zaun

Duas pessoas seguiam em uma marcha firme por um corredor estreito, Vladimir deu dois passos largos e saiu da penumbra, logo depois um homem de mesma estatura o seguiu. O homem que atendia pelo nome de Viktor apresentava um corpo mecânico, uma mão pendia de sua costas, ele carregava consigo um bastão metálico, de sua mascara ele saudou Vlademir com uma voz metalizada. Viktor, por anos ele aperfeiçôo seu corpo trocando sua carne por partes robóticas em sua renuncia a carne e sua admiração ao metal. Eles seguiram adiante.

O corredor seguia reto sem desvios ou inclinações, as paredes eram feitas de metal e estas eram ornadas por tubos, canos de cobre e válvulas que de tempos em tempos davam baforadas de vapor regulares, o teto era baixo e daria para tocá-lo sem esticar muito os braços, pequenas lâmpadas clareavam o caminho com uma luz amarelada tonificando a sensação de claustrofobia. Entrar por esse corredor dava a sensação de que estivessem em um submarino. Com passos firmes eles seguiram até uma solida porta de ferro. Viktor parou rente a ela e uma mão mecânica surgiu de suas costas, ela girou a válvula no meio da porta fazendo com que um jato de vapor fosse soltados pelas frestas, a pesada porta de deslocou pela lateral revelando uma pequena sala retangular, no meio dela havia uma alavanca e um termostato. Sem cerimônias os dois entraram e Viktor firmou a alavanca. O elevador deu um pequeno solavanco e seguiu para o subsolo.

– Por um grande tempo eu procurei uma maneira de gerar uma grande pressão. Durante três anos eu o aperfeiçoei. Um novo tipo de vapor que gerasse uma perda mínima sem uso de caldeiras.- disse Viktor manejando a alavanca

– funcionou? - perguntou Vlademir

– a existência de Blitzcrank afirma isso. Eu consegui conter a pressão altíssima em um espaço muito condensado. todas as formas antigas de maquinário a vapor perdia pressão muito rápido, mas com essa nova tecnologia. pude manter uma estabilidade e potência com perca mínima. As armas são um produto da evolução da ciência!

– A ciência deve servir ao progresso do mundo. - Vlademir se apóia na parede - As armas são apenas parte disso. A ciência nós dará poder para superar os deuses.

– A guerra sempre impulsionou o homem ao progresso. - Viktor empurra a alavanca para frente e o elevador dá uma parada brusca. As portas se abrem revelando um enorme hangar. - Quando a guerra vier entre Demacia e Noxus, Zaun irá ser patrocinada para desenvolver novos armamentos e com esse incentivo financeiro, ela entrará em uma era de prosperidade na descoberta de novas tecnologias, e então, nós esmagaremos Piltover e sua moralidade e ética!

Os dois saem do elevador e seguem até um andaime que estava conectado a saída do elevador. Vlademir se apóia na barra de proteção e contempla

– Eu posso contar com esse ataque?

– obviamente, nós o lançaremos hoje. dentro de poucos dias ele estará nos céus de Demacia. Com esse veículo, Demacia será envoltas em chamas vivas e ele estará longe o bastante do alcance de flechas e catapultas. Um teste perfeito para testemunhamos o poderio dela.

O local tinha uma forma de um quadrado perfeito, o ambiente era sombrio e grandioso. O teto altíssimo se erguia 50 metros, sustentados por colunas de metal e ferro fundido. os operários vestidos com macacões azuis e grossos se dirigiam de um lado para o outro para dá os últimos apertos de parafusos e verificar possíveis peças defeituosas. No fundo do hangar, um guindaste deslocava pesadas peças de motores. A sala era preenchida pelo constante som de ferro sendo golpeado e soldado. Mas no meio do hangar estava o porque de toda esse alvoroço. Uma enorme estrutura inflável que tomava boa parte do espaço do lugar, estava acoplada a uma armação de metal que não tinha nem a metade do seu tamanho, ela tinha uma forma retilínea perfeitamente quadrada, na sua frente um funcionário colocava uma placa de vidro na cabine e na sua lateral empilhadeiras entravam e saiam abastecendo o aeróstato com munição e bombas.

– como funciona? - perguntou Vlademir admirando o aeróstato

– utilizam-se da pressão interna para manter a forma, mas possuem algumas armações articuladas em torno do fundo do balão para distribuir a suspensão da carga e manter a baixa pressão do balão. Com a ajuda de um motor de propulsão movido ao novo tipo de vapor ele pode de atravessar grandes distâncias em poucas horas. Ele está munido com bombas o suficiente para destruir toda a capital Demaciana.

– excelente, em poucos dias os rios de Demacia ficaram vermelhos. - disse Vlademir com um sorriso no rosto - Como vocês o chamam?

– Eu o chamo de Dirigível


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