Amor de Regiões escrita por Any the Fox


Capítulo 15
Uma viagem sem regresso - Sequelshipping - Hugh x Rosa


Notas iniciais do capítulo

Oi, pessoal!
Ok, para este eu realmente demorei... Gomenasai!
Bem, este esta pequenininho e eu acho que está um pouco triste e rápido, mas tem uma mensagem muito bonita, espero que gostem!
Sequelshipping, um pedido de Moonlight Mistic e Yui Miku!
Enjoy!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/594597/chapter/15

Olá! Eu sou a Rosa, uma garotinha que um dia saiu numa jornada Pokémon! E nessa jornada muita coisa aconteceu. Fiz amigos, capturei Pokémons, viajei por cidades e terras que nunca conheceria de outra forma e evolui imenso como treinadora e pessoa. São tempos que eu recordo com muito carinho e paixão, mas essa garotinha que saiu numa jornada já não existe, ela cresceu e se tornou numa mulher, uma mulher com três filhos lindos. Qual o seu pai? Um antigo companheiro… O Hugh… Mas essa garota que se fez mulher já não vê o seu garoto que se fez homem à muito tempo, pois esse saiu numa busca sem fim para encontrar o desaparecido Black Hilbert…

– Hugh, vai ter mesmo de partir? – Perguntei segurando um bebé de poucas semanas no meu colo.

– Tem de ser, linda, eles precisam de mim. – Hugh passou a mão pela minha face acariciando o meu cabelo.

Foi numa noite escura e estrelada que N e e Nate passaram na nossa porta para pegar Hugh e o levar naquela viagem, já estava programada há muito tempo, mas o dia da despedida é sempre difícil, por muito que nos preparemos. Naquele dia estávamos à porta de casa, Nate esperava junto com N num carro a uns metros de nossa casa, Hugh compartilhava um olhar de saudade comigo e desceu seus olhos à criança bebé adormecida, que eu segurava nos braços, acariciando um de seus pequenos braços.

– Ele vai ser uma criança forte, eu tenho certeza. – Ele disse segurando meu queixo.

E trocamos um olhar dócil entre os dois.

– P-papai? – Uma garotinha de cabelo azul espigado apareceu na sala esfregando o olho e arrastando um cobertor.

– Lápis… - Hugh murmurou ao ver a filha.

– Porque você está à porta? E porque está com roupa de sair? O papai vai passear? – A garota, nesse tempo com apenas cinco anos, perguntou ao seu pai sem saber da situação.

Eu compartilhei um olhar de tristeza com o meu amado e ambos assentimos telepaticamente que devíamos contar à nossa filha mais velha o que se passava e que ela não veria o pai por muito tempo.

– Lápis, chegue aqui. – Hugh chamou-a colocando um joelho no chão.

A menor se encaminhou aos saltinhos para o lado do pai e logo se sentou no seu joelho, com uma enorme inocência em seus olhos, dando dó ao pai da notícia que lhe tinha de contar.

– Filha, você sabe porque o papai está aqui na porta? – O azulado perguntou à filha.

– Não papai, pensei que você me fosse contar. – A outra disse começando a balançar as suas pernas.

– E vou. É que… O papai vai ter de sair numa viagem. Numa longa viagem. – O maior explicava acariciando o cabelo da pequena.

– Muito grande, papai? – A outra colocou uma face triste.

– Sim, Lápis… Grande. – Eu acentuei.

– E quando volta? – Lápis interrogou o pai com os olhos brilhantes.

– Bem, filha… Eu não sei. Pode ser já amanhã ou então daqui a dez anos. Não se sabe. – O maior explicou.

– Mas dez anos é muito tempo… Papai, fica cá. – Ela pedia com algumas lágrimas nos olhos.

– Não posso, filha. Eu tenho de ir, e você, sua mãe e seus irmãos vão ficar muito felizes. – O senhor disse.

– Mas vamos ter saudades suas… - A garotinha se abraçou ao pai.

– Eu também vou ter saudades vossas. – O pai devolveu o abraço de um modo forte e seguro.

Eu segurei uma lágrima, não iria chorar na frente de minha filha.

–Tome conta de Anil e Purpura por mim, ok? – O azulado pediu para a filha.

– Ok… - A menina soltou-o.

– Hugh! Vamos, temos de ir! – Nate gritou do carro chamando o outro.

– Eu tenho de ir. – Ele se levantou.

Após se levantar veio direto a mim e me beijou docemente nos lábios, um beijo doce, mas dolorido, seria o último durante tempos, talvez durante anos ou até mesmo décadas! Ou até… Nunca mais o beijaria… Ele se afastou e deu com a filha agarrada na sua perna, chorando e implorando para ele não ir.

– Papai… Vou ter saudades… - Ela chorava agarrada ao pai.

– Também eu, Lápis. Também eu. – Ele disse depositando um beijo na testa da mais nova.

E assim eles se largaram, Hugh se dirigiu ao carro, acenou e os três desapareceram no horizonte durante longos e longos anos.

– Pa… Papai… - A mais nova choramingou agarrada ao seu cobertor.

– Está tudo bem, filha… O papai vai ficar bem. Agora, vamos para dentro, é hora de você ir dormir. – Eu puxei minha filha para dentro de casa pela mão.

Anos se passaram após essa noite triste. Lápis tinha agora dez anos e todas as noites se dirigia à janela na esperança de ver o pai voltar da sua viagem sem fim. Anil, que na altura tinha apenas três anos, pouco ou nada se lembrava do homem que dele tratava, mas sabia que ele fazia falta naquela casa e Purpura, que na altura era apenas um bebé, todos os dias imaginava como seria o seu pai e por vezes me pedia para lhe mostrar umas fotos dele. A mim doía saber que o homem da minha vida estava longe, sem dar notícia, há quase cinco anos. Ele estaria bem? Será que ainda estaria vivo? Não, Hugh… Tu não podes morrer, não me podes deixar aqui sozinha com três filhos para criar. Eles precisam de ti, eu preciso de ti… Hugh, porque é que tiveste de sair a procurar o desaparecido campeão de Unova?

– Mamãe… - Minha filha, Lápis, chamou.

– Sim, querida? – Perguntei com um enorme sorriso nos lábios.

– Você… Acha que papai ainda vai voltar? – Ela perguntou desenhando uns rabiscos numa folha.

– Claro que vai! Porque acha que não? – Eu questionei espantada com a sua dedução pessimista.

– Anil disse que o papai não gostava mais da gente e que não ia voltar… E Purpura disse que ele foi uma invenção sua e que o papai nunca existiu… - Ela disse com um ar triste olhando o chão.

– Oh, Lápis… Mas você liga ao que os seus irmãos dizem? Você conhece o pai, né? – Eu coloquei um sorriso compreensivo.

– Sim. Me lembro muito bem dele. – Ela sorriu nostálgica.

– Então não ligue aos seus irmãos. Você se lembra se seu pai, ele existiu e sabe que ele nunca desistiria de nós, ele prometeu voltar. Seus irmãos eram muito pequenos quando ele se foi embora, então eles inventam estas coisas. Não ligue. – Eu expliquei.

– Mas eu não gosto que eles digam essas coisas do papai… - Ela disse o seu lado da moeda.

– Eu sei, querida, eu sei… - Eu consolei.

Ai olhei pela janela. O sol brilhava naquele dia, era estranho, há muito que ele não brilhava assim. Parecia estar algo diferente no ar, algo que faltava há muito naquela casa no meio do nada. Então, olhei bem fundo no horizonte, fechei os olhos e desejei:

“Querido, volta em breve para casa, precisamos de ti…”

Ao abrir os olhos apenas a grama e o Sol a brilhar, mas não me espantei, não é que aquilo fosse resultar mesmo.

Mas, no final do dia, Lápis voltou a esperar que o pai chegasse a casa à janela, e quando os últimos raios de Sol iluminavam o chão, ela gritou:

– Papai!

Eu, que estava na sala, corri à janela e vi seu vulto iluminado com o Sol, o seu sorriso irresistível permanecia lá e a sua face doce estava inalterada.

– Olhem, meninos, o papai voltou! – Eu anunciei para os meus três filhos.

– Papai? – Purpura estranhou olhando o ser desconhecido com um ar muito feliz.

– Ele… Ele voltou… - Anil estava incrédulo.

– Papai! – Lápis correu na direção do ser que se exibia perante os raios de Sol.

Logo os dois irmãos seguiram o seu exemplo e eu os segui, sem querer saber se eu já era uma mulher feita ou não, apenas corri em direção de meu amado que não via há muito. Chegada perto dele, o abracei, ele respondeu e selámos um beijo já muito esperado.

– Como é que voltas-te? – Eu perguntei o apertando.

– Te ouvi me chamando. – Ele respondeu me apertando mais.

E após cinco anos de distância e de solidão, criando os meus filhos como mãe e pai ao mesmo tempo, ele voltou, voltou para mim e me acolheu e o seu sentimento por mim era como o meu por ele, não tinha mudado em nada, só talvez, tenha ficado maior.

“Nossos corações podem estar longe por dias, semanas ou até anos, mas o que eu sinto por ti não muda mesmo que estejas do outro lado do Universo sem data de volta.”


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi de novo!
Espero que tenham gostado!
Próximos capítulos:
— Cynthia x Steven (quem souber o nome deste shipp me diga, por favor^^")
— Blackthornshipping
— Agencyshipping
Até mais!