Immortals escrita por mity


Capítulo 2
Gadriel - Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer à minha primeira leitora, Vayne, por ter comentado o primeiro capítulo da fanfic. Obrigada, Vayne!

Leiam! *-*



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Eu estava a observando fazia um bom tempo. Me fascinava tudo sobre ela: seus olhos, seu cabelo, seu sorriso. Nós pouco havíamos nos falados, só alguns ois de vem em quando, por educação. Ela era Katherine, minha colega de turma do ensino médio. Tinha 17 anos e cursava o terceiro ano. Ela não era a mais popular da escola, ou algo do tipo, mas o que me atraía nela era sua simpatia, sua beleza e sua inteligência. Claro que um anjo com mais anos de vida do que consegue se lembrar, não tinha necessidade alguma de ir para a escola, mas eu ia, do mesmo jeito.

Até que um dia, o professor de inglês, nos separou por duplas, para fazermos um trabalho, e adivinha só, ele colocou eu e Katherine juntos.

Nós nos sentamos lado a lado, e ficamos um pouco sem jeito.

— Então, oi. - Eu tentei quebrar o gelo. - Katherine, não é?

— Olá. E você é... Gadriel?

— Sim, muito prazer.

— O prazer é meu.

E então, o professor começou a explicar o que deveríamos fazer.

— Bem, o trabalho é o seguinte: vocês deverão produzir uma pequena história de, no mínimo, vinte folhas. O título, o enredo e os personagens que vocês utilizarão, será livre. Poderão se inspirar em alguma série, filme, livro, ou até mesmo criar algo original. No entanto, eu exigirei algumas regras básicas: primeiro, vocês tem o dever de serem perfeccionistas em termos de gramática e ortografia, não quero ver um errinho sequer; segundo, deverão entregar com pontualidade, dentro de dois meses, que é um período mais do que justo para um texto desse tamanho, não aceitarei mais depois, considerarei como não entregues os com atraso; e terceiro, cada um deverá ajudar o outro, não quero que só um faça o trabalho inteiro, descontarei da nota daquele que não ajudar, ou melhor, darei zero para aquele que não ajudar. Certo? - Todos concordaram. - Muito bem, utilizem o resto da aula para discutirem ideias.

— Você tem alguma ideia? - perguntei para Katherine.

— Ahn, eu adoro mitologia.

— Que tipo?

— Vampiros, lobisomens, anjos caídos. - Fiquei surpreso com a última citação, um pouco até sem jeito.

Anjos caídos? - perguntei, com um tom de sarcasmo.

— Sim, eles me fascinam. - Havia um brilho no seu olhar.

Talvez eles estejam mais próximos do que imagina, pensei.

— Realmente, eles são muito interessantes.

O sinal para a próxima aula bateu, então nós todos saímos da sala.

— Qual sua aula agora? - ela perguntou.

Olhei no meu horário, anotado no caderno que, por coincidência, dizia que minha próxima aula era física.

— Física. E a sua?

—Física também. - Ela sorriu de lado.

— Vamos juntos, então - eu propus.

Nós trocamos nossos materiais nos armários e fomos para a próxima aula.

Mais tarde, quando cheguei em casa, Alesso, meu amigo - que também era anjo caído -, estava com uma garota no sofá da sala, se beijando. Eu ri baixo, e fui direto para o quarto. Tomei um banho de vinte minutos e retornei à sala/cozinha, e a garota tinha ido embora.

— Você tinha chegado? Eu nem vi - ele comentou.

— Tava ocupado com outra coisa, né? - Eu ri.

— Claro, a vida tem disse às vezes.

Comecei a fazer um sanduíche.

— Só você que vive na seca - ele completou.

— Quem disse que eu vivo na seca? - retruquei.

— Eu disse. Nunca vejo você com ninguém.

— Quem vê assim, você é o cara que se apaixona e já quer casar.

Ele deu uma gargalhada, e sentou no sofá velho, por sinal, e eu dei uma mordida no sanduíche.

— Ué, e você não? - Sua expressão era séria agora.

— Eu já me apaixonei mais vezes do que gosto de admitir. - Sorri de lado.

— E quem é a da vez? Aquela garota do colegial? Falando em colegial, por que você ainda vai à escola? Você já deve ter feito umas mil faculdades.

— Sim, é ela, mas não preciso entrar em detalhes. - Dei uma última mordida no pão e um último gole no suco, e saí.

— Não quer entrar em detalhes? Você vai ver, Reinert! - escutei ele gritar do lado de fora. Ele me chamava pelo sobrenome às vezes, para me irritar.

Quando não tinha mais ninguém por perto, e ele já estava longe o suficiente da cidade, eu abri minhas asas. Aquela era a melhor sensação do mundo, e me dava muito prazer.

Eu voei pelo céu negro e denso, sentindo a brisa do outono, calma e lentamente. Quando eu voava, nada mais tinha importância.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Alguma crítica? Sugestão? Comente logo abaixo!

— XO