Odisséia Cosmopolitana escrita por Lucas Raphael


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que leiam e curtam!



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“Não devemos ter medo dos confrontos. Até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas.” 

― Charles Chaplin

Seu bigode mal feito e grande, com cheiro de café, entregava toda a fadiga que havia enfrentado nas últimas semanas. O Doutor Chimithi se preparava para voltar pra casa, e dormir em sua confortável cama. Não sabia o que encontraria lá, sua mulher e seus filhos poderiam ter mudado muito. Fazia muito tempo que ele não os via, pois estava a quase um ano longe deles, e tudo o que tinha para se recordar era um foto de família, em cima de sua mesa de trabalho, eram os ossos do ofício.

Chimithi estava nesse projeto há mais de vinte anos, desde o concebimento da proposta inicial, até hoje, perto da conclusão. Por todo seu mérito e inteligência, o cientista havia assumido a liderança dessa pesquisa, mais recentemente.

         O tempo havia debilitado de si muitas coisas, com exceção de sua magnifica mente. Com isso, muitas tarefas comuns haviam se tornados fardos pesados. Gabriel Sanchez estava com ele para facilitar sua vida. A equipe era muito maior, mas só os dois estavam trabalhando, para poder finalizar e dar os últimos retoques necessários nos programa antes de voltarem para casa.

— Sanchez! Mande a atualização seiscentos e dezesseis para os laboratórios PNR. Mas não use a internet, use a nossa própria rede. – A rede particular foi criada com o objetivo de evitar com que espiões pudessem resgatar informações.

Sanchez enviou o arquivo. Mas o que Jorge não sabia, era que seu assistente, formado em Stanford e no MIT era na verdade um espião. Enquanto o arquivo era enviado, um pequeno vírus de origem soviética se instalou nele. Ele era o espião perfeito, pois estava infiltrado desde antes do programa ser criado, sendo assim, um alvo fora de suspeita.

Naquele mesmo momento, Chimithi e Sanchez tomam um susto quando uma explosão arremessa uma parede para dentro do laboratório, causando um dano irreparável em parte do equipamento, e deixando um buraco enorme por lá. Uma dúzia de pessoas entram correndo pela passagem recém-criada, todos eles vestindo um equipamento bélico de alta tecnologia. Vestiam um capacete com uma viseira escura, mas ainda era possível visualizar seus olhos: eram asiáticos.

— Você! – Gritou um dos homens, em português, apontando para Jorge. Outro asiático responde ao chamado. Ele agarra Sanchez pelo colarinho e pergunta algo em chinês. Surpreendentemente ele responde. O Doutor apenas observa a cena, atônito. Um outro chinês caminha até o computador fixado na parede e coloca um pen-drive nele. Ele diz alguma coisa e o soldado que rendia Sanchez, dispara sua arma, matando-o.

Seis, dos doze homens que invadiram ali, mantinham Jorge no chão. Um sétimo homem – que usava uma roupa diferente, obviamente com um grau superior ao dos outros – gritou novamente. Em seguida, o soldado que estava no computador volta segurando o pen-drive, e fala mais alguma coisa, gerando um sorriso maligno no líder deles.

Ele dá um passo até onde Jorge estava, e com um sotaque chinês, ele diz:

— Obrigado pelos dados, doutor! Deus abençoe a América! – E atirou, bem no meio da testa. O corpo de Jorge caiu inanimado no chão, deixando correr um fio de sangue em volta de seu cadáver.

No pen-drive, estava o arquivo em quase perfeito estado, se não fosse a bagunça que o vírus russo causaria, modificando pequenas linhas de código do programa. Esse vírus consiste apenas na localização do arquivo, esteja ele online, ou armazenado em algum dispositivo, desde que ele esteja ligado e ativo. Isso facilitou a chegada dos russos, que aguardavam furtivamente ao redor da região a localização exata do laboratório secreto. Assim que a armada invasora saiu de dentro, um helicóptero russo apareceu no céu noturno e estrelado, acima deles. A potente máquina atirou com todo o seu maquinário, abatendo os soldados, com exceção de um. O líder.

— Desgraçados! – Berrou ele, ainda de pé em meio á carnificina. Pegou dois rifles do chão, do corpo de sua sentinela e disparou-os contra a aeronave. O único efeito surtido foi o tiro que ele recebeu no joelho, causando uma dor infernal. A nave pousou, e dois soldados russos correram buscar ele, e o jogaram pra dentro do helicóptero. Enquanto ganhava altura, o homem que liderava os russos, saca sua pistola e encosta na bochecha do sobrevivente.

— Vocês quase conseguirram, não é, Chingling? Mas nós estávamos um passo a ferrenteSerrempre estamos! – Ele guardou a arma, e disse para o piloto. – Vamos darr uma volta com nosso novo amiguinho! – O Helicóptero começou a se afastar...

— SENHOR! – Gritou um homem do efetivo russo. – Não quer que eu destrua o laboratório?

— Não! Vamos voltar aqui assim que acabarmos com esse aqui...

...Mas outra surpresa estava prestes a acontecer. Um dos soldados chineses atingidos ainda estava vivo, aproveitou a oportunidade e disparou sorrateiramente contra eles no céu com uma arma de P.E.M (Pulso eletromagnético), e os acertou, por mais alto que estivessem.

A onda magnética fritou a parte elétrica do helicóptero, que imediatamente começou a despencar no horizonte, desenfreado. A sacudida inicial pegou a todos de surpresa. Os dois homens que seguravam o refém, vacilaram, dando uma oportunidade para ele reagir. Uma luta corporal se iniciou entre os dois soldados, o líder deles, e o chinês, que pretendia pular antes da queda, mas um soco que levou, bem no meio da face, o deixou desnorteado.

Era tarde demais, o piloto já não tinha mais o controle e a aeronave caiu em cima de um pequeno prédio, explodindo tudo que estava próximo. Com a primeira explosão, a maior de todas, vários vestígios do helicóptero foram arremessados para longe, afastando da área do acidente alguns objetos, incluindo a relíquia de valor inestimável que havia causado todo aquele caos.

A segunda explosão foi causada pelo tanque assim que entrou em contato com uma fagulha. Se a vizinhança não estivesse acordado ainda, aquele segundo barulho certamente fora o suficiente para os fazer levantar da cama. As quatros horas da manhã, a rua toda estava cheia de olhos curiosos e câmeras de televisão registrando todo aquele fogo misterioso, no centro da cidade.


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Notas finais do capítulo

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